quarta-feira, dezembro 04, 2019

Diário de um mestrando - 21° mês

Chegamos ao final do vigésimo primeiro mês da jornada. Não teve grandes agitações. De leve, só para não deixar passar correr solto e sem registro de minhas agonias e alegrias, vou trazer o que aconteceu usando as fotos e as legendas: 




Em algum dia do mês, Balu foi me ajudar a editar algo. Não lembro o que, mas com certeza ele colaborou muito

No dia 8 de novembro participei de uma reunião sobre o doutorado em rede Educanorte. Essa de branca é a minha orientadora, professora doutora Leila Baptaglin, coordenadora local do bagulho. A senhora de vermelho é a professora que esqueci de anotar o nome e é a coordenadora mor do Educanorte. Fiquei com a coceira de tentar daqui a dois anos, quando termina o prazo obrigatório para poder voltar a sair para qualificação.  

Teve Lula Livre, teve bolsominion P da vida, teve gente rindo, teve gente bebendo. Altera em algo a minha vida? Não altera, mas no mar de tristezas institucionais que o Brasil virou, ver um símbolo das causas sociais preso por conta do lawfare é algo muito bom.


Teve lançamento de livro com o jovem Gabriel Alencar

Fiz um curso de formação de professores na área de português como língua estrangeira/português como língua de acolhimento. A responsável foi a professora doutora D'Ajuda, que está como visitante do Programa de Pós-graduação em Letras da UFRR. Boas aulas, ocupando muitas manhãs deste novembro

Meu bloquinho na UFRR


O dólar iniciou uma jornada rumo ao infinito e não parou de subir até o final do mês. Declarações infelizes do Bolsonaro e do Guedes colaboraram ainda mais para a alta. Alguém ganhou muita grana com isso e não fui eu, que não arrisquei fazer nenhuma importação via Aliexpress

Professora D'Ajuda, durante o curso de português como língua de acolhimento

O ministro da Educação teve um surto e foi dizer (sem provas) que há plantações extensivas de maconha nas universidades federais. Além da indignação coletiva com a loucura expressa na frase, rolou uma série de cartazes pela web para mostrar à sociedade que não existe nada disso e que somos justamente o contrário do que o governo Bolsonaro tenta apresentar.

As faces do desespero e do cansaço quando o arquivo da apresentação da defesa da dissertação fica totalmente desconfigurado a cada hora. Essa é a fase 1

Fase 2: senhora, dai-me paciência, pois se for força eu quebro o computador

Fase 3: bicho, o que carajos está acontecendo? Porcaria de arquivo que parece me ouvir pensar "agora vou mandar para a professora" e decide então dar pau...

Fase 4: vou deixar essa porcaria para lá e apresentar sem slide mesmo....(fiquei espantado com o quanto de cabelo branco tenho. Quando comecei o mestrado não tinha tantos. Ou tinha?)

hehehehehe



Turma que ficou até o final do curso de PLE. Faltou o bonitão do Timóteo Camargo, que nesse dia estava doente

E foi isso novembro: curso, reuniões e elaboração do material do dia da defesa, marcado para o dia 18 de dezembro. Ah, teve também uma série de poemas legais, feitos para as redes sociais e repostados aqui.



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Obrigado pela leitura da 21a edição do Diário de um Mestrando. 
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segunda-feira, dezembro 02, 2019

Lendo Carrossel Agalopado, de Zanny Adairalba, na Feira Estadual de Ciências de Roraima

No encerramento da XXVII Feira Estadual de Ciências de Roraima, no dia 23 de novembro de 2019, fui ao parque Anauá fazer uma intervenção poética juntamente com os poetas Elimacuxi e Vitor de Araújo (autor das imagens deste vídeo), além do cantor Paulo Segundo (que além de maravilhoso, já interpretou uma música minha em um festival, como podem conferir aqui


Elimacuxi rodopiando feito poesia

Paulo Segundo mostrando seu vozeirão

Vitor de Araújo em estado de poesia


 Li alguns textos e gravamos Carrossel Agalopado, poema que dá nome a um dos livros da poeta Zanny Adairalba

Espero que gostem. 





Na feira também estava o ativista cultural Jonas Banhos e a Barca das Letras, aportando pela oitava ou nona vez em Roraima. Jonas doou livros e DVDs arrecadados para uma escola indígena de Roraima

Para minha posteridade: uma fotinha lendo poesias de Zanny Adairalba

segunda-feira, novembro 25, 2019

Camaleão, uma homenagem a David Bowie (Projeto Geni e o Zepelim)

No vídeo de hoje trazemos o grupo Projeto Geni e o Zepelim interpretando a música Camaleão, uma homenagem ao cantor britânico David Bowie, falecido em 2016. 

A letra, de J Vilela, é baseada em títulos de músicas gravadas por Bowie, apelidado de Camaleão. 

O projeto Geni e o Zepelim é formado pelos músicos J Vilela, autor da composição, e Elson Arcos.

Elson Arcos

J Vilela

Selfie pós-show: Elson Arcos, J Vilela, a poeta Zanny Adairalba e este blogueiro, Edgar Borges


A apresentação foi gravada no ponto de cultura Usina Cultura, zona oeste de Boa Vista. No final rolou uma dedicatória ao meu filho, Edgarzinho, fã dessa música. 




Para acompanhar as aventuras musicais do Projeto Geni e o Zepelim, siga J Vilela no instagram: https://www.instagram.com/jamil.vilela/. 


domingo, novembro 03, 2019

Diário de um mestrando - 20° mês

Outubro passou como um sopro, outubro demorou bem mais que um sopro. Choveu e fez calor, muito calor. Da minha parte, me enrolei, enrolei, fui enrolado pelo tempo e pelas pesquisas que complementam a pesquisa. 
Três dias de outubro dediquei como escritor, não como pesquisador, ao Festival Literário 2019 do Sesc Roraima. 





Uma manhã de outubro fui assistir à defesa da dissertação da colega Alessandra Cruz, a segunda da turma a defender. Tirou 10. Inspirador. Eu não preciso de tanto, acho. Só por vaidade, talvez. Basta aprovar, com certeza. 






Muitas manhãs e algumas noites investi tentando aprender como se fazia o fucking sumário automático. Meu cérebro bugava nas tentativas quando via tudo dando errado. No centésimo vídeo juntei tudo o que havia visto e finalmente entendi. Aí recomecei tudo, agora aprendendo a fazer a listagem automática das figuras. Lembrei agora que não dei like nos vídeos tutoriais...Droga. 

 A última semana de outubro foi uma correria para fazer a apresentação dos slides referentes à comunicação oral que fiz no III Seminário de Estudos Linguísticos e Literários da UFRR. Tava marcada para 20h40, atrasou, uma menina passou na minha frente, fiquei P da vida porque a sala tava um forno, mas no final, já perto das 22h, apresentei. Foi bacana no fim das contas. Ainda mais pelo tanto de pesquisa bacana que pude ouvir falar. Não tenho foto minha, mas tem dos colegas escritores Vitor de Araújo, apresentando algo sobre tradução, e Aldenor Pimentel, assistindo curioso o povo se apresentar. 








O mês foi de leituras literárias também. E de produção de um vídeo sobre poesia. Uma das obras lidas foi a de Marcelo Perez, muito boa: 





E o vídeo (que joguei no Youtube) foi sobre dois poemas de Elimacuxi: 



 Teve outro livro lido este mês, do Romério Bríglia. Bem bacana também: 


Tô lendo um diário de viagem escrito por Jorge Amado. Quando terminar em novembro, boto foto. 

Novembro, por sinal, já é mês decisivo. Vamos ver o que dá. 


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Obrigado pela leitura da 20a edição do Diário de um Mestrando. 
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P.S.: Teve consulta à comunidade acadêmica para escolha do novo reitor da UFRR. A primeira tentativa foi anulada por questões de pane nos sistemas e uma outra foi marcada para o dia 30.10, com votos feitos em cédulas, no modo bem estilo velhos tempos. O resultado foi este, conforme matéria do site da UFRR: 

A Comissão Consultiva para escolha de Reitor e Vice-reitor da UFRR (CCRV) divulga o resultado da consulta à comunidade acadêmica. A escolha ocorreu sem imprevistos nesta quarta-feira, 30, nos três campus da UFRR (Paricarana, Cauamé e Murupú).
A chapa 21, representada pelo professor José Geraldo Ticianeli, foi a mais votada. A chapa 22, do atual reitor, professor Jefferson Fernandes do Nascimento, foi a segunda mais votada. O terceiro lugar, é a chapa 10, representada pela professora Vânia Graciele Lezan. A chapa 05, do professor Américo Lyra, ficou em quarto lugar.
Veja o quantitativo de votos no site http://ufrr.br/ccrv/.
A Comissão Consultiva vai entregar o resultado final para a Secretaria dos Conselhos Superiores da UFRR, que convocará o Colegiado Eleitoral Específico, para formar a lista tríplice a ser encaminhada ao Ministério da Educação, em votação prevista para até início de dezembro, em consonância com a Resolução nº 013/2019-CUNI (Art. 2º) e Resolução nº 015/2019-CUNI (art. 2º).

sexta-feira, novembro 01, 2019

Pintamos o boneco azul do Brigade Skate #11 Mostrando as coleções

11a edição da série Mostrando as Coleções, hoje trazendo a customização que fiz em um boneco que vem junto com a miniatura Skate Brigade, da Hot Wheels, escala 1:64.




 O projeto foi elaborado pelo meu filho, Edgar Borges Bisneto, e eu pintei. A edição do vídeo foi compartilhada por ele e por mim. No mais, já sabe: deixa o like, compartilha, sugere melhorias, manda pros amigos. 

 Abraços e vê também o vídeo em que mostro toda a coleção de carrinhos temáticos que temos aqui em casa:



segunda-feira, outubro 21, 2019

Leitura de poemas de Elimacuxi

Nossa jornada leitora pela literatura de Roraima continua nesta edição com dois poemas de Elimacuxi. As obras foram extraídas do livro Amor para quem odeia, de 2013. 




Para saber mais sobre a vida e obra de Elimacuxi, acesse http://elimacuxi.blogspot.com/ ou as redes sociais https://twitter.com/elimacuxi; https://www.facebook.com/eli.macuxi e https://www.instagram.com/elimacuxi/?hl=pt


Tá lá no card do vídeo, mas deixo aqui novamente o link: se quiser ouvir a leitura dos poemas de Francisco Alves, é só clicar.

Ah, e se ainda não baixou (totalmente de graça) meu livro de contos "Sem Grandes Delongas", basta apertar aqui.  


quinta-feira, outubro 17, 2019

Sobre chuvas, preocupações pós-vida e e meus quase livros publicados


Choveu. E muito. Choveu como se não fosse outubro esta semana. Ainda bem, ainda bem. Domingo o ar parecia estar sumindo, muito quente. Aí então choveu como se o mundo fosse desabar, com raios e trovões que fazem Balu, meu cachorro lindo, sair louco pela casa atrás do bicho que está fazendo “bruuuum” em nosso quintal.

Choveu e minhas articulações parecem que enferrujam. Como será o dia em que for mais velho e vá morar em um lugar frio? Chegará esse dia? A da velhice, digo. E se algo acontecer e, de repente, apenas traçando hipóteses, assim que levantar desta mesa eu escorregar lá na varanda molhada pela chuva? E se na queda bater a cabeça numa quina qualquer e tudo acabar ali, de maneira tão boba, tão irrelevante, uma cena improvisada de um filme ruim?

E se acaso morto, já em outra esfera, eu ainda ter consciência do mundo terrenal e ficar pairando por Boa Vista, vendo os desenrolares após a minha partida (partida é um nome bonito para eufemizar algo tão natural como a morte. Melhor que bater as botas, é verdade)? 

Possivelmente não vai acontecer assim, mas e se minha maior preocupação for saber o destino de meus textos não publicados? Ontem ou anteontem ou agora, dependendo de sua relação com o tempo, estava pensando nos livros que ainda não publiquei e deveria ter jogado ao mundo há muito tempo.

O primeiro é de antes de 2010. Seria uma coletânea de crônicas, poemas e contos divulgados inicialmente aqui no blog. E teria ilustrações de um ciclista passeando por todo o livro. A capa também seria um ciclista. Não lembro o nome que lhe daria, mas recordo-me que cheguei a propor à Rosana Santos, que dirigia o setor de cultura do Sesc nesse então, a publicação da obra. Ela pediu para levar a boneca do livro. Aí começou a caminhada sem fim. Demorei para separar o material. Então passei, não me lembro da ordem, para o jornalista Nei Costa ajudar na diagramação (ou revisão, talvez). Acho que antes havia dado ao também jornalista Plínio Vicente para ajudar em algo. 

Por último, sei lá quanto tempo se passou até isso, ficou com a designer Lidiane dos Santos a montagem, o tratamento das imagens (produzidas pelo ilustrador Two, hoje vivendo em local não identificado por mim) e a capa. Ah, essa capa seria uma foto minha numa bicicleta, feita por Zanny Adairalba, à época ocupando o status de namorada. Pelo projeto gráfico da Lidiane ficaria linda depois de trabalhada como se fosse uma pintura. Resumindo: vai e volta, vai e volta, o mundo girou muito, perdi a chance do patrocínio, perdi o arquivo e hoje não sei onde está o material.

O segundo livro seria apenas de poemas. Os textos não sei quando foram escritos, mas a produção começou numa fase difícil para mim, no auge da crise de minhas hérnias. Lembro que pedi para Zanny, já no status de esposa e mãe do Edgarzinho, digitar os textos escritos a mão. Aí a gente instalava o data show e projetava na parede do quarto os poemas para fazer a revisão e diminuir o risco dela ter trocado alguma letra e eu deixar passar. Acho que o ano era 2010, 2011. Foi um tempo difícil para mim, com as dores nos braços limitando muito a minha vida. Livro revisado, cheguei a inscrevê-lo em um ou dois concursos de poesia para livros originais. Não foi selecionado, dei uma nova olhada nos textos e já passei a gostar menos deles, achando-os pouco poéticos, muito “duros”. Larguei em algum lugar digital e esqueci, sem querer, a localização da pasta. Esse livro,vale destacar, foi uma intenção, um devaneio. Diferente da coletânea, não nasceu com possibilidades concretas de ser impresso.

No intervalo entre os dois quase livros veio em 2011 a publicação do Sem Grandes Delongas (se não baixou ainda, é só clicar aqui), uma série de projetos e ações feitas com o Coletivo Caimbé (quem produz sabe o extenuante que é fazer a pré e a pós-produção cultural, sobretudo os registros de memória), o trabalho da vida real, cansaço mental e as dores, tratadas com choques elétricos, gelo, aparelhos desinflamatórios, acupuntura, RPG e, o Santo Graal, os alongamentos no pilates.

O terceiro livro não publicado quase chegou lá no ano passado. Foi escrito totalmente a mão, no silêncio do meu antigo apartamento, com pouca luz e muita reflexão. Escrevia a primeira versão e já passava a limpo o rascunho, mexendo na estrutura caso não me agradasse mais. Depois de ter um monte de poemas prontos, passei para o computador, alterando novamente os textos. Ficou alguns anos parado na gaveta virtual até aparecer um edital do governo do Estado de Roraima prometendo uma grana para publicar cinco livros de autores radicados aqui. Fiz um projeto conforme as regras do edital, imprimi o material, fui selecionado, botei a Zanny (sempre ali, parceirassa) para me assessorar na busca da editora, aguardamos o pagamento e... tomamos calote na veia. A gestão da Suely Campos, governadora da época, não ligou pra gente e desprezou a própria iniciativa. 

Ficamos a ver navios (no final desta postagem quilométrica vou copiar a matéria que saiu no Jornal Folha de Boa Vista com as nossas reclamações em outubro de 2018). Ainda bem, aindaaaaa bem que não levei pra frente uma ideia que me chegou de repente no meio desse processo e que seria bem a minha cara de abestado confiador de que os outros vão sempre honrar seus compromissos: imprimir o livro por conta e gasto próprios, depois receber e ficar elas por elas de boas. Ainda bem que fiquei quieto...

Esse livro de poemas quase impresso em 2018 é o que acho mais bacana de todos, inclusive mais bacana que os contos do Sem Grandes Delongas. Estou pensando em bancar uma impressão independente dele ainda neste 2019, aproveitando que não perdi o arquivo ainda. Tem até prefácio já, feito pela poeta Elimacuxi.

Quantos livros foram até agora? Três. Ok. Não cansado de quase publicar sempre, aproveitei este ano para, no intervalo entre um parágrafo e outro da dissertação, escrever um novo livro de poesias, bem mais curto que o quase livro de 2018. 

Esta semana fiz a revisão dele, cortei uma coisas, mudei outras, arrumei ali, organizei ali. Vou ver se inscrevo ele em alguns concursos. Se nada rolar, tentarei publicar ano que vem. Se não der certo, serão quatro livros quase publicados por mim, o que deve me transformar num dos maiores autores quase publicados de Roraima.

Voltando ao começo do texto, já pensou tudo isso me atormentando numa pós-vida? Que agonia seria, que agonia...

P.S. : O colega escritor Aldenor Pimentel me lembrou lá no grupo de Whatsapp dos Escritores de Roraima que antes do Sem Grandes Delongas tive o e-book Roraima Blues como primeiro livro solo publicado.  Eu acho que em algum momento da redação pensei nele, mas o meu pensamento é meio linear às vezes-quase sempre-já passei vergonha por isso- e disse (ele, meu pensar, ou eu, dono do pensamento?) "estamos falando só dos impressos. Apenas dos impressos, não viaja...". Bem, descartei lá na hora, mas depois dessa observação do Aldenor, acho válido apontar que em 2008 a revista portuguesa Minguante publicou esse livro digital de microcontos. O site saiu do ar, eu não havia pedido nenhuma cópia do material  e apenas anos depois consegui um arquivo com os textos selecionados, mas sem a capa, que pode ser conferida nesta postagem feita por mim à época. Ah, e para variar, não sei em que canto está o arquivo...

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A seguir, a matéria falando sobre o calote do Governo de Roraima. Por desgosto e vã esperança de receber e esquecer o assunto nunca havia falado disso aqui no blog, mas sempre citava por aí nas conversas sobre literatura.

 CARTA DE REPÚDIO


Escritores reclamam de falta de pagamento

Escritores e agentes culturais de Roraima publicaram uma carta de repúdio nas redes sociais reclamando da falta de cumprimento do edital



Escritores e agentes culturais de Roraima publicaram uma carta de repúdio nas redes sociais reclamando da falta de cumprimento do edital l 07/2017 de incentivo e fomento a literatura da Secretaria de Cultura de Roraima.

De acordo com a carta, sete meses após a divulgação do resultado final, o Governo de Roraima ainda não entregou a premiação. A lista dos projetos aprovados foi publicada no Diário Oficial do Estado em fevereiro de 2018. Os autores dos projetos a serem premiados são: Edgar Borges, Eroquês Velho, Aldenor Pimentel, Lindomar Bach e Danilo Santos. O valor total do edital é de R$ 100 mil, sendo R$ 20 mil para cada um dos cinco projetos de livro selecionados para publicação.

“O edital estipula prazo máximo de 30 dias para a premiação, o que ainda não foi feito, ainda que as despesas tenham sido encaminhadas à Sefaz, para pagamento, em abril deste ano, pela Secult” 

Confira na íntegra:

Nota de repúdio

Nós, escritores e coletivos literários abaixo assinados, repudiamos a não entrega da premiação em dinheiro, pelo Governo de Roraima, dos cinco projetos aprovados no Edital N. 07/2017 – Incentivo e Fomento a Literatura, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), cujo resultado final foi divulgado oficialmente por meio da portaria N. 022/2018, de 23 de fevereiro de 2018, publicada no Diário Oficial do Estado de Roraima N. 3186, em 26 de fevereiro de 2018.

Destacamos que o mesmo edital estipula prazo máximo de 30 dias para a entrega da premiação, que, até o momento, sete meses após a divulgação do resultado final, não foi efetuada, ainda que as respectivas despesas tenham sido liquidadas em abril deste ano pela Secult e encaminhadas à Sefaz para pagamento, conforme despacho daquela secretaria.

Repudiamos ainda a postura da Secult, que em ofício, “lavou as mãos” em relação à entrega da premiação, eximindo-se de sua responsabilidade como coordenadora do certame, ao orientar estes escritores a procurarem a Sefaz, com o argumento de que os procedimentos por aquela secretaria “competem somente até a fase da liquidação da despesa”, o que é contraditado pelo próprio edital, cujo texto diz que a Secult pode, intervir mesmo após a entrega da premiação, ao, por exemplo, “acompanhar o desenvolvimento das atividades e, após a conclusão dos trabalhos, verificar o cumprimento das condições fixadas”.

Repudiamos também a desculpa do Governo do Estado de que está impedido de entregar a premiação em razão do bloqueio de suas contas, quando sabemos que o Governo pôde, mas não efetuou o pagamento deliberadamente. Prova disso é que em junho e julho deste ano foi realizado o Arraial do Anauá, quando foram realizadas diversas despesas da área da cultura.

Entendemos que o não investimento dos referidos recursos representará grande perda para o próprio Governo, a literatura e a cultura locais e, principalmente, a população.

Lamentamos tamanho atraso na entrega da premiação em dinheiro, o que apenas reflete o descaso histórico do Governo do Estado com a promoção de políticas culturais, em especial voltadas ao desenvolvimento da literatura e da leitura, enquanto no mesmo período este Governo firmou contrato para a destinação de R$ 89 mil, na modalidade de inexigibilidade de licitação, com o objetivo de adquirir obra artística de um único produtor cultural, autor de dezenas de outras obras, que, desde 2015, foram adquiridas ou estão em processo de aquisição com recursos do Estado, sem contar que a gestão atual abriu inscrições para edital cultural de outro segmento, mesmo alegando não haver recursos para o edital de literatura, cujo resultado já foi divulgado.

Assim, solicitamos a imediata entrega da premiação em dinheiro do Edital N. 07/2017 – Incentivo e Fomento a Literatura, aos projetos que tiveram, pelo próprio Governo do Estado, por meio de processo público de seleção, reconhecidos o mérito cultural e a qualidade técnica, para que se atinjam os objetivos do certame de “disseminar o conhecimento e a cultura do Estado de Roraima, e levar o leitor para novos caminhos”.

Outro lado – A Sefaz (Secretaria de Fazenda) informa que as contas do governo encontram-se bloqueadas, em cumprimento de decisão judicial, o que impede qualquer tipo de pagamento. Tão logo haja o desbloqueio, os pagamentos pendentes serão normalizados de acordo com a disponibilidade de recursos.

quinta-feira, outubro 03, 2019

Festival Literário 2019 do Sesc Roraima: estarei por lá (e sobre outras vezes em que participei)



O Sesc Roraima realiza de 9 a 11 de outubro o Festival Literário 2019 e eu sou um dos autores selecionados para o evento. As atividades vão acontecer pela manhã e tarde na unidade Sesc Mecejana, conforme essa programação aí a seguir: 










A abertura oficial é no dia 9, com lançamento de livros e música. A programação continua no dia 10. Neste dia participo de duas atividades: 

9h45 às 10h30 – Roda de conversa sobre a as Influências de relatos de povos tradicionais na produção de obras literárias. Estarei nisso com o autor Ricardo Dantas. 

14h-14h45 – um recital de poesias juntamente com a poeta Elimacuxi. 


No dia 11 participo de dois bate papos pela manhã e um sarau à tarde:

9h às 10h30  - Literatura e tecnologia: monólogo ou diálogo. Além de mim, estarão também Elimacuxi, Íthalo Furtado, Ricardo Dantas e Marcelo Perez.

11h às 12h  - Poesia e Redes Sociais, juntamente com Elimacuxi, Íthalo Furtado, Ricardo Dantas e Marcelo Perez.  

16h – Sarau, com microfone aberto ao público.

Sintam-se todos convidados!

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P.S.: Sobre algumas outras participações nos eventos literários do Sesc. Não todas, mas boa parte. Não estão aí as da época em que trabalhei como monitor nos anos 1990 e a feira era ou no meio do avenida Jaime Brasil ou no palácio Latife Salomão. 














quarta-feira, outubro 02, 2019

O Crônicas da Fronteira numa dissertação de mestrado

O escritor roraimense Gabriel de Souza Alencar fez sua dissertação sobre a cena cultural que existia em Pacaraima, na fronteira Brasil-Venezuela, há uns anos. 



Gabriel, feliz com seu diploma

Entre as suas referências estão textos que publiquei nos blogs Crônicas da Fronteira e Cultura de Roraima, espaços que mantenho e mantive para falar de cultura e arte. 


(O Crônicas, por sinal, completou 15 aninhos. É um adolescente cheio de hormônios e acne no rosto.)


O material foi bem usado por este jovem pesquisador que conheci ainda graduando como colega de trabalho lá na nossa antiga casa, a Universidade Estadual de Roraima. 


Salvo engano, é a primeira vez que alguém usa material dos blogs em uma dissertação. 


Estou orgulhoso por isso. Muitas vezes a gente faz coisas que não sabemos onde vão parar e afetar (positivamente, de preferência) a vida das pessoas. 


Isso me lembrou que uma vez conheci um gestor cultural vindo de outro estado para trabalhar no Sesc Roraima. 


Conversa vai, conversa vem durante um evento que estava organizando para sua organização, o gestor falou de um blog que estava gostando de ler e que o havia ajudado a conhecer um pouco de Roraima antes de chegar de fato ao 

estado. 

Curioso, perguntei qual era o nome, pois já queria visitar também. Fiquei muito surpreso quando ele disse que era o Crônicas da Fronteira (ou o Cultura de Roraima, não lembro muito bem). 


Ri muito e me apresentei como o autor das postagens. Graças ao blog, eu e Francisco "Chico" Pinheiro, escritor, dramaturgo e um monte de outras coisas ligadas à área de produção cultural (além de meu monge tibetano preferido) ficamos amigos e parceiros desde então. 


P.S.: Voltando ao jovem Gabriel, ele tem um blog intitulado "Escritor ao Acaso". Entre outros temas, publica resenhas dos livros que anda lendo. Uma das mais recentes foi de um livro que lhe dei de presente há uns dois meses: a antologia Prêmio Sesc de Literatura 2010, no qual há textos de prosa e poesia de minha autoria entre os premiados. 





O livro, por sinal, foi editado durante a passagem de Francisco Pinheiro como responsável pelo Setor de Cultura do Sesc. 


(As minhas histórias se conectam mesmo quando os personagens parecem não ter ligação alguma.)  


Ah, sim: a resenha AQUI. Por sinal, Gabriel é um dos poucos (se não for o único) resenhistas locais.