quarta-feira, junho 12, 2013

Obra visual minha no calendário 2013 da UFRR

Quando agosto chegar haverá uma arte visual idealizada e produzida por mim decorando as mesas que tiverem o calendário 2013 da Universidade Federal de Roraima.
 
  
O trabalho foi elaborado com a parceria da patroa Zanny Adairalba e de meu filho Edgarzinho Borges Bisneto no ano passado. O foco era um edital de seleção de obras de artistas visuais locais, com o tema “Do olhar ao tocar: intervenções na paisagem”.

Inicialmente havia dito aqui no blog que a obra "Domingo no Parque"  havia sido selecionada, mas a organização optou  por mandar imprimir “Na praça”, uma intervenção feita na praça do Centro Cívico num bonito fim de tarde aqui em Boa Vista.

Recebi em março os exemplares dos calendários. Como os visitantes habituais do blog sabem, aqui as coisas da vida real demoram a ser traduzidas em postagens. Por isso somente agora falo disso.

Além de mim, participaram Silvio Corrêa Vilasi ( Garimpando Conhecimento), Luan Pires Pereira (Pôr do Sol no Lago Azul e Paisagem com Pôr do Sol nas Torres de Guri), Edinel Sousa Pereira (Luminária com Paisagem Urbana e Garças Tomando Banho de Sol), Jucilene Carneiro de Lima (Perseverança Humana), Júlio César Barbosa (Luz no Caminho e Palafitas de Animais), Renato José (Bicicletas e Sem título) e Edymeiko de S. Maciel ( Libélula).
 
Olha aqui a matéria feita pela assessoria de imprensa da UFRR.

E as fotos de para mostrar como foi o dia:

Aguardando a entrega e a hora do lanche






Com o vice-reitor Reginaldo Gomes e a reitora Gioconda Martinez

Com os (atuantes de verdade) artistas plásticos Silvio Vilasi e Julio Cesar Barbosa.

segunda-feira, junho 10, 2013

Meu poema ‘Declaração’ foi premiado no 3o concurso nacional de poesias das Farmácias Pague Menos

Estou feliz. 

Recebi menção honrosa no terceiro concurso nacional de poesias promovido pela rede de farmácias Pague Menos. Meu poema ‘Declaração’ foi um dos 100 textos selecionados entre os mais de dois mil inscritos para compor o livro impresso e digital intitulado “Amor. Viva esse espetáculo.”, tema do concurso.
Capa do livro resultante do terceiro concurso


Este é o segundo ano consecutivo em que sou premiado nos concursos literários da Pague Menos. Em 2012 meu poema ‘Valentes’ ficou em quinto lugar, escolhido entre dois mil participantes. Dá uma conferida aqui nesse texto.

A banca julgadora deste ano foi formada por Fátima Souza, mestra em Literatura Brasileira; Marcia Sucupira, advogada e professora do ensino superior em Direito; e Sarah Diva da Silva Ipiranga, doutora em Educação Brasileira. Os textos foram avaliados a partir dos seguintes critérios textuais: relação com o tema, criatividade, organização coerente com o gênero poesia e capacidade de uso inteligente e coeso do código de linguagem.

A seleção em um concurso tão concorrido me deixa feliz. É importante como incentivo para continuar produzindo literatura e acredito que também para contribuir na inserção de autores da Amazônia Setentrional nos círculos da nova poesia brasileira

Veja neste link o livro. Meu texto está na página 49:


Ou leia apenas o meu poema:

Declaração

Gosto de teu gosto
Desse teu gostar
Do cheiro adoçado
Que teu jeito tem.
Desse sorriso
Surgindo na noite
Bravo ou zen.
Gosto por gostar
De forma natural
Irresponsável, improvável
Escondido, sinceramente.
Sem esperar muito
Tendo alegremente
Maluquices ao meio-dia.
Gosto dessa alegria
Da satisfação do ser
Disso que inventamos
Madrugada amanhecer .
É gostar por gostar
Sem muita ambição
Vivendo tudo agora
Nosso alegre furacão
Vivendo em teu gosto
Por ser puro sentir
Sem ligar para o perigo
E o medo do castigo.
E quando chegas covarde
Estranhando o sentimento
E sua repentina existência
Libidinoso te convido
A trocar razão por demência.
Alvo de teu olhar curioso
Desenho na nuvem pendente
Um convite para o mundo
Sentir a nossa ausência:
“Vem comigo, vamos sonhar
Sermos dois virando um.
Vem comigo e de uma vez
Amor, viva essa experiência”.


quinta-feira, junho 06, 2013

Sobre a celebração das mortes de criminosos em Boa Vista

Sim, a criminalidade está alta, todo mundo está com medo de topar com um bandido na rua, de ser assaltado, agredido, morto. Todo mundo quer providências imediatas e a mais bacana sempre parece ser a institucionalização da pena de morte.

Enquanto isso não chega,  quase todo mundo nas redes sociais, principalmente no Facebook, vibra quando a polícia mata, seja em qual situação for, um criminoso. Afinal, “bandido bom é bandido morto”.

Cuidado, muito cuidado. Hoje comemora-se quando os forças policiais matam os (supostos ou confirmados) bandidos durante uma tentativa qualquer de crime ou numa abordagem de recaptura.

E amanhã, se as forças policiais se empolgarem e decidirem exterminar todos os criminosos?  Vão bater palma?

E se depois de amanhã as forças policiais decidirem exterminam quem eles acharem que é criminoso? Vão comemorar?

E se depois disso for a vez de qualquer pessoa desagradável aos olhos das forças policiais? Como vai ser? Gritos de alegria? E se for aquele amigo do peito que você sabe que nunca fez mal a ninguém além dele mesmo quando comia gordura em excesso?

O mundo está violento, repito o óbvio. Mesmo assim é preciso cuidado, muito cuidado, com as manifestações de apoio à violência institucional. Criminalidade não se combate com mais criminalidade, mesmo que pareça a serviço da comunidade.

Lembrem-se, apoiadores da morte, não se trata de defender a ausência de punição para os que desrespeitam a lei. Trata-se de não concordar com o desrespeito à lei.

Afinal, já é suficiente apoiar tacitamente as penas de morte não oficiais vigorantes nas cadeias e nas periferias. Se fazer isso já nos coloca de volta em tempos medievais, aplaudir a morte alheia nos levará à barbárie.

Para fechar, um texto que ilustra o que acontece quando a violência invade nossas vidas,convidada com aplausos ou não: 

"Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

(Trecho do poema No Caminho, com Maiakóvski, de Eduardo Alves da Costa. Leia-o completo aqui.)

terça-feira, maio 28, 2013

Encruzilhada musical

Três músicas se misturando na cabeça e ouvindo nenhuma delas, mas sim U2.

Ou seja, estou numa encruzilhada musical mental neste 28 de maio:

Me enseñaste que abrazado a tu cintura
Todo parece una fiesta
Me enseñaste muchas cosas de la cama
Que es mejor cuando se ama
Y que es también para dormir
Me enseñaste entre otras cosas a vivir
Me enseñaste que una duda puede más que la razón.

(Ricardo Arjona)

Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim
O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu

(Paralamas)

E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não

(Cazuza)

terça-feira, maio 21, 2013

Viagem às serras do Uiramutã

Uiramutã é um município roraimense que tem a população predominantemente indígena e rural, a 279 km da capital Boa Vista, encravado no meio da Terra Indígena Raposa - Serra do Sol.

O acesso se dá saindo de Boa Vista pela BR 174 em direção à Venezuela, dobrando à direita na RR  202 e seguindo em frente por uma estrada com muitos km de piçarra, pontes quebradas e muitos, muitos buracos, desses que quebram carros e ônibus.

Nunca havia estado na região, apesar de ter parentes com casa lá. Motivo? Jamais ia meter um carro meu nessa buraqueira que todos me descreviam.

Acabei indo lá no dia 17 de março para acompanhar uma equipe da Universidade Estadual de Roraima que foi discutir a implantação de um curso de graduação na comunidade indígena Flexal, à qual se chega virando à esquerda 20 km antes de entrar em Uiramutã.

A viagem de ida foi em um ônibus da UERR, juntamente com alunos da instituição que foram convidados para visitar a comunidade e conhecer a região.

Passamos pela antiga comunidade indígena Surumu, hoje chamada Barro, praticamente uma vila, com cerca de mil habitantes. Lá se parou para olhar a beleza do rio Surumu, seco pelo verão rigoroso.




O povo tomando banho e eu aproveitando a capitiana, rede feita com couro de bovinos

Depois foi a vez de parar na comunidade indígena do Contão, bem no meio do lavrado e às margens do rio Cotingo, que estava muito seco.

Essa mancha é o leito de pedra
Lei de trânsito? Que lei?


Um dos sustos na ida: o micro engatou em um desvio da estrada e a turma botou força


Chegamos em Uiramutã por volta das 21h, depois de sete ou oito horas de viagem. A cidade não estava tão fria quanto esperava, mas isso mudou depois que uma chuva caiu.

Sempre me impressiona o alcance da tecnologia e das marcas (lembro que o geógrafo Milton Santos  tinha um termo para isso, mas esqueci qual era): a cidade tem posto do Bradesco, comércio de todos os tipos, bares e casas com TV por assinatura, gente que para no sábado à noite para ver lutas de MMA, moleques filhinhos de papai com seus carrões curtindo a noite e por aí vai. Ou seja, mesmo sendo o município com a maior população indígena em Roraima, não ficou nada livre desse processo de publicidade e marketing tão peculiar ao capitalismo.

Parabólica, camará!


Ruas da serra. Sente o charme da iluminação pública


Numa cidade onde os nativos são bilíngues, o mercadinho acertou ao colocar seu nome em português e macuxi


Descida a caminho da comunidade do Flexal. Isso no inverno fica uma maravilha
Domingo amanhecido, tocamos para a comunidade do Flexal mas antes paramos na cachoeira Urucá, coisa mais linda de ser ver e cansativa de chegar. Não sei se foi a idade ou o despreparo físico, mas as pernas em certa hora bambearam na subida e a respiração ficou pesada. Mesmo assim, o banho que tomei na água fria da cachoeira valeu o esforço. Me lembrou a subida ao Monte Roraim, há alguns milhares de anos e uns três ou cinco quilos a menos.



A beleza da cachoeira, já na volta do banho, respirando antes de continuar...


Daqui nasce a queda da cachoeira


Quase comprei esta casa, mas pensei que seria muito trabalhoso percorrer todo dia mais de 300 km para ir trabalhar. Além do mais, não há vizinho para pedir açúcar



Comunidade Flexal

A cabelo das índias é uma das coisas mais bonitas que conheço


Depois que fiz a foto percebi que os meninos do Flexal ficaram na pose de banda juvenil

A volta foi bem mais rápida. Vim numa picape e chegamos em duas, três  horas, na UERR Boa Vista. O povo que veio no busão chegou no outro dia, às 7h, graças aos pneus que estouraram no meio da estrada.

Lamentavelmente, a volta rápida não se traduziu em alegria: em vez de ir direto para a maloca, decidi comprar uma caixa de sorvete para a família e balinhas de chocolate para o Edgarzin.

Por conta disso, desviei para uma outra avenida depois de tentar comprar em um posto de combustível perto da UERR.

Daí poderia ter parado na casa de minha avó, mas já estava tudo fechado. Até pensei parar no apertamento e baixar umas coisas do carro mas fiquei com medo do sorvete descongelar.

“Melhor ir para casa”, pensei. Melhor tivesse parado em qualquer lugar.

Logo adiante, no cruzamento da principal avenida do bairro com uma ruazinho que escoa parte do trânsito, um imbecil avançou as duas faixas da pista dupla, passou pela área do canteiro central, avançou o que eu chamo de quarta faixa (contando a partir do encontro das vias) e me encontrou na borda da quinta, já desesperadamente tentando frear para não ter o carro batido.


O número 1 era eu indo para casa e o 2 foi o motorista idiota avançando geral e me acertando no X



Deu nisso:



Não houve ferimentos, o cara disse que não viu a placa de sinalização e que por isso avançou, combinamos de passar na seguradora no outro dia, meti o carro na oficina já por conta dele mas tive que arcar com o custo do aluguel de um veículo para não ficar a pé no meio do verão ardente amazônico.

Resultado: umas três ou quatro semanas que me custaram mais de dois mil reais em aluguel e um som quebrado cujo custo não vou conseguir nunca repassar para a seguradora, já que as lojas de som desta minha terra querida não conseguem fazer um laudo atestando que o aparelho foi danificado na batida.

Quem disse que viajar não tem emoção depois que a gente chega em casa?

P.S.: o meu antigo gol foi batido do lado esquerdo, também por um motorista idiota que alegou não ter vista a placa de “Pare” (Veja uma foto aqui). O atual carrinho pegou a pancada do lado direito, com o cara alegando a mesma coisa. Estou com medo do ângulo da próxima pancada.

segunda-feira, maio 20, 2013

Resumo rápido da vida em 2013

Gente, às vezes me surpreendo com a minha capacidade de abandonar este blog. Mesmo que quase ninguém comente e que ninguém reclame de minha ausência, acho que é descaso demais com ele, um dos mais antigos em atividade aqui em Roraima.

Além do trabalho e do cansaço e da internet chatonilda de lenta muitas vezes, também posso culpar as redes sociais Facebook e Twitter. É muito mais fácil ficar vendo o que os outros escrevem e perder a meada de nosso pensamento. Óbvio que para lá só vão as instantaneidades, o fugaz, mas isso atrapalha a alimentação do blog. Afinal, antigamente, bem antigamente, na época dos blogs como o máximo de rede social, era aqui que se colocava tudo.

Bem, para não perder a postagem, vou contar aos desavisados que acessaram o Crônicas da Fronteira nos próximos dias que andei ocupado. Sim, como integrante do Coletivo Arteliteratura Caimbé e organizador da II Semana Caimbé de Poesia fiz um bonito trabalho (dane-se a modéstia) em março.

Mandamos ver em diversas atividades que foram de 14 a 24 de março, comemorando os dias nacional e internacional da poesia.


Algumas fotos da II Semana Caimbé de Poesia:



Apresentando o sarau feito na Livraria Saber, evento que abriu a semana




Apresentando o sarau DoQuintal


Levando poesia com Rodrigo Mebs numa intervenção no Feirão do Garimpeiro

Toda a jornada está retratada com mais detalhes no blog do Coletivo Caimbé, que você acessa aqui. Chega aí, chega.

E como acabei de sobreviver a 14 dias de gripe, completados hoje e sarados graças a sete dias de drogas de vários tipos, deixo também um texto postado no FB: 

Para a gripe vencida, para o retorno quase feliz ao trabalho e à rotina, para as duas semanas em que quase me junto ao milhões de índios mortos por doenças de brancos, dedico um trecho de Vapor Barato, de Jards Macalé e Wally Salomão:

"Oh, sim, eu estou tão cansado
Mas não pra dizer
Que eu tô indo embora
Talvez eu volte
Um dia eu volto
Mas eu quero esquecê-la, eu preciso
Oh, minha grande
Ah, minha pequena
Oh, minha grande obsessão."

sexta-feira, abril 12, 2013

A cobertura das estrelas

(Ou uma conversa imaginária com muitas pessoas por aí em mais de uma década nesta área)

- Ninguém divulga as nossas ações. Eles não dão atenção ao que fazemos.
- Eles quem?

- Os poderosos, os donos da mídia, os jornalistas, esses vendidos.

- Você faz algo que mereça ser destacado, que valha a pena ser analisado para ver se vira notícia na imprensa?

- Faço. Eu sou quem mais faz aqui.

- E divulga?

- Claro! No Facebook, em meu twitter, em meu blog. Todos os meus amigos sabem disso.

- E manda pelo menos um texto avisando as redações, os jornalistas, esses vendidos, do que faz ou deixa de fazer?

- Mas para qué? Já está tudo lá na internet! Eles não pegam por maldade, por preguiça ou incompetência.

- Hum...quer dizer que o lance é eles, os malvados, os preguiçosos, ficarem ligados no que você, a salvação sócio-política-cultural do universo, está fazendo ou deixando de fazer, como se não houvesse nada mais nada no mundo?

- É claro. Afinal, jornalista tem que ficar ligado,eu sempre estou muito ocupado trabalhando e não tenho tempo para ficar avisando das coisas linda e fantásticas que ando fazendo....

sexta-feira, março 08, 2013

Pelo Dia das Mulheres 2013

Começando em Eva ou em Lucy (o fóssil feminino mais antigo já encontrado, caso não saibam), passando pela minha vó Maria José e dona Neide, minha mãe, chegando na patroa Zanny e encostando nas minhas queridas amigas reais e virtuais, eu acho as mulheres o melhor fruto da evolução e da criação. 

E isso mesmo quando estão de TPM, essa pegadinha orgânica sem graça. 

É por isso que hoje e todo dia para mim é dia da mulher. Flores para vocês, que curto pra caramba, e a letra do compositor guatemalteco Ricardo Arjona, que traduz melhor o meu pensamento.

Mujeres 
(Ricardo Arjona) 

 
No se quien las invento
No se quien nos hizo ese favor tuvo que ser Dios
Que vio al hombre tan solo y sin dudar lo penso en dos
En dos
Dicen que fue una costilla
Hubiese dado mi columna vertebral por verlas andar
Despues de hacer el amor hasta el tocador y sin voltear
Sin voltear, sin voltear
Y si habitaran la luna
Habria mas astronautas que arenas en el mar
Mas viajes al espacio que historias en un bar
En un bar, por que negar
Que es lo mejor que se puso en este lugar
Mujeres, lo que nos pidan podemos
Si no podemos no existe
Y si no existe lo inventamos por ustedes
Mujeres, lo que nos pidan podemos
Si no podemos no existe
Y si no existe lo inventamos por ustedes
Mujeres
Que hubiera escrito Neruda
Que habria pintado Picasso
Si no existieran musas
Como ustedes
Nosotros con el machismo, ustedes al feminismo
Y al final la historia termina en par
Porque en pareja vinimos y en pareja hay que terminar
Terminar, terminar

sábado, março 02, 2013

quinta-feira, fevereiro 28, 2013

terça-feira, fevereiro 26, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 14




Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima, Amapá e Rio de Janeiro.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Zanny Adairalba

domingo, fevereiro 24, 2013

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

quarta-feira, fevereiro 20, 2013

segunda-feira, fevereiro 18, 2013

sábado, fevereiro 16, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 9



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Zanny Adairalba

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 8



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Edgar Borges

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

sexta-feira, fevereiro 08, 2013

quarta-feira, fevereiro 06, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 5



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Zanny Adairalba

segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 4



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Edgar Borges

sábado, fevereiro 02, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 3



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Edgar Borges

quinta-feira, janeiro 31, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 2




Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Edgar Borges

terça-feira, janeiro 29, 2013

segunda-feira, janeiro 21, 2013

Sobre dias não tão bons


Foto: Edgar Borges
Sabe? Há dias em que o tempo custa a ficar bom. 

E não estou falando da noite cair e levar para outra lugar esse sol que insiste em queimar até a minha alma. Falo assim condensando todas as metáforas da vida para as horas em que tudo parece correr mal, em que tudo é mau...


Me vejo no espelho, lembrança de ontem. Mesmo com tudo querendo, não caio. O chão é duro e as pedras machucam, prefiro sofrer em pé, buscando na relatividade o consolo: sempre haverá alguém em situação pior. Ou então: poderia ser pior, então para que reclamar tanto, para que sentir-se tão mal, para que desistir, mesmo que o futuro seja a morte?


É um pessimismo com uma boa dose de esperança, acho. Mas posso me enganar e tentar te enganar, pois acho mais que a desesperança é a última que morre, logo depois de pegar a esperança pelos cabelos e, rindo, afogá-la numa poça de lama na rua mais distante da cidade.


Sim, isso pode ser meio tenebroso, meio “ui, o que aconteceu de ruim?”, mas é necessário mesmo algo acontecer para acreditar na falta de algo bom vindo pelo caminho? Ou a lógica do “seremos felizes pois somos bons e trabalhamos” é o que conta, mesmo quando não se conta nos dedos algo de bom?


Não, não estou bêbado nem penso em atirar em minha cabeça. Depressão é para os ricos, eles podem pagar os médicos, os remédios, o tratamento completo e fazer sua rehab em paz. Eu escrevo e sai bem mais barato. Não resolve nada, é vero, mas se é para contar a alguém o que sinto, que seja ao silencioso papel, esse que aceita tudo o que lhe dão...
 

Sabe? Há dias de tanto calor e tanta poeira nas ruas que o futuro parece ser uma redação borrada pela chuva que ainda não caída.

quarta-feira, janeiro 16, 2013

Malalma: Un Corazón

Serei breve, pois fujo agora mentalmente de meu trabalho para compartilhar aqui o som dos colombianos do Malalma, descobertos na trilha sonora do filme El
Arriero, visto por acaso numa dessas zapeadas sem esperanças na tv paga. 

Un Corazón não faz parte da trilha, mas ela e outras coisas boas podem ser ouvidas também no perfil do Malalma no Soundcloud.

Para fechar: é das músicas que gostaria de ter feito, se acaso fosse músico:





quinta-feira, janeiro 10, 2013

Cinco anos de história com Edgarzin

Quantos anos você tem? 


 O moleque apareceu há cinco anos, às 13h55. Lembro bem da hora pois era exatamente o momento em que deixava o meu apartamento para ir ao segundo trabalho da época. Cinco minutos para as 14h e ainda chegava cedo.

O guri chegou depois do almoço, mas a bolsa estourou pelo menos umas doze horas antes. A mãe dele acordou, fez um vídeo com a máquina fotográfica contando que a bolsa havia estourado, bebeu água, foi me acordar e quando estava levantando, fazendo uma flexão de braço, me avisou:

- Pode ficar dormindo mais um pouco. Acho que ainda vai demorar.


Voltei do meio da flexão. O vídeo mostra isso. A preguiça e a calma tomando conta dos pais. Lá pelas 3 da madrugada ligamos para o médico, explicamos como estava a situação e nos mandou ir para o hospital às seis. Chegamos às sete, depois de passar no mercado São Francisco para comer alguma coisa.

- Vou comer, sim. Depois que entrar lá vão deixar sem alimento e ninguém sabe que horas o bebê vai nascer, previu a mamãe.

Lembro que meus pais já estavam no hospital quando chegamos, naquela aflição do primeiro neto, resultado do único filho. O velho Juca ficou o tempo todo do lado de fora e só entrou depois que confirmaram que o menino estava vivo, bem e no berço. Um avô covarde a gente descobre assim...

Resumidamente, foi assim que rolou, exatamente numa quinta como hoje, a quinta dos cinco anos.

Muita água já passou por debaixo da ponte dos Macuxis, muita chuva já molhou o quintal. O menino é bom, bate palma pra ele, como se canta na roda de capoeira.


Primeiros dias

Tem um humor próprio: há dias em que já abre os olhos sorrindo-me, noutros não me quer, só à mãe, noutros já acorda perguntando onde estou. Sorri por nada como se o mundo dependesse disso e fica de cara feia na mesma rapidez. É capaz de largar a comida que passou horas pedindo para ficar desenhando no computador de onde vai, literalmente, expulsar a mãe pois o seu desenho é muito importante, é seu trabalho e não é legal que o atrapalhemos.

Fiz-lhe um blog no wordpress que alimentei durante a gravidez e nos primeiros meses de nascido. Depois o transformei em dois marcadores das Crônicas da Fronteira (Edgar Bisneto e Paternidade). Mais homenagem que isso só se dedicar-lhe o próximo livro de contos que teimo em tentar escrever.

 Gasto com ele mais do que gastei comigo a vida toda e alimento a piada:

- Se um dia ele me dizer 'tu nunca fez nada por mim ou tudo o que tenho foi fruto de meu trabalho', jogo-lhe na cara as faturas da escola, plano de saúde e afins.

Nossa relação é bipolar: tem dias em que ele só quer estar perto de mim e eu quero paz, noutros sou eu que busco sua atenção e ele só me responde com 'uhus' e 'espera, pai, espera'.

Adoro quando começamos a discutir conceitos sobre animais, dinossauros, universo e outras coisas que ele vê na TV ou estudou na escola. Adoro mais quando lhe pergunto “tem certeza” e ele me olha, vira para a esquerda e diz “tenho”. O meu pequeno homem, cheio de energia para fazer o seu mundo.

Adoro ser pai desse moleque. É meu grande amor e não tenho nenhuma vontade de dividir este sentimento com outros filhos. Um é bom e suficiente, ainda mais em um mundo no qual faltará água em breve.

Meu lado racional nessa relação é dominante: não fantasio um mundo perfeito com ele. Seu nascimento me trouxe perrengues a gerenciar todos os dias e a sensação de que sempre será uma corrente de responsabilidade a não me deixar voar arbitrariamente por aí. Dito de outra forma: ser pai me traz tanta alegria quanto limitações. E eu odeio tudo o que me limita (menos ele, fique claro).

Para fechar, que hoje tem bolo e adoro bolo, repito: adoro ser pai desse indiozinho e descobrir o mundo com ele.

terça-feira, janeiro 08, 2013

Pensando alto sobre as redes que embaralham 2013

8.036 tweets...

É esse o número que acumulo neste começo de ano no meu perfil no Twitter. Se tudo é meu, se tudo é autoral? Não. Não tenho tanto a escrever. Tem muito replique, muito comentário sobre as bobagens ou coisas legais que os outros escrevem, muita citação de música.

São 17h35 no relógio do computador e 17h29 no celular. De toda forma é quase hora de ir embora. 

E o Facebook, o que tenho lá? Complicado dizer, mal consigo achar (aliás, não consigo achar) os links que curti ontem para visitar hoje...

Essas redes sociais são complicadas. Me tiram a atenção. Contribuíram para que deixasse largado o meu querido blog...pensando bem, sou do tempo em que rede social era a que se deixava na varanda para servir às visitas...

2013 já vai para o nono dia, no décimo Edgarzin completa cinco anos e eu ainda não fiz um inventário sobre o bom e o ruim de 2012. Talvez não faça, talvez tudo se resuma em dizer "sobrevivi". 

Não há planos consolidados, não há fantasias, não há nada. O que será, será ao acaso? 

(Se multiplicar 8.036 tweet por 140 caracteres cada, resulta em 1.125.040 caractares. Mais de um milhão mesmo que nem todos estivessem no máximo. Daria um livro)

Não há poesia em ficar preso ao vício cibernético. Há submissão mental. Esse é a base das redes sociais...mas quem disse que a submissão não é gostosa?

2013 já embalou. Farei um livro? Um livro de que? Poesia? Prosa? Até quando? Preciso dos prazos, preciso ser poupado de prazos, preciso, preciso, preciso. 

Viver não é preciso, sentenciou Pessoa há décadas. Ainda há quem confunda com 'viver não é necessário'. 

No webplayer rola Bob Marley dizendo "my feet is my only carriage". 

A hora da fisioterapia se aproxima e devo entrar em minha carriage e ir até o consultório esticar para a esquerda, esticar para a direita.

Mais uma consulta ao twitter, uma checada no Facebook (acho estranho as pessoas falarem apenas "Face", estranha mania de cortar o nome de tudo pelo meio) e o tempo voou. 

Não há 2013 que sobreviva a tanto desfocamento. É hora de fazer algo radical, do tipo passar um dia sem checar as redes sociais...mas e o perfil do trabalho, como ficará? Malditas redes e sua atração fatal...

quarta-feira, dezembro 19, 2012

O resultado dos fóruns nacionais setoriais

Gente do todo o Brasil esteve em Brasília de 13 a 15 deste mês participando dos Fóruns Nacionais Setoriais, organizados pelo Ministério da Cultura para que representantes da sociedade civil elegessem os novos integrantes dos colegiados setoriais de diversas áreas.

Os colegiados integram a estrutura do CNPC (Conselho Nacional de Política Cultural). Este blogueiro participou entre 2010 e 2012 do Colegiado Setorial do Livro, Leitura e Literatura como representante da região Norte. Neste novo processo eleitoral fui reencaminhado ao colegiado como conselheiro representante do segmento criativo até 2014. 


Para entender o que é o colegiado, clique aqui e depois, se for de seu interesse, me mande sugestões de temas que queira ver apresentados nas reuniões que acontecem duas vezes por ano em BSB.

Confira a lista dos representantes do Colegiado do Livro, Leitura e Literatura/Conselho Nacional de Política Cultural:

Conselheiros pelo segmento Criativo:


N  Edgar Borges  - Titular
NE Eduardo Vasconcellos - Titular
NE Kelsen Bravos  - Titular
CO Lurdiana Costa Araújo - Titular
CO Shirlene Álvares Da Silva - 1o Suplente
NE Paula Izabela De Alcantara Alves - 2o Suplente

Conselheiros pelo segmento Mediação:
NE Antonio Michel Felix Silva  - Titular
S  Taiza Mara Rauen Moraes   - Titular
SE Isis Valéria Gomes   - Titular 
NE Maria Roseneide Santana Dos Santos - 1o suplente
CO Fernando Ouriques De Vasconcelos Junior- 2o Suplente
SE Daniela Piergili Weiers De Oliveira - 3o Suplente
  
Conselheiros pelo segmento Produtivo:
S João Manoel Maldaner Carneiro - Titular
SE Sônia Da Cruz Machado De Moraes Jardim - Titular
NE Jose Alventino Lima Filho - Titular
SE Francisco Ednilson Xavier Gomes-  1o Suplente
SE João Tavares De Lira  2o suplente

Conselheiros Regionais
CO Aníbal Araújo Perea - Regional
CO Izaura Maria Ribeiro Franco - Suplente
 

N  Carlos Henrique Silva Gonçalves Figueiredo - Regional
N  Cláudio Cardoso De Andrade Costa  - Suplente
 

NE Maria do Socorro Sampaio Flores (Mileide) - Regional
NE Pedro Pereira Dos Santos  - Suplente
 

S Márcia Helena Koboldt Cavalcante - Regional
S Pedro Paulo Graczcki  - Suplente
 

SE Bernardo Jorge Israel Gurbanov - Regional
SE Jose De Alencar Mayrink  - Suplente

Representante do Colegiado do Livro, Leitura e Literatura para o Conselho Nacional de Cultura: Mileide Flores (Maria do Socorro Sampaio Flores)

Representante do Colegiado do Livro, Leitura e Literatura junto ao PNLL:
Márcia Helena Koboldt Cavalcante

Aqui você pode ver como foi a participação da ministra Marta Suplicy na abertura dos fóruns.

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Como nem tudo é trabalho, foi possível ainda participar de um sarau organizado na fonte da Torre de TV por Jonas Banhos, meu parceiro de ações literárias. 



Além de mim, estiveram presentes outros voluntários da Biblioteca Itinerante Barca das Letras que foram incentivar a leitura em comunidades ribeirinhas, quilombolas, agroextrativistas, pescadores artesanais, agricultores familiares e indígenas do Amapá, Pará, Roraima, Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Piauí, Ceará e Bahia nos últimos quatro anos e meio.


Turma bonita de voluntários 


O sarau na fonte da torre de TV


Fotos de alguns dos participantes dos fóruns nacionais setoriais
Rogério Barata, educador pernambucano que representou a cadeia da mediação na última composição do colegiado. Gente boa demais
Delegados do segmento criativo que participaram dos fóruns




Feliz natal!