No dia 25 de julho se comemora o Dia Nacional do Escritor.
Para celebrar a data, o Coletivo Caimbé, do qual sou um dos articuladores, promoveu uma edição on-line do Sarau da Lona Poética, atividade que realizamos desde 2014.
Era para ser no instagram do grupo, mas tivemos um problema no começo, quando fomos pegos de surpresa com a informação de que contas no IG com menos de 1.000 não podem fazer transmissões ao vivo.
Devido a isso transferimos as atividades para o meu perfil e tentamos avisar as pessoas via grupos de Whatsapp.
Fica inclusive um pedido a você que está chegando por aqui: divulga nosso perfil para que mais pessoas saibam das atividades: www.instagram.com/coletivocaimbe
Teve participação também da articuladora Zanny Adairalba e de Kelsen Bravos (Ceará) e Joakin Antônio (São Paulo), além de Joseani Vieira, Janaína Sousa, Jeane Xaud e Timóteo, Graziela e Liz Camargo, todos de Roraima.
Abaixo, algumas publicações que saíram na imprensa:
Foi bonito, foi legal. Espero ter disposição para novas edições.
O convidado deste 22 de março de 2021 para o 19º encontro dos
Diálogos Literários Pandêmicos foi o cronista Afonso Rodrigues de Oliveira, o
mestre Afonso.
Para mim, foi uma grande felicidade e honra poder entrevistá-lo e matar a saudade de ouvir sua risada. Gosto demais dele.
Seu Afonso já publicou três livros: Zuzinha, de 1975; O Caçador de Marimbondos,
de 1992; e uma novela/romance intitulada E Deus criou o Homem, de 2018. Escreve
há 37 anos para jornais de Roraima, boa parte desse tempo para a Folha de Boa
Vista.
Com 87 anos de muitas histórias e causos, mestre Afonso, como é mais
conhecido já mexeu com esculturas e é um dos membros fundadores da Academia
Roraimense de Letras. Confere o que ele conversou com a gente, espalha por aí, volta semana que vem.
A realização destas entrevistas complementa o projeto
“Literatura e prosa em Roraima”, que aprovei no edital N° 006/2020 - Prêmio
Dorval de Magalhães de Literatura.
Este projeto é apoiado pelo Governo do Brasil e pelo
estado de Roraima, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e do Fundo
Estadual da Cultura, com recursos provenientes da lei federal N⁰ 14.017, de 29 de junho de 2020.
Confere a relação completa de entrevistados do
projeto:
8/03: Dia Internacional da Mulher, Vanessa Brandão,
jornalista, cronista e editora do blog Minha Janela. (Confere neste link: https://youtu.be/0sQcLEEt3_w)
15/03:
o contista Gabriel Alencar, autor do livro Personagens não bíblicos e suas
histórias e de É a vida: microcontos de risadas, amor e morte. (Confere
aqui: https://youtu.be/Ap-yesy_X3I)
22/03: Afonso Rodrigues de Oliveira, articulista do jornal
Folha de Boa Vista há mais de trinta anos e autor do livro de crônicas Caçador
de Marimbondos e do romance E Deus criou o Mundo.
29/03: Alexia Braga, contadora de histórias e autora de
vários livros voltados para o público infanto-juvenil.
Ah, depois ou antes de ver: inscreve-te no canal e
comenta.
Lembra disso: toda segunda, enquanto durar a pandemia e
não chegar a vacina, tem encontro aqui.
Uma outra notícia legal para o ego acadêmico e para enriquecer o Currículo Lattes neste agosto infinito: saiu o e-book Perspectivas literárias pós-coloniais, publicado pela UFRR. No livro tem um artigo meu e da professora Leila Baptaglin, analisando o trabalho do rapper MC Frank D'Cristo, meu sujeito de pesquisa no mestrado em Letras na Universidade Federal de Roraima. O material foi produzido ainda em 2018, no primeiro ano do curso.
Tem também textos de outros colegas do tempo do Mestrado, também conhecido como Programa de Pós-graduação em Letras (PPGL).
Confere nas palavras do professor Eduardo Amaro, organizador da obra junto com a professora Tatiana Capaverde, o conceito do e-book:
"A coletânea de trabalhos, intitulada Relações Identitárias e Intertextuais, reúne estudos que versam sobre as questões identitárias, assim como aproximações intertextuais em diferentes suportes artístico-literários.
Tanto os contatos através de trânsitos e deslocamentos inter e intranacionais quanto entre textos de diferentes autores ou gêneros são temas recorrentes na arte contemporânea. A primeira seção reúne textos que discutem relações intertextuais em diferentes gêneros artísticos.
A segunda seção trata das formas de representação da alteridade na literatura latino-americana. Na terceira seção os trabalhos focalizam as relações identitárias no contexto amazônico.
A coletânea conta também com uma resenha crítica da obra Deslocamentos Culturais e suas Formas de Representação também publicada pela EdUFRR."
O volume 2 da Coleção Discipuli, que será dedicada à publicação de trabalhos de alunos de pós-graduação, está disponível on-line no site da Editora da UFRR.
No vídeo de hoje trazemos o grupo Projeto Geni e o Zepelim interpretando a
música Camaleão, uma homenagem ao cantor britânico David Bowie, falecido em
2016. A letra, de J Vilela, é baseada em títulos de
músicas gravadas por Bowie, apelidado de Camaleão.
O projeto Geni e o Zepelim é formado pelos músicos J Vilela,
autor da composição, e Elson Arcos.
Elson Arcos
J Vilela
Selfie pós-show: Elson Arcos, J Vilela, a poeta Zanny Adairalba e este blogueiro, Edgar Borges
A apresentação foi gravada no ponto de cultura Usina Cultura,
zona oeste de Boa Vista. No final rolou uma dedicatória ao meu filho, Edgarzinho, fã dessa música.
Tempos sombrios também são tempos de escrever, falar, ouvir e espalhar poesia, de fazer a literatura correr por aí. Por isso, decidi no começo do mês: a cada duas ou três semanas vou publicar um vídeo com leituras de trechos de obras produzida por autores de Roraima. Inicialmente vou ler as obras que já tenho na biblioteca. Talvez depois peça para os próprios autores lerem para nós.
A primeira edição desta minha iniciativa é com dois poemas do escritor Francisco Alves e o livro se chama Ruídos Noturnos ou Poemas do esquecimento vivo, de 2017. Para saber mais sobre a vida do Francisco, deixo-lhes aí os links para as suas redes sociais no Facebook e no Instagram:
https://www.facebook.com/aluadoalves e https://www.instagram.com/chescoo/. Boa poesia para todos e todas:
Voltei a gravar vídeos para o meu canal no Youtube. Meu sonho é um dia receber aquele aviso de que tem um cheque me esperando por conta de tanta visualização e seguidor. Enquanto isso não chega, me botei uma meta aqui: um vídeo por semana, dividido entre colecionismo, literatura e o que vier. Sim, o lance de ter foco não faz parte de minha vida criativa. Vide a diversidade de coisas que já publiquei aqui no blog. Foco é só para os estudos e para as fotos. Para as demais coisas, quanto mais caótico, mais divertido. Bueno, vamos lá: mostramos hoje a coleção de livros que temos aqui em casa e foram produzidos por escritores que vivem ou já viveram em Roraima. Tem coisa minha e de minha mulher, a poeta Zanny Adairalba. É um vídeo longo, mas que dá um panorama do que vem sendo feito no Estado nas últimas décadas.
Se você tiver um livro de autores de/em Roraima que não apareceu no vídeo e quiser me presentear, é só mandar mensagem que a gente se encontra. Para receber presente sou rápido. Para dormir também. Não falemos de trabalho pois isso não vem ao caso.
Fui hoje à noite na maloquinha da Instituto Insikiran da UFRR para o lançamento do livro "O sopro da vida", do escritor indígena roraimense Kamuu Dan Wapichana, morador de Brasília desde os anos 90.
Antes da sessão de autógrafos teve uma mesa redonda sobre literatura indígena com o Kamuu Dan e os professores/pesquisadores/escritores Celino Raposo e Devair Fiorotti (inclusive para vocês eu recomendo entrar no site deste fantástico projeto dele sobre literatura indígena. Tem livros e dissertações: https://pantonpia.com.br/)
Alguém me fotografou e mandou a foto esperando o autógrafo do Kamuu Dan, mas não sei até agora quem foi.
Ô a coluna curvada bem de leve, do jeito que meu avô Borges era na velhice
Hoje teve a qualificação de mais um colega, o Fernando Yekuana. Não fui, mas fiquei na torcida.
Não foi hoje, mas finalmente montamos na parede da sala as prateleiras da estante. Por enquanto só couberam os meus livros (e isso porque separei um monte de obras para doação e venda. Só ficaram os que fazem ainda algum sentido para mim).
O espaço: antes era um corredor, ficou sem parede na reforma e sempre me provocava com a possibilidade de utilizá-lo como estante. O quadro dessa negona linda de costas é da artista visual roraimense Georgina Ariane Sarmento
Poquito a poquito, para montar los librito, abriendo los huequito para montar mi "armarito" (portunhol forçado e mal dito para dar métrica
Ainda falta uma prateleira. Não consegui furar a parede lá encima
11.07.19 quinta-feira UFRR novamente. Reunião de orientação com a professora Leila (mais uma vez pensei, mas não tirei foto com ela para registrar aqui). Definimos o prazo de defesa e coisas a fazer para acelerar o processo, entre elas o envio do material para o MC Frank D'Cristo olhar. Aparentemente estou com uma leve folga na corrida rumo à defesa. Por conta disso depois de agosto a ideia é focar em produzir artigos para as revistas da vida. 13.07.19 sábado Amanheceu nublado na baixada do Paraviana. Relatos vindos de outros moradores da cidade apontam que a neblina estava espalhada pela cidade. Uma das coisas boas de acordar bem cedo, mesmo não precisando, e poder ver esse tipo de maravilha e coisa rara de acontecer na nossa quente cidade:
Dia de quase Londres
Essa moto nunca mais foi vista depois que entrou na neblina
O último nevoeiro que baixou por aqui tem uns quatro anos de acontecido, conforme havia visto recentemente nas lembranças do facebook
19.07.19 sexta-feira Semana complicada. Andei um pouco desconcentrado, ocupado e dolorido e perdi algumas manhãs de trabalho. Explico: a) problemas e projetos me deixaram devaneando demais e aí quando focava mesmo já era hora de ir colaborar com a fazedura do almoço. De tarde sempre é para resolver outras coisas. b) Entre as coisas que me deixaram ocupado esteve a capinação da parte da frente do terreno da casa. O mato já estava me incomodando e não tenho grana para pagar alguém. Então fui eu mesmo capinar, primeiro na parte interna (de boas, apesar de lento. Deve ser a idade pegando pesado comigo já), depois na parte da frente. Aqui teve uma hora que quase desmaio de tanto cansaço, calor e suor. No final, consegui.
c) Essa capinada da frente foi no começo da semana. Fiquei até sexta sentido dores nos braços como não sentia desde que descobri minhas hérnias cervicais e comecei a fazer pilates (muitos meses entre uma coisa e outra, por sinal). Além disso, o pescoço travou como só trava o pescoço de uma pessoa sedentária que faz muitos movimentos repetitivos puxando enxada e ciscador.
Como não conseguia sentar para escrever, me dei folga e fui ler um livro para relaxar. Recentemente havia terminado "E Deus criou o homem", obra bem-humorada do mestre Afonso Rodrigues de Oliveira revisitando o Gênesis bíblico e localizando as ações aqui pelos lavrados de Roraima. Agora peguei "Feliz Ano Velho", de Marcelo Rubens Paiva. Estou gostando muito desse relato abordando como ele reagiu a uma das coisas que mais me apavora na vida: sofrer um acidente e ficar numa cama de hospital.
No meio de minha folga foi na UFRR pegar Bauman e Canclini para dar um plus (ou não dar e deixar sem) na dissertação.
Meu celular, que estava descarregando em velocidade quântica e se recusava a ter a bateria carregada, pifou. Fui obrigado a mexer nas previsões de gastos para comprar outro.
Hoje também fiz uma parada bem legal: a convite da poeta Elimacuxi, fui acompanhá-la numa intervenção poética no abrigo para venezuelanos Santa Tereza, na avenida São Sebastião, lá do outro lado da cidade. Ela me chamou na segunda de noite e topei de cara apresentar alguns poemas. Decidi levar alguns textos meus que fiz em portunhol. Para fechar o combo, ensaiei recitar/cantar uma música que sempre fico assoviando: Pedro Navaja, de Ruben Blades. É uma salsa quase falada, então me pareceu fácil. O resultado está no vídeo deste link. Aplaudam. Ah, além de eu e a Eli, também foram os poetas Vitor de Araújo e Zanny Adairalba.
Zanny Adairalba, Edgar Borges, Elimacuxi e Vitor de Araújo
As prioridades dos governos estaduais de Roraima são esquisitas. O foco no incentivo à cultura e à arte nunca é uma delas e tudo é desculpa para exibir isso. E eu, que vivo aqui desde o primeiro desses governos, ainda me surpreendo com a capacidade negativamente inventiva desse povo.
Antiga Galeria de Artes do Anfiteatro do Parque Anauá
A surpresa desta semana foi ver a galeria do anfiteatro do parque Anauá, que ficou fechada por anos e anos até ser mais ou menos reformada e receber uma duas ou três exposições apenas, ser transformada em base da Força Nacional.
A questão não é discutir o mérito do papel da Força Nacional na área de segurança.
A questão é tentar entender o que se passa na cabeça dos gestores que fecham equipamentos culturais em uma cidade que tem seu único museu fechado, uma cidade cuja biblioteca municipal não funciona, uma cidade que não possui nenhuma galeria pública...
Como vamos ser melhores assim?
Não tem como.
É por isso que sempre faço minha versão da música Porto de Lenha quando descubro ou revejo uma ação/comportamento governamental/social desse tipo: Boa Vista, tu nunca serás Liverpool.
E muita gente dá risada dessas ações e medidas, diz que artistas que reivindicam espaços e políticas públicas assim são esquerdistas, que vivem na mamata e outras tantas baboseiras aprendidas nos grupos de whastapp.
Fico pensando em como essas pessoas educam seus filhos...
Se é que educam, né? O que lhes dirão sobre artes visuais, música, literatura? Que é bacana, mas só em outras famílias, em outros estados, na TV, fora do Brasil?
Imagina o tamanho da reprodução da ignorância nessas famílias...
É por isso que eu tento levar meu filho ao máximo de eventos que consigo. Sei que, no mínimo, incomodado por estar fora de casa ele vai ficar. E que talvez alguma obra lhe chame a atenção.
Mas essas crianças cujos pais ficam criticando a arte e falando asneiras, qual será o destino intelectual delas?
É a era da ignorância acima de tudo?
Enfim. Resistamos.
Ah, em 2014 publiquei aqui mesmo no blog um pequeno texto intitulado “Check-list cultural da depressão”. Listei uma série de equipamentos culturais que estavam com as portas fechadas. O Anfiteatro do Parque Anauá estava entre eles, saiu e voltou.
Na sexta-feira passada (23.03) fui à UFRR não como aluno de pós ou para dar uma passada na academia em busca de um pouco de resistência física (não contei para vocês - se é que há vocês - que estou indo dia sim, dia não à academia que tem no campus?), mas como convidado para uma conversa com essa turma bonita aí da foto, todos da graduação em Letras da UFRR.
Trocamos impressões e confissões sobre contos do livro Sem Grandes Delongas e alguns poemas meus, extraídos aqui do blog, que estavam analisando sob a orientação do professor Roberto Mibielli. Fomos abrindo junto as camadas literárias de vários textos. Rimos e debatemos um bocado sobre o que eles interpretaram, sobre o que eu achava que havia tentado dizer nos subtextos e sobre o que estava descobrindo ali na hora junto com eles. Foi bem divertido. Rolou até uma catarse entre os alunos, que começaram a debater machismo e feminismo. Pena que as duas horas da aula passaram voando e acabou rápido o nosso encontro. Eu teria ficado mais uma hora no conversê, but... Bem, falando em encontros, nos meses de de abril, maio e junho parte dessa turma aí, o professor Mibielli e outros professores do cursos de graduação e pós-graduação em Letras da UFRR vão promover uma série de encontros com escritores, pesquisadores e afins da área literária em Roraima.
Vai ser grande o negócio. Praticamente todos os produtores literários estarão participando do evento, intitulado "Literatura em Roraima - Diálogos e leituras".
Além de público, serei um dos convidados no dia 18 de março, discutindo 'Modos de produção'. Nos banners abaixo é possível conferir mesas e convidados. E o horário é esse mesmo: das 8h às 10h, às quartas.
Ando contando histórias por aí. Histórias indígenas,
apresentando às crianças os mitos dos povos indígenas do meio do mundo, do
lavradão do vale do Rio Branco.
Essas fotos são das sessões que rolaram este mês na escola
estadual Professora Diva Alves de Lima, com as turminhas da professora Helen
Feijó.
Nos encontros, os meninos se espantaram, interagiram,
questionaram como as coisas aconteceram na história. Numa das turmas, rolou até
sessão de fotos individuais no final.
Delícia essa vida de contar histórias para crianças!