O projeto Folhinha Poética publicou no dia 10 de março um poema de minha autoria. Foi o segundo deste ano.
A Folhinha é um calendário com poesias de gentes de todos os cantos. Fico feliz por fazer parte deste tipo de iniciativa.
Temporal é um poema que deve ter uns 10 anos de escrito, pelo menos. Gosto muito dele. Na época em que o escrevi, chegamos a gravar um vídeo em várias locações em Boa Vista. Este material depois foi exibido no festival de artes Yamix, que rolava em Pacaraima.
A semana fechou com uma felicidade literária: um poema de minha autoria foi premiado com o primeiro lugar na categoria Literatura/comunidade externa da Mostra Cultural do IX Fórum de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação Tecnológica (Forint) do Instituto Federal de Roraima (IFRR).
A premiação será um tablet. Estou feliz. Escrevi o poema em julho deste ano, pensando em como as pessoas querem forçar o “está tudo bem” nestes tempos estranhos de variantes e agonias.
Eis o poema:
Há normalidade
O relógio de ontem não é mais o mesmo Engasgo os minutos enquanto sinto esse sabor Esperando que tudo fosse um sonho E a normalidade reinasse E se a normalidade a reinar estivesse Que tudo se risse entre si E palhaços cambaleassem circenses na calçada É segunda, grita o meu vizinho ao seu café Não o acompanho, não acompanho ninguém Esta é a normalidade diária que sinto Me engole, me engasga, me abate Caio e finjo que continuo em pé Assim posso segurar os outros que caem Levantá-los e rir com eles Dizer-lhes que há normalidade nisso E que é isso mesmo Um dia de riso, uns dias de choro Engasgo, mas nego e digo que Há normalidade em viver assim Engolindo as horas Engolindo medos em dias sem fim
.........
Aqui é possível ver a forma bonita como o IFRR divulgou. Fizeram uma transmissão no YouTube e montaram um vídeo padrão Oscar para anunciar os ganhadores.
Achei muito bacana a estratégia. Clica para assistir, já está no ponto no qual começa a passar o vídeo:
Sexta e sábado passado rolou a primeira edição da Mostra Picuá de cinema e literatura, lá na Serra do Tepequém. Na segunda noite fiquei atualizando o feed do instagram oficial do evento procurando pelo resultado e nada. Fui dormir e o domingo chegou com alegrias: curti o aniversário de 70 anos de minha mãe, dona Neide, e amanheci com a notícia linda de que meus textos foram premiados.
Fiquei em segundo lugar na categoria Prosa, com o conto “Livro de Amor”, escrito em 2016/2017. Os atores do grupo Criart Teatral, dirigidos por Kaline Barroso, ficaram em primeiro lugar nas categorias performance Prosa e Poesia com “Livro de Amor” e “Medo, monstros e lama”, respectivamente.
A turma mereceu. Everton Alves,Julia Barroso, Felipe Medeiros, Kamylly Emanuelle e Luiza Danielle trabalharam pesado nas madrugadas ensaiando o conto e o poema. Fiquei feliz por eles e bem contente por mim. Não só pelo prêmio em dinheiro (mil reais que vão ajudar a fazer as estantes do escritório), mas pelo troféu que recebi, feito pelo artista Edinel Pereira com madeira de rio e uns cristais. Ficou bem show na prateleira aqui de casa.
Resultado geral, resumindo: fiquei com dois textos no e-book, o segundo lugar na categoria Prosa, mil reais e o troféu (inclusive, foi quando vi a peça que comecei a desejar muito ser um dos premiados).
Neste 20 de outubro se comemorou o Dia do Poeta e tive três alegrias literárias:
A primeira foi saber que o poema “Medos, monstros e lama” e o conto “Livro de amor”, de minha autoria, foram selecionados como finalistas na mostra Picuá de Cinema e Literatura. Isso já garante que farão parte de uma revista digital editada pela organização do evento. Aí, em novembro, eles vão anunciar os ganhadores de uns prêmios em dinheiro para os três primeiros na categoria Prosa e os três da categoria Poesia. Já estou muito feliz, mas se rolar a grana, melhor ainda. Ah, Zanny também teve um poema e um conto selecionados. Casa de escritores em ação!
A segunda alegria do dia foi participar de uma ação da UFRR para comemorar o Dia do Poeta 2021. O pessoal da Coordenadoria de Comunicação Social (Coordcom/UFRR) produziu um vídeo com o meu poema "Numa Semana Qualquer", que integra o livro Incertezas no Meio do Mundo (Editora Maricota Cartonera, 2021).
Eu gravei o áudio e a edição ficou a cargo de Raphaela Queiroz. O material foi publicado originalmente nas redes sociais da UFRR e eu joguei nas minhas, além do YouTube:
Além de tudo isso, fizemos uma edição do Sarau da Lona Poética no perfil de instagram do Coletivo Caimbé, republicado no youtube. E assim chegamos ao sétimo ano do sarau: distanciados, mas ativos, nem que seja de pouquinho:
Nesta quinta-feira (7/10/21) farei o lançamento de meu primeiro livro de poemas. Intitulada “Incertezas no meio do mundo”, a obra é formada por poesias que abordam diversos aspectos do ser e estar na Amazônia urbana e contemporânea.
O lançamento será feito numa live em meu canal de YouTube, às 19h (20h em Brasília), com a participação de colaboradores no processo de confecção do material, como as poetas Zanny Adairalba, que coordenou todo o processo de produção editorial da obra, e elimacuxi, prefaciadora do livro.
Um lançamento presencial será marcado posteriormente, quando os índices de vacinação no Estado de Roraima estiverem mais avançados.
Vou deixar aqui o link da live incorporado para quem parar nesta postagem em outro momento:
“Incertezas no meio do mundo” é um livro escrito no escuro para trazer luz a situações que me incomodavam e ainda, em muitos casos, continuam incomodando. É o fruto dos meus olhares sobre diversas questões individuais e coletivas de nossa contemporaneidade.
A poeta elimacuxi afirma em um trecho de seu texto: “Com uma poesia sem rodeios, Edgar não tem pena de seu leitor e joga-lhe na cara verdades incômodas que surgem assim que se faz a ‘Decolagem’ e as ‘ideias começam a voar’... Historiadora e poeta que sou, comoveu-me a descrição do ‘museu fechado para reformas’, já que a consciência da própria historicidade nos leva à identificação com esse lugar de acúmulo de coisas do passado que, no presente precisa constantemente se repensar para seguir em frente”.
Com 96 páginas, Incertezas no meio do mundo é o meu terceiro livro. Os outros dois são de contos: Roraima Blues e Sem Grandes Delongas (Clique aqui para baixar gratuitamente).
A obra foi realizada com recursos provenientes do edital 07/2017 de incentivo e fomento à literatura, uma ação do Governo do Estado de Roraima, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
O lançamento deste livro é a conclusão de uma jornada iniciada há alguns anos. A obra deveria ter sido publicada em 2017, quando foi selecionada no edital da Secult, mas a governadora da época não pagou.
Este ano, depois de várias reuniões entre o governo e os autores, o repasse foi realizado pela atual gestão estadual.
COMO ADQUIRIR - A obra, inicialmente, estará à venda via PIX, pela chave 95991114001, no valor de R$ 30,00, com entrega grátis em Boa Vista.
Pessoas de outras cidades do País terão acesso ao livro por R$ 35,00, incluindo o frete. Após o pagamento, os leitores devem enviar o comprovante para o whatsapp 95991114001 com o endereço de entrega.
Leia alguns trechos dos poemas de Incertezas No Meio Do Mundo:
Museu em reformas
Coleciono
coisas inúteis:
Máquinas
com fotos de pessoas que não quero conhecer
Livros
com poemas carregados de tristeza e arrogância
Que
não me levam à cama nem me engolem na
sobremesa
(...)
Sadismo metafórico
Queima,
sangra, rasga
Incomodando
o fim da tarde
Morde,
corta, arranca
Fazendo
do todo somente partes
Marca,
tatua, sinaliza
Gritando
por onde passou
(...)
Como o cheiro do suor ao meio-dia
De
todas as mentiras
Naquela
tarde escorridas
A
terceira é a mais atrativa:
É
nela que repousam a fé e
As
dores mais antigas, mais coloridas
(...)
Numa semana qualquer
Normalidade
são velhos ipês roxeando ao
Calor
de fevereiro
E
cada poça de suas flores nas ruas
Parecendo
um caneco de arco-íris
(...)
Breve orientação
Quando
faltem seis dias
Pule
neste pescoço e arranque
(Fazendo-me
gozar, por favor, por favor, por favor)
Paulo Maroti, chargista e violeiro, me chamou para participar de uma atividade organizada pela Casa Ninja Amazônia no dia 31 de janeiro.
A ideia era gravar um poema para ser exibido no ato-manifesto virtual pelas vítimas de Covid-19 no Amazonas.
Da proposta, saíram dois poemas. Este, escrito em 2020 e intitulado "Poema de verão no inverno e pandemia", é um deles, com áudio gravado por mim no celular e depois editado por ele com o acréscimo da viola.
Entre os dias 10 e 15 de outubro o Sesc Roraima promoverá um Festival Literário On-line, com atividades nas redes sociais da instituição.
A programação do festival atenderá a todas as idades com oficinas literárias, lançamento de livros, contação de histórias, bate-papo e muito mais.
Cheio de felicidade por ter tido minhas propostas aprovadas na seleção que o Sesc fez de autores interessados em participar, estarei em três momentos da programação.
Além de mim, participam, com diferentes ações, os escritores e artistas Elimacuxi, Felipe Thiago, Aldenor Pimentel, Sony Ferseck, Eliakin Rufino, Isa Carolina, João Pedro, Kenia Alves, Elivelton Magalhães e Aline Kefler, além dos grupos Curupira Show e Arteatro.
Vê meus momentos na programação:
11 de outubro de 2020, às 19h, fazendo o pré-lançamento de meu livro de poemas "Incertezas no meio do mundo". Comigo estarão as poetas Sony Ferseck, fazendo o lançamento de seu livro Movejo, e Elimacuxi, que será a mediadora da noite.
12 de outubro de 2020, às 19h, como mediador numa mesa que vai discutir a literatura digital e suas implicações. Participam os poetas Elimacuxi e Felipe Thiago, que vai lançar o seu e-book Poemindireta.
15 de outubro de 2020, às 19h, como articulador da edição de outubro do Sarau da Lona Poética, que terá muitos convidados. Além disso, vai acontecer durante o sarau a final da 2ª edição do Concurso On-line de Poesias Palavras Conectadas
No sábado passado ventou forte e chuviscou. Avisos do
inverno, pensei. Sentado na varanda de trás, escrevi, gravei, editei e
carreguei o poema no youtube enquanto via as plantinhas balançarem.
Assiste e se gostar, curte o vídeo e se inscreve no canal
para me estimular a continuar produzindo webliteratura em Roraima.
No encerramento da XXVII Feira Estadual de Ciências de Roraima, no dia 23 de novembro de 2019, fui ao parque Anauá fazer uma intervenção poética juntamente com os poetas Elimacuxi e Vitor de Araújo (autor das imagens deste vídeo), além do cantor Paulo Segundo (que além de maravilhoso, já interpretou uma música minha em um festival, como podem conferir aqui.
Elimacuxi rodopiando feito poesia
Paulo Segundo mostrando seu vozeirão
Vitor de Araújo em estado de poesia
Li alguns textos e gravamos Carrossel Agalopado, poema que dá nome a um dos livros da poeta Zanny Adairalba. Espero que gostem.
Na feira também estava o ativista cultural Jonas Banhos e a Barca das Letras, aportando pela oitava ou nona vez em Roraima. Jonas doou livros e DVDs arrecadados para uma escola indígena de Roraima
Para minha posteridade: uma fotinha lendo poesias de Zanny Adairalba