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quinta-feira, maio 28, 2009

Inversão

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Cansado da monotonia do sexo casual, buscava ansiosamente pela aventura do relacionamento duradouro.

quinta-feira, maio 14, 2009

Festa

Roubei, lembro-me bem.

Mas apenas esqueci o que roubei. Lembro-me mal.
Sei que estava quente. Então pode ter sido entre outubro e maio.Talvez um dia de junho, talvez...O que peguei também ficou no mistério. Ninguém nunca reclamou. E se ninguém nunca reclama deve estar bom ou então tem a boca costurada.
Reclamar, clamar, mar.Reclamar, rechamar, rechaçar.
Ré, rebordosa.
“Vem comigo, meu bem, não pergunta a ninguém se você pode entrar”, diza letra do Dazaranha.

Vem, digo eu, e ela não me atende. Está mais preocupada em olhar as vitrines.
Vem, meu bem. Vamos trocar nossos genes, vamos?
Na dúvida, fique com o plágio que é certo.
“Eu tô passando nu na catraca do céu”, grita o Daza.

Eu, nu, nós, nus...não...sim...Paralisa, paralisa...
Festivais, cantorias, mostras, concursos, mentiras e verdades rimadas.
Mentiras e verdades disritmadas, meninas e meninos que se amam sem ser amados.
Moral, oral, oral.
“Que ninguém perceba de onde ele vem. Altura de menino (...) Nossa barulheira!”, emocionam os floripanos (?) do Dazaranha.
Vamos todos cirandar. Vai, vão todos dar. Quem pegar se dará bem.
Acorda, é hora. É hora, maldita hora do mal.
Lá fora, o inferno esquenta às 8h, às 14h e até às 19h.
Horas de viagem, horas de descanso. Horas. Ora a menina para expiarseus pecados, ora o guri para pecar um pouco mais tranqüilo.
Se quex, quex. Se não quex, diz!
Drogas? Droga, me viram. Viraí e comparte tudo.
“A iniciação ao risco é que é gostoso. O Daza avisa: isso mata!!! De curiosidade....”
A curiosidade. Santa curiosidade.
Lembro-me que roubei. Lembro-me que estava bêbado e por isso não lembro se roubei mesmo.
Só sei que acordei na praia, de seu nome nunca soube, nem do nome da praia, nem do nome da moça na praia.
Sei que sabia, mas esqueci...

terça-feira, abril 07, 2009

Série Remember - a caminho dos cinco anos

Em 10 de agosto de 2004, no primeiro ano deste blog, publiquei esta crônica, inspirada numa viagem à Venezuela. Rendeu-me bons comentários. O melhor foi ter sido comparado ao estilo de Charles Bukowski.

Mais um final de semana

Esvazio mais uma garrafa de cerveja enquanto meus amigos conversam sobre seus filhos e suas amantes. A tarde está quente e a transmissão do rádio diz que o meu time está perdendo novamente. Amanhã será domingo e com certeza amanhecerei de ressaca.

Não sei se é pior a resultante da bebida ou a proveniente do convívio com as pessoas que geralmente se misturam nos finais de semana à fumaça do cigarro da casa de bilhar onde me divirto bebendo, fumando e apostando nos cavalos.

Gosto de cavalos. Eles pelo menos algumas vezes me trazem lucro. Quando ganho uma aposta, tomo rum. Se a tarde é boa, arrisco um trago de uísque e compro um pouco de carinho. Tudo para esquecer que logo será segunda e o meu maldito trabalho estará lá, a minha espera, como uma onça espreita a presa.

quarta-feira, maio 23, 2007

Histórias de amor familiares



Edgar Borges Ferreira, meu avô, é um poeta que nunca fez poesias. Eis a resposta escrita dele à minha pergunta sobre o começo do namoro com minha avó, dona Maria José, na segunda metade da década de 1940. Se alguém me arranjar descrição melhor para um começo de relacionamento, pago um sorvete.

Edgar Neto: começou o namoro de vocês?

Edgar Avô: um primeiro olhar de reconhecimento; um segundo olhar mais desembaraçado; um terceiro olhar totalmente correspondido; um aperto de mãos e a explosão da paixão.

terça-feira, abril 03, 2007

Histórias de amor e sexo ou sexo e amor



1.Alfredo está agitado, nervoso. Aos seus pais, conta que são as provas que o tem assim. Coitado, anda uma pilha, diz a sua mãe. Alfredo, na verdade, está apaixonado. Não por uma, mas por duas meninas. Uma é da escola, faz a oitava série junto com ele, senta na cadeira em frente, tem um cabelo liso negro lindo, olhos esverdeados e um pouco fechados, parece uma japonesa. Além disso, para ele, é a dona do sorriso mais bonito da cidade.
A outra é a irmã de seu melhor amigo. Alfredo adora ir visitá-lo. Da varanda, entre os vidros da janela, consegue vê-la às vezes dançando na frente do espelho, apenas de calcinha e sutiã. A menina, mais velha que ele, gosta de passear pela casa vestida apenas com uma camiseta. Ah, como Alfredo gosta quando ela se abaixa para pegar algo e ele está por perto.
Alfredo, coitado, só encontra paz quando fica algum tempo sozinho no banheiro ou quando vai se deitar.

2.
André diz não saber o que fazer para ficar em paz. A Paulinha agora quer namorar, já pensou, pergunta a cada novo encontro. Qual o problema se ela é linda, simpática e o deseja? Ora, é justamente esse o problema, quase grita o impaciente André. Eu não quero nada sério, foi ela que me procurou, passou a cantada, insiste nos encontros e agora vem com essa. E aí, o que você pretende fazer, perguntam seus amigos. Por enquanto nada. Eu não quero namorar ninguém agora, só me falta gritar isso na cara dela, mas também não resisto a uma mulher linda, simpática e que me deseja.

3.
Sim, eu sei que parece bobagem, mas que custava, pergunta a quase deprimida Ana Lúcia. Se era para tanto eu não sei, mas, poxa, as pessoas deviam pelo menos argumentar de maneira menos agressiva, continua. E o que houve, que coisa tão horrível aconteceu? Aconteceu que ando toda estressada com os meus dois empregos, a faculdade e o cursinho para o concurso. Por tudo isso não temos muito tempo para namorar e outras coisinhas mais. E quando eu peço para ele me acompanhar da entrada do prédio até minha sala, sabe o que ele me responde: para quê vou entrar se daqui a pouco vou ter que sair? E ainda por cima eu quis um beijo de língua e ele me deu uma bitoca, como se fosse meu namorado há tanto tempo que tivéssemos criado laços fraternos. Onde já se viu isso, preguiça de caminhar 15 metros e ainda por cima preguiça de beijar?