quarta-feira, março 30, 2016

Entrevista para o programa Atrevida, da Band Roraima, falando sobre poesia e o coletivo Caimbé

No dia 17 (ou 18) de março de 2016 estive no programa Atrevida, da Band Roraima, junto com o poeta Rodrigo Mebs.

Falamos sobre as ações do Coletivo Caimbé para comemorar o mês da poesia e do lançamento do livro cartonero Carrossel Agalopado, de Zanny Adairalba.

Confere como foi no vídeo:

 

terça-feira, março 22, 2016

O mugunzá de dona Vanda - crônica selecionada para a antologia do Prêmio Sesc/DF de Literatura – Crônicas Rubem Braga


Tem certos domingos em que acordo com uma vontade doida de comer mugunzá. Mas não é qualquer um, não. Tem que ser o da banquinha da dona Vanda, ali no mercado municipal do São Francisco. É o melhor da cidade, melhor até do que a minha mãe faz. Tem a consistência certa, a dose de açúcar no ponto, o milho no grau perfeito de ser mastigado. Em resumo, é um espetáculo.
 
Nesses domingos de desejo, saio cedo de casa. Até uns dois anos atrás, atravessava quatro bairros para chegar no mercado. Hoje estou bem mais perto, a mais ou menos um quilômetro e chego lá, de carro, em menos de dois minutos. As meninas da banca me conhecem e já vão perguntando “um mugunzá e o que mais, meu bem?”. Geralmente, complemento o pedido com uma tapioca recheada com queijo.
 
Comer mugunzá polvilhado com canela é uma delícia. Além do prazer culinário, sempre me traz à memória o meu avô, seu Edgar, que também era fã do mingau de dona Vanda e me levava quando criança até a banquinha dela na avenida Getúlio Vargas, noutra parte da cidade.
 
Por isso, cada colherada tem sabor de infância, principalmente do tempo em que não morava em Boa Vista e vinha para cá somente passear as férias. Era nesses dias em que seu Edgar me acordava cedo, saíamos e, enquanto ele comprava verduras e outras coisas para o almoço, eu ficava tomando mingau.
 
Lembro que o vô sempre levava uns potes de mugunzá para casa. Daí, dava para ficar beliscando o dia todo. Ou seja, o mingau de dona Vanda nos acompanhava o dia todo, saciando fome e gula desde os anos 1980.
 
Pelo menos era isso o que eu achava. Domingo desses fui no mercado, pedi um mingau e uma tapioca e a minha esposa pegou bolo de leite e suco de taperebá. Enquanto comíamos, conversei com ela, pela centésima vez, sobre as boas lembranças que o mugunzá me traz, principalmente as relacionadas ao meu avô.
 
Daí, entre uma colherada e outra, veio a questão: há quanto tempo dona Vanda trabalha com comida e quando foi que saiu da calçada da avenida Getúlio Vargas para o mercado de São Francisco?
Essa informação seria muito importante para complementar o meu quadro de memórias com o seu mingau. Na hora de pagar, perguntei isso dela. Sua resposta me deixou chocado: “meu filho, eu desde sempre vendi aqui. ”
 
Eu, estático, só pensava em gritar “COMO ASSIM, DONA VANDA? DE QUEM ERA AQUELE OUTRO MINGAU?!!”. Controlado, disse apenas “é mesmo? Achava que a senhora também vendia em outro lugar...”.
 
Paguei e deixei o mercado meio decepcionado com as certezas sobre as minhas memórias. Mesmo assim, como provavelmente nunca saberei quem era a outra pessoa lá da banca na Getúlio Vargas, decidi nomeá-la minha embaixadora eterna do bom mugunzá. Isso sem ligar para quando ou onde o mingau dela entrou em minha vida. 

(Crônica selecionada para a antologia do Prêmio Sesc/DF de Literatura – Crônicas Rubem Braga. Saiba mais sobre a participação no prêmio clicando aqui.)


Fui selecionado no Prêmio Sesc-DF de Literatura/Crônicas Rubem Braga 2015


Alegria do dia: o Sesc-DF divulgou ontem a lista dos selecionados para o Prêmio de Literatura – Crônicas Rubem Braga e Contos Machado de Assis.

Nesta edição, o Sesc recebeu mais de 1,2 mil inscritos para o concurso. Minha crônica, intitulada “O mugunzá de dona Vanda”, fará parte de uma coletânea publicada pela instituição. Da região Norte, o único selecionado fui eu.

A dona Vanda, para quem não conhece, é a dona de uma banca de comida ali no mercado São Francisco. Ela faz o melhor mugunzá que já comi na vida e merecia virar crônica.

Quem quiser conferir a lista, pode clicar aqui.

Os trabalhos foram submetidos à avaliação da comissão julgadora composta por Oswaldo Pullen Parente, Alexandre Santos Lobão, André Giusti, Robson Coelho Tinoco, Sérgio Léo de Almeida, Danilo Carlos Gomes, Roberto Klotz, Rosângela Vieira Rocha, João Carlos Taveira  e José Santiago Naud.

Os três primeiros colocados de cada categoria fazem jus a prêmios em dinheiro (1º lugar – R$ 2.000,00; 2º lugar – R$ 1.500,00 e 3º lugar – R$ 1.000,00). 

Já outros selecionados recebem uma menção honrosa, além de integrar uma coletânea em cada categoria, que será distribuída pelo Brasil todo. Fiquei entre estes e tá valendo pela alegria!




terça-feira, março 08, 2016

Noitada elétrica



Peguei um vale-night ontem e me empolguei tanto na festa que dormi fora. Exagerei na bebida e fui parar numa rede, seminu, sendo tocado e mordido durante horas por várias fêmeas. 

Voltei para o leito matrimonial quase amanhecendo. Quando ela acordou, não comentou nada, mas o seu olhar não mente: sofreu e dormiu mal me esperando...

Parece conto erótico, declaração descarada de adultério ou relato banal de uma orgia maravilhosa na noite de segunda, mas é só uma forma bonita de dizer que o apagão de quase 11 horas ontem em Boa Vista me obrigou a dormir na varanda de casa, onde as carapanãs fizeram a festa comigo numa das noites mais quentes do ano.

Tecendo hipóteses: o apocalipse zumbi deve ser algo parecido como ontem: a energia acaba, ninguém abre os portões elétricos e os carros ficam do lado de fora, pessoas vagueiam pelas ruas usando lanternas, arrombadores e ladrões fazem a festa, a comida na geladeira estraga, famílias ficam sem contato telefônico e a internet não funciona.

The Walking Dead é Boa Vista. Melhor, Lost é Boa Vista: racionamento/corte brutal de energia elétrica, telefones mudos, água dos rios secando, queimadas aumentando e cada vez menos companhias de transporte aéreo atendendo a quem quer sair do Estado.

Falando sério: a coisa deve ficar pior. A Venezuela já começou o racionamento de energia, lá na Venezuela o embalse de Guri seca a cada dia e El Niño faz a festa com gestões ruins de planejamento.

Além disso, tenho minha teoria particular da conspiração: quem sabe se esses cortes não são instrumento para pressionar a população e quem manda na população a fortalecer as campanhas pelo novo linhão de transmissão de energia?

Sei lá, né? Só sei que a noitada foi longa e ela estava cabisbaixa de manhã e quase não falou nada. Ou estava triste por minha causa ou estava cansada da noite sem energia. Ou então, ai, ai, ai, também se empolgou numa noitada paralela.

quinta-feira, março 03, 2016

Meditação, bobagens, invejas e afins...

Horas meditando nas encostas do Himalaia me ensinaram que é bobagem ter inveja dos outros e ainda mais bobagem ter inveja por coisas bobas, como dinheiro e aparentes sucessos profissionais.
 
Ainda mais quando quase tudo isso é bobagem. E cá estou, compartilhando de graça o que aprendi na vida. 

A única coisa que poderia valer a pena invejar por alguns minutos é aquela sua amizade que está dando uns pegas naquela figura que você um dia quis pegar.
 
Mas depois de alguns minutos, convença-se: já que não foi você, teria que ser alguém. Que sejam as amizades.

quinta-feira, fevereiro 18, 2016

Sugestões para a Secretaria Estadual de Cultura de Roraima



A Secretaria Estadual de Cultura convocou ontem (17.02.16) os artistas e produtores culturais locais para uma conversa com a nova titular da pasta, Selma Mulinari.

Mesmo não gostando desse tipo de reunião por não gostar muito de reuniões, fui lá e ainda chamei os parceiros.

Estava previsto para começar 18h, mas a secretaria só começou a falar por volta de 18h50. Antes disso, o locutor/apresentador/mestre de cerimônias ficou convocando os presentes a assumirem o microfone e cantar/declamar/tocar para animar os presentes.

Me lembrou o sarau que organizo, quando começo a chamar a turma.

A secretaria foi amistosa em sua fala, colocando-se à disposição da comunidade cultural para trabalhar em conjunto, falou que o Estado tem algumas ações em vista, lembrou de seu passado como chefe de Departamento de Cultura, disse que estará sempre aberta para ouvir demandas.

Aí ela passou o microfone para o responsável pelo setor de Turismo no estado, o Peixoto (conforme foi apresentado) que falou de uma ação de cadastramento de artistas em parceria com o Ministério do Turismo que pode gerar cachês bacanas para quem for selecionado.

E só. Acabou a parte séria e começou a confraternização.

O microfone já foi sendo passado para quem queria cantar e o locutor já chamou o povo para a mesa de lanchinhos que estava sendo servida.

Eu e algumas outras pessoas estávamos esperando o momento do microfone aberto para quem quisesse apresentar demandas, sugestões, propostas em público.

Não rolou.

Fiquei frustrado. Tipo, foi muito educado mesmo por parte da nova secretaria apresentar-se ao seu principal público (é bem mais do que rola na Fundação de Cultura de Boa Vista), mas faltou algo mais. Faltou o momento da conversa aberta, aquela em que elogios e cobranças são feitas na frente de todos e não ali no pé do ouvido, na roda com os amigos.

De toda forma, como a secretária disse querer que todos expressássemos nossas demandas, aproveito este espaço gratuito para pontuar algumas delas e dar minha contribuição para o sucesso de sua gestão:

1.       Secretária, muitos anseios e muitas propostas dos produtores de arte e cultura em nosso Estado já estão registrados nos anais das conferências estaduais de cultura. Peça para sua equipe resgatar esses documentos. A última foi em 2013.
2.       Dê andamento público aos trabalhos do Plano Estadual de Cultura. Para nós, produtores e artistas, políticas de estado são mais produtivas que políticas de governo.
3.       Especificamente falando da nossa área, invista na literatura, livro, leitura e bibliotecas: nós, que trabalhamos nas cadeias criativa, mediadora e produtiva do segmento, estamos à margem de quase todos os investimentos do Estado. Crie editais de prêmios e bolsas para circulação da nossa literatura e  para a produção de livros, por exemplo. Aplique dinheiro na compra de nossas obras e distribua-as em todas as bibliotecas de Roraima.  Isso nos dará ar para poder continuar trabalhando. Espelhe-se no que outros estados fazem para fomentar-nos. Espelhe-se nas boas ações do Ministério da Cultura. E, por favor, vá além da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Já basta dos produtores e artistas a pedir dinheiro de empresários para bancar a cultura. Quer dizer, há quem ache o máximo a lei, mas eu acredito que podemos ir muito além dela rapidamente.  É só separar 20% dos recursos do arraial, por exemplo.
4.       Reforçando: editais com seleção isenta são muito bacanas, são modernos, democráticos e, olha que contemporâneo, diminuem esse costume de ter produtor e artista indo bater no balcão da gestão para pedir grana e outros apoios, feito nos anos 1970.
5.       Determine, divulgue e amplie os apoios de logística e infraestrutura para as ações de nosso segmento. Se não tem grana mas tem parcerias, todos ganham e a cena literária se fortalece. Mas não esqueça que recursos ainda são muito bem-vindos.
6.       Faça outras reuniões segmentadas, em horários bacanas como o de ontem, facilitando a vida de quem trabalha o dia todo e não poderia faltar para ir a encontros matutinos, por exemplo. Bote os assessores para anotar e, com certeza, terá boas ideias para colocar em prática.
7.       Por último e não menos importante, dê o start nos debates sobre a necessidade de um Plano Estadual do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas. É um trabalho penoso, mas seria um marco para sua carreira como gestora oriunda do setor educacional. 

De nada e boa sorte, secretária Selma. Como um dos agentes que batalhou muito em reuniões e debates para que fosse criada a Secretaria Estadual de Cultura, eu realmente torço por uma gestão exitosa para todos.

terça-feira, fevereiro 02, 2016

Fotografando minhas action figures: Hulk Marvel Legends


Brincando de fotografar os bonecos da coleção. A action figure da vez foi o Hulk Marvel Legends, com o rosto no padrão Mark Ruffalo no filme Os Vingadores, a era de Ultron. 



Já pensou se um bicho desses aparece na tua frente no meio de uma caminhada no meio da mata?

Eu falaria assim: ficou bem o tom sobre tom desse verde natureza e seu corpo, seu moço. Agora me dá licença que vou ali no banheiro.

segunda-feira, fevereiro 01, 2016

Dos custos de morar no meio do mundo

Morar numa cidade do meio ou do fim do mundo tem suas delícias: capital menos populosa do país, ar puro (quando as queimadas deixam); água relativamente pura direto da torneira (mesmo quando a Caer joga esgoto acima da estação de captação); trânsito mais ou menos fluído (mesmo quando a prefeitura e o governo não conseguem bolar jeitos eficientes de criar alternativas de desafogamento) e a chance de em duas horas conseguir fugir do país caso algo dê errado. 

Só não tem jeito o custo de vida. Mesmo com uma área de livre comércio, comprar coisas aqui ainda é muito caro. Por exemplo: dia desses fui atrás de um refletor  para acabar com as reclamações da falta de iluminação frontal em algumas edições do Sarau da Lona Poética. O moço da loja me falou que bicho custa 499 pilas, sem desconto nenhum.
 
Depois do quase infarto que tive e de tomar remédios para não morrer de pânico com esse valor, fui na internet pesquisar o troço. Achei um produto semelhante, cheio das recomendações, faz o que quero e ainda me chama de “Mi amor, my love, meu amor” por um terço do preço, frete já incluído.

Como disse, morar no meio do mundo é gostoso mas é caro.

quarta-feira, janeiro 27, 2016

Entrevista para a Tv Band Roraima sobre o Sarau da Lona Poética


Olha que matéria bacana que a Band Roraima produziu no sábado 23 de janeiro de 2016 na segunda edição do Sarau da Lona Poética em 2016.

Foi lindo que só o evento. Tem um bocado de fotos em um álbum da fan page do Coletivo Caimbé se quiser ver mais.



sexta-feira, janeiro 22, 2016

Metas plausíveis até dezembro de 2016



Há uma pá de anos que não faço metas. Desisti há uma pá de anos quando percebi que não fazia para atingi-las e me dava preguiça anotá-las para lembrar e trabalhar por elas.
Mas faz uns dias que venho pensando em retomar esse bom hábito de planejar o futuro. Ando muito ocioso e improdutivo, o que vai acabar me levando à tristeza se perceber que mais um ano passou em vão.
Muita gente anota as suas metas e bota o papel em algum lugar de sua casa. Eu fazia isso e sempre esquecia de olhar o papel. Por isso decidi publicá-las no blog, um espaço sem muita visibilidade na web e que sempre vou lembrar de consultar.
Vamos lá às metas plausíveis:

1.    Organizar 17 saraus misturando poesia e música até dezembro.
JUSTIFICATIVA/INCENTIVO INTERNO PARA NÃO DESISTIR/ACHAR DEMAIS: Nove estão garantidos até abril. Daí é só ir fazendo um por mês, na maciota. 

2.    Ganhar seis mil reais além de meu salário normal, usando para isso as atividades de literatura e jornalismo.
JUSTIFICATIVA/INCENTIVO INTERNO PARA NÃO DESISTIR/ACHAR DEMAIS: São R$ 500 por mês, na média. Se pegar um edital bacana e um freela de assessoria de imprensa, já chego lá.
 
3.    Fazer viagens de turismo em Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro, São Luís do Maranhão e Belém.
JUSTIFICATIVA/INCENTIVO INTERNO PARA NÃO DESISTIR/ACHAR DEMAIS: Pelo menos três dessas tá de bom tamanho para não enlouquecer em Boa Vista.
 
4.    Inscrever-me em pelo menos quatro concursos literários mensalmente.
JUSTIFICATIVA/INCENTIVO INTERNO PARA NÃO DESISTIR/ACHAR DEMAIS: um por semana. Tá de bom tamanho.
 
5.    Ser premiado/selecionado em pelo menos seis concursos literários.
JUSTIFICATIVA/INCENTIVO INTERNO PARA NÃO DESISTIR/ACHAR DEMAIS: se conseguir manter a média de inscrições, dará uma premiação a cada dois meses.
 
6.    Solucionar o problema da documentação de um terreno no bairro Mecejana.
JUSTIFICATIVA/INCENTIVO INTERNO PARA NÃO DESISTIR/ACHAR DEMAIS: tá na hora de encarar isso e me livrar desse perrengue.
Solucionar ou dar início à solução do problema da reforma da casa. JUSTIFICATIVA/INCENTIVO INTERNO PARA NÃO DESISTIR/ACHAR DEMAIS: tá na hora de encarar isso e me livrar desse perrengue.
 
7.    Conseguir escrever um projeto para inscrever no mestrado de Letras da UFRR ou de Educação da UERR.
JUSTIFICATIVA/INCENTIVO INTERNO PARA NÃO DESISTIR/ACHAR DEMAIS: conseguir escrever um projeto de mestrado não significa passar no mestrado, mas é um bom começo e melhor do que os nada acumulados até agora.
 
8.    Aumentar a coleção de actions figures em oito Batmans/turma de Gotham e seis Wolverines.
JUSTIFICATIVA/INCENTIVO INTERNO PARA NÃO DESISTIR/ACHAR DEMAIS:  São 14 bonecos apenas. Nada que quebre o orçamento se for bem procurado e o frete não matar a gente.
 
9.    Baixar de77 kg, sair do sobrepeso e chegar em 30 de dezembro com 71 kg.
JUSTIFICATIVA/INCENTIVO INTERNO PARA NÃO DESISTIR/ACHAR DEMAIS: Poderia até escrever 70 kg, mas quem sabe como o ânimo vai estar? Baixar seis já alivia o corpo.

Acho que está de bom tamanho. Se viver até janeiro, vou fazer uma postagem com as metas atingidas ou não.


quinta-feira, janeiro 07, 2016

Minha (finalmente, quase chegando 2017) retrospectiva 2015

Eu acho que retrospectivas a gente faz quando o ano termina de fato. Ou seja, aquela compilação do que aconteceu só deveria rolar do dia primeiro em diante do novo ano. Vai que logo no dia 31, logo depois de escrever que foi tudo ótimo ou ruim, a gente dá entrada no hospital ou ganha na loteria ou descobre quem são seus pais ou encontra uma mala cheia de dinheiro e sem identificação no meio da rua....

Dito isso, quero contar-lhes que anotei em um papel as coisas e momentos que achei mais bacanas de lembrar. Não sei se ando de mal humor ou se poucas coisas valeram a pena recordar, mas o papelzinho é bem pequeno e coube tudo com folga...
 
Enfim, vou compartilhar com vocês as boas de 2015:

1.     Rolaram duas viagens para o Rio de Janeiro. Na primeira, em setembro, participei do Encontro Nacional de Saraus (SARALL) que aconteceu na Bienal do Livro. A segunda foi em novembro, como delegado nato dos Fóruns Setoriais de Cultura no segmento Literatura, Livro, Leitura e Bibliotecas.



 









2.    Tive dias gloriosos (cof cof cof hehehehe) de artista visual, sendo selecionado para duas exposições coletivas que a Universidade Federal de Roraima organizou.



 3.    Desenvolvi com os parceiros do Coletivo Caimbé um projeto selecionado no programa Mais Cultura nas Escolas, dos ministérios da Educação e da Cultura. A ação aconteceu no primeiro semestre na comunidade indígena Ilha, município de Boa Vista. Sábado sim, sábado não, encaramos a estrada e levamos livros, artistas, gibis, arte, capoeira e alegria para as crianças da Terra Indígena São Marcos.

 



4.    Fizemos nove edições do Sarau da Lona Poética, misturando  poesia, música, dança, performances e artes visuais em praças, escolas, centros e espaços culturais do centro e periferia de Boa Vista. Ficaram de fora apenas os meses de maio, junho e julho, no meio das crises de saúde de minha enteada, que quase morre, e minha, que fiquei praticamente aleijado com uma tendinite violentíssima no punho esquerdo (É bom destacar que estou bem agora, depois de ter pego uma injeção de um líquido mágico no pulso). 










5.    Ganhei o II prêmio Senac Roraima de Jornalismo na categoria webjornalismo.




 6.    Tive uma música classificada para o VI Festival de Música Canto Forte. Especificamente um samba. Se fosse você, dava um clique para ouvir.






 

 
 

7.    Comprei para meus projetos se articulei a compra para projetos de outros de mais de 500 exemplares de livros de autores roraimenses. Estou na torcida de que se cada um articular umas compras para mim por aí já estará de bom tamanho.
 




8.    Aumentei um bocado a coleção de boneco/actions figures, pinturas, carrinhos e livros.








9.    Dei um tempo na coluna Rede Literária por conta da tendinite e nunca mais voltei a redigi-la. Foram bons momentos escrevendo semanalmente a única coluna literária de Roraima, mas acabou.


  
10.  Curti o final de 2015 e o começo de 2016 em companhia de bons amigos na fronteira Brasil-Venezuela, desfrutando do frio da Gran Sabana e tomando banho em cachoeiras. 

11. Aproveitei as tardes para ir com meu pequeno curtir a Praia Grande e ver o sol ir embora, sombreando Boa Vista.




12. Brinquei algumas vezes de fazer artesanatos e gostei dos resultados

13. Fiz um curso de extensão em Gestão Cultural pela UFRR. Desse curso saiu um artigo que será publicado em livro neste ano de 2016.



Acho que foram esses os meus pontos altos neste ano. Que 2016 seja mais rico em experiências e grana e menos problemático. Daí a próxima retrospectiva vai ser mais bacana.