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sexta-feira, abril 26, 2019

Notas da última sexta de abril de 2019


1. Começaram ontem as chuvas de fato e de direito. Choveu um pouquinho à tarde aqui no Paraviana, dando aquela sensação posterior de que estamos em uma panela de pressão liberando todo o vapor do mundo. Na verdade, a frase correta seria: “choveu (...) no final do Paraviana. Lá em cima, mais perto do Caçari e do Bairro dos Estados, não pingou nada. De madrugada choveu tanto que a terra amanheceu empapada. O céu amanheceu nublado e as paredes da casa estão bem mais frias que ontem.  


2. Enquanto escrevo, chuvisca. Agora será assim até julho, agosto. A chuva traz conforto para estar em casa. Some com as praias, é verdade, mas não dá para ter tudo ao mesmo tempo. 




3. Esta semana fiz algo que há tempos não fazia: comprei e li uma HQ impressa. Me criei fazendo isso, aprendi a ler em português por conta das histórias em quadrinhos, mas havia um tempo que só estava lendo em formato Scan nos sites piratas. Nunca gostei de ler muito em computador, mas desde o mestrado e seus infinitos PDFs, me acostumei a passar horas na frente da tela. Daí foi só ir buscar os Scans e me maravilhar com a possibilidade de ampliar a página até o ponto em que as palavras fiquem ao meu gosto de olho de velho meio cego. Foi essa impossibilidade de ampliar os balões o que mais me incomodou na leitura. Agora que uso óculos para quase tudo ficou meio complicado até ler em local mais escuro. Mesmo assim encarei o título Batman – Veneno. Gostei da história, que é começo dos anos 1990, com uma arte característica daquele tempo (leia-se um monte de quadros por página). 

Batman - Veneno: as quatro edições em uma só publicação

4. Estreou Vingadores e nos grupos de WPP todo mundo fala nisso. Nem um pio sobre os direitos que vamos perder com a reforma da previdência que o Bolsonaro vai enfiar na nossa goela, mas tudo bem, o foco não é mesmo esse nesses grupos. Até concordo e se fosse diferente eu saísse, porque as discussões costumam ser bem rasas. Enfim, sabe um lance que me incomoda mesmo nessas horas? Essa idiota coisa do medo do spoiler. Gente, que confusão que a galera forma por conta de um comentário qualquer feito por quem já viu o filme. Eu não entendo mesmo isso. Quando alguém me conta algo de um filme, série, livro ou HQ, fico prestando atenção para depois comparar o que a pessoa disse com o que de fato foi apresentado. Daí faço uma avaliação sobre a capacidade narrativa do “spoileiro” para saber se é confiável ou não nesse sentido. Acho muito divertido isso. Vou atrás até de cena vazada se tiver rolando fácil. Já o resto do mundo, inclusive o povo aqui de casa, morre de raiva. Eu, heim, gente doida. Imagina essa galera pegando spoiler da Bíblia, por exemplo, com alguém falando que lá no Novo Testamento vai rolar a crucificação de Jesus. Ou que lá no Velho tem uma parte bem The Walking Dead chamada as sete pragas do Egito?



5. Até ontem a gasolina estava custando R$ 4,29 no dinheiro na maioria dos postos que estão em minha rota comum de deslocamento. Acho bom anotar isso para jogar na cara do povo que vive dizendo que o PT quebrou a Petrobras e que por isso estavam certos o Temer, ao autorizar, e o Bolsonaro, ao manter, a política do preço subir o tempo todo conforme a movimentação do mercado. Parece até que isso se traduz em ganho para cada eleitor desse povo. Eu fico aqui preocupado com o gasto mensal, fazendo contas para ver se não vou ficar no prego no meio da rua e o povo bolsominion elogiando e feliz com essa política de preços. Ou sou muito ranzinza e pobre ou todo mundo está ganhando bem mais do que eu. 

Estou em crise energética

terça-feira, abril 16, 2019

Trilha de bicicleta pelo meio do Cauamé: entre os banhos da Polar e dos Gnomos

A postagem de hoje é o registro de um passeio de bicicleta que fiz no rio Cauamé em maio de 2019. 

Parti do meio do bairro Paraviana rumo à Praia dos Gnomos. No meio do caminho, um desastre aconteceu.




segunda-feira, janeiro 21, 2013

Sobre dias não tão bons


Foto: Edgar Borges
Sabe? Há dias em que o tempo custa a ficar bom. 

E não estou falando da noite cair e levar para outra lugar esse sol que insiste em queimar até a minha alma. Falo assim condensando todas as metáforas da vida para as horas em que tudo parece correr mal, em que tudo é mau...


Me vejo no espelho, lembrança de ontem. Mesmo com tudo querendo, não caio. O chão é duro e as pedras machucam, prefiro sofrer em pé, buscando na relatividade o consolo: sempre haverá alguém em situação pior. Ou então: poderia ser pior, então para que reclamar tanto, para que sentir-se tão mal, para que desistir, mesmo que o futuro seja a morte?


É um pessimismo com uma boa dose de esperança, acho. Mas posso me enganar e tentar te enganar, pois acho mais que a desesperança é a última que morre, logo depois de pegar a esperança pelos cabelos e, rindo, afogá-la numa poça de lama na rua mais distante da cidade.


Sim, isso pode ser meio tenebroso, meio “ui, o que aconteceu de ruim?”, mas é necessário mesmo algo acontecer para acreditar na falta de algo bom vindo pelo caminho? Ou a lógica do “seremos felizes pois somos bons e trabalhamos” é o que conta, mesmo quando não se conta nos dedos algo de bom?


Não, não estou bêbado nem penso em atirar em minha cabeça. Depressão é para os ricos, eles podem pagar os médicos, os remédios, o tratamento completo e fazer sua rehab em paz. Eu escrevo e sai bem mais barato. Não resolve nada, é vero, mas se é para contar a alguém o que sinto, que seja ao silencioso papel, esse que aceita tudo o que lhe dão...
 

Sabe? Há dias de tanto calor e tanta poeira nas ruas que o futuro parece ser uma redação borrada pela chuva que ainda não caída.

quarta-feira, dezembro 30, 2009


Calma, que 2010 ainda não chegou


Não. É a última postagem do ano. Ainda amanhã, apesar de piegas, quero falar sobre metas para 2010. Não para compartilhar, mas para poder me lembrar depois. Se ficar só na cabeça não sai nada.


Voltando esta semana ao trabalho, às calças compridas, aos sapatos e tênis o dia inteiro e ao acordar cedão 5 dias por semana. Já ganhei novamente a dor nas costas. Fruto de horas e horas mexendo com computador.


Passei as férias na cidade, vendo coisas da casa e do apartamento. Ou seja, não tirei férias. Foi mais como um sábado estendido. Ainda bem que choveu em Boa Vista durante alguns dias. Isso aliviou um pouco o calor deste pedaço quente da Amazônia.


E o rolo no Suriname? Que coisa. Os relatos nos jornais me lembram imagens de chacinas na África. E o meu pai, o velho Juca, quase se tocava pra lá dia desses. Sem trabalho aqui e na Venezuela, achava que era a melhor opção.


Meu indiozinho deve ser o único bebê que passa até 14 horas sem dormir e depois disso ainda está pilhado. Também deve ser o único que dorme só um cadinho e acorda cedo depois de um dia agitado desses.


Janeiro já jogou as malas na sala e está prestes a se deitar no sofá. Tempo de começar a preparar o dia da poesia 2010, lá pra março. Mas antes disso vem o aniversário do Edgarzinho, 10 de janeiro.

sábado, dezembro 05, 2009

Dezembro em Roraima...
Quente, a cidade transpira no calor. As praias dos rios aparecem e ocupam mais espaço que as águas.
Lá, fora desta lan onde escrevo, a luminosidade é insuportável. Os meus óculos quebrados não ajuda em nada a superar isso. É o preço de morar no meio do mundo.
Aqui, eu, que estou de férias na cidade, penso na velocidade da mudança ao ver prédios e casas antigas serem derrubados em um piscar de olhos e novas construções surgirem.
A história de um município de 119 anos pode ser contada por um prédio que tenha seis décadas, ou seja, metade da idade de Boa Vista. Mesmo que muitos não entendam isso.
A chegada do meio-dia deixa as pessoas nervosas. Como o cara escreveu na revista Trip, o clima influencia o humor dos boa-vistenses. O meu com certeza é diretamente coordenado pela temperatura.
O clima leva os moradores de Boa Vista a vestir sempre roupas leves. Menos os advogados e os servidores do Judiciário e do MPE, que adoram aquelas roupas de quem mora nas regiões frias.
E sofrendo no calor horrível que faz nesta calma cidade que adoro, ainda há quem me pergunte o motivo de gostar tanto de shortes, bermudas e camisetas. Será que é difícil entender que a roupa ideal para Roraima é essa, com no máximo umas havaianas? Ainda mais quando falam com um índio?
Preciso plantar novas árvores na maloca...

terça-feira, setembro 22, 2009

Sei...


Dia sem carro? Como disse no meu twitter, sorry. Muito quente minha cidade, muito defeito no sistema de transporte coletivo, muito emprego para onde ir. Sendo assim, assumo como meu o cinismo que me impregna e digo: prefiro plantar árvores no começo da manhã ou no final da tarde.





Elas que digiram o CO2 que jogo no ar. Quanto a mim, imaginem-me escondido debaixo dessas folhas, feito um pobre índio sem buritizeiros para cortar e fazer o telhado de seu tapiri.


terça-feira, junho 09, 2009


Vai, verão, vai embora!



Finalmente a chuva se instalou em Boa Vista. Os dias ficaram melhores, mais animados. Agora até consigo andar pelos corredores externos de meu local de trampo e me dá vontade de sair fazendo cooper no final da tarde apenas para aproveitar o vento frio que bate no rosto. As manhãs, inclusive, ficaram mais preguiçosas, mais agradáveis, mais “deita aqui na rede e apenas olha as árvores molhadas”.

Chove, chuva.


Mas como sempre tem quem reclame, já foram aos jornais dizer que as chuvas provocam alagamento, que algumas obras vão parar ou reduzir o ritmo, que a roupa não seca mais com a mesma velocidade e que os casos de viroses estão para aumentar, sem contar os da dengue.


Tanta coisa para se aproveitar no inverno amazônico e as pessoas ficam ligadas nesses detalhes. Eu digo apenas: seja bem-vinda, chuva. Seja bem-vinda e lava todos os males, todas as tristezas, molhando a vida e espantando o calor.

sexta-feira, maio 15, 2009

Maldito clima


Traz o jornal a noticia malévola, ingrata, desgraçada, aquela que deveria ser mentira, engano, a pura barrigada:

Chuvas intensas em BV somente em junho

Quer dizer que vou agüentar ainda mais três semanas do inferno que é o verão de Roraima? E se vacilar, ainda vou aguentar a fumaceira das queimadas urbanas?


Eu não quero chuvas intensas, quero apenas chuvas. Chuvas simples, daquelas que refrescam. Uma por dia apenas. Só isso.


E como todo castigo para quem não gosta de calor é pouco, tem trampo o final de semana inteiro, com o compromisso de ser tradutor na segunda bem cedinho.



segunda-feira, maio 11, 2009

Festival, final de semana e o verão continua


Não passamos à fase final do festival Canto Forte nem eu nem a dona Zanny.

Das três melhores colocadas, a primeira repetia a mesma frase seis ou sete vezes por várias vezes.

Não gosto de músicas que repetem mil vezes as frases.

Cláudio Moura, 30 anos de violão nas costas, quatro meses sendo meu teacher de cordas e arranjos e algumas parcerias de letra e música comigo, foi o segundo colocado com a canção Mar Adentro.

Relembrando, logo nas eliminatórias falei na primeira e a segunda como as possíveis melhor colocadas do festival.

A ganhadora na categoria intérprete foi, merecidamente, Andressa Nascimento.

A piada entre quem ficou de fora da final: ei, estamos entre as 20 melhores das 87 iniciais e o importante é participar.

Não choveu mais no final de semana.

Dia quente das mães .

Começa nesta terça a VIII Semana Roraimense de Comunicação.

Faltam três semanas para uma nova etapa da vida noturna.

Jazz...

The Doors...

sexta-feira, maio 08, 2009

Dez frases



1. Choveu. E choveu forte. Mas o sol já ressurgiu. Pelo menos hoje a noite será agradável.


2. A primeira noite do festival acabou e não saiu o resultado das cinco músicas selecionadas. Sairá tudo hoje à noite.


3. Não é possível encher um pneu quando chove. Ou você o deixa seco ou você se molha todo.



4. Agora que choveu, começarão as reclamações sobre as enchentes.



5. Se não chover mais por uma semana, reclamarão sobre o calor.



6. No rio Branco, até ontem, ainda era possível ver enormes bancos de areia.



7. Tomara que chova mais amanhã.



8. Adoro chuva. Odeio calor.



9. Se odeio calor, com certeza Roraima foi uma péssima escolha para viver.



10. Tomara que seja a primeira chuva do inverno.

sábado, abril 04, 2009

Macondo na Linha do Equador

(Texto-exercício para a Oficina do Rumos Itaú Cultural, publicado originalmente aqui)

Abril é sempre calorento, mas desde ontem chove um pouco na cidade. Quer dizer, chove intensamente por alguns minutos e aí o sol ressurge para lembrar que estamos no meio do planeta, próximos à Linha do Equador e não temos direito a dia frios. Quando muito, uma vez por bimestre no verão, a dias amenos.


Fim de tarde fotografado por Marcelo Seixas

Março foi bravo. Secou tanto no lavrado que em alguns dias era difícil até respirar. De um trabalho para outro saía correndo para entrar na sala e aproveitar ao máximo os condicionadores de ar no máximo.

Alguns amigos não têm essa sorte e ficam o dia todo pegando o sol que queima o lavrado. Amigos e parentes. Meu pai é um deles. Neste ano, meio pela crise, meio pela vontade de trabalhar um pouco mais afastado, garantiu um trampo na Venezuela. Lá, apesar de muito quente em algumas regiões, sempre venta mais que aqui no começo da manhã e no final da tarde. Dá até para colocar as mãos nos bolsos das calças e pensar em usar jaquetas.

Aqui não. Aqui é uma Macondo sem estação de trem, sem uma família de Buendías, mas com aquela loucura das pessoas e a simplória divisão do tempo em dois blocos: calor e chuva, chuva e calor.

O bom de ter um verão tão definido é que sabemos quando poderemos assistir a shows e atividades culturas feitas ao ar livre. A menos que entre uma grande fria pelo Atlântico, não há risco nenhum de cancelamento. Mas, por garantia, é bom não contar com a certeza climática quando se vive em Macondo, quer dizer, em Boa Vista.

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Queimadas...

O céu de Boa Vista foi tomado ontem por uma nuvem de fumaça que se estendeu por vários bairros centrais. Uma grande queimada do lado esquerdo do Rio Branco detonou a mata ciliar ressecada pelo verão amazônico e o vento mandou a fumaceira para o lado de cá, onde foi erguida a cidade.

Pensando nisso, depois de ver a foto da queimada no site da Folha Web, lembrei das imagens do show d'O Rappa, quando tocam Súplica Cearense. Nos telões, os caras passam imagens que remetem ao nordeste rural, Gonzagão, seca etc. Não que aqui estejamos sofrendo com chuva,como diz a música, mas sim o oposto.
Eu, ateu que sou, vou rezar para que chova logo, mas vou rezar bem de mansinho, ouvindo baixinho o som da turma do rio.

Olha aqui a letra de Súplica Cearense, escrita por Gordurinha e Nelinho, gravada por Luiz Gonzaga e Fagner, entre outros.


Oh! Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar

Oh! Deus, será que o senhor se zangou
E só por isso o sol se arretirou
Fazendo cair toda chuva que há

Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedir pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão

Meu Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe,
Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração

Meu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água
E ter-lhe pedido cheinho de mágoa
Pro sol inclemente se arretirar

Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno
Desculpe eu pedir para acabar com o inferno
Que sempre queimou o meu Ceará

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Atualizando

I

A coisa tá feia lá na aldeia. Da semana passada até hoje todos estão sofrendo com a gripe.

Primeiro fui eu, com o catarrão, fotofobia e dor de cabeça. Depois de me dopar com as drogas dos brancos e mais ou menos sarar, quem caiu por conta do vírus foi o indiozinho. Na seqüência, veio a Mamá dele.

Resultado: uma índia velha acabada e um neném doente mas com uma incrível vitalidade, daquelas que cansa os pais.

Graças a Macunaíma, tudo está melhorando, menos a mania de dormir tarde que o indiozinho tem.


II

Para mexer com fotos?

Faça um curso ou tente aprender sozinho.

Hum...aprender sozinho? E a disposição?

Faça um curso.É o jeito. Pague um curso.

Bá...pagar....gastar...bá...

Pois é...

Ah, se eu tivesse disposição para ser autodidata, conquistaria o mundo e não pagaria nada.

Pois é...


III

Chove no norte do Norte. Alegram-se as plantas, alegram-se as pessoas. Em compensação, quando abre o sol...

sexta-feira, setembro 19, 2008

Ardem as nuvens

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De tão quente, os anjos deixaram o céu
e estão tomando banho no rio Cauamé.

(foto:Tiago Orihuela)

quarta-feira, setembro 03, 2008

E a vida?



Para não dizer que tudo tá igual, chuviscou agora há pouco. Bem pouco, apenas o suficiente para mostrar que até para o mundo acabar precisar dar uma refrescada.

Dona Maria José, minha vó fonte de informaçoes sobre o passado de Boa Vista, me conta:

- Ainda não estamos no mês quente. O calor vai chegar em outubro. Antigamente ainda chovia muito em setembro, mas agora eu não sei como estão as coisas. Mudou tudo, né?

Como assim, vó? Ainda vai ficar mais quente? Daí relembro que ainda virá um mês em que não venta na cidade. As folhas ficam paradas, o calor aumenta por 10 e a sensação é de asfixia.

Ou seja, o mundo vai acabar e tudo vai começar por aqui.


E a história do 3 de setembro?

"Este dia não está nas listas de história, ninguém se lembra dele ou lhe dá o devido valor, mas é muito importante para que Universidade Federal de Roraima seja o que é, pelo menos no lado positivo".

A frase, sem nenhuma ponta de vaidade mas sim de quem acredita que trabalhou por uma educaçaõ melhor para todos, é de meu amigo químico-guitarrista-compositor Rhayder Abensour, que lembra o 3 de setembro de 1998, quando ganhamos a eleição do Diretório Central dos Estudantes. Éramos da chapa Acontecer, que tinha como componentes André Vasconcelos (jornalista), Adelaide Moura (médica), Dorinha Leal (professora de Letras), Érica Figueredo (jornalista) e outros que saíram logo em seguida e por isso não me lembro deles.

Minha função? Diretor de comunicação. Era fácil demais. Tínhamos uma reitoria que não fazia nada para melhorar a estrutura, conhecíamos todo mundo na imprensa, éramos (quer dizer, eles eram) simpáticos e conseguíamos mobilizar o povo rapidamente.


Ocupamos a reitoria; brigamos com os adversários; coordenamos assembléias e assembléias; conseguimos o malocão do campus, à época abandonado, para o DCE; promovemos festas, exposições, ajudamos a formar os Centros Acadêmicos de vários cursos e a fortalecer outros tantos.

O mais importante de tudo, porém, foi ter registrado o DCE no cartório. Outras gestões já haviam passado pelo diretório mas não haviam feito isso. Com a turma do Acontecer, o DCE da Federal de Roraima passou a existir de fato e de direito.

Foi um tempo divertido. Trabalhoso, mas divertido.

Pena que o único que conseguia namorar as meninas bonitas ou mais chegadas no movimento político estudantil era o presidente do DCE.

segunda-feira, setembro 01, 2008

(Boa) Vista de setembro


Boa Vista no termômetro: temperatura mínima de 24º, máxima de 35º.
Boa Vista sentida na pele: ardência, queimação, suor, muito calor, muito acima de 35º.
Boa Vista na mente: cansaço, desejo de chuva, tropical.
Boa Vista vista com óculos: dia ofuscante, miragens no asfalto, olhos a fechar.
Boa Vista, quente Boa Vista: noites sem vento, pele grudenta à la Manaus, chão queimando, sol impiedoso.
Boa Vista das praças: vazias de dia, cheias à noite.
Boa Vista, Roraima: chuva? Só em 2009.
Boa? Só a vista, pois o calor...

terça-feira, outubro 23, 2007

Calor, correria e chuva






Os dias têm sido corridos, tanto no trabalho como na esteira da academia.
Também foram muito quentes, principalmente no final de semana. Nada recomendável passar pela minha cabana nesses dias. Parecia Manaus, com aquela sensação insuportável de que a pele está gosmenta por conta do suor
E então, de repente, na segunda e terça-feira começa a cair uma chuvinha aqui, uma chuvinha ali. De um minuto para o outro, porém, o mundo pareceu desabar.
Choveu na tarde desta terça na capital de Roraima.

Quase não consigo entrar no trabalho. Lamentavelmente, foi só quase.


Choveu no sentido mais exagerado da palavra, com raios, trovões, ruas alagando, carros a baixa velocidade na avenida Ville Roy e muita gente olhando espantada para o céu, perguntando-se: “que diabos é isso, chover assim nesta época?”.
Dizem até que choveu granizo. Eu já acho que um dos muitos raios que caíram hoje fez pipocar um areal qualquer e os grãos espantaram o povo.
Isso confirma minha teoria: quando começa a fazer muiiiiiiiiitoooooooo calor em Boa Vista, é sinal de que vai cair chuva. Já a havia comprovado em outros meses, mas nunca na primeira parte do verão.
Parecia que estávamos em junho, quando o inverno amazônico está a mil.
Pelo menos hoje a cidade não vai anoitecer quente.


segunda-feira, maio 07, 2007

Chegaram as águas de maio

Finalmente o verão amazônico está chegando ao fim. Chove em Boa Vista desde o sábado à noite, com pequenos intervalos para dar um tempo à terra seca, desacostumada às chuvas.
As noites agora ficarão mais frias, nada parecidas com os últimos dias, por exemplo, quando o calor, somado à falta de brisa, parecia asfixiar a cidade. Agora ficará mais fácil de sair no meio da tarde sem sentir a pele queimando.
O inverno é bom para os agricultores plantarem, é bom para pessoas como eu, que ficam de mau humor quando está muito quente. É ruim para quem inventou de fazer casas sobre os lagos que havia na cidade e perto dos igarapés e rios. É ruim também para os agricultores que vivem nas vicinais no interior do Estado. Nesta época, fica difícil transitar nas estradas de barro e escoar a produção.
É bom para passear no intervalo entre uma chuva e outra. É ruim para secar a roupa lavada no final de semana. É bom para namorar debaixo do lençol e tomar chocolate quente. É ruim para namorar no portão.
O inverno é bom para pensar e ouvir música no escuro. É ruim para fazer show ao ar livre.
Mas que tanto, que venham as chuvas com força total. Como bem disse minha avó Maria José, “tava na hora do inverno dar um chute no verão”.

segunda-feira, abril 23, 2007


Nota mental de segunda


Mudar para um local onde o mês de abril não seja tão quente, mesmo com os órgãos ambientais afirmando que o inverno amazônico já começou...Talvez a Patagônia.

Temperatura de Boa Vista é uma no Climatempo.

Na rua, o lance é bem mais quente, ainda mais que não está ventando...