Nesta terça-feira (25.11.25) estive na escola São Vicente de
Paula conversando com alunos do 9⁰ ano sobre a relevância da leitura para a
integração social e para o desenvolvimento profissional.
Falei com os estudantes sobre a minha trajetória estudantil
desde a chegada da Venezuela em 1991 e de como a leitura me ajudou a superar
barreiras idiomáticas e a tornar-me jornalista, escritor, produtor cultural e
pesquisador.
Ressaltei que ao chegar em Boa Vista já falava, lia e
escrevia um pouco em português e que este conhecimento era fruto de leituras de
histórias em quadrinhos, livros, filmes e músicas que ouvia tanto quando vinha
passar as férias como quando estava na Venezuela.
Como entre os alunos havia muitos migrantes venezuelanos, lhes
recomendei que aumentassem o volume de leituras para dominar o máximo possível
do idioma de seu novo país, a exemplo do que eu mesmo fiz quando vim morar no
Brasil.
A visita à escola foi um convite feito pelas professoras
Jacilene Cruz e Gicelma Andrade.
E no sábado (22/11/25), dia em que o Bolsonaro foi preso preventivamente por tentar se livrar da tornozeleira eletrônica, eu participei do Circuito Sesc de Corridas - etapa Boa Vista.
Largamos logo depois das 18h. Foram 5 km, saindo da frente do estádio Canarinho e subindo e descendo ladeiras no calor da avenida Getúlio Vargas. O que ajudou a sobreviver ao calor noturno foram os três pontos de hidratação e muita água no rosto e pescoço.
Corri graças à lindona de minha amiga Meire Souza, quem gentilmente me presenteou com um kit.
Muito agradecido demais da conta, moça mais rápida da turma VMC 91.
A falta de participação em provas neste ano (a do Sesc foi a 10ª) me fez cometer um erro de iniciante e pausei o relógio na saída. Só percebi quando os aparelhos de todos ao meu redor começaram a bipar no primeiro km, menos o meu. Deu uma zanga, mas enfim... acontece.
Até o 3,5 km senti muita dor no calcanhar do pé direito. O restante da distância foquei em tentar não caminhar mesmo com o fôlego faltando.
Comecei pensando em concluir num tempo entre 32 e 35. Fechei em 29'52. Achei bom para meu atual estágio de pessoa há quase um ano sofrendo de fascite plantar. Chegando em casa alonguei e enfiei o pé no gelo para ajudar a diminuir a inflamação do dia seguinte. Deu certo, mas ainda assim amanheci mal.
Estou postando isto na segunda. A inflamação está dentro do de sempre, mas sinto uma dor no calcanhar. Essa é nova e apareceu na prova.
É isso. Sigo no alongamento, na massagem diária do pé e no gelo. Sigo dolorido, mas posso sair pra correr, diferentemente dum povo com histórico de atleta por aí, que vai amanhecer vendo o sol quadrado.
29 de outubro se comemora o Dia Nacional do Livro e 31 de outubro é o Dia Nacional da Poesia.
Sou poeta publicado tanto em coletâneas como sozinho.
Escrevo contos, crônicas e poemas.
Estes são 5 dos 7 livros que já lancei individualmente. Os outros dois são digitais.
As obras são estas: Roraima Blues (2008, microcontos e poemas), Sem Grandes Delongas (2011, microcontos), Incertezas no meio do mundo (2021, poesia), Flores do Ano Passado (2022, contos, poesias e crônicas), Há sol em nossos olhos (2024, poesia), Invernos e Cafés (2025, poesia) e Bilhetes de Amores Perdidos (2025, contos).
A manhã desta quinta-feira (18/09/25) foi especial: recebi a comenda Orgulho de Roraima, concedida pela Assembleia Legislativa de Roraima, pelos serviços desenvolvidos na área do jornalismo.
Fiquei muito contente quando soube que seria um dos jornalistas homenageados, fruto de uma indicação da deputada Angela Portella. Confesso que havia anos queria receber um título desse tipo.
Atuo na área da comunicação desde 1998, quando ainda estava no terceiro ano do curso na Universidade Federal de Roraima.
Já fui repórter de jornal impresso, correspondente de revista, cronista e colunista cultural de sites e jornais locais e nacionais, professor universitário, assessor de comunicação de artistas, da Prefeitura de Boa Vista, da Universidade Estadual de Roraima e da Universidade Federal de Roraima.
Entre os homenageados havia muitos amigos, ex-colegas de trabalho, gente que conheço desde os seus primeiros empregos e inclusive alguns que foram meus estagiários.
Todos, com certeza, merecedores de serem considerados Orgulhos de Roraima.
Parabéns pra mim, parabéns pra gente. Que venham outras comendas, principalmente na área cultural.
Ah, e agora só respondo se me chamarem de Senhor Dom Comendador Edgar. hahahaha
Aqui você pode me ver recebendo a homenagem. O vídeo vai começar no momento em que começam a chamar os jornalistas, logo após os discursos da mesa.
RECONHECIMENTO
Jornalistas são homenageados com Comenda Orgulho de Roraima
Postado em 18/09/2025 Por Supervisão de Comunicação
A Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR) realizou uma sessão especial em homenagem aos jornalistas do estado, com a entrega da Comenda Orgulho de Roraima. A solenidade, proposta pela deputada Angela Águida Portella (Progressistas), reconheceu a importância dos profissionais na defesa da liberdade de expressão, dos direitos fundamentais e na consolidação da democracia.
A deputada Angela Águida destacou a relevância da homenagem aos profissionais da comunicação. “Essa homenagem está sendo feita pela passagem do Dia do Jornalista, e é uma alegria para mim, tendo em vista que essa é uma missão muito nobre: comunicar, trazer informação e também ajudar as pessoas. Assim, elas têm a possibilidade de construir suas próprias opiniões. O jornalista chega em todas as casas, seja pela televisão, pela internet, e a gente está fazendo isso como reconhecimento”, afirmou.
Grazy Maia, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas, destacou o papel essencial dos jornalistas em momentos críticos
A vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Roraima (Sinjoper), Grazy Maia, enfatizou a dedicação dos homenageados. “É uma grande satisfação estar aqui hoje, principalmente nesta data tão simbólica, em que se reconhece a luta diária de tantos profissionais da comunicação. São pessoas que acompanham o dia a dia da sociedade, exercendo um papel fundamental com senso crítico e compromisso com a verdade”, ressaltou.
Professor Maurício Zouein recebeu a homenagem na Casa Legislativa
O jornalista e professor Maurício Zouein também foi homenageado e ressaltou o significado da honraria. “Na academia, nos dedicamos a formar profissionais comprometidos com a ética e o bem comum. O jornalismo é uma profissão marcada pela doação constante, e quando somos reconhecidos dessa forma pelo povo e, em uma casa que representa o povo, o significado é imenso. Cheguei a Roraima em 1974 e receber essa homenagem da Assembleia Legislativa é um momento de profunda gratidão”, disse emocionado.
Luciano Abreu, homenageado, enfatizou o trabalho coletivo no jornalism
Outro jornalista homenageado, Luciano Abreu, valorizou o trabalho coletivo por trás da produção jornalística. “É muito bacana você receber um reconhecimento de anos de trabalho. Ainda mais porque não é um reconhecimento só do Luciano Abreu, é um reconhecimento de tanta gente. A gente que faz jornalismo faz com toda uma equipe, desde aquele cara que trabalha na limpeza até o diretor-geral. Hoje estou recebendo uma homenagem, todos eles também estão recebendo. Quero agradecer à Assembleia por esse reconhecimento”, frisou.
A solenidade contou também com a presença de autoridades e representantes de instituições ligadas à comunicação e à cultura. Participaram da sessão o vereador Bruno Perez (MDB), a vereadora Bárbara Falcão (Progressistas), o coordenador do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Roraima (UFRR), professor Felipe Collar Berni, o gerente de Jornalismo da Rede Amazônica, Marcos Cadidé, e a presidente da Academia Roraimense de Letras, Cecy Brasil.
Homenageados
Foram homenageados com a Comenda Orgulho de Roraima:
In Memoriam à jornalista Alexssandra Vaneza Ribeiro Targino (representada por sua irmã Michella),
Antonia Costa da Silva (representada pela filha Aynara),
Participei da segunda edição da Feira Literária Letra e Arte, cujo perfil vocês podem seguir aqui. A atividade aconteceu neste sábado (9/8/25) no Terminal do Caimbé, no centro geográfico de Boa Vista.
Levei exemplares dos meus livros de poesia Incertezas no Meio do Mundo e Há Sol em Nossos Olhos. Vendi alguns e também fiz troca com outros autores.
Com Willy Rilke, poeta
Com Bruno Garmatz, romancista
Com Franciany Veras, cronista
Demos sorte de ter uma tarde relativamente fresca e isso ajudou a manter suportável a temperatura do terminal. De forma geral, o evento foi muito bacana, com dinâmicas para um sorteio no final, recitação de poemas, dança e música. A organização coletiva ajudou a cobrir quaisquer problemas que poderiam ter aparecido.
Algumas pessoas que encostaram na minha mesa perguntaram sobre novos livros de microcontos e sobre a edição impressa do Flores do Ano Passado, livro de prosa e poesia que coloquei à venda na Amazon. Outras disseram que iam me convidar para falar em sala de aula sobre os meus textos. Achei bem legal porque plantaram minhocas, sobretudo sobre a questão de voltar a escrever microcontos.
Como não queria deixar os livros sozinhos na mesa, acabou que não andei na feira depois que todos os participantes chegaram.
Então só vi parte da montagem no começo e um pouquinho de movimento a partir do onde me instalei, propositadamente recuado para ficar numa parte onde entrava vento por um corredor.
Ah, e também por ficar mais afastado da aparelhagem de som.
O conforto tem seu custo.
Os demais escritores que participaram nesta edição foram estes, com base na lista que divulgamos na imprensa: Aldenor Pimentel, Willy Rilke, Catarina Fim, Lindomar Bach, Eduardo Amaro, Vinícius Cortez, Ernandes Dantas, Rosidelma Fraga, Camila Vitória, Pétira Santos, Orlando Marinho, Franciani Veras, Jacilene Cruz e Marcelle Grécia Wottriche. Também teve a turma dos quadrinhos, com Ygor - Cena e Alice Lyra.
Outras feiras estão programadas para acontecer até o final do ano.
Espero ter disposição social para participar delas.
Somem quando as procuro as palavras certas para o momento ideal. Desaparecem antes de escritas, evaporam antes de oralizadas. Fogem para as nuvens, para a escuridão, me deixam feito um bobo, olhando para o papel, para o teclado, para quem está à minha frente. Estanco, gaguejo, finjo de morto, dou certeza de incapaz.
Olho para um lado, foco no infinito, balanço a cabeça, procuro verbos, substantivos e afins e nada. O tempo passa, se alonga e segundos parecem mares nos quais navega rasa a capacidade de conseguir me expressar
Daí me resigno, rio, balanço a cabeça, faço caretas, me rindo e o vazio da falta de palavras me derruba, paralisa, engole e despeja como se nada fosse, como se não houvessem palavras em mim, como se virasse uma elipse incompleta.
E então, quando desisto, vou beber água ou o tempo certo da exposição passou, o milagre acontece e me torno frase, oração, período, rima, prosa, história e cantoria.
O que se salva então é pouco, mas garante meu ar. E com o que tenho na mão respiro e consigo voar até o próximo sumiço do palavreado.
(Dizem que a ausência de palavras na hora desejada diz mais sobre o momento do que sobre si.)
(Dizem também que acreditar em tudo o que se lê sobre ausências de palavras diz mais sobre quem lê do que sobre quem escreve.)
Nestes 28 e 29 de maio rolou a Semana Literária do Sesc Roraima 2025.
Teve uma exposição de microcontos produzidos por autores residentes no Estado e duas de minhas obras embelezaram a entrada e a galeria do teatro Jaber Xaud, no Sesc Mecejana.
Não pude ir, mas tenho provas de que aconteceu.
O texto no papel branco fiz especialmente para a exposição e o do banner colorido faz parte de meu livro Sem Grandes Delongas (esse banner inclusive só fiquei sabendo porque a escritora Joseani Vieira estava esperando seu transporte e viu os textos neles).
Agradecimentos pelas fotos à Joseani e o escritor W. Rilke, que também fez o vídeo a seguir, mostrando os demais microcontos expostos:
Alegria da semana: sou um dos 20 autores selecionados para a 2a Mostra Picuá de Cinema e Literatura, com o texto “Quando o fim chegar”, escrito há uns 2 ou 3 anos e quase perdido nos arquivos digitais.
Na primeira edição da Picuá, em 2021, fiquei em segundo lugar na categoria Prosa com o conto “Livro de amor”. A turma do grupo teatral Criart, que daquela vez ficou em primeiro com a performance da obra, novamente interpretará meu material.
Publiquei
um conto sobre a Inquisição em um livro lançado colaborativamente pela editora
Triumphus.
A seleção
foi ano passado e nesta semana chegou o meu exemplar.
A
curadoria foi da escritora Joseani Vieira , carioca radicada em Roraima há
décadas, a quem agradeço pelo olhar carinhoso na hora de escolher meu texto
para compor a obra.
Além de
nós dois, Vanessa Brandão é a outra autora de Roraima participante desta
coletânea.