quarta-feira, agosto 22, 2018

#05 Mostrando as coleções: estátuas Crazy Toys do Wolverine

Na edição #05 da nossa série "Mostrando as coleções" trazemos duas estátuas do personagem Wolverine. Uma foi comprada em São Paulo e a outra é da marca Crayz Toys, via Aliexpress.


   


 Se gostou do vídeo e quer que a gente continue botando vídeos de nossas coleções, deixa seu joinha, compartilha e mostra pro mundo um pouco do colecionismo na Amazônia!

segunda-feira, agosto 20, 2018

#04 Mostrando as coleções: Batmobiles do McDonalds e da Shell e miniaturas Eaglemoss


Na edição #04 da nossa série Mostrando as coleções trazemos nossos Batmobiles do McDonalds e da Shell, além de algumas miniaturas Eaglemoss que temos aqui em casa. 

Se gostou e quer que a gente continue botando vídeos de nossas coleções, deixa seu joinha, compartilha e mostra pro mundo um pouco do colecionismo na Amazônia!

terça-feira, agosto 14, 2018

Tínhamos todas as boas opções do mundo...






Tínhamos todas as opções do mundo, mas escolhemos justamente navegar placidamente em mares de raiva. Optamos por não olhar para as nossas responsabilidades, por evitar críticas fundamentadas, estudadas, refletidas, analisadas.

Optamos por esquecer que acima de nós havia uma outra categoria de pessoas com mais poder, mais dinheiro, mais voz e outros interesses que não os nossos. 

Optamos por ouvi-las e segui-las, sem atentar que seus destinos não eram os nossos e que seus alertas de “perigo” e “basta disso” eram um canto da sereia que levaria nosso barco às pedras e o deles ao porto.

Tínhamos tanto amor para espalhar, para postar e respostar, mas optamos por sermos ínfimos, maledicentes, por entrar em listas pedindo que fechassem as portas da casa que sempre adoramos quando nos éramos os visitantes, os estranhos, reis em outros lugares.

Nem todos fomos assim, é verdade. Houve quem não gritasse ódio e sim berrasse amor, fraternidade, entendimento, compreensão, empatia e outras coisas consideradas bobagens. 

Houve quem mantivesse isso e houve quem apenas falasse, sem nunca ter agido com amor, que já bastava de tanto carinho para os outros, que estava na hora de ser carrancudo, odioso, opressor, mesquinho e outros adjetivos confundidos com moralidade, patriotismo e cuidados com os da terra.

Houve quem falasse em meritocracia enquanto bebia algo caro sentado na cadeira de couro que ganhou de sua família, de seu esquema financeiro corrupto e corruptor, de seu padrinho político... 

Houve quem falasse em religião como motivo mais do que justo para não aceitar o diferente e ouve quem usasse a religião como motivo mais do que justo para apontar sua língua bifurcada contra o diferente.

Claro, houve muitos que amaram, que abraçaram, que criticaram o alvo certo, mas continuaram ajudando. E houve também quem foi ler mais, ouvir mais, conversar mais, lembrar mais de si e de seu passado (ou do passado de seus antepassados) para entender que a história é cíclica e o mundo dá voltas por ser redondo – nunca plano, apesar da insistência.

Uns tinham todas as opções do mundo e optaram por gritar em vez de abraçar.

Outros (ainda bem que havia bem em outros) também tinham todas as opções do mundo e escolheram a empatia, a ajuda, o entendimento de que amar só os próximos e os conhecidos não faz sentido e de que o mundo é muito grande para alguém insistir em ser pequeno e achar isso uma grandeza.

domingo, agosto 05, 2018

Embelezando o jornal com outros escritores de Roraima

O povo da coluna Okiá, veiculada no jornal Folha de Boa Vista, publicou esta semana uma foto na qual apareço com outros integrantes da cena literária de Roraima. 

A imagem foi produzida pela equipe do Sesc Roraima para o evento Sesc Literatura em Cena e nela aparecem, além de mim, óbvio, Zanny Adairalba, Aldenor Pimentel, Felipe Thiago e Tana Halú. A foto saiu no dia 31.07.18.





No print da versão digital ficamos ainda mais charmosos, acho: 


sexta-feira, agosto 03, 2018

Poema quebrantado e aleatório


Amendoim seco uma briga haverá amanhã
que tempo é esse inverno que
nunca
acaba até
quando esse silêncio tão forte uma
ca
ra 
de
chá uma taça
de vinho um copo de
água dúvidas muitas
dúvidas uma página cheia de letras e de
significados
e
nenhum entendimento
lembranças de quem
não está mais papeis com anotações letras
feias letras desagradáveis promessas
nunca
feitas sempre cobradas teorias
espancando tua ignorância tão bonita e tão
explosiva
a expli
ca
ção nunca entendida
a mentira toda a verdade toda a falta de luz é de tarde
é de dia haverá um eclipse haverá lua e sol verão e praia haverá
esforço o cérebro
 cansado o cérebro exposto
a mente cansada a mente exposta faltam
habilidades nunca serás
tão detetive tão observador tão genial tão bom acabou recomeçou extinguiu-se apagou a chama nunca houve chama
que talvez se vá talvez se ouça ao longe sons ao longe
vida ao longe promessas leia cante chore grite viva diz o cartaz no chão
o sol
o sol
o sol
queima tudo queimam todos os
silêncios cortam afogam cansaço
voltas em torno
do
toco
Toca jazz
Aqui jaz uma
Ideia uma ideia uma ideia
e nunca mais faça castelos
de areia de ar nas
nuvens
que vêm
relatórios que matam
não há criatividade para formulários
não há formulários para criatividade
não há atividade nos formulários
não há diários para a cidade
Nego
ciações à luz de vinho e um
Pouco mais disso e um pouco mais daquilo que não nos devora a alma nem provoca
Nem assopra
Nem corta
Mas machuca a música triste que toca
Um pouco de vinho um pouco de vinho e um pouco de vinho
Afas
tando medos afastando clarezas afastando...

quarta-feira, agosto 01, 2018

Diário de um mestrando em Letras - quinto mês

09.07.18 Segunda

Hoje é feriado em Boa Vista. Aniversário de 128 anos de criação do Município. 
Pensei em me dar folga, mas seria abuso. Fui pelo menos tentar adiantar e melhorar as questões do roteiro de entrevistas ao futuro sujeito da pesquisa. 

Fui caminhar no parque Anauá também. Pegar uma carga de vitamina D. 

30.07.18 Segunda




Uma xícara de chá e mais uma e outra e de novo... Foi assim quase o mês todo, sentado à mesa, reescrevendo (mais tentando que reescrevendo) o artigo da disciplina da professora Déborah e avançando palavra a palavra nas demandas da qualificação deixadas pela professora Leila. O primeiro mandei faz quase uma semana. 








Entre travas e travadas dei uma parada para receber uns amigos da Venezuela que há muito não via. Depois que foram embora, adotei a metodologia de sentar para trabalhar manhã e tarde. Entre lerdezas e vazios, avancei, fechei e mandei. 





Meme eu que fiz 

Já as demandas da quali estão aí, ainda assombrando-me, engolindo-me. São tantas que até tive de numerá-las. A resolução não acontece por ordem de ordenamento e sim por questão de facilidade. O mais fácil, ou que aparente ser, já meio que foi. 




Agora, no momento em redijo isto, estou usando esta escrita como uma forma de aquecimento cerebral para encarar a busca de um conceito, de uma ideia, que não consigo pescar do texto que leio e releio há uma semana. Na verdade, eu sei o que quero, mas não consigo pegar do jeito que quero. É como uma pescaria sem anzol: o peixinho está ali, burlando-se de mim, bem à minha frente. 




Sobre pescarias sem anzol: peguei dia desses uma piaba com a mão lá no lago do parque Anauá. O que isso a ver com a academia? Nada. Só que agora lembrei disso ao escrever o final do parágrafo acima. Ou será que escrevi o parágrafo acima para justificar a lembrança a seguir?


Quase um karatê kid do pega piaba


Abri meu e-mail funcional hoje depois de uns dois meses. Muita mensagem que não me interessa e uma avisando que a grana da UFRR para participação em eventos acabou....Bah, por isso que não me empolgo em ir aos congressos. Se for para viajar a trabalho bancando tudo do próprio bolso, nem me esforço.

Na primeira quinta-feira de agosto vamos apresentar o trabalho de fechamento da disciplina que foi ministrada pelos professores Mibielli/Tatiane/Esqueci o nome/Maurício. Podíamos escolher entre fazer um artigo ou produzir um vídeo abordando a temática da memória. Fiz grupo com a colega Alessandra Cruz e montamos um vídeo com interpretação em Língua Brasileira de Sinais (Libras) do poema de minha autoria intitulado "Museu em reformas".

O poema vai integrar o livro "Incertezas no meio do mundo", que devo lançar ainda este ano se o Governo de Roraima pagar a grana do edital de literatura que ganhamos no começo do ano. Tá difícil, mas temos esperança que o pagamento saia logo. 


Alessandra Cruz, Luan Selfish (que editou e fez a locução do vídeo) e eu



Alessandra e a intérprete Joice Moura afinando a "declamação" do poema

30 de julho. Não sei se haverá novidades a serem acrescentadas até amanhã, 31. Se houver, volto. Se não, até a próxima edição de meu sofrimento acadêmico.  


22h12

In vino, água e chá, veritas. 
Ou não. 
Quiçá apenas ressaca, mas apostemos na veritas. Isto é, no conceito escorregadio sendo pego para servir de tempero à qualificação. 


Vinho com chá e água ao fundo... hidratação é tudo

31.07.18 Terça

E então calcule o susto que tomei quando vi que deveria entregar um trabalho impresso e não digital e que além disso não havia seguido uma série de recomendações para a formatação do mesmo. E veja que a entrega deveria acontecer nesta quarta, das 8h às 11h, e o prazo ia ficar curto porque você havia prometido levar seu filho ao cinema, uma despedida das férias e preparação para os dias árduos que virão no quinto ano dele. 

Aí então você terá, quem sabe, uma noção de quanto trabalhei na tarde de terça, cortando páginas e ajustando detalhes. Ah, no meio disso, fiquei lendo as mensagens e notícias que chegaram sobre um vídeo no qual um missionário explica a migrantes como funciona o processo de desocupação no Brasil. O material viralizou na cidade e o pessoal aproveitou para reacender as chamas do xenofobismo. 

No meio disso, matérias que ignoravam o contexto da explicação ajudaram a criar o clima de "indignação popular". Só deu isso nos grupos. Sobre os ataques das facções em Boa Vista e um monte de cidades do Interior e a incapacidade das polícias em conter os grupos criminosos, nada ou quase nada. Os imigrantes são bem mais fáceis de atingir do que os caras do tráfico. Ou então ninguém acha perigoso as gangues ratearem entre si a cidade. 

Ah, cortei tanto texto que me autodenominei um super-herói: Motosserra Man, o herói dos cortados. 


Eram 25 antes, mas Motosserra Man entrou em ação


Poderia ser também o Santo das Madeireiras.

Well...Vem a gosto, agosto. 

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