Um poema meu, gravado logo em seguida, pensando em tu, seja lá tu quem for:
terça-feira, novembro 12, 2024
terça-feira, março 14, 2023
Na Folhinha Poética do dia 10 de março de 2023
O projeto Folhinha Poética publicou no dia 10 de março um poema de minha autoria. Foi o segundo deste ano.
A Folhinha é um calendário com poesias de gentes de todos os cantos. Fico feliz por fazer parte deste tipo de iniciativa.
Temporal é um poema que deve ter uns 10 anos de escrito, pelo menos. Gosto muito dele. Na época em que o escrevi, chegamos a gravar um vídeo em várias locações em Boa Vista. Este material depois foi exibido no festival de artes Yamix, que rolava em Pacaraima.
Se quiser conferir a arte do dia 10/03 na página da Folhinha, é só clicar aqui.
quinta-feira, novembro 18, 2021
Com prosa e poesia no e-book da Mostra Picuá de Cinema e Literatura
Este final de semana será realizada a primeira edição da Mostra Picuá de Cinema e Literatura. Muita coisa vai rolar na Serra do Tepequém, inclusive a encenação de dois textos meus que foram selecionados pela curadoria e vão concorrer aos prêmios da mostra. O e-book com as obras foi liberado nesta quinta pela organização. Olha a capa:
Um dos textos é o poema “Medo, monstros e lama”, escrito em 2020. A interpretação será feita por Everton Alves e Julia Barroso. O conto “Livro de Amor” foi escrito em 2016 ou 2017 e será encenado pelos atores Felipe Medeiros , Kamylly Emanuelle e Luiza Danielle. Todos são da Cia. Criarte Teatral e serão dirigidos por Kaline Barroso. Desde que saiu o resultado eles estão ensaiando e este sábado será o grande dia.
A programação é esta:
Eu não vou pra mostra. Além de não confiar na resistência do meu velho carro para subir a serra, ainda estou em tratamento contra a gastrite e a esofagite e vivo limitado no que posso comer e beber. E viajar para um evento deste sem poder beliscar porcaria e dar um gole numa cerveja, pelo menos, não tem graça. Sem contar que ainda ando cabreiro, muito cabreiro, com a pandemia.
Os meus textos são estes:
Zanny também está concorrendo com dois textos. Outros amigos também. Se quiser ler o nosso material, é só clicar aqui neste link do google drive e baixar o e-book da Mostra Picuá de Cinema e Literatura.
terça-feira, outubro 05, 2021
Lançamento de “Incertezas no meio do mundo”, meu primeiro livro de poemas

Intitulada “Incertezas no meio do mundo”, a obra é formada por poesias que abordam diversos aspectos do ser e estar na Amazônia urbana e contemporânea.
O lançamento será feito numa live em meu canal de YouTube, às 19h (20h em Brasília), com a participação de colaboradores no processo de confecção do material, como as poetas Zanny Adairalba, que coordenou todo o processo de produção editorial da obra, e elimacuxi, prefaciadora do livro.
Um lançamento presencial será marcado posteriormente, quando os índices de vacinação no Estado de Roraima estiverem mais avançados.
Vou deixar aqui o link da live incorporado para quem parar nesta postagem em outro momento:
“Incertezas no meio do mundo” é um livro escrito no escuro para trazer luz a situações que me incomodavam e ainda, em muitos casos, continuam incomodando. É o fruto dos meus olhares sobre diversas questões individuais e coletivas de nossa contemporaneidade.
A poeta elimacuxi afirma em um trecho de seu texto: “Com uma poesia sem rodeios, Edgar não tem pena de seu leitor e joga-lhe na cara verdades incômodas que surgem assim que se faz a ‘Decolagem’ e as ‘ideias começam a voar’... Historiadora e poeta que sou, comoveu-me a descrição do ‘museu fechado para reformas’, já que a consciência da própria historicidade nos leva à identificação com esse lugar de acúmulo de coisas do passado que, no presente precisa constantemente se repensar para seguir em frente”.
Com 96 páginas, Incertezas no meio do mundo é o meu terceiro livro. Os outros dois são de contos: Roraima Blues e Sem Grandes Delongas (Clique aqui para baixar gratuitamente).
A obra foi realizada com recursos provenientes do edital 07/2017 de incentivo e fomento à literatura, uma ação do Governo do Estado de Roraima, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
O lançamento deste livro é a conclusão de uma jornada iniciada há alguns anos. A obra deveria ter sido publicada em 2017, quando foi selecionada no edital da Secult, mas a governadora da época não pagou.
Este ano, depois de várias reuniões entre o governo e os autores, o repasse foi realizado pela atual gestão estadual.
COMO ADQUIRIR - A obra, inicialmente, estará à venda via PIX, pela chave 95991114001, no valor de R$ 30,00, com entrega grátis em Boa Vista.
Pessoas de outras cidades do País terão acesso ao livro por R$ 35,00, incluindo o frete. Após o pagamento, os leitores devem enviar o comprovante para o whatsapp 95991114001 com o endereço de entrega.
Leia alguns trechos dos poemas de Incertezas No Meio Do Mundo:
Museu em reformas
Coleciono coisas inúteis:
Máquinas com fotos de pessoas que não quero conhecer
Livros com poemas carregados de tristeza e arrogância
Que não me levam à cama nem me engolem na sobremesa
(...)
Sadismo metafórico
Queima, sangra, rasga
Incomodando o fim da tarde
Morde, corta, arranca
Fazendo do todo somente partes
Marca, tatua, sinaliza
Gritando por onde passou
(...)
Como o cheiro do suor ao meio-dia
De todas as mentiras
Naquela tarde escorridas
A terceira é a mais atrativa:
É nela que repousam a fé e
As dores mais antigas, mais coloridas
(...)
Numa semana qualquer
Normalidade são velhos ipês roxeando ao
Calor de fevereiro
E cada poça de suas flores nas ruas
Parecendo um caneco de arco-íris
(...)
Breve orientação
Quando faltem seis dias
Pule neste pescoço e arranque
(Fazendo-me gozar, por favor, por favor, por favor)
A jugular
(...)
Canto de raiva
Se você soubesse a raiva que tenho
A raiva que te tenho cada vez que te tenho
E mais ainda cada vez que você vai
E não sei se já estou aqui ou ainda venho
quarta-feira, fevereiro 17, 2021
Poema de verão no inverno e pandemia / texto de Edgar Borges e viola de Paulo Maroti
Paulo Maroti, chargista e violeiro, me chamou para participar de uma atividade organizada pela Casa Ninja Amazônia no dia 31 de janeiro.
quarta-feira, fevereiro 10, 2021
Tanto adeus / Poema de Edgar Borges musicado por Paulo Maroti
Paulo Maroti, chargista e violeiro, me chamou para participar de uma atividade organizada pela Casa Ninja Amazônia no dia 31 de janeiro.
A ideia era gravar um poema para ser exibido no
ato-manifesto virtual pelas vítimas de Covid-19 no Amazonas.
Da proposta, saíram dois poemas. "TANTO ADEUS"
é um deles, com áudio gravado por mim no celular e depois editado por ele com o
acréscimo da viola.
Espero que curtam.
domingo, agosto 16, 2020
Advertência (Vídeopoema)
sábado, agosto 15, 2020
sexta-feira, agosto 14, 2020
quinta-feira, agosto 13, 2020
De repente (poema)

Aparentemente enlouquecido
Mostrou não quem era
Mas quem sempre poderia ter sido
quarta-feira, agosto 12, 2020
No céu, a lindeza (poema)
Na terra, 90.188 adeus
Regam a tristeza
sábado, julho 25, 2020
Temporais em nós - poema e vídeo
segunda-feira, dezembro 02, 2019
Lendo Carrossel Agalopado, de Zanny Adairalba, na Feira Estadual de Ciências de Roraima
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Elimacuxi rodopiando feito poesia |
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Paulo Segundo mostrando seu vozeirão |
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Vitor de Araújo em estado de poesia |
Li alguns textos e gravamos Carrossel Agalopado, poema que dá nome a um dos livros da poeta Zanny Adairalba.
Espero que gostem.
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Na feira também estava o ativista cultural Jonas Banhos e a Barca das Letras, aportando pela oitava ou nona vez em Roraima. Jonas doou livros e DVDs arrecadados para uma escola indígena de Roraima |
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Para minha posteridade: uma fotinha lendo poesias de Zanny Adairalba |
terça-feira, novembro 12, 2019
domingo, novembro 10, 2019
quarta-feira, julho 25, 2018
Todos tão iguais - um poema sobre migração (texto e vídeo)
A dramatização de "Todos tão iguais - um poema sobre migração" fez parte da programação turística do Fórum de Presidentes de Federações do Comércio, que reuniu mais 100 representantes das entidades (Fecomércio-Sesc-Senac-IFPD) de 16 estados do País.
A direção da interpretação ficou a cargo de Karen Barroso, instrutora da oficina.
Abaixo, você pode conferir a performance dos alunos. Na sequência o poema.
Todos tão iguais - um poema sobre migração
Eu já fui lá de fora
Ele já foi de lá fora
E não duvide: você também já foi bem lá de fora
Minha família veio de longe
A família dele veio de por aí
E se você pensar um pouco
Sua família também não é daqui
Quem é só do lavrado
Se somos de todos os cantos
Temos vários sotaques, várias cores
Amamos vários sabores?
Em um estado como Roraima
Formado na base da migração
Não gostar do migrante é bobagem
É ódio sem lógica e nem razão
Pense apenas um pouquinho
Nisto que vou lhe falar:
E se fosse você por aí
Tentando a vida recomeçar?
Como gostaria que fosse
O tratamento por você recebido
Xingamento, pedrada, brutalidade
Ou mãos estendidas em sinal de amizade?
Reflita sobre o que lhe falamos
Pensem no que dizemos antes
Moramos no meio do mundo
Somos de todos os cantos
Somos todos migrantes
Eu já fui lá de fora
Ele já foi de lá fora
E não duvide: você também já foi bem lá de fora.
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P.S.: Caso você não tenha visto minha fala sobre a influência da migração na literatura roraimense, dá um click aqui e vê como foi o encerramento do II Sesc Literatura em Cena, realizado em junho pelo Sesc Roraima.
terça-feira, agosto 30, 2005
Detrás dos vidros
A dona da dor
Esquece sua força e
Baixa a guarda.
Seus olhos, protegidos pelo vidro,
Mostram pedaços de fragilidade.
A postura continua a mesma
Por alguns segundos. De repente,
Deita a cabeça e ri. Riso triste,
Parecendo um grito de socorro.
Dona da sua dor, conversa
Sobre o presente.
Lembra do passado, desanimada com o porvir.
Escudos abaixados, coloca
As armas em riste - não esquece
Por completo a sua situação - e sorri.
Maliciosa, molha os lábios com
A ponta da língua e eu,
Que me julgava senhor,
Viro uma criança dominada
Pela dona e sua dor.
Making of:
Feito de um tiro só, numa aula de história da Amazônia no milênio passado, quando cursava Jornalismo, pensando numa conversa tida uns dias ou horas antes com uma menina que muito me atraia. Classificado e interpretado num concurso de poesia, o texto foi parar numa coletânea poética impressa pelo Sesi Roraima. A palavra dor é repetida várias vezes devido ao nome da menina: Maria das Dores.