terça-feira, maio 29, 2018

segunda-feira, maio 28, 2018

#02 Mostrando as coleções: batmobiles

Então...faz dias que postei esse vídeo no youtube. São duas aquisições legais para a nossa coleção de batmobiles. 

Depois disso já chegaram outras coisas, mas o tripé quebrou e não quis filmar segurando na mão. 

Enquanto isso, aproveitem e curtam as minis do Batman e da Catwoman: 



sexta-feira, maio 11, 2018

#01 Mostrando as coleções: Lego Vingadores comprados na Guiana

Entre um texto e outro do mestrado vou brincando para me distrair e não pirar. A onda da vez é fazer vídeos.

Este é número 01 da série Mostrando as coleções. Começamos apresentando uns bonequinhos Lego dos Vingadores que um amigo que foi até Lethem, na Guiana, nos trouxe. São do Edgarzinho, meu filho. Eu só usei para filmar. Depois vou fazer outros.






Deixa seu like, compartilha, se inscreve no canal e vamos continuar mostrando nossas coleções de bonecos, carrinhos e tudo mais o que temos em casa.

E se quiser ver outras postagens aqui no blog falando de action figures, é só clicar aqui.

terça-feira, maio 08, 2018

Jorge Drexler e inverno numa ilustração que pede asilo


Dia desses estava no Twitter e vi uma postagem em que a atriz-ilustradora daqui de Roraima chamada Cora Rufino mostrava um pouco de seu processo criativo na hora de fazer suas artes. Algo bem simples, mas didático na leveza. 

Dias depois, no meio de uma onda de cansaço de tanta leitura do mestrado, lembrei da postagem, me inspirei e fui fazer umas tirinhas mostrando o meu desalento. Rascunhei no caderno várias, mas me deu preguiça passar a limpo. 

Hoje de tarde pensei nesta ilustração e já arranjei tempo e disposição para fazê-la. A frase entre aspas é da música "Asilo", de Jorge Drexler. Se você não conhece, tá dando bobeira. 


Letra do Drexler + inverno amazônico + gente vivendo na rua + momento de fuga imaginativa = ilustra

Depois dessa aí pensei em outras ilustrações sobre o mestrado. Quem sabe não crio disposição e faço os desenhos?

P.S.: A última vez que parei para fazer uma tirinha assim foi em novembro de 2010. Engraçado é que usei quase a mesma cor na imagem. Devo gostar muito mais de azul do que tenho consciência.

segunda-feira, maio 07, 2018

Sensaciones



El otoño nuevo llegó y no se dieron cuenta que estaban parados en un invierno desde el año pasado.

quarta-feira, maio 02, 2018

Diário de um mestrando em Letras - segundo mês

Mês 2. Abril de 2018

03.04.18 Terça
22h32

Acabei de ler o artigo "A produção social da identidade e da diferença", de  Tomas Tadeu da Silva, sobre a pedagogia da identidade e da diferença. Passei boa parte da tarde e noite nisso. Agora é descansar para fazer amanhã  a resenha e parar de não entregar o que os professores pedem... No final, só quem se quebra com minhas enroladas sou eu...

Ah, no final do artigo, o Tomas começa a escrever quase que musicalmente-poeticamente-alguma coisa que você gostemente sobre viagem sobre diferenças e tal. Separei esta parte sobre os impactos das viagens nas cabeças das pessoas. Fiquei pensando: se as pessoas viajassem mais para inserir-se em outros culturas e convivessem mais com as diferenças, haveria tanto xenofobismo em Boa Vista?





O4.04.18 Quarta
17h22

Hoje comecei a ir num evento chamado Literatura em Roraima: Diálogos e leituras. É bem no horário de uma matéria  optativa do mestrado, mas que não estou fazendo (como pedi aproveitamento de umas que fiz no PPGL e no PPGANTS não estou pagando essa). Casa cheia, o primeiro encontro foi no auditório do Pronat, com o tema poesia e o feminino. Dia 18 vou como convidado para falar sobre modos de produção. 






À tarde fui no encontro, por enquanto, semanal do grupo de pesquisa Amazoon. De lá passei no Sesc Mecejana para assinar una docs ainda referentes ao Sarau da Lona Poética que fizemos no teatro do Sesc Mecejana. Nessas duas coisinhas a tarde se foi.  Eu tava pensando ainda em passar numa palestra que vai rolar no Centro de Ciências Humanas, mas tem tanta parada pra ler e lazer que num sei. É resenha da professora Deborah, estado da arte e metodologia para a qualificação, texto novo do Prof. Mibielli... 

Será que é por isso que o povo entra em depressão nas pós da vida? Será que é assim?

05.04.18
Quinta - 8h18

Expectativa: qual será o texto da aula de hoje? Acho que não foi o que li...

Ainda sobre a indecisão sobre ir ou não à palestra ontem na UFRR: preferi ficar em casa, massagear os pés da patroa, caminhar e fazer minha pesquisa do estado da arte...

12h05 

Obviamente o texto da aula foi justamente o que não li. Obviamente isso me faz sentir meio irresponsável. Mibielli avisou que vai rolar substituição de professores na próxima aula e a profxs nova, Dra. Lisiane, já mandou textos pro sistema dos alunos da UFRR, o SIGAA.

Ah, hoje fiz algo que não fazia há uns 12 ou 14 anos: fui de bike para a UFRR, bem do jeito que fiz durante toda a minha graduação em jornalismo, debaixo de sol e debaixo de chuva... Ai, ai, ai, bons tempos de juventude aqueles. Ruim era para namorar: pouca gente queria subir no meu guidom e encarar aventuras. 


Ainda bem que estava nublado o céu ou na volta, por ter esquecido de levar boné, teria sofrido um pouco com o sol na cabeça. 




16h49 

Conceito do dia: lugar de fala.

E a resenha da professora Deborah, Edgar? Começa quando?..


11.04.18

8h31

Tô aqui em mais uma edição do encontro de literatura na UFRR. O Neuber é pai de uma antiga namorada, a primeira a ter esta denominação no vale valendo, e o Zeca foi nosso vizinho no Caçari por muitos anos. O Neto, filho dele, vivia pegando dão em nossa casa e brincando com o meu falecido primo Sandro Tafarel. 

Adicionar legenda

Enquanto o povo fala, o que fiz nos últimos seis dias?

1. Fiz o resumo da Deborah de forma bem meia boca (demorei muito para pegar o foco da resenha e fui passear em outra temática que não a minha). E na hora da aula a professora perguntou algo que obviamente não estava lá. Ficou faltando um monte de conceito... Agora vou ter que adiantar (ou voltar) essa listagem.

2. Ontem fui ler um texto da Kathryn Woodward (Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual) e fiquei nisso umas cinco e seis horas (o que me leva a calcular que agora, somando com o tempo em sala de aula, fico bem mais ocupado que antes do mestrado).

3. Há espaço para a vida: larguei tudo no sábado à tarde e fui pra praia do Encontro curtir o por do sol. Fiz um vídeo do passeio e postei no YouTube. Vejam na postagem como um mestrando relaxa.

4. Tenho trocado nudes, opa, não pera não é isso!  Tenho trocado PDFs com meninas e meninos sobre as temáticas da pesquisa. Penso seriamente em comprar um e-reader por motivos de não aguentar ler textos muito longos na tela do computador...

5. Adiantei a parte metodológica da qualificação (e outra coisa que não lembro) e passei à professora Leila já no domingo passado. Quinta que vem tem nova orientação.

6. Não é uma ação, mas um acontecimento: Edgarzinho veio se queixar de solidão e de que os pais não estão sendo muito companheiros. Menos de dois meses no mestrado e já temos nossa primeira crise familiar...

7. Morreu ontem  um amigo nosso, o David de Paulo. Suicídio, depressão, dependência química... Uma merda. Era um querido. Compositor, poeta, prestativo, pai, servidor público, gentil que só ... F**a.

12h02

Acabou a mesa do evento da literatura, já estou em casa, já fiz suco pro almoço, já li as últimas dez páginas que faltavam do texto de Woodward... Tá quente que só e à tarde vou fazer o trabalho relacionado a esta leitura.

17h37

Se fiz o trabalho? Bem... Não fiz o trabalho da disciplina, mas agilizei uma cacetada de outras coisas...Resultado: estou atrasado com o que deveria estar adiantado. Vamos que vamos usar a noite para isto então...Se bem que minha vontade é de sair para beber uma cerveja e sentir o vento bater no rosto...

12.04.18 quinta

7h19

Fechei metade do fichamento de citação ontem. Se não enrolar ou me enrolar, mato essa parada de vez hoje. Começo a olhar com mais frieza para o conteúdo: se não me faz falta, nem sublinho. Sou o desprezo em work in progress...

(Noite de insônia parcial. Acordei bem antes do relógio tocar)

21h50 

Manhã de aula com professora nova: Lisiane. Mil referências de vídeo e texto. Pensamento rizomático. Livro do Deleuze para semana que vem. Tarde de muito calor, pedalada até  a UFRR, orientação com Leila. Agendamos retorno para maio. Tenho que polir umas partes do que fiz, melhorar outras, iniciar mais uma seção. Noite de pão com carne e ketchup, suco de melão, música de Roraima no spotify com Ana Lu e Jamrock, ligação pra mãe e finalização do fichamento de citações. Deu nove páginas. Minhas mãos doem. Agora vou ali, beber uma ou mais cervejas para lembrar que a vida não cabe no Lattes.



13.04.18 Sexta

6h30 - Toca o alarme. Maldição...

7h38 - É ressaca que chama? Ou é apenas falta de resistência a bebida e sinuca até mais tarde?

18h50 - E lá se foram mais 40 páginas de leitura em PDF mais um resumo de fichamento em poucas horas. Será que esto finalmente começando a pegar o jeito?


19.04.18 quinta

7h17
Bicho...que quarta foi essa? Uns textos curtos, mas bem pesados sobre representações sociais na abordagem da psicologia me tiraram a tarde e a noite... Até dor nas pernas me apareceu e acabei indo ler na cama e depois no sofá... No final, acho que pro trabalho nem vou aproveitar muito... Tentei sair pra pedalar e relaxar, mas não tive disposição...

Pensar que na minha juventude quis cursar psicologia pois dava conta de arranjar caminhos pra todo mundo sair de seus problemas... Só não me meti porque não tinha o curso ainda em Roraima. Hoje tem dois.

Terça submeti um artigo para análise da revista online Aturá. Entendi tanto como fazer o processo de submissão que até tutorial pelo whatsapp fiz pra uma colega que estava enrolada com isso.

Ainda de ontem: participei do evento Literatura em Roraima na companhia dos escritores Jaime Brasil, Marcelo Perez e Roberta Cruz. Falei pacarai... Tomara que a galera tenha absorvido  algo de bom.


Saca o charme de todo mundo no cartaz

Os escritores Jaime Brasil, Marcelo Perez, a mediadora Elisa, Roberta Cruz, eu e meus óculos

Vem, quinta, vem.

21.04.18 sábado

16h56

Começou o inverno. Tá choviscando lá fora. A tarde está fria, agradável, boa. Só que hoje eu queria ter ido à praia...

Consegui fazer o esquema dos textos de representação social. Vou ver onde imprimir...Ficou parecido com aquela coisa ridícula que fez o procurador evangélico "não temos provas mas temos convicção": todas as setas apontam para a  representação. Tudo culpa dela.

Eu podia estar na praia, mas tô sentado no sofá esperando coragem chegar para ler um artigo duma revista científica... Saudades do tempo do "vamos ler uns 20 gibis para relaxar e depois vamos namorar".

25.05.18 Quarta 

Deus, porque às vezes eu durmo de madrugada e acordo antes das seis? Por quê?

Hoje foi dia de mais um encontro literário na UFRR. A vez foi da galera que escreve prosa. Rolou um problema no auditório Alexandre Borges e a parada rolou no auditório do CBio. Tudo dentro da proposta itinerante do evento.





Tô aperriado por ainda não ter definido o que vou produzir pras disciplinas...

26.04.18 Quinta

Hoje foi de ver a qualificação da pesquisa "A língua que faz casa em casa torna alheios os de casa?", que aborda o uso da língua portuguesa em Santa Elena, Venezuela. Eu curti a apresentação. Alguns dados me lembraram momentos de nosso tempo (meu e da mãe) na Venezuela.



De segunda até sexta estou num curso de escrita criativa com o que escritor Jéferson Assumção. Cara sabe muito e tem uma bela história de vida, dessas que mostram que leitura e obstinação são importantes quando se quer algo mais da vida. Além disso, o gaúcho tem uma tatuagem igualzinha à minha. Ah, mas por disso do curso minhas sonecas da tarde de estão canceladas até sexta.


Os filhos do Torres García

Frase poética do dia, extraída da qualificação: "A língua em que nasci me faz lar em casa alheia."

Tivemos aula com a professora Tatiane Capaverde.
 Passou um monte de texto impresso e digital. 
Acho que tive uma ideia para apresentar na disciplina.

27.04.18 Sexta

Amanheceu chovendo muito, mas muito mesmo. Era só a desculpa que queria para não ir malhar...

A manhã foi para pesquisar e baixar os textos digitais da professora Tatiane. Ontem li um sobre blog,  intitulado "A terceira geração do diarismo: os blogs". É de 2010, com dados de blogs visitados em 2003 pela pesquisadora Danielle Cristina Pereira. Lembrei de como era ser blogueiro naquela época e de como é hoje, na era pós-surgimento das redes sociais. 

30.04.18 segunda

Meio do feriado do dia dos trabalhadores. Li os textos literários e acadêmicos que  professora Tatiane passou (gostei dos diários do Che Guevara e do Carlos Drummond De Andrade, tive um surto criativo com o outro - vale ver se vou aproveitar depois). Comecei a meio que roteirizar (mentalmente conta?) minha ideia pro artigo da Débora. Li um pedaço bom duma tese sobre rap feita na ECA/USP e anotei uma coisas legais.

Agora vou passear de caiaque ali nos rios Cauamé e Branco. É noite de lua cheia, as praias sumiram totalmente (aqueles cenários naturais do vídeo que postei no começo do mês não existem mais), não tenho medo de jacaré nem cobra grande e talvez beba alguma coisa depois.

Para ler todas as edições do Diário de um mestrando, clique aqui. 

terça-feira, maio 01, 2018

Testamento

Sonriendo, envenena a sus padres, hermanos y tios.

Llora al saber que toda la herencia es de la Iglesia.

sexta-feira, abril 27, 2018

E o inverno chegou, chegou, chegou

De repente é sexta e a noite que havia sido fria acorda manhã de chuva intensa. São sete e quinze, mas parece que são seis. O sol não teve coragem de aparecer e eu e ele temos frio. Na varanda as toalhas no varal foram molhadas pelo vento e pela chuva. Vejo pelo vidro quebrado da porta as árvores dos outros quintais balançarem, balançarem. Falei que é sexta? Esta semana foi de meio chuva, meio sol, meio finais de tarde dourados e outros bem cinzentos.




Em certas horas prefiro o barulho da água caindo ao silêncio do verão queimando tudo logo cedo, bem cedo. E então lembro de minha juventude um dia desses certo tempão atrás sem carro, vendo a chuva que parecia adivinhar que era hora de sair para o trabalho. A bicicleta não tinha cobertura, o corpo não tinha cobertura, não há cobertura que proteja um corpo quando o inverno amazônico decide cair. Desaba o céu, caem nuvens, o chão se encharca pouco a pouco e daqui a pouco há poças, lagoas, rios no meio do asfalto. 

O meio do mundo no inverno fica frio. As paredes não queimam mais como antes, os tijolos pegam umidade e o mofo aparece nos cantos. As praias somem e as pessoas se escondem. Toda festa é um risco de sair molhado. A gripe parece estar a postos, esperando sua vez de te abraçar. O inverno, com tudo isso, é bom, é gostoso.

Tomando um cappuccino, lembro de quando ficava olhando pela janela para a rua, esperando a chuva passar para ir ao trabalho, à escola, a algum lugar obrigatório. A vontade era de penumbra e a necessidade era de rua. Quantas vezes pedi para o Tino Cabeção ir me buscar? Quantas vezes ouvi ele dizendo que era a última vez e que precisava comprar um carro? Tino Tinão, gente boa. Melhor caroneiro que já existiu. 

Hoje sou eu o rei das caronas. Levo mulher, levo filho, levo amigos, familiares, levo até a mim para lugares nos quais não quero mas preciso estar. Hoje, já que de chuva e caronas me molho, dei carona até um hospital para uma consulta. Voltei sob chuva, com receio dos malucos no trânsito. Percebi que faça muito sol ou faça muita chuva, a disposição para ser barbeiro não diminui na galera. O povo gosta de viver perigosamente, colocando os outros em perigo, faça verão ou caia inverno.

Chove lá fora ainda. Eu aqui já baixei os artigos científicos que devo ler nos próximos dias, já mandei mensagens engraçadas, já respondi algumas sérias. Só não fui tomar banho de chuva, mas o inverno está só começando e hoje é sexta-feira, dia de pensar nas possibilidades além das responsabilidades. 


quinta-feira, abril 19, 2018

Dos modos de produção artística e literária em Roraima: um bate papo matutino na UFRR


Participei nesta quarta (18) pela manhã do evento Literatura em Roraima: diálogos e leituras, uma realização do curso de Letras e do Programa de Pós-graduação em Letras da UFRR. Para falar sobre “modos de produção artística e literária”, a turma chamou, além de mim, os escritores Jaime Brasil, Marcelo Perez e Roberta Cruz.


Saca o charme de todo mundo no cartaz

Os escritores Jaime Brasil, Marcelo Perez, a mediadora Elisa, Roberta Cruz, eu e meus óculos

Foto que Aldenor Pimentel compartilhou no grupo de wpp dos escritores de Roraima 

 Curti muito ouvir esse povo legal falar de seus modos de produção, ouvir suas opiniões sobre vários temas e conhecer mais deles. 

Fotinha com legenda fofa que peguei do instagram da poeta Elimacuxi, que não falta a uma edição do evento
Eu dividi minha fala em duas partes: na primeira falei das questões que envolvem tornar realidade o produto “livro”, descrevendo o panorama local, apontando questões que os escritores residentes em Roraima deveriam pensar, entre elas como tornar autossustentável a nossa profissão número dois (a dos sonhos, já que a primeira é a que banca as contas de todo mundo).

Marcelo Perez aproveitou e distribuiu a nova edição de seu Fanzine  Receita no Verso. Tem um conto meu nele
Depois falei de mim, coisas que já fiz, do livro Sem Grandes Delongas, deste meu blog querido, da página Cultura de Roraima, do livro de poemas que está vindo por aí agora no segundo semestre e citei um monte de gente que de alguma forma me influenciou tanto na tomada de decisão para começar a pensar nesse produto como na formatação dos poemas. Só esqueci de falar da ação continuada que venho tocando há anos: o Coletivo Caimbé. Que mancada.


Fazia anos que não lia essa contracapa

Como tenho essa tendência a nunca andar em linha reta numa palestra, fiz um roteiro a mão e consegui segui-lo. Mas acho que falei muito em minhas respostas e não tenho certeza de ter respondido a tudo que perguntaram. Bom, de toda forma foi uma boa manhã. Ah, e foi minha primeira palestra totalmente usando óculos para poder ler o que havia escrito.

Eu, uma pessoa organizada e da letra bonita

segunda-feira, abril 16, 2018

Uma trilha de bike do Caçari à Praia do Encontro


Sabe quando você passa anos sem fazer uma parada que gostava muito e aí um dia você fica feliz porque conseguiu voltar a fazê-la, mesmo que não seja na intensidade de antes? Então, essa foi a sensação deste domingo, quando depois de mais dez anos (talvez 12 ou 13) voltei a pegar na bicicleta para fazer uma trilha. 

Quem é leitor antigo  deve se lembrar das minhas hérnias, surgidas há um tempão apenas para me fazer sentir muita dor e abandonar certos bons hábitos como o de pedalar. 

Recentemente decidi parar de ligar tanto para a dor na cervical para investir mais no prazer que é pegar a bicicleta para sair de noite e pedalar por aí. Até na UFRR já fui por estes dias, bem no estilo “sou estudante e vou pegar sol ardente, mas tô de boas”. 

Noite sim, noite não, semana sim, semana não, faço uma pedalada com fins emagrecedores. Acho que deve dar uns 12 km e cerca de 50 minutos. Vou na manha, pelas ciclovias (coisa que não havia quando eu só tinha a bike para me deslocar), subo umas ladeiras, fico ofegante, sinto o vento no rosto e chego feliz em casa para estudar em paz. 

A vontade de fazer uma trilha nasceu ao perceber que tem gente vindo de carro pela margem do rio Branco, saindo do Iate Clube, e chegando na praia do Encontro na maior tranquilidade (clica aqui se tu ainda não viu o vídeo que fiz lá neste verão de 2018). Conversei com o Timóteo e falei que devia ser uma boa fazer isso de bike. Ele topou a trilha, mas disse que as pedras iam gerar sofrimento e talvez até pneus furados, sugerindo então a trilha do Caçari. 

Essa trilha eu fiz muitas vezes antes de aparecerem as hérnias e as dores. Tenho boas lembranças dela, mas poucas fotos. Era o tempo de introdução ao mundo digital, quando ainda era raro alguém ter uma câmera digital. Sei que em algum lugar devo ter fotos guardadas de um desses passeios, mas não imagino onde. 

Enfim, na tarde do domingo passado (ontem, 15 de abril de 2018, para ser bem exato) peguei a bike, coloquei no carro, fui até a casa do Timóteo e saímos pedalando rumo ao banho do Caçari. Pra vocês terem noção, a última vez que fiz esse caminho a avenida Getúlio Vargas era só piçarra. Hoje é asfaltada, com quatro pistas, tem canteiro central e iluminação. 

Chegando no balneário, empurramos as bicicletas até a parte da areia dura, atravessamos o Cauamé (aqui me lembrei do estresse que é não ter sapatilha de ciclista para não ter que ligar se o tênis se molha) e nos enfiamos no meio do lavrado. 


Na praia do Caçari (Foto: Timóteo Camargo)


´Timóteo rumo ao ponto onde atravessamos o Cauamé para entrar na trilha

Saudades tinha eu de pedalar fora do asfalto (Foto: Timóteo Camargo)

Vimos que se o Cauamé tá baixo, baixo, baixo, o Branco tem uns pedaços que parecem ser de um deserto. Os caras dos carros tracionados se aproveitam disso para ir barranco abaixo e curtir muito isso. Eu só brinquei que ia me jogar de bike pelo barranco, mas não arrisquei me lançar. Tenho amor à minha pele. 


Vou-num vou-vou-num fui que não sou doido de me jogar do barranco para cair no areal que virou o rio Branco (Foto: Timóteo Camargo)

Avançamos até a parte em que a trilha começou a fechar e decidimos voltar para ir pedalando até a praia do Encontro. O Timóteo me gravou gentilmente com sua mão-drone e estabilizou o vídeo com os aplicativos que tem no celular. Vê aí a vegetação e percebe como saímos de uma mata para entrar no lavrado novamente. 



O que ainda tem de água no Cauamé vai ziguazeando pelo leito até chegar no Branco. Nos também fomos fazendo isso até chegar lá. 

Depois de um banho bem legal na praia do Encontro (talvez o último desta temporada, pois hoje já começou a chover do ano, ficando nublado o dia todo, sinal do fim do verão) pegamos as bikes e voltamos. A ideia era fazer novas trilhas para ir preparando o corpo para aventuras mais pesadas, mas não sei se vai rolar. Com o fim do verão, chuva é coisa que cai sem avisar, estragando programas tão legais como ir pedalar com os amigos. 


Bikes na praia do Encontro: provavelmente a última ida do verão

quarta-feira, abril 11, 2018

Um passeio na praia do Encontro dos rios Branco e Cauamé

No último sábado fui ver o pôr do sol numa prainha que se forma na desembocadura do rio Cauamé com o rio Branco. É uma delícia de linda e espetacular. Nunca havia estado em essa praia em anos anteriores.

Rio Cauamé á esquerda. Branco à direita. Prainha bem no meio... (foto: Edgar Borges)

Motivos: não sabia de sua existência. Os amigos mais experientes no rio Cauamé (que é o mesmo onde tem os balneários Cauamé – sob a ponte na entrada norte da cidade, Curupira, Polar e Caçari) contam que é a primeira vez que a estão vendo. 

A galera dos carros 4x4 entra no leito do rio e avança areia adentro até chegar na praia, que tem o nome de Praia do Encontro. Eu peguei um caminho no meio do lavrado saindo pela avenida Getúlio Vargas, estacionei o carro, desci um barranco e fui caminhando. 

De fato, o rio Cauamé está bem seco, como tu podes ver na foto abaixo, feita do barranco onde estacionei o carro. É possível ver o rio Branco lá no fundo.

Rio Cauamé no verão de 2018 (foto: Edgar Borges)

Na ida, fiz este vídeo aqui. Espero que gostem. Talvez seja o primeiro de muitos outros mostrando coisas de Roraima. Talvez até grave meus actions figures e faça reviews, tornando-me um youtuber famoso e recebendo brindes e grana de patrocinadores. Independente do que aconteça, deixa teu like no vídeo e se inscreve no canal. 

Daí o Google começa a pensar em monetizar a parada (pra isso preciso de mil assinantes no canal e não sei quantas hora de visualização...conto contigo, navegante da web).





Na primeira vez que estive na praia, fui com uns amigos fazer churrasco exatamente no barranco de onde pego as imagens dos dois rios.

Olha aqui a turma da farofada indo:

Farofeiros do Cauamé (Foto: Zanny Adairalba)

Notem como o rio estava bem mais cheio: 


Rio Cauamé (Foto: Edgar Borges)

É isso: nem só de histórias de mestrando viverá o blog. Curtam, compartilhem, espalhem a notícia e se inscrevam no canal do youtube. Daí, com a grana que o google um dia me dará, vou compra bonequinhos e fazer reviews.

Beijos de fim de verão.

quarta-feira, abril 04, 2018

Diário de um mestrando em Letras - Primeiro mês

Mês 1 - março de 2018




01.03.18 - 1° dia de aula



Acordei como sempre: antes do alarme tocar às 6h30.


8h05 - já na sala do Programa de Pós-graduação em Letras (PPGL), bloco I da UFRR.

8h07 - a colega avisa: o professor continua muito doente (havíamos sido avisados em janeiro ou fevereiro de sua condição de saúde) e não haverá aula. Talvez seja substituído.

Vou resolver coisas pessoais. Me sinto estranho: depois de 20 anos é a primeira vez que sou apenas um estudante, com a única obrigação de ter bom desempenho acadêmico. É um tipo de retorno à juventude, mas sem toda aquela energia e com filho e esposa.

06.03.18

Como já paguei duas disciplinas na condição de aluno especial, hoje pode ser considerado meu segundo dia de aula e o primeiro na disciplina Linguagem e Identidade. Manhã tranquila, de apresentações mútuas entre a turma e a professora Débora Freitas, doutora em Linguística Aplicada.

Então, oficialmente já começaram as atividades. Textos e plano de aula definidos, é hora de acelerar o ritmo de concentração nas leituras.

Por sorte consertamos semana passada um velho abajur de mesa que tenho desde a primeira graduação em jornalismo. Ele é quem vai me acompanhar nas noites acadêmicas, tipo a de hoje.

No extra-mestrado da vida, lembrando um grafite que diz que "viver não cabe no Lattes", comecei a ir na academia e em uma aula de canto.

07.03.18

Fiquei até tarde ontem lendo o texto. Bem denso. Hoje tentei fichá-lo e fazer algumas interpretações e, além de não conseguir terminar isso, me enrolei nos entendimentos. Foi da mesma forma que sempre rola: anoto palavras chaves que depois não fazem nenhum sentido e sublinho trechos que não consigo entender mais.

Fiquei a tarde toda nisso, fui resolver umas paradinhas, recomecei à noite e decidi parar para ir beber uma cerveja e pegar conselhos com um amigo recém titulado mestre.

08.03.18

Cheguei bem tarde, acordei cedo como sempre e tive um sono terrível durante a aula da disciplina de hoje.

O professor titular vai fazer uma cirurgia violenta no coração (algo como várias pontes de safena) e foi substituído pelo coordenador do curso, professor doutor Roberto Mibielli, que fez análise de um texto de Machado sobre a identidade nacional literária. Temos esse para terminar na próxima semana e mais o Manifesto Regionalista, do Gilberto Freyre. Ruim é que são todos online e ainda não comprei um e-reader para fugir das leituras grandes no computador...

À tarde voltei na UFRR para reuniões com os demais colegas orientandos e a professora orientadora, a doutora em Educação Leila Baptaglin. Já ganhei trabalhinho de casa para ir adiantando o texto da qualificação.

09.03.18

Aí você senta na frente do notebook, passa meia hora se concentrando, levanta para fazer um capuccino e quando volta o troço desligou sozinho...mais meia hora para conseguir ligar e mais meia hora para entrar em sintonia com o fichamento, quebrando toda a programação da manhã....



13.03.18



Li ontem até quase meia-noite vários textos, entre eles o Manifesto Regionalista e um artigo sobre regionalismo que encontrei em uma revista de ensaios que ganhei uma vez em um sorteio do Twitter. Sorte que nunca joguei fora.

Hoje foi dia de professora Débora. Para semana que vem temos que chegar com um livro lido e um diagrama-esquema-desenho apresentando as ideias principais. Vai ser um desafio, pois nunca fiz isso com um livro todo, só com pouco conteúdo para relacionar.

Falando nisso, tenho que lembrar amanhã de melhorar o resumo que fiz do texto passado.

Ontem também comecei a mexer no texto que vou apresentar na qualificação. Acresci o que a professora Leila indicou e agora vou ler uns materiais que mandou para irmos colocando teoria na cabeça.

Essa vida de leitor obrigado não tá legal, mas faz parte do caminho. Não fiz antes, sempre quis fazer, então é o que temos: mestrando com mais de 40. À leitura, ora pois.


30.03.18

Não anotei nada no meu diário de mestrando. O que escrevo agora é puxando pela memória e feito com o intuito de  lembrar de cada etapa da jornada. 

Vamos lá: 

Me enrolei na última semana do mês e não fiz a leitura de um texto da professora Débora no dia que deveria ter feito. Resultado: isso quebra todo o meu planejamento de pesquisa e redação para o texto da qualificação. A sorte é que não tinha nada do Mibielli para ler. Mesmo assim, acho que não vou conseguir levar o resumo que ela pediu para o dia primeiro. 

Minha vida agora é toda agendada, calculando exatamente o que devo fazer todos os dias para que não me complique todo. O que não conseguir fazer hoje, vou jogando para o amanhã. Devo confessar que tá complicado ser tão organizado. 

A professora Leila Baptaglin convocou seus orientandos, eu no meio, a participar das reuniões do grupo de pesquisa Amazoon, no qual ela me incluiu. Eis um compromisso fixo para toda quarta-feira agora e um motivo a mais para tentar manter a vida cronogramada (nem sei se essa palavra existe, mas o sentido que lhe dei é bem legal). 

Com essa convocação da Leila, já são três idas fixas à UFRR por semana: terças e quartas pela manhã e quartas á tarde. Quinzenalmente terei reunião de orientação às quintas no turno vespertino. Como estou tentando manter a regularidade nas idas à academia, vou segundas, quartas e sextas no campus. Acrescentando eventuais idas à biblioteca, dá que estou indo agora como estudante bem mais do que quando era funcionário. 

Das coisas que não tem a ver com o curso, mas tem a ver com ser escritor: no dia 23 fui acompanhar uma análise de uns textos de prosa e verso meus, feitos pelos alunos da graduação em Letras. O resumo eu já publiquei, mas se você tá chegando via pesquisa do Google, o link é este aqui.