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terça-feira, abril 06, 2021

Artesanais: repintando vikings minúsculos

 Terça chuvosa no meio do mundo, boa para mostrar a repintura que fiz em um viking de 8 cm de altura e sabe-se lá há quanto tempo guardado nas gavetas da vida aqui de casa. Foi a diversão do final de tarde e começo de noite no domingo.



Ainda estou decidindo se vou passar verniz. A tinta que usei, para quem tem curiosidade sobre detalhes técnicos, foi do tipo PVA. 

Nos detalhes prateados foi acrílica metálica. Queria dourado metálico para o elmo e as pulseiras, mas não tinha e não atinei a fazer a mistura certa entre PVA e acrílica. 

Então ficou esse ouro mixilin/Michelin (alguém lembra do tempo em que esse termo era famoso?).




Aceito links de tutoriais que ensinem a fazer tonalidades diferentes de pele. A última foto é para mostrar o “mapa” das cores. 

Gosto de fazer isso antes de começar a pintar. Se deixar para lembrar usando apenas a memória, não faço nada do que planejei.  A lembrança é fraca e a idade não ajuda. 





quarta-feira, junho 17, 2020

Diálogos Pandêmicos #2: Artes, poéticas e bordados

Em vários eventos literários aqui de Boa Vista produzi e executei uma atividade chamada Diálogos Literários. Consistia em um bate-papo com escritores e perguntas da plateia. Por conta da pandemia de Covid-19 e o isolamento social que mantemos aqui em casa desde março de 2020 (praticamente não vemos ninguém presencialmente desde então), decidi fazer a versão live desta ação, alterando seu nome para Diálogos Pandêmicos.  

Na segunda edição dos Diálogos Pandêmicos bati um papo com a artista visual Georgina Sarmento, de Boa Vista (RR).

Conversamos sobre arte, poéticas, bordados e outras coisas relacionadas à cultura e à vida em Roraima. Confiram aí as nossas quase duas horas de interação. 


terça-feira, janeiro 07, 2020

Rumo ao Velho Oeste em um apontador de lápis customizado

Começou 2020 e eu decidi retomar um projeto de customização abandonado há uns quatro anos: pintar um apontador em formato de diligência. Me inspirei na disposição de alguns colecionadores que fazem parte do grupo de whatsapp Hobby Roraima, focado em miniaturas de veículos. 

Olhei principalmente para o o ritmo do Auelyo e do Mauro (que agora mora em Santa Catarina). Os dois se divertem produzindo muito material. 

Reforcei o estoque de tintas, revirei tudo até achar o vasilhame onde havia guardado a mini Diligência e outros carrinhos desmontados e passei boa parte do primeiro domingo de 2020 fazendo isso. 

Descobri que é legal para me deixar agoniado se não terminar logo. Ou seja, é relaxante, mas não é tão relaxante. Se tiver muito detalho, vou ficar querendo largar tudo. Coisas de um ansioso reprimido.

 Confere algumas fotos do processo:







E agora, finalmente, veja o vídeo. Se gostar, faça o favor de curti-lo e se inscrever no canal, pois não te custa nada. Quem sabe em 2020 não chego na quantidade de inscritos necessários para monetizar o conteúdo?

sexta-feira, março 15, 2019

Galeria do Parque Anauá: em vez de quadros, armas

As prioridades dos governos estaduais de Roraima são esquisitas. O foco no incentivo à cultura e à arte nunca é uma delas e tudo é desculpa para exibir isso. E eu, que vivo aqui desde o primeiro desses governos, ainda me surpreendo com a capacidade negativamente inventiva desse povo. 




Antiga Galeria de Artes do Anfiteatro do Parque Anauá


A surpresa desta semana foi ver a galeria do anfiteatro do parque Anauá, que ficou fechada por anos e anos até ser mais ou menos reformada e receber uma duas ou três exposições apenas, ser transformada em base da Força Nacional. 

A questão não é discutir o mérito do papel da Força Nacional na área de segurança. 

A questão é tentar entender o que se passa na cabeça dos gestores que fecham equipamentos culturais em uma cidade que tem seu único museu fechado, uma cidade cuja biblioteca municipal não funciona, uma cidade que não possui nenhuma galeria pública...

Como vamos ser melhores assim?

Não tem como.

É por isso que sempre faço minha versão da música Porto de Lenha quando descubro ou revejo uma ação/comportamento governamental/social desse tipo: Boa Vista, tu nunca serás Liverpool. 

E muita gente dá risada dessas ações e medidas, diz que artistas que reivindicam espaços e políticas públicas assim são esquerdistas, que vivem na mamata e outras tantas baboseiras aprendidas nos grupos de whastapp. 

Fico pensando em como essas pessoas educam seus filhos...

Se é que educam, né? O que lhes dirão sobre artes visuais, música, literatura? Que é bacana, mas só em outras famílias, em outros estados, na TV, fora do Brasil? 

Imagina o tamanho da reprodução da ignorância nessas famílias...

É por isso que eu tento levar meu filho ao máximo de eventos que consigo. Sei que, no mínimo, incomodado por estar fora de casa ele vai ficar. E que talvez alguma obra lhe chame a atenção.

Mas essas crianças cujos pais ficam criticando a arte e falando asneiras, qual será o destino intelectual delas?

É a era da ignorância acima de tudo?

Enfim. Resistamos. 

Ah, em 2014 publiquei aqui mesmo no blog um pequeno texto intitulado “Check-list cultural da depressão”. Listei uma série de equipamentos culturais que estavam  com as portas fechadas. O Anfiteatro do Parque Anauá estava entre eles, saiu e voltou. 


sexta-feira, maio 26, 2017

Tatuei o mapa invertido da América do Sul no braço esquerdo

Em 2012, durante a III Conferência Nacional de Cultura, fotografei a tatuagem de uma moça que também participava da atividade, lá em Brasília.  




Quando fiz a postagem da imagem, pesquisei para saber se era algo copiado de algum lugar. A pesquisa me mostrou que era uma obra do artista plástico uruguaio Joaquín Torres García (1874-1949).


A desconstrução cartográfica feita por Torres García em 1943 ficou martelando na minha cabeça desde então. Tudo por isso de desnaturalizar que mapas são representações e não a realidade. Desse modo, inverter a ordem dos hemisférios é algo que não custa nada, só o processo de entender que o mundo pode ficar de ponta-cabeça sem nada grave acontecer além da gente expurgar um pouco dessa visão colonialista europeia que construiu os mapas assim.
 

Mas que seria louco ver todos os mapas invertidos e impressos nos livros didáticos, isso seria. Imagina o mapa mundi assim:
   



É claro que a justificativa teórica do Torres García é bem mais profunda do que o escrito acima por mim, mas discuti-la não é o meu foco aqui. A intenção da postagem é dizer que neste ano comecei a pensar novamente na ideia de fazer uma tatuagem (há alguns anos fui atrás disso, querendo tatuar uma arte rupestre encontrada na região da savana roraimense. Achei alto o preço pelo tamanho da tatuagem e desisti).
 

Nos meus pensamentos sempre aparecia a imagem do Torres García. Até salvei no celular o mapa e a foto de uma pessoa tatuada no braço. Quando alguém falava em tattoo, mostrava. 

Finalmente, no dia 8 de maio de 2017, aos meus 40 anos regularmente vividos, fui até o tatuador e botei meu braço esquerdo em suas mãos. Devo confessar que esperava mais dor durante o processo, mas foi quase nada.



Essa foto me fez ver como estou pálido, precisando pegar sol em todo o corpo...

O processo demorou cerca de uns 50 minutos, numa única sessão. Quando cheguei em casa todo mundo ficou espantado: Zanny, de olhos arregalados, só conseguia perguntar sobre a dor e Edgarzinho fingiu que ia desmaiar. Logo se animou para querer tatuar o símbolo de um beyblade poison serpente. Mandei ele esperar uns aninhos até completar a maioridade e acho que não curtiu muito a orientação. 


Primeira noite com a tattoo

Eu gostei do resultado. Mostrei pro povo do trabalho e lá curtiram também, ainda mais depois que explico o significado da imagem. Até fotinha pro nosso grupo do WPP tiraram: 





Agora é hora de pensar na próxima. hahaahaha

segunda-feira, maio 08, 2017

Artesanias: fazendo um carro custom do Coisa, do Quarteto Fantástico



Faz uns dois meses que fechei esse projeto, mas só agora me toquei de publicar o resultado. Pensei em fazer um vídeo com todas as fotos, mas como não tenho os programas básicos de edição e não rolou fazer a montagem no sistema do YouTube, vamos direto aqui falar de meu carrinho 1:64 custom do Coisa, o homem de pedra do Quarteto Fantástico.

A ideia nasceu há uns dois anos, depois que tentei enferrujar esse Hummer da marca Maisto mergulhando-o em água com muito sal. Não deu certo e guardei a miniatura enquanto não decidia o que fazer. Um dia, bati o olho no meu Coisa Marvel Select e achei que seria uma boa fazer-lhe um carrinho.




Primeiro passo foi desmontá-lo (na verdade, verifiquei depois que não precisava ter feito isto. Com cuidado dá para fazer o custom sem esta etapa.)













Segundo passo: criar as rochas com massa durepox. Duas anedotas aqui: nunca havia mexido com massa durepox e tive que apelar para os tutorais do YouTube para não arriscar fazer a mistura errada. A outra : como estava segurando o carrinho na mão enquanto botava as bolinhas/rochinhas, um dos lados ficou meio amassado. Tive que fazer as marcas das separações depois.










Terceiro passo: Depois de passar um primer nas rochas de durepox, pintei a base com tinta PVA preto fosco.










Na sequência passei o laranja usando a técnica do Paint Brush, ou seja, bem de levinho... Percebam que ficou bem forte e definida a diferença de cores que marcam a rachadura das pedras.










Antes de montar, decidi passar um verniz e garantir a proteção da pintura. Já percebi que o verniz escurece uns 30% as pinturas. É o preço da segurança da cor não ir embora no primeiro manuseio. No final, ficou esse Hummer custom car d’O Coisa, que já foi para a estante, impor respeito aos carrinhos de carroceria mais leve.