Vamos lá, fazer o tradicional balanço das coisas que me lembro que aconteceram neste ano que parecia não ter fim.
Diferentemente de 2010, não vai rolar mês a mês (clica aqui para ver como foi no ano passado).
Vou dividir no bloco das coisas boas e das coisas ruins/estressantes e encher de links para quem ler e quiser mais detalhes.
Antes de começar, dá play nessa música do Engenheiros do Hawaii. Ela representa um pouco das motivações para a jornada literária que fiz este ano. Vai lendo e ouvindo que lá embaixo vamos mudar a batida, certo?
el camino, y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante, no hay camino,
sino estelas en la mar.
(A poesia completa pode ser lida neste blog, chamado Poesia Latina. A parte que me interessa é essa, já que 2012 tá vindo e a caminhada da vida deve continuar.)
Chegaram nesta segunda-feira (12) os exemplares da antologia resultante do II Concurso de poesias da Revista Literária, uma promoção do Sindicato dos Escritores do Distrito Federal apoiada pela editora Scortecci.
Foram mais de 1.600 participantes, segundo a apresentação feita por Elias Daher, organizador do concurso e presidente do sindicato.
Desse total, ficaram 40 para publicação. Do Norte, conforme leitura dos perfis dos autores, ficamos eu, dona Zanny Adairalba (ambos de Roraima) e Maíra Fé Maia Soares, de Rondônia. A seleção fico por conta de Cintihia Kriemler, Marcos Antunes, Nena Medeiros e Soraya Albuquerque. Esta é minha oitava antologia de poemas. A próxima participação deve sair em breve. Será um e-book da Geração Editorial com dois microcontos.
Estas são minhas #PequenasFelicidades, responsáveis por alegrar a vida no deserto que está virando Roraima neste final de ano.
Boa Vista está quente, muiiiitoooo quente, mas de manhãzinha é a cidade perfeita. Dá até vontade de ficar suando mais um pouco na cama.
Foi isso o que rolou nesta segunda, essa vontade doida de dormir mais. Entretanto, compromisso marcado com a imprensa se respeita e lá fui eu acordar 6 da madrugada para estar às 7h na TV Cidade. A entrevista era para falar da indicação do projeto Caminhada Arteliteratura para o Prêmio Anu (Você já votou na gente? Clica aqui que o prazo está acabando).
O papo com a Mariângela Marinho foi bacana. Se não fosse o meu sono teria sido bem melhor. Acordar cedo não faz o meu estilo. Até esqueci de levar a máquina comigo para o estúdio.
Depois da entrevista passei no Centro da Cidade e deixei lá na Banca Playboy exemplares de meu livro de micronarrativas Sem Grandes Delongas. Está à venda por R$ 15.
Aproveitei o embalo e deixei com o senhor Pierre, novo administrador da banca, exemplares do Micropoemas e dos quatro cordéis escritos por dona Zanny Adairalba. Somos os primeiros escritores a colocar livros locais para ele vender.
Para os interessados que vivem em Boa Vista, a banca Playboy, uma das mais antigas da cidade, fica no cruzamento das avenidas Jaime Brasil e Getúlio Vargas.
Se você, caro leitor, não mora em Boa Vista mas tem interesse em comprar o livro, faz assim: manda um e-mail para edgarjfborges@gmail.com que aí te passo meus dados bancários. Incluindo despesas de envio, o livro sai a R$ 20. Ou então me liga no 95-9111 4001.
Continuando o quente dia, 12h40 estive na Tropical FM, para uma conversa deliciosa com a radialista Consuelo Oliveira. O tema? Meu livro e a indicação da Caminhada Arteliteratura ao prêmio Anu. O legal do papo no rádio é que a gente passeia por todos os assuntos que o tempo permitir, conta piada, esquece das coisas e sempre pode voltar para o tema principal. Adora visitar a Consuelo.
As fotos são do Cleiton, operador de áudio da Tropical (excluindo a dele, claro, feita por mim):
Depois da Consuelo foi casa, calor, RPG e uma passada numa das livrarias da cidade para discutir a possibilidade de deixar o livro lá. Vai ser enrolado, pois precisam de nota fiscal avulsa. Ou seja, é um custo que precisa ser repassado para o consumidor...mas nisso vou pensar só depois.
Fechando o quente dia, fui parar na Fundação Bradesco. Lá, convidado pelo meu amigo, guitarrista da banda Iekuana e professor de química Rhayder Abensour, falei no evento Musicofilia com as turmas do ensino médio sobre literatura, meu livro e como tudo se mistura com a internet.
Para mostrar como é o processo criativo do escritor, mandei fecharem os olhos e montarem cenas mentais a partir de descrições do começo do livro Cem Anos de Solidão, do Gabriel Garcia Márquez, e de uma viagem pelo rio Amazonas (lembrando de minha passagem neste ano pelo Amapá, durante a Pororoca Cultural com o palhaço ribeirinho Jonas Banhos). Depois alguns descreveram a cena para os colegas.
A mesa foi legal. Falamos um tanto sobre internet, melindres no jornalismo cultural, relação das bandas com a imprensa, modo de trabalho da mídia tradicional e como ocupar espaços nelas garantindo-se também nas redes sociais.
O pessoal da música, maioria dos presentes, não é muito chegado a fazer perguntas. Mesmo assim, foi bacana. Os meus colegas da mesa sem mesa mandaram bem. Aliás, só tinha fera experiente. Posso dizer que o menos rodado na área era eu. Lá no Facebook, alguém me disse que faltou "pimenta" na conversa.
Acho que ele falou isso por conta das opiniões convergentes em muitos pontos. Pode ter sido isso mesmo, mas como botar pimenta se a plateia estava tímida e tão atenciosa que nem contestar a gente contestava?
Mesmo assim, se as bandas gravaram mentalmente metade do que falamos, os caras vão dar um pulo em seu modo de fazer mídia. Consultoria gratuita geral.
Olha aqui algumas fotos do Pablo Felippe, assessor de imprensa do coletivo Canoa, organizador da parada:
Se liga no Lampião, direto lá de Olinda!
Essa foto aqui parece de gente fazendo coreografia, né?
Estive na região sul de Roraima semana passada. BR 174 perfeita até Caracaraí. Via de primeiro mundo. Passou da cidade, o asfalto muda de cor, aparecem buracos, trechos sem acostamento, barro batido (a cara de Boa Vista, cada dia mais suja e esburacada).
Piora quando se atravessa a ponte sob o Rio Branco. Há operários trabalhando, verdade, mas o ritmo, para quem encara essa rota, é muito lento.
Não vou falar do trecho que fica entre o Km 500, ou a rotatória, como é mais conhecido o local, e a cidade de São Luiz (antigamente conhecida/chamada de São Luiz do Anauá). É vergonhoso. Quem sofre de enjoo, como eu, pena. É um buraco atrás do outro. Ou melhor, um buraco integrado que tem uns 50 km de distância. É tão ruim a estrada que demoramos uma hora para fazer o trecho. E isso de picape e um motorista muito bom.
Desse jeito não tem desenvolvimento que chegue. Fiquei pensando numa pessoa que precise ser trazida a Boa Vista para receber atendimento médico. Imagina o sofrimento com os solavancos na ambulância.
O foco da postagem não é a estrada podrona (e cabe lembrar que ela sempre foi assim, não é coisa recente), mas sim um momento em Rorainópolis, cidade encravada no meio da selva e bem pertinho da Linha do Equador. Se Boa Vista é quente, lá é beeeeem pior. Para quem não é de Roraima, pega um mapa e vais ver: é mais fácil ir a Manaus do que vir a Boa Vista. O Amazonas fica tão perto que a TV Globo local passa Vts da prefeitura de Manaus e do Governo do Amazonas.
Bom, estava eu lá no sul, fazendo meu trabalho, quando decidi fotografar a fachada do prédio da Universidade Estadual de Roraima. Fiz uma de ladinho, aproximei mais e embiquei para uma foto frontal.
Foi então que vi um papel jogado no chão. Curioso, fui ler o que estava escrito nele. Era uma poesia. Agora imagina: literalmente no meio do mundo, sol rachando às 9h da matina e encontrar uma poesia jogada no chão. Achei fantástico. Bati a foto sem mexer em nada. Ou seja, o papel, a pedra, a localização, tudo está no original, sem “mãophotoshop”.
Acho que momentos assim podem ser incluídos nas listas “pequenas surpresas agradáveis”.
Dessas boas notícias vistas com atraso, chega mais uma pequena felicidade: três minicontos meus estão na revista eletrônicas de micronarrativas Veredas.
Para saber do que trata cada um, basta clicar nos links que te levam direto aos textos.
IV Festival TomaRRock debaterá Mídia 2.0: Comunicação e Cultura Digital
Dentro da programação do Festival TomaRRock, mas com um enfoque
diferente dos shows de rock, o coletivo Canoa Cultural realiza nesta
quinta feira, 8, as 19h, no Cine Sesc, uma mesa redonda sobre Mídia 2.0:
Comunicação e Cultura Digital.
Temas como redes sociais,
cultura do norte, políticas públicas e plataformas de divulgação com
coberturas colaborativas serão abordados e vão aprofundar a discussão a
respeito da produção cultural e sua relação com as novas tecnologias da
informação e comunicação.
Os debatedores serão os jornalistas
Humberto Finatti (SP), Sandro Nine (AM), Cyneida Correia (RR), Edgar
Borges (RR) e o Gestor Cultural Hudson Romério (RR).
O evento é
voltado para alunos e profissionais de jornalismo e todos aqueles que
consomem informações culturais e gostariam de aprender mais sobre o
assunto. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no local do
evento.
Mais programação
Na
tarde da sexta-feira (9), Ana Morena, da banda Camarones (RN), Manoel
Vilas Boas, da Banda Mr. Jungle, e o Jornalista Murilo Basso (PR) farão
uma palestra sobre Gestão de Carreiras musicais, também no Cine Sesc. Na
noite do mesmo dia a música volta ao Festival TomaRRock com as
apresentações das bandas Johnny Manero (RR), Nicotines (AM), Garden
(RR), Iekuana (RR), Nekrost (AM) e Dr. Sin (SP), no Ginásio do Sesc
Mecejana.
No sábado (10) Boa Vista recebe o show mais esperado do
ano, Hopes (RR), Arthur de Jesus (RR), AltF4(RR), Ostin (RR), Camarones
(RN), JamRock (RR), se apresentam junto dos cariocas da Banda ForFun,
também no Ginásio do Sesc Mecejana.
Os ingressos para os shows do
IV Festival TomaRRock estão sendo vendidos na Chilli Beans, na avenida
Ville Roy, ao preço de R$10, inteira, e R$ 5, meia, antecipado, para o
dia da Dr. Sin. E R$ 50, inteira, e R$ 25, meia, o primeiro lote do show
do ForFun.
O Hard Rock da banda Dr. Sin será a atração principal
da penúltima noite do IV Festival TomaRRock. O Festival TomaRRock é
realizado pelo Coletivo Canoa Cultural e Circuito fora do Eixo, com
patrocínio da Oi, apoio cultural da Oi Futuro, SESC, Sebrae, Folha de
Boa Vista, vereadora Janice Coelho, Cerveja Devassa, Publicolor.
O
Coletivo Arteliteratura Caimbé concorre em Roraima ao Prêmio Anu
2012, ofertado pela Central Única das Favelas, com o projeto
Caminhada Arteliteratura, coordenado por mim, e realizado em comunidades
indígenas e ribeirinhas de Roraima e Amapá, além de Pernambuco e
Alagoas, neste ano.
Para
conquistar o Prêmio Anu em Roraima, precisamos que o maior número
de pessoas participe votando na Caminhada Arteliteratura.
É preciso
apenas acessar este link e fazer um pequeno cadastro no site (nome, e-mail e cpf somente).
Depois, o eleitor recebe uma senha, volta pro site da Cufa
e vota na Caminhada.
Bem
simples, né? Não leva mais que um minuto tudo isso.
Conto com
a sua colaboração, seu voto e sua campanha para que seus outros
amigos votem na gente. Quanto antes você votar, melhor.