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sexta-feira, março 12, 2021

No Macuxicast # 17: Bebeco Pujucan, produtor musical e compositor

Cheguei para falar da 17a edição do Macuxicast, o podcast de cultura da Amazônia. 

Desta vez conversamos com o produtor musical e compositor Bebeco Pujucan, autor de várias músicas de sucesso em Roraima. 


Bebeco Pujucan poderia ter sido um advogado como outros de sua família, mas optou por trilhar o caminho da arte.    

Ouça no Spotify >>> https://open.spotify.com/episode/3rLNCNdU0uN8QzWKuQiRV3?si=5MJaaR6oSn2On9gicN5bdw  

Ouça no Anchor >>> https://anchor.fm/macuxicast/episodes/Bebeco--o-doutor-das-notas--acordes-e-canes-esbe3f

Ouça no Deeezer >>> https://www.deezer.com/br/show/2027182

Ouça no Castbox >>> https://castbox.fm/channel/Macuxicast-id3665127?country=us

Ouça no site Macuxicast >>> https://www.macuxicast.com/podcast-macuxicast/episode/2b67b56f/bebeco-o-doutor-das-notas-acordes-e-cancoes

sábado, março 06, 2021

No Macuxicast # 16: Elimacuxi, di (versificando) a vida

Toda semana eu gravo com a Zanny e o Luíz Valério o podcast Macuxicast. Estamos isso desde o final de 2020 e percebi por esses dias que não publico as entrevistas aqui, somente as divulgo em minhas redes sociais. 

Bom, vamos acabar com esse mau hábito divulgando a 16a edição do programa, com a poeta Elimacuxi, que falou sobre literatura, fotografia, ativismos e outros temas. 

Vai a seguir o banner de divulgação e o texto que publicamos nas redes sociais. Segue a gente nessas plataformas, curte os programas e semana que vem tem mais. 



Ela é apaixonada por poemas aliterados. E por gatos. Uma mulher múltipla, como todas. E mais um pouco. 

Professora, poeta, historiadora, poeta, mãe, poeta, fotógrafa, poeta. Eli Macuxi, poeta. 

Ela é a nossa entrevistada deste episódio do Macuxicast.

Aperta o play e confere nossa conversa! ▶️▶️▶️👍👍👍

Ouça na sua plataforma de streaming preferida 👇👇👇👇👇

Spotify >>> https://abre.ai/eli-macuxi-entre-causas-e-versos  

Castbox >>> https://abre.ai/castbox-eli-macuxi-poeta

Google Podcasts >>> https://abre.ai/eli-macuxi-uma-poeta-indignada

Site Macuxicast >>> https://abre.ai/podcast-eli-macuxi-uma-mulher-entre-causas-e-versos

Spreaker >>> https://www.spreaker.com/user/luizvalerio/eli-macuxi-uma-mulher-entre-causas-e-ver

segunda-feira, fevereiro 01, 2021

Diálogos Literários Pandêmicos # 12: Ser tão Norte, poesia e silêncio

A poeta e compositora Zanny Adairalba foi a convidada desta semana nos Diálogos Literários Pandêmicos. Aproveita que não é todo dia que ela topa dar entrevista ou conversar na frente das câmeras.



Confere o que ela nos contou sobre sua carreira de escritora, dramaturga, música e ativista cultural no extremo norte da Amazônia. E deixa tua opinião sobre a performance dela nas declamações poéticas.

Compartilha, comenta e se inscreve no canal. Lembra disso: toda segunda, enquanto durar a pandemia e não chegar a vacina, tem encontro aqui. 

Para outras coisas relacionadas ao que faço, me segue nas redes: https://twitter.com/Edgar_Borges_ e https://www.instagram.com/edgar_borges_.  

sexta-feira, janeiro 29, 2021

Aventuras audiovisuais de um cara que fala baixinho e enrolado

2020 foi um ano feio, 2021 já começou bem pior pessoalmente e nacionalmente. Entretanto, a pandemia, refleti sobre isso esta semana, me fez iniciar e participar de três ações que me forçam a quebrar parte de minha preguiça e inabilidade de falar em público.

A primeira ação é o programa semanal Diálogos Literários Pandêmicos, que apresento toda semana em meu canal do youtube. Conversas e risadas com amigos e pessoas que aprecio. É uma fuga da solidão causada pela pandemia.

Os DLP já estão na 12ª edição. Comecei no instagram, fiz muitos em pouco tempo, cansei, demorei e finalmente, após maturar a ideia bem muito, decidi retomá-los no youtube. Toda segunda, às 19h30, horário de Roraima, estou lá.

Clica aqui e curte o canal. Quero chegar aos mil inscritos e começar a ganhar grana com isso. 

 Semana que vem entrevisto a Zanny, falando nisso: 



A segunda ação também é no Youtube. Não chega a ser inédita em minha vida, mas também traz os seus desafios: é a apresentação, dividida com a poeta Zanny Adairalba, das edições on-line do Sarau da Lona Poética. Como não podemos aglomerar pessoas e não quisemos arriscar a vida de ninguém, decidimos levar para o mundo digital esta atividade que fazemos desde 2014 no mundo real.

O resultado tem sido bom. Todo mês nos encontramos virtualmente com poetas, músicos e declamadores e passamos uma ou duas horas bem agradáveis.

Inclusive, fica o aviso, tem sarau semana que vem. A transmissão acontece no canal do Coletivo: https://www.youtube.com/user/ColetivoCaimbe



A terceira, e aqui é a onda nova, é o programa Macuxicast, um podcast gravado em parceria com o jornalista Luiz Valério e a poeta Zanny Adairalba. Já fizemos 12 entrevistas, falando com gente do rap, da cultura indígena, da rádio, artes visuais e jornalismo cultural.


Aqui eu tento desenrolar um Edgar pouco trabalhado durante a minha vida profissional: o radialista/entrevistador.

A última vez que fiz isso foi em 1996 ou 1997, quando era estudante de jornalismo e quis ficar apresentando o programa Comunicação no Ar, o espaço de experiências que o curso de Jornalismo da UFRR tinha na Rádio Roraima aos sábados (ainda não existia o Núcleo de Rádio e TV da UFRR nessa época).

Tem sido legal, tem sido desafiador, ainda mais para mim, que falo baixo e enrolado. Me obriga a trabalhar a dicção.

Como não havia falado nada ainda sobre isso e já estamos há semanas no ar, decidi botar aqui alguns dos banners de divulgação das entrevistas já feita.

O link para ouvir as edições do podcast é este: https://www.macuxicast.com/podcast-macuxicast

Estamos em todas as plataformas de streaming e elas podem ser acessadas a partir desse link. Vai lá.

Valeu. 

Ah, sim, alguns dos banners: 

Cantor e compositor Neuber Uchoa 

Pesquisadora Ananda Machado


Escritor Leão de Sandra

Radialista Benjamin Monteiro

Escritor e ator Francisco Alves


quinta-feira, dezembro 24, 2020

Memórias de 2020 – o ano do fiquei em casa

24 de dezembro de 2020



Há anos não fazia isso de relembrar o que havia acontecido no ano findante.

Sei lá, em várias ocasiões fiz e publiquei aqui, mas tinha perdido a razão. Agora, depois de um ano jodido como este, volta a fazer sentido. Serve como que para dizer: amigo, tanta gente ficou para trás e você conseguiu fechar o ciclo. Valoriza.

Poderia falar de muitas coisas punk, como o cansaço do distanciamento social, a falta dos amigos, os nove ou dez meses que não encosto para abraçar minha mãe e ficamos falando apenas de longe, as semanas em que cheguei a pensar que a Zanny ia morrer de tão doente que ficou, mas o que pegou mesmo foi novembro e dezembro.

Foi no dia 17 de novembro que recebemos, no grupo criado só para trocar informações sobre a minha vó Maria José, uma foto dela toda feliz terminando o almoço. E logo em seguida recebemos o aviso de que estava sendo levada para o hospital após ter caído.

Está lá até agora, internada. Primeiro no Hospital Geral de Roraima, onde podíamos visitá-la. Depois no Hospital das Clínicas, onde não permitem visitas para diminuir o risco de que pegue covid-19.

Foi ainda em novembro que chegou o aviso de minha tia, a principal pessoa a tomar conta da vó, estava com covid-19, que estava começando a ter problemas para respirar, que havia sido internada às pressas.

Até hoje está internada. Já passou pela UTI, saiu, mas ficou muito fragilizada. Nos vídeos que minha afilhada manda do quarto do hospital, nota-se como a doença maltrata as pessoas.

Novembro e dezembro foram duros, mas o ano teve outros momentos, entre agradáveis e bons para serem esquecidos.

Como lembrar das coisas diferentes em um ano tão repetitivo

Dei uma navegada pelo arquivo do Google fotos para visualizar o que havia registrado e salvo no drive. Isso me ajudou a relembrar alguns momentos da ano. Foi mais ou menos assim:

Fui à praia do Curupira como nunca havia ido em 12 anos morando perto. Muitas vezes só para correr numa trilha coberta, algumas poucas para tomar banho.

Nesses nove, dez meses de isolamento, só tive encontros sociais na praça do Mirandinha, mantendo distância e sem tocar, seis vezes. A solidão social foi dura de aguentar.

Para ocupar a mente gravei poemas para o youtube, publiquei poemas nas redes sociais e desenhei cerâmicas que estavam jogadas no quintal. Me integrei a um grupo de estudos sobre literatura indígena e fiz uma disciplina de doutorado na Universidade Federal Fluminense como aluno especial.

Corri regularmente como nunca havia corrido na vida (talvez quando tinha uns 13 ou 14 anos, mas não lembro direito). 

Cheguei a ter pique para completar seis quilômetros, mas doenças, dores, cansaços e o asfaltamento de minha avenida antes solitária e de barro me fizeram diminuir e mudar a rota, baixando para um trecho tranquilo e sem gente de apenas 3,5 km. 

De acordo a retrospectiva do app Strava, corri ou pedalei 463 km, divididos entre  128 dias.

Uma anotação me lembra que comecei o ano com 73,9 quilos. Hoje me pesei depois de tomar café e estava com 73,5 kg. Cheguei aos 71,5 kg em certo momento do ano. Melhor não ter baixado tanto do que voltar a ficar com medo da diabetes.

Bem, por mês, de acordo com o drive de fotos, os destaque da vida foram assim:

Janeiro – Rolou o último churrasco do ano, na praça do Mirandinha. Participei de uma exposição de miniaturas no shopping Garden

Fevereiro – Teve viagem minha, da Zanny e do Edgarzinho ao Espírito Santo com Timóteo, Grazi e Liz Camargo. Depois teve carnaval e preparação para voltar a trabalhar, o que incluiu fazer a segunda tatuagem de minha vida.

Março – Participei de outra exposição de miniaturas e gravei um vídeo sobre isso. Voltei ao trabalho depois de dois anos afastado. Fecharam tudo, voltei para casa, de onde trabalho todos os dias desde então. Fecharam as praias, o que me levou a sair de correr na areia para correr na avenida que era de barro nessa época. Aí aumentei a quilometragem dia após dia, até chegar, meses depois, nos seis quilômetros.

Abril – parece que nada rolou, além dos Diários da Covid-19, minhas publicações relatando as primeiras semanas de distanciamento social.

Maio – Parei de escrever os Diários da Covid-19. Tudo se repetia e nada de horizontes melhores. Mal sabia que chegaríamos em dezembro com mais de 180 mil mortes pela doença no país. Editei o vídeo da primeira fase da campanha dos escritores de Roraima “Fique em Casa e leia um livro”. Fiz a primeira de duas ou três lives com Timóteo Camargo, modo que encontramos de ver-nos e conversar bobagens em segurança nessa época. Morreu o compositor Aldir Blanc, que viria a dar nome a todas as leis publicadas meses depois para lançar editais de auxílio e renda para artistas.

Junho – Começaram a cair com força as chuvas e as goteiras de casa. Senti frio em certos dias, frio de usar meia durante o dia. Fiz as primeiras lives do meu projeto Diálogos Literários Pandêmicos. Foram no instagram.



Julho – Botamos grama no quintal. Literalmente, eu e Zanny botamos a grama no quintal, carregando e montando os retângulos. Fizemos também um canteiro suspenso. Uma telha voou numa ventania noturna, começou a cair água no quarto, tive medo que o forro desabasse e estragasse o guarda-roupa. Entre julho e agosto Zanny adoeceu muito, com fraquezas, vômitos, febres.

Ficamos entre os dois resultados negativos para Covid-19, duas avaliações dizendo que era sim coronavírus e uma outra falando que era uma violenta infecção. Na dúvida, seguindo as orientações médicas, ficamos, como na canção, dormindo em camas separadas por um tempo até ela melhorar. 

Demorou e em certo momento, entre um soro e outro em suas veias e nada dela se fortalecer, cheguei a pensar em como iria criar o Edgarzinho sem a mãe.

Agosto – Colhi pitangas, acerolas e tomates no quintal. Recebi as minhas cópias dos livros do concurso literário que ajudei a organizar na UFRR. Teve um sarau on-line para lançar as obras. Publiquei muitos poemas nas redes, me incomodei com as goteiras na sala.

Setembro – Colhi tomates e pepinos. Vi o rio Cauamé subir e descer várias vezes. O carro quebrou mais uma vez. Acho que foi um furo no radiador. Das outras vezes a bateria acabou e um aro vazou óleo e ficou sem freio (isso voltou a acontecer em novembro ou dezembro, mas em outra roda. Sinal de que devo trocar esse meu bichinho).

Outubro – Fui júri de dois concursos literários no Sesc Roraima. Também fui um dos selecionados para o time de escritores que participou da versão on-line do Festival Literário do Sesc. Fizemos uma edição do Sarau da Lona Poética no encerramento do evento. Foi pelo youtube, o que nos estimulou a sair do instagram para reunir a turma na outra plataforma.  Dei uma entrevista via gravação em casa para a Band Roraima sobre o dia do livro.



Novembro – Comecei a gravar o podcast Macuxicast com o LuizValério e a Zanny. Participei da edição 2020 do Festival Literário de São Gonçalo (RJ), ganhei charges minhas do Lindomar Bach e revistas da Tribo da Justiça do Rapha Porto, arrisquei dividir uma praia com os amigos, fiz Sarau da Lona Poética, vi minha tia e vó serem internadas, ganhei a terceira publicação seguida de poemas meus na revista eletrônica de literatura Literalivre.

Dezembro  - Retomei arealização dos Diálogos Literários Pandêmicos, agora no you tube, fui selecionado em dois editais das leis Aldir Blanc do município de Boa Vista e do Estado de Roraima, o carro quebrou de novo e já agendei fazer mais um conserto em janeiro. 

Fizemos a mais longa edição da Lona Poética até agora, com 3h30 deduração. Também fui selecionado para ser parecerista cultural de uma secretaria de cultura de outro estado. Agora só falta me cadastrar.

Hoje é 24 de dezembro. Falta uma semana para o ano acabar. A vacina já está mais perto, não tanto como queria, mas perto.

Não tenho muitos sonhos para 2021. Só quero que minha família não sofra e que eu tenha foco para me dedicar mais à minha carreira literária. O restante é rotina.

Ah, quando lembrava ia anotando o que estava lendo e vendo.

Ficou essa lista de livros, HQs, séries e filmes (só os que consegui ver por inteiro). Não entram aí os inúmeros vídeos que vi no youtube sobre história da música na América Latina, sobretudo sobre salsa. Também não entram artigos e livros científicos. Que se jodan.

Então, o que você compartilhou, sem saber, comigo de leituras e vídeos?

Quase todas as séries, livros, filmes e afins que vi em 2020

Séries

1. Ascenção do Império Otomano
2. Unbreakable Kimmy Schimidt
3.
The Good Place
4. Drácula
5. Paradise DP 2t
6. Brooklin 99 6t
7. Titans 2t
8. Altered carbon 2t
9. Modern Family t 1, 2, 3, 4, 5, 6,7,8,9,10
10. Barbarians
11. La Revolution
12. Archer t 11

13. Por trás daquele som – t 1 e t 2

14. Rompan todo: La historia del rock en América Latina


FILMES
1.Hobbes and Shaw
2. Wonder Woman linhagem de sangue
3. 1917
4. Cães de guerra
5. Get Hard
6. O elo perdido
7. Operações Especiais
8. Um amor, mil casamentos
9. A leí da noite
10. Al son que me toquen, bailo
11. Atomic blondie
12. Senhor Estagiário
13. Resgate
14. Doc O mundo sem ninguém - AL
15. Doc As cidades mais incríveis do mundo antigo
16. Doc A grande história: humanos carnívoros
17. Loco por vós
18. American made
19. Doc Império Mongol
20. Focus
21. Liga da Justiça Sombria
22. Justice League Dark: Apokolips War 
23. Te quiero, imbecil.
24. No andaba muerto, estaba de parranda
25. Eurovision - festival da canção
26. Parker
27. O homem que mudou o jogo
28. Milf
29. Power
30. A lenda do cavaleiro sem cabeça
31. Origens Secretas
32. Afonso Padilha, alma de pobre
33. GDLK
34. Broken city
35.
The Devil all the time
36. Enola Holmes
37. Superman, o homem do amanhã
38. Superman Red Son
39.
O Halloween do Hubie
40. Ya no estoy aquí
41. Protegendo o inimigo
42. The man from U.NC.L.E
43. Matrix
44. A última cartada
45. Lanterna Verde
46. Troco em dobro
47. Bronx
48. Teocracia em vertigem -  porta dos fundos

LIVROS

1. Greenland - entre dois mundos, HQ de Bia Cruz
2. Histórias Brasileiras de Verão, Luís Fernando Verissimos.
3. ,Hilda Hilst
4. Capitães da areia, Jorge Amado.
5. 6. Contos reunidos, Moacyr Scliar
6. Faca, Ronaldo Correia de Brito
7. Ideias para adiar o fim do mundo, Ailton Krenak


HQs 

1. Coringa, de Brian Azarello
2. Constantine, a fagulha e a chama
3. Demolidor, anjo de guarda
4. A espada selvagem de Conan, a coleção, n° 1. 160 pág.
5. V de vingança
6. Batman que ri
7. O Cortiço
8. Pílulas Azuis
9. Tribo da Justiça 1 e 2
10. Dilbert – Já não lembro mais se somos muquiranas ou espertos


quarta-feira, novembro 25, 2020

Vem conferir o Sarau da Lona Poética de dezembro

Oia que maravilha de lindo foi o Sarau da Lona Poética de novembro, uma realização do Coletivo Caimbé que teve como convidados especiais os poetas Francisco Alves e Jacinta Santos, o mestre de capoeira Ongira, do grupo Capoeira Angola Guerreiro de Palmares/RR, e o artista visual Rafael Pinto. 

Dividi a apresentação com a poeta Zanny Adairalba, também articuladora do Coletivo. Foi bonito demais da conta e já estamos nos preparando para o Sarau de dezembro, que também será realizado de forma on-line. 

Aliás, até sair a vacina, tudo o que for nosso será on-line. 

 

A atividade é uma das ações do Coletivo Caimbé, organização social informal criada em 2009 com o propósito de realizar e apoiar ações voltadas ao desenvolvimento do segmento literário em Roraima. 

O grupo já promoveu e foi convidado para ações em todas as regiões do País desde então. Toda essa caminhada cultural está registrada no blog www.caimbe.blogspot.com.br.

 


sexta-feira, novembro 13, 2020

No podcast Direto ao Ponto, falando do Coletivo Caimbé

 Com a poeta Zanny Adairalba, dei uma nova entrevista no final de outubro para o Podcast Direto ao Ponto, do jornalista Luiz Valério.

(Se você não sabia da primeira e ficou curioso, clica aqui)   



Zanny e eu falamos do trabalho do Coletivo Caimbé. Ela cantou e eu li um poema.  

Quer ouvir o Episódio 2 do Podcast Direto ao Ponto sobre Literatura e Poesia na Amazônia?

Então vai nesse link aqui que tem várias opções para ouvir: o próprio site, o spotify, deezer e outros.

 

Eu, mestre de cerimônias no Sarau da Lona Poética de outubro/2020

No dia 15 de outubro rolou o Sarau da Lona Poética como parte da programação do Festival Literário On-line do Sesc Roraima 2020. 

Apresentei sozinho esta edição, que teve a presença litero-poética de Zanny Adairalba, Elimacuxi, Joakin Antônio, Francisco Alves, Eliza Menezes e Vanessa Brandão, companheiros e companheiras de literatura.

O vídeo está disponível no canal do Coletivo Caimbé no Youtube, mas já te poupo caminho e deixo ele aqui:

   

No dia 20 de novembro, em alusão ao dia da Consciência Negra, vamos fazer um novo sarau, agora com transmissão pela página do Facebook do Coletivo Caimbé.  

Curte aqui a página e se liga: sexta-feira, 20 de novembro de 2020, às 19h30, tem Sarau da Lona Poética – edição novembrina. 

sexta-feira, julho 10, 2020

Sendo jurado literário em tempos de pandemia

Não estou escrevendo nada nas últimas semanas (esta blogagem não conta), mas andei envolvido com as escrituras alheias. 

Desde que o distanciamento social motivado pela pandemia de Covid-19 começou já fui/serei jurado de três concursos literários aqui de Roraima, sendo organizador de um deles também. 

Vamos falar um pouco deles para lembrar um dia lá na frente: 

Analisei o material que foi inscrito no I Concurso Literário MaRRginal, organizado pelo grupo Margens com tema livre. A divulgação dos ganhadores será no sábado, 18 de julho. 


Além de jurado, entrei também como um dos patrocinadores do concurso, com a doação de um exemplar de meu livro Sem Grandes Delongas: 





Propus, colaborei na organização e fui um dos jurados do Prêmio Devair Fiorotti de Literatura, da Editora da Universidade Federal de Roraima (EdUFRR). O tema desta edição foi “Pandemias: cuidados, prevenção, efeitos e consequência sobre a vida humana: dimensões múltiplas de uma temerária e inquietante experiência coletiva”. 



Conforme texto publicado no site da UFRR, 
a iniciativa estimulou autores moradores de quase todo os estados do Brasil e de outros países a produzirem textos literários sobre o momento/circunstância que vivemos neste ano, trazendo abordagens diversas sobre as consequências de pandemias como a da Covid-19 no cotidiano das pessoas.

Foram selecionados 15 contos, 15 minicontos e 15 crônicas. Na categoria Poema foram destacados dois poemas inscritos como hors-concours, além dos 15 selecionados, para abrirem, cada um, um volume da coleção, dedicados ao poeta Devair Fiorotti, uma vez que o homenageiam.

O material integrará os dois primeiros volumes da recém criada Coleção Literatura de Circunstâncias da EdUFRR de textos literários, que serão também lançados em livro físico, em edição de pequena tiragem.

O prêmio literário foi organizado por Fábio Almeida de Carvalho, diretor da EdUFRR, Roberto Mibielli, escritor e coordenador do Programa de Pós-graduação em Letras da UFRR (PPGL) e Edgar Borges, escritor e integrante do grupo literário Coletivo Caimbé.
Os três fizeram parte da banca julgadora, que também foi formada por Sheila Praxedes Pereira Campos, Sonyellen Fiorotti, Francisco Alves Gomes, Verônica Prudente Costa, Cátia Monteiro Wankler e Rosidelma Pereira Fraga.




A outra banca de avaliadores para a qual fui chamado até agora é a do concurso de poesias em vídeos “Palavras conectadas”, organizado pelo Sesc Roraima: 



Confere o release: 

‘Palavras Conectadas’ é o nome do concurso de poesia on-line que busca promover a Cultura Literária através da linguagem entre o vídeo e a poesia, neste período de pandemia que estamos enfrentando. As inscrições poderão ser realizadas gratuitamente no site www.sescrr.com.br, até o dia 31 de julho. Os vencedores de cada categoria ganharão um tablet.
 
Os interessados deverão mandar vídeos recitando poesias de autoria própria, de acordo com o regulamento e conforme sua categoria: Baby - de 6 a 10 anos e Júnior - de 11 a 15 anos. 
 
Os vídeos serão julgados em uma primeira fase pelos profissionais da literatura Aldenor Pimentel, Edgar Borges e Zanny Adairalba, que escolherão dois vídeos por categoria. 
Na segunda e última fase, quem decidirá os vencedores será o público através de uma votação popular on-line no instagram do Sesc Roraima (@sescrr).

Deste aqui peguei várias notícias que saíram na mídia local: 

G1 Roraima






Folha de Boa Vista 





O próprio site do Sesc. 








Quantos outros concursos vou analisar até a pandemia acabar eu não sei. Só sei que estamos aí.

sexta-feira, maio 01, 2020

Diário da Covid-19: oferendas, promessas de chuva e mais mortes pelo coronavírus em Roraima

Domingo, 26.04

O passarinho continua na mesma posição há quase uma semana. Só penso na sede e na fome que deve estar passando.

Cheguei aos seis quilômetros e não tropecei com ninguém nas ruas. Agora quero 6,5 km.

Metas são engraçadas. Parei de traçar a sério as metas há anos. As anotava e não cumpria pq outras coisas apareciam e as solapavam. Vamos levando. Não se chega a lugar nenhum, mas também não há dramas por isso.

Metas na quarentena: tirando correr, não tenho, não quero, não sou obrigado. O papo coach de mantenha o foco na produtividade me cansa. Se fosse mantenha o foco na criatividade talvez fosse melhor.

Cedasso li no grupo dos jornalistas que morreu mais pessoa em decorrência da Covid -19. Logo hoje que acordei pensando que talvez fosse bom a gente retomar a vida. Paramos tudo em casa no que se trata de continuar mexendo na eterna reforma. Nas últimas semanas queimaram um ventilador e um chuveiro. Não queremos chamar nem levar para evitar riscos. Estamos cansados mentalmente já. O bom é que não brigamos por isso.


O Rui falou no Facebook sobre o senhor que morreu. Na quarta foi no Palácio do governo trabalhar, no sábado deu entrada no HGR e morreu em poucas horas. Só penso no choque pra família. De uma hora para outra nessa condição.

A Isadora me mandou um lindo texto dela no wpp. Uma crônica de esperança na passagem segura pela pandemia misturada com histórias sobre suas filhas. Eu gosto dos textos dela. O dia que for a Belém vou comprar um livro de sua autoria e pedir o autógrafo enquanto tomamos um açaí.

Segunda, 27.04.

Passamos a tarde ontem no escritório, Zanny desmontando as caixas que o entulhavam desde que voltamos para casa. Eu, fiscalizando para saber onde ia colocar o que tirasse delas. Podia não parecer, mas havia uma ordem no caos. Balu nos acompanhou fielmente. Ou acompanhou o ar condicionado, nunca sabemos.

Hoje não tem corridinha, tem varridinha e passada de pano na casa. É tipo fazer remada. No final, saio esgotado.

Troca de stickers com a Adenice. Me divirto. É ela e a Cláudia para aumentar meu arquivo. E a Mirella.

O passarinho sumiu. Não está no chão, não está nos galhos abaixo. Será que o gavião pegou ou conseguiu voar? Acho que deve ter sido o gavião. Tantos dias parado...de onde ia tirar forças para voar?

Lembramos hoje dos planos que tínhamos para o Edgarzinho no mês passado, logo após os novos exames médicos de alergia: aulas de natação, aulas de inglês, aulas de desenho. Aí veio a pandemia, aí veio o isolamento, aí se foram os planos para segundo plano.

Hoje acordei cansado de ficar em casa novamente. Porque tirando a corrida solitária não vamos a lugar algum (ou nenhum, sei lá). E então, vendo os status da Sâmia, vejo que a imprensa mundial aponta que o Brasil pode ser novo epicentro mundial da covid-19...Dá umas tristezas...

Cansaço. Durmo. Almoço. Trabalho. Tarde quente. No grupo dos jornalistas chega a notícia de que o prefeito de Rorainópolis quer pedir na Justiça Federal que fechem a BR-174, impedindo a passagem de carros pequenos. Parece que os casos na cidade estão sendo importados do Amazonas. Há uma ironia nisso: sempre falaram que as correntes na terra indígena Waimiri Atroari seriam (uma entre muitas, de acordo com o momento) as causas do não desenvolvimento de Roraima. Agora podem ser a salvação.

Venezuelanos estão sendo transferidos para o hospital de campanha que foi montado para reforçar o atendimento na pandemia. O hospital, entretanto, "não possui data para funcionar por falta de equipamentos e profissionais". Que bosta de estado é este que demora tanto para se preparar para as coisas mas sempre é rápido na hora de achar culpados para suas incompetências?


Terça, 28.04

O passarinho voltou! Peguei um susto quando olhei, por força do hábito, para o galho e o vi, mofino como sempre. Contei pra Zanny e ela me disse que o nome dele é Osvaldo (não sei se com V ou W), de acordo com o Edgarzinho.


Osvaldo voltou ao seu galho

Metas de exercícios: aumentar uma flexão por semana. Agora estou em 3 x 16. Estou orgulhoso de meu combate ao sedentarismo Quando acabar o período de distanciamento em quanto estarei?

Eu não sei que horas acordei de tão cedo que foi, mas foi cedo que olhei o relógio: 4h40. Bom para evitar gente nas ruas. Quando estava na corrida vi que fizeram ofertas de novo na avenida de barro. Exatamente o mesmo da outra vez e no mesmo local: três carteiras de cigarro até o talo de estouradas, três latas de cerveja e duas garrafas de ice vodka. Essa parte eu não entendi. Um dos entes do além não bebe destilado (se forem três entes) ou é um só e não aguenta misturar muito? O que será que a(s) pessoa(s) pede(m)?


Oferendas no Paraviana. Ah, se eu fumasse...
Quis fazer algo do artigo e descobri que perdi as anotações digitais que fiz dia desses. Tive que ler tudo de novo para lembrar o que havia decidido acrescentar.

O governo do estado disse que não vai fornecer dados detalhados diariamente sobre os casos de covid-19 em Roraima. Só o básico. Aí, uma vez por semana vai liberar mais informações.

Passamos da China nos casos oficiais de mortos pela Covid-19. São 5.017 falecimentos agora. Triste recorde. Roraima aparece com seis mortes. E não falemos em subnotificações.

"E daí?".
Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, em 28.04.2020, sobre os 5.017 mortos por covid-19 no Brasil (conforme dados oficiais).



Quarta, 29.04

Vamos cedo para o Atacadão comprar coisas de higiene, principalmente. No caminho até lá, vemos lojas fechadas, mas lembramos que ainda não são oito horas. Vemos muitas abrindo e outras já abertas e lembramos que o comércio está praticamente todo liberado para funcionamento.

Vemos aglomerações de migrantes venezuelanos em uma área comercial na frente da rodoviária. Muita gente. Vemos os trabalhadores da construção ao lado de um igarapé na avenida Brasil em sua labuta e sem máscaras para proteger-se. Vemos na frente do abrigo Rondon ao lado da Polícia Federal aglomeração na porta de entrada....

Chegamos no Atacadão e já tem gente fazendo compras. Não fomos os únicos a pensar em evitar os horários de pico. Tem álcool em gel na entrada, muitos funcionários de máscara, mas alguns sem. Destacam-se por isso.

Vemos quase toda a clientela de máscara. Há exceções, a maioria homens. É cômico isso: casais em que só um se protege. Vemos um sujeito de uns 60 anos, com a cabeça toda branca, fazendo suas compras como se não houvesse nada de anormal nisso. E o pior é que nos tropeçamos em vários corredores.

Tem uma hora em que usar a máscara incomoda. Começa a doer a orelha. Nunca é rápido fazer compras no Atacadão. Enchemos o carrinho, pagamos, os caixas tem uma proteção de acrílico que os isola dos clientes. Bom para eles. Só queremos voltar daqui a dois meses aqui. Na saída, lembramos do tempo em que saíamos e abríamos um chocolate com a mão suja mesmo e comíamos felizes pela sensação de tarefa cumprida. Bons tempos em que só tínhamos medo de bactérias e dor de barriga.

Na volta, vemos a Guarda Municipal conversando com os migrantes no local onde estavam aglomerados na frente da rodoviária. Penso: tomara que ninguém adoeça desse grupo.

Chegamos em casa, limpamos todos os itens da compra, tomamos banho do lado de fora, já deixamos lavada a roupa. Saudades do tempo em que era só chegar e, no máximo, tirar os sapatos antes de entrar em casa.


Osvaldo no galho


Quinta, 30.04


Tem dias que são cópias de outros dias que já copiaram outro dias. Algo do tipo:
Acorda no escuro/acorda no meio claro.
Procura pelo Balu/Balu já está no pé da cama.
Osvaldo está no galho/ Osvaldo finalmente voou
Faz chá/ faz chá e café
Navega nas redes sociais, come e corre/Fica em casa
Mexe no notebook e no celular/ mexe no celular
Come, cochila/Come, entra direto no trabalho remoto
Se irrita com o trabalho/acha bacana ter o que fazer
Faz planos de produzir algum vídeo/não produz/nem pensa nisso
Estuda no app de inglês/faz vídeochamada pra mamãe/lê na rede/lê na cadeira de balanço
Vê um filme ou um episódio de série por inteiro/quase durmo no meio do vídeo
Dorme/acorda cedo/checa se o Osvaldo tá no galho/Pensa em quebrar a rotina/Deixa pra lá tudo e se conforma.

A quinta prometeu chuvas, mas foi só ventania e depois calor novamente

Sexta, 01.05.2020
Osvaldo, o pássaro meditador, alçou voo. Será que amanhã ele aparece de novo no galho?

Hoje é feriado. Nunca antes os feriados foram tão inúteis. Ou talvez sejam bons ainda: não ser obrigado a ficar na frente do computador por conta do trabalho remoto também é relaxante como um feriado em tempos sem pandemia.

Manhã: pesquiso referências para o artigo, Zanny organiza as compras em caixas, Edgarzinho joga no celular e vê programas de auditório e seus mistérios narrativos que prendem a atenção, dona Alba faz palavra cruzada.

Tarde de muito calor e algumas nuvens de chuva no céu. Desde ontem isso: apenas promessas e nada de água.

Começa a noite e Osvaldo não voltou. Chuvisca um pouco e abafa ainda mais.

O Ministério da Saúde divulga: agora são oito óbitos por Covid-19 em Roraima. No começo da semana eram quatro. No Brasil, são 3.629 falecimentos registrados nos dados oficiais.

Chegam os vídeos: enfermeiros protestavam em Brasília pedindo melhores condições de trabalho e fanáticos bolsonaristas, vestidos com roupas amarelas e bandeiras do Brasil, começaram a xingá-los e empurrá-los. A loucura desse povo é algo surreal.

Na internet, o dia foi de ataques à deputada Joice Hasselmann. O gabinete do ódio não perdoa. Por outro lado, ela sabia no que estava se metendo quando se juntou com essa turma. Queimem juntos.

Mandei o que pude para Leila ver. Conversamos um pouco. Anda como eu: entre o riso desesperado e o cansaço desta situação sanitária-política.


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Este é o sétimo registro dos meus dias de quarentena e distanciamento social durante a pandemia da covid-19. Tem outras postagens aqui.

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