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terça-feira, março 25, 2025

Fascite plantar, um corredor parado e um celular na mão

  Estou doente do pé desde dezembro, uma semana após ter chegado de Brasília, onde fui participar de minha segunda maratona e também passear uma semana na Chapada dos Veadeiros. 

 Quando voltei, fiz dois treinos leves (coisa de 4 e 6 km) e um longão de 12 km no sábado (no final senti um pouco a sola dos pés, mas pensei que fosse pelo impacto na piçarra). 

 Daí, na primeira terça após o longão fui fazer um treino de tiro. No último, já senti o meu pé direito pulsando e voltei mancando para casa. No outro dia mal conseguia pisar. 

 Tentei repousar, comecei a fazer caminhadas para diminuir o impacto, fiz exercícios de alongamento, botei gelo, esperei que a natureza curasse e nada. 

Em janeiro fui no ortopedista, que diagnosticou uma fascite plantar, mandou fazer 10 sessões de fisioterapia, voltei com ele reclamando das dores continuarem, pediu uma tomografia da perna, não deu nada de fratura e ainda estou aqui, com dor. 

 Ainda fiz umas caminhadas e também umas tentativas de correr em janeiro, mas parei 100%. 

Sinto saudades da dopamina liberada após um treino bem puxado. Vou na academia para manter o fortalecimento, mas não é a mesma coisa que correr. Inclusive, tanto não é que ganhei uns dois quilos de massa não magra. 

 Nesse tempo todo ando evitando ao máximo até ir ver as inúmeras provas de Boa Vista. Tudo para não disparar o gatilho de não estar no meio do mundaréu de gente que corre. A exceção foi a Corrida da Caveira, realizada na esquina de casa, tão perto que não tinha como deixar de ir ver. 

Daí, como prova é uma coisa muito chata de ficar assistindo, gravei um pouco a turma e fiz um vídeo que até serviu depois para explicar como um percurso de 8 km havia perdido 700 metros na última parte. 

 Depois da caveira fui ver uma feita dia 23 de março ali na outra ponta do bairro. Só para passar o tempo, sem vontade de filmar nem nada. Mas quando faltavam poucos minutos, decidi gravar a turma e fiz este vídeo da terceira edição da Corrida das Mulheres que Inspiram: 

 

Acho que enquanto não me recuperar e quando forem perto de casa vou ficar fazendo essas gravações. Edição seca e sem muito efeito, servem pelo menos para que o povo se veja e eu ocupe o tempo aos finais de semana. 

Mas o que eu queria mesmo era voltar a correr, nem que fosse de mansinho.

segunda-feira, março 13, 2023

12 meses bancando o corredor de rua (e de trilhas também)

Hoje faz um ano de minha primeira corrida.
Foi em janeiro ou começo de fevereiro de 2022 que perguntei ao professor e

multiatleta Marcos Silva se ele sabia quando haveria uma competição com premiação, pois queria começar a participar e iniciar uma coleção de medalhas esportivas. Queria juntar 12, uma por mês, até dezembro.
Ele avisou dessa que haveria a do Detran RR, marcando o retorno às competições desta modalidade depois de estarem parados quase toda a pandemia de Covid-9. Comecei a tentar aumentar a minha quilometragem nos treinos. Já fazia mais ou menos tranquilo uns 3 km e agora a meta era fazer os 5 km sem caminhar.
Até o dia da corrida não consegui, mas no dia da corrida fui sem parar uma única vez, o que me deixou muito contente.
A segunda corrida foi a do Catre, num trecho de areia e piçarra de 6 km nas matas e trilhas perto do banho do Caçari. Senti as coxas fraquejarem, mas cheguei de boas. Aqui me deram a dica de sempre dar uma acelerada no final para tentar baixar o tempo e passar um espírito, mesmo que fosse fake, de guerreiro da velocidade.
A terceira corrida foi na zona rural do Monte Cristo, no aniversário de seis anos do clube Jabuti do Lavrado. Fechei os 5 km de piçarra e calor em 30 minutos, com direito a um pseudo-sprint no final. Nesta confirmei que adoro competição com melancia no final. Acho que nessa corrida já fazia parte do grupo Desafiando Limites RR, que reúne gente do pedal, da natação e da corrida. O Marcos que me convidou, todo animado com o coleguinha neo-atleta.
Fui subindo a resistência física, chegando a fazer duas provas de cinco km em único dia e aumentando a minha nova coleção. A fome tava tanta que em 4 de junho, dia de meu aniversário, fiz uma antes de reunir os amigos em casa para comemorar. Por má sinalização do trecho todo mundo foi pela rua errada e quase me atropelam, vale contar. Teria sido ruim cancelar a festa...
Lá por abril ou maio olhei pro segundo semestre e decidi que ia fazer os 10 km da Corrida Internacional 9 de Julho. O foco era completar em 60 minutos. Fiz abaixo disso com a estratégia e acompanhamento do Timóteo Camargo, que foi monitorando o nosso ritmo para evitar que morresse nas ladeiras da Getúlio Vargas. A 9 de Julho foi a décima medalha.

Em setembro, buscando a 12a peça da coleção, fui pro município de Amajari com o Timóteo para fazer os 10 km serra acima e serra abaixo da Tepequem  Up 2022. Completei feliz a prova, mas amanheci com os tornozelos inchados, início de uma lesão que me levou a algumas sessões de fisioterapia, a parar de correr e a sentir dor ao caminhar por quase dois meses.
Em novembro, só porque já estava paga a inscrição, fui pro Parque Nacional do Viruá para: 1. Caminhar os 10 ou 11 km da última etapa da Trail Run Séries. 2. Talvez caminhar e trotar. 3. Dane-se. Já estou aqui, bora dá-lhe até estourar tudo de vez. Se não for a dor, que o fôlego de tanto tempo parado me pare.
Largada feita, fui feito jabuti, cansei só na metade da prova, os tornozelos não reclamaram, peguei minha medalha e ainda caminhei mais sete quilômetros até um mirante meio sem graça no meio da selva, mas bonito de se ver se a gente não estivesse tão esgotado e com sede.
Tem muito mais história, mas podemos resumir tudo assim: comecei dia desses e já corri em quatro municípios de Roraima e em Manaus (AM), lesionei, voltei, estou de olho numa meia maratona, entrei na academia para fortalecer as perninhas (não exatamente nesta ordem), já dou dicas para gente mais novata que eu, teve dias em que fiz uma corrida de 7 km na areia pela manhã e mais 7 no asfalto à tarde e sempre, sempre sinto preguiça de ir treinar.
Sim, preguiça o tempo todo (ou muitas vezes). E se algum corredor dizer que “ain, comigo não é assim. Sempre estou disposto” pode crer que está mentindo. A gente só vai porque montou meta e sabe que é de passada em passada que se chega lá, seja lá onde for. As minhas metas são ganhar de mim a cada vez que for correr.

Ah, importante, muito importante, é lembrar do apoio incondicional e cuidados de minha preta-poeta Zanny Adairalba, que me garantem a tranquilidade necessária para poder brincar de atleta amador em paz. Sem ela na retaguarda seria muito complicado estar no esporte. O amor caminha perto de quem corre. Valorizem seus apoios, façam carinho, paguem lanchinho e, se forem disso, façam cafuné.
Ah, sobre a meta das medalhas: a ideia eram 12. Terminei o ano com 19.


 

sexta-feira, fevereiro 17, 2023

Memórias de um corredor velhinho

O app Strava me lembrou ontem desse treino de fevereiro de 2022.  


Pela data é capaz de ter sido após me inscrever na corrida do Detran, a primeira que fiz, em 13/03. 

Na época, e hoje, o foco era tentar não parar para caminhar ou caminhar quase nada. Chegar vivo era outro foco. Bem mais importante, por sinal.

Nem pensava em fazer algo acima dos 5 km e hoje já quero dobrar os 10 km que dou conta de fazer tranquilo. Na verdade, estudos e vontades apontam a vontade de quadruplicar.

Esse tempo de quase 38 minutos na imagem foi para 30 min logo na terceira competição, feita na piçarra. 

Desde então nunca ficou acima de meia hora, tendo até agora como ápice de velocidade 26 minutos para fechar os 5 km.  

Quero nem tentar repetir pq quase botei pra fora o coração nessa vez.