sexta-feira, outubro 30, 2020

E o Nei Costa foi cantar Beatles noutros lugares

Manhã de tristeza com as notícias que chegaram pelo whastapp. O jornalista Nei

Costa foi cantar Beatles em outros lugares nesta madrugada.

Conheci o Nei em 1998, quando comecei a trabalhar no jornal O Diário, do então prefeito Ottomar Pinto. Rui Figueiredo era o editor-chefe e ele era o editor de cidades. Me passou a primeira pauta, fez a primeira revisão de texto meu em jornal. Simpático e acolhedor sempre. Poucos dias depois saiu do jornal.

Nunca mais trabalhamos jornalisticamente juntos, mas também nunca perdemos contato e fizemos uma pá de pequenas coisas em parceria: foi parte da primeira geração de blogueiros em Roraima, no começo dos anos 2000. Antes de que  tivesse o meu blog,  me deixava publicar textos literários no Zhuada, nome de seu espacinho virtual particular. Isso nos levou em 2005 a participar da VI Feira de Livros do Sesc,falando sobre blogs quando isso ainda novidade em Roraima.

Quando estava como editor-chefe do jornal Roraima Hoje abriu, várias vezes, espaços para que publicasse matérias que iam concorrer a prêmios jornalísticos, publicou poemas meus e de vários autores locais em uma ação chamada #versificados, sempre abriu páginas para as matérias do Coletivo Caimbé. Um parceirão.

Sábado sim, sábado não, passava na redação do jornal para bater papos matutinos com ele e a equipe de plantão. Era muito divertido vê-lo reclamar e zoar a equipe ao mesmo tempo.

Também tivemos uma fase de encontros na beira da piscina do Aipana Hotel. Era a Confraria Lúpulo com Guaraná, formada pelos Três Mosquiteiros (O próprio Nei, eu e Luiz Valério ) e Dona Dartanhã, apelido que deu a Zanny Adairalba.



Depois que o Edgarzinho nasceu, fomos muitas vezes à sua varanda para comer a macarronada de sábado, ouvi-lo falar de seu passado como aventureiro, garimpeiro, ourives, falar sobre as plantas que estava cultivando e também ouvi-lo cantar Beatles e outros sons que adorava. Nesses encontros, falava com um orgulho imenso dos três filhos, de cada conquista, mudança e do crescimento de suas eternas crianças Érica, Andressa e Luca.

Nei fez a revisão de um livro meu nunca publicado. Acho até que chegou a fazer uma diagramação preliminar também. Nos últimos anos os encontros foram rareando, mas nunca deixaram de ser engraçados. 

Lembro que ao encontrá-lo no Bar do Rock, ali no Centro Cívico, sempre brigava com ele, dizendo que tomasse vergonha, que doenças de fígado e rins nunca somem para sempre. Ele ria, me abraçava, falava alguma bobagem e me dizia para passar no outro dia na casa dele porque ia fazer uma macarronada especial.

A última vez que nos vimos foi em 14 dezembro de 2019, na celebração pela recuperação em andamento do Pablo Felippe (eu tava achando que era o aniversário do Pablito, mas não). 

O Nei cantou com a Zanny e o Orib Ziedson, riu, bebeu, contou histórias, falou de algumas tristezas e projetou o futuro. Aproveitamos e ligamos, junto com o Marcelo,  para o Érico no meio da madrugada para tirar onda e chamá-lo para a festa.


Não lembro se planejamos alguma macarronada, se marcamos encontro na beira da piscina do Aipana, se ficamos de um dia desses tomar uma cervejinha juntos. 

Depois veio a pandemia, eu me recolhi ainda mais em casa e ele foi para São Paulo em junho. A notícia de sua internação pegou todo mundo de surpresa aqui. Achávamos que ia conseguir superar, mas não deu. 

Eu tô apostando que agora mesmo deve estar fazendo um solo de violão com um cigarro no canto da boca e e gritando para a plateia o seu mais especial carinho: “Meu, vou lhes fazer um elogio que faço para poucos: vocês são uns arrombados!”.



quarta-feira, outubro 28, 2020

Um conto de Isadora Salazar - com dedicatória para este cronista

Vim apenas deixar o link para um conto da advogada, escritora e dramaturga paraense Isadora Salazar. 

"A Velha Que Desarrastou Os Pássaros De Uma Criança" foi publicado na revista eletrônica Variações, focada em literatura contemporânea. 

Isadora dedicou o texto a várias pessoas e entre elas está este cronista que lhes publica sem saber quem são vocês nem o motivo de chegarem aqui. Isso pode ser tema de uma outra postagem, mas agora foquemos na dedicatória: 



Eu, rei das referências. hehehe. Chupa, Google


Eu já havia lido esse material em alguma conversa que tivemos por whatsapp ou e-mail bem antes dessa publicação. Achei muito bacana, imagético. Na época não sabia que a Isadora também era dramaturga e fui logo dizendo que o material poderia ser facilmente encenado e tal. Na verdade, não lembro se foi esse ou outro texto, mas a questão é que é bão que só.

A senhora Salazar é mãe de duas meninas, uma delas artista visual (acho que é a Tavinha), autora do romance Águas de Morta  e este ano foi uma das selecionadas pelo projeto Sesc Arte da Palavra. 

Vale muito se ligar nas falas dela. Confere a programação na página do projeto no facebook.

quinta-feira, outubro 22, 2020

Uma conversa sobre Literatura e Poesia na Amazônia no podcast Direto ao Ponto

Participei semana passada do podcast Direto ao Ponto, comandado pelo jornalista Luiz Valério, amigo meu e antigo integrante do Coletivo Caimbé.



O Luiz está ampliando as abordagens do podcast e falar sobre arte e cultura está no novo foco dele.

Foi uma conversa legal. Eu falei meio baixo, na fala mansa, mas ele aumentou o som e dá para ouvir de boas as minhas respostas. Até falei um poema, lembrando. 



Vou te deixar os quatro links que ele passou. Por falta de opção não deixarás de ouvir-me falando sobre literatura e poesia na Amazônia.

Spotify 

Deezer 

Site do Luiz.  

Um aplicativo que não instalei, mas ele falou que funciona nos celulares, o Podbean.

quarta-feira, outubro 21, 2020

Um poema meu na 23ª edição da Revista LiteraLivre

A edição dos meses de setembro e outubro da revista digital de literatura LiteraLivre entrou no ar faz uns bons dias, mas só agora arranjei tempo, disposição e memória para avisar vocês que tem um fotopoema meu lá para conferirem. 

A LiteraLivre pode ser lida de graça em várias plataformas, incluindo o formato PDF. 

O projeto já tem quatro anos e a editora-chefe é Ana Rosenrot.

Aqui vocês podem ler e baixar a edição. 



Olhem aí meu poema, que está na página 58 do volume 4/n⁰ 23, e depois digam se gostaram.


O facebook da revista é este. 

Antes que esqueça, também tive um poema publicado na edição anterior. Para saber mais disso, lê a postagem que fiz à época. 



quarta-feira, outubro 07, 2020

E vamos para o Festival Literário On-line do Sesc 2020

Entre os dias 10 e 15 de outubro o Sesc Roraima promoverá um Festival Literário On-line, com atividades nas redes sociais da instituição. 

A programação do festival atenderá a todas as idades com oficinas literárias, lançamento de livros, contação de histórias, bate-papo e muito mais. 

Cheio de felicidade por ter tido minhas propostas aprovadas na seleção que o Sesc fez de autores interessados em participar, estarei em três momentos da programação.

Além de mim, participam, com diferentes ações, os escritores e artistas Elimacuxi, Felipe Thiago, Aldenor Pimentel, Sony Ferseck, Eliakin Rufino, Isa Carolina, João Pedro, Kenia Alves, Elivelton Magalhães e Aline Kefler, além dos grupos Curupira Show e Arteatro. 

Vê meus momentos na programação:

11 de outubro de 2020, às 19h, fazendo o pré-lançamento de meu livro de poemas "Incertezas no meio do mundo". Comigo estarão as poetas Sony Ferseck, fazendo o lançamento de seu livro Movejo, e Elimacuxi, que será a mediadora da noite. 

12 de outubro de 2020, às 19h, como mediador numa mesa que vai discutir a literatura digital e suas implicações. Participam os poetas Elimacuxi e Felipe Thiago, que vai lançar o seu e-book Poemindireta.

15 de outubro de 2020, às 19h, como articulador da edição de outubro do Sarau da Lona Poética, que terá muitos convidados. Além disso, vai acontecer durante o sarau a final da 2ª edição do Concurso On-line de Poesias Palavras Conectadas

Todas as ações serão transmitidos pelo canal de YouTube e no perfil do Facebook do Sesc.

Confiram a programação completa do Festival LiterárioOn-line clicando aqui.

Ou então vejam nas imagens abaixo:






Nos vemos no festival! ❤☺☺☺

terça-feira, setembro 22, 2020

quinta-feira, setembro 17, 2020

terça-feira, setembro 15, 2020

domingo, setembro 13, 2020

quarta-feira, setembro 09, 2020

Sintiendo el camino (conto)

 



Nos perdimos, vale. Llegamos tarde a nuestra victoria y no hubo trompeta que le echase luz a nuestra rumba. La cerveza que me bebí tenía sabor a ti, a tus cosas, a esa mala costumbre que tienes de llamarme a tu cama, a tu sonrisa, a tus tardes antes de que salieras a probar a otros sabores de otros amores. Bailamos, bailaste, eras así: cuando no te acompañaba, te meneabas sola en la pista, como si nada, como si tu todo y yo, bueno, si no ayudo, que no estorbe.

Nos perdimos, vale. Nos faltó ganas, nos faltó valentía.Lo nuestro podría haber sido eterno, pero que tanto la eternidad si hay vidas que no se entienden entre una madrugada y otra, si hay besos que no son para uno, sino para los que los pidan primero, para el que baile mejor, para el que se menea más sabroso al son de la música que esté tocando en la radio.

domingo, agosto 30, 2020

Rumo a mais um festival literário do Sesc

 Este agosto de 2020 foi infinito nos estresses, mas também trouxe boas notícias. Uma delas é que sou um dos escritores selecionados para o Festival Literário 2020 do Sesc Roraima.




Entre feiras do livro  e festivais, este é o nono evento deste tipo organizado por esta instituição em que participo como autor. Já falei sobre isso nesta postagem aqui do blog. 

No festival deste farei a apresentação de meu livro de poemas que está em fase de produção gráfica e também vou montar um sarau.

Além de mim, o festival terá a participação de outros autores queridos e estimados, como a Elimacuxi, o Felipe Thiago e o Aldenor. ♡

Será em outubro, tudo on-line. 😋😋. 

até lá. 

sábado, agosto 29, 2020

Estamos no e-book Perspectivas literárias pós-colonias

Uma outra notícia legal para o ego acadêmico e para enriquecer o Currículo Lattes neste agosto infinito: saiu o e-book Perspectivas literárias pós-coloniais, publicado pela UFRR.  No livro tem um artigo meu e da professora Leila Baptaglin, analisando o trabalho do rapper MC Frank D'Cristo, meu sujeito de pesquisa no mestrado em Letras na Universidade Federal de Roraima. O material foi produzido ainda em 2018, no primeiro ano do curso. 



Tem também textos de outros colegas do tempo do Mestrado, também conhecido como Programa de Pós-graduação em Letras (PPGL). 

Confere nas palavras do professor Eduardo Amaro, organizador da obra junto com a professora Tatiana Capaverde, o conceito do e-book:

"A coletânea de trabalhos, intitulada Relações Identitárias e Intertextuais, reúne estudos que versam sobre as questões identitárias, assim como aproximações intertextuais em diferentes suportes artístico-literários. 

Tanto os contatos através de trânsitos e deslocamentos inter e intranacionais quanto entre textos de diferentes autores ou gêneros são temas recorrentes na arte contemporânea. A primeira seção reúne textos que discutem relações intertextuais em diferentes gêneros artísticos. 

A segunda seção trata das formas de representação da alteridade na literatura latino-americana. Na terceira seção os trabalhos focalizam as relações identitárias no contexto amazônico. 

A coletânea conta também com uma resenha crítica da obra Deslocamentos Culturais e suas Formas de Representação também publicada pela EdUFRR."

O volume 2 da Coleção Discipuli, que será dedicada à publicação de trabalhos de alunos de pós-graduação, está disponível on-line no site da Editora da UFRR.

Clica e vai direto para o volume 2, onde eu apareço. 

Clica aqui e vai para o volume 1, onde tem artigos com outras temáticas. 

terça-feira, agosto 25, 2020

Teve lançamento de livro na UFRR falando literariamente sobre a pandemia

Na sexta passada (21;8/2020) fizemos o lançamento on-line dos dois primeiros volumes da coleção Literatura de Circunstâncias/Prêmio Devair Fiorotti de Literatura, publicados pela Editora da Universidade Federal de Roraima.

Foi muito bacana ouvir os autores lendo trechos de seus textos.




Para mim, que fiz a sugestão do prêmio e atuei como um dos organizadores, junto com os professores  Roberto Mibielli  e Fábio Carvalho, foi um momento especial na minha jornada de agente cultural da área da literatura.




Na foto eu seguro as versões impressas dos dois volumes, mas eles também foram lançados em formato ebook. Se você quiser ler os textos, acessa o site da editora da UFRR e baixa-os: 

 Literatura de Circunstância (Vol 1) e  Literatura de Circunstância (Vol 2)


Ah, vê a matéria de divulgação que rolou no portal da UFRR: 


A Editora da Universidade Federal de Roraima (EdUFRR) promove na próxima sexta-feira (21/8) um sarau on-line para fazer o lançamento dos dois primeiros volumes da coleção Literatura de Circunstâncias/Prêmio Devair Fiorotti de Literatura.  A ação faz parte do Programa de Extensão ao enfrentamento ao coronavírus, da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis e Extensão (PRAE).

O lançamento será feito pelo canal de Youtube do Programa de Pós-graduação em Letras (PPGL) da UFRR , com início da transmissão às 16h, horário de Brasília. 

A intenção é reunir todos os participantes da coletânea e abrir espaço para leituras de trechos dos textos ganhadores do concurso.

 Os dois volumes da Coleção Literatura de Circunstâncias serão disponibilizados para download na página da EdUFRR: www.ufrr.br/editora.  Além disso, a editora fez uma tiragem impressa que será distribuída entre os autores e nas bibliotecas do Estado.

O concurso Literatura de circunstância/Prêmio Devair Fiorotti de Literatura teve como tema “Pandemias: cuidados, prevenção, efeitos e consequência sobre a vida humana: dimensões múltiplas de uma temerária e inquietante experiência coletiva”.

O volume 1 da Coletânea é composto de 15 poemas,15 minicontos e 15 crônicas; enquanto o volume 2 é composto de 15 contos. Na categoria Poema, as comissões Organizadora e de Avalição homenageiam a memória do recém-falecido poeta e professor da UFRR, Devair Fiorotti, com dois poemas hors-concours.

A iniciativa estimulou um grande contingente de escritores de todas as regiões do País, além de escritores que residem em Portugal e na Polônia, a produzirem um conjunto de textos que tratam de diferentes perspectivas, com profundidade e agudeza, e ao mesmo tempo com muita graça e leveza, da condição-limite vivenciada pela humanidade neste ano de 2020, em que ela foi obrigada a uma repentina e profunda mudança de hábitos.

O prêmio literário teve o suporte da EdUFRR e foi organizado por Fábio Almeida de Carvalho, seu diretor, por Roberto Mibielli, escritor e coordenador do Programa de Pós-graduação em Letras da UFRR (PPGL), e por Edgar Borges, escritor e integrante do grupo literário Coletivo Caimbé.

“Esperamos que seja esta a primeira de uma série de publicações de obras literárias que conjuguem alto valor estético e grande relevância social e que, assim, a EdUFRR possa ajudar a Universidade Federal de Roraima a cumprir o seu primordial papel de impulsionadora da ciência, da cultura e da arte que circula e que se produz no extremo norte do Brasil”, afirma o diretor da editora.

domingo, agosto 16, 2020

Advertência (Vídeopoema)

 


Uma placa em uma clínica e a mente voando para afastar o medo. O que sobra a não olhar de modo diferente para as letras do cotidiano e brincar com isso?

quinta-feira, agosto 13, 2020

quarta-feira, agosto 12, 2020

No céu, a lindeza (poema)

 



No céu, a lindeza
Na terra, 90.188 adeus
Regam a tristeza

Edgar Borges

(Poema publicado no meu instagram quando ainda não havíamos ultrapassado os 100 mil mortos oficiais por Covid-19 no Brasil)