terça-feira, dezembro 20, 2016
O nosso presépio de Natal / pesebre de Navidad / Christmas crib de 2016
sexta-feira, dezembro 18, 2015
Das coisas que sinto falta en la Navidad
gaitas, aguinaldos, hallaca, pán de jamón, la ropa del estreno, a galera da rua ansiosa esperando que llegue San Nicolas, las estrellitas, o pessoal sentado en la calle hablando de todo, un palito de ron o de cerveza con los panitas, a festa, la rumba, el traqui-traqui que dava mais susto que outra coisa, a certeza de que Navidad era no dia 24 (pois era na noite desse dia que chegava o presente), ver don Juan Pino e don Roscio, nosso vizinhos idosos, bêbados de alegria y de unos tragos, encontrar a los chamos en la plaza...
Daí viemos para o Brasil e vimos muros e não vimos praças e não vimos nada mais parecido. Afinal, país novo, costumes novos.
segunda-feira, abril 14, 2014
Fim de semana quadrinístico
Quando vim morar no Brasil, uma das malas estava recheada de HQs nas línguas portuguesa e espanhola. Estão comigo até hoje.
Ao longo dos anos perdi muito material por empréstimos feitos a pessoas que não devolveram meus gibis. Também adquiri muita coisa em sebos e ganhei muito de amigos e parentes (quando vinha de férias, a ordem de lugares a visitar era esta: primeiro a casa dos avós maternos, onde ficava; depois a casa da vó paterna e em terceiro as bancas que ficavam perto da avenida Ville Roy. Meus tios já sabiam que ia pedir gibis deles).
Bem, pulando no tempo, aqui em Boa Vista conheci poucos colecionadores. Um deles é o Edney Barbosa de Melo, que fez capoeira comigo há décadas e tem uma caixa imensa, dessas que as operadoras de telefonia usam para colocar equipamentos, cheia de HQs bem conservados e protegidos. Destaco isso para dizer que apenas há poucos anos fui tratar com carinho de minha coleção.
Bem, o tema da postagem surgiu a respeito de um encontro de fãs de histórias em quadrinhos e colecionadores de miniaturas de super-heróis que rolou sábado passado no aeroporto de Boa Vista.
Alguns levaram parte de suas coleções e a turma passou a tarde inteira trocando informações e admirando os acervos expostos.
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Olha aqui todo mundo que participou do encontro no final de semana |
Neste link você verá mais fotos do encontro. Fui só olhar e não fiquei mais tempo por já estar comprometido com o Sarau da Lona Poética (que foi lindo, por sinal, e pode ser conferido aqui).
No domingo, recebi no apartamento em que guardo a minha coleção outros dois fanáticos: Michel Sales, jornalista que desenvolveu como trabalho de conclusão de curso uma HQ contando um famoso caso de corrupção local, e Aldemar Marinho de Brito, dono de uma coleção de milhares de revistas da DC e da Marvel Comix publicadas pela Abril e pela lendária Ebal. O material do cara está em perfeito estado de conservação e é de babar. Para guardar as revistas, mandou fazer uma estante que toma todo o corredor de sua casa. Olha ela:
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Um mundo de gibis. Coisa par ficar doido |
Vamos ver o que o Michel Sales fotografou:
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Kaliman, clássico semanal, virou até filme nos anos 1970, conforme descobri dia desses no youtube |
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Adaptação do filme Caldeirão Mágico, Melhores tiras do Recruta Zero, Tina e Penadinho, Condorito (que chegou a ser lançado no Brasil) e Pato Donald |
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Antiguidades |
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Entre mim e o Aldemar é possível ver lá trás uma pilha de HQs já conferida pelo colecionador |
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Exemplar de Aguila Solitaria |
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Marshal Law, quadrinhos apocalípticos |
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Impacto, HQ produzida no Brasil |
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Versão em espanhol de Lois Lane: Luisa Lane, com Jaime Olsen, o Jimmy Olsen do Super-homem |
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Fuego, outra série semanal que era publicada há muitos anos |
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Bolinha, El Pájaro Loco, Super Ratón, Transformers (versão anos 1980), A Pantera Cor-de-Rosa e Luluzinha |
E só não vimos mais por conta da fome e das esposas dos caras, que foram pegá-los para almoçar. Devo dizer que gostei de falar minhas HQs para outros. Compartilhar conhecimento é minha vibe. Por isso que sempre falo nas palestras: o quadrinho é uma ferramenta fantástica para fazer a molecada gostar de ler.
quinta-feira, setembro 06, 2012
Sentimentalismo latino
Em algum momento na longa vida deste blog já falei que nós, criados na América espanhola, temos forte tendência a ser o que alguns brasileiros definiriam como amantes da música brega.
Mesmo num país como a Venezuela, onde o merengue e a salsa dão, literalmente, o ritmo da vida, há espaço para músicas como as rancheras, originárias do México, que batem fundo em corações apaixonados.
São letras e melodias feitas para embalar corações apaixonados, estando ou não sendo correspondidos.
Lembro que quando era criança vi muitas pessoas em bares e tascas ouvindo esses sons e chorando por uma mulher ou um cara filh@ de uma mãe que não lhes dava a devida atenção.
Uma boa música ranchera e uma garrafa de cerveja ou de rum fazem a diferença na hora de aliviar as dores do amor. Muito melhor que ouvir rock. Aliás, se há algo com que o rock não combina é com alivio para um coração machucado. Ou não?
Voltemos à minha história: já no Brasil, por questões geográficas, me afastei das rádios e dos ambientes onde se ouvia música ranchera. Verdade que trouxe e ao longo dos anos comprei fitas cassete (lembra disso?) e CD’s que agiam como pontes entre as recordações de meu passado na Venezuela e o presente, tão cheio de outros ritmos em língua diferente.
E aí chegou a internet, facilitando o acesso aos mp3 da vida. E veio o youtube, alimentado por milhões de pessoas dispostas a compartilhar seus acervos originais e pirateados. E veio forte como nunca a onda das regravações. E veio Maná, regravando, como já fez com um monte de composições rancheras, Hasta que te Conocí, escrita por Juan Gabriel. E vim eu, consolidando minhas conclusões sobre o Maná: são bregas que só e é por isso que são bons e eu gosto.
Tudo isso foi para te apresentar duas versões da mesma música. No primeiro você verá Hasta que te conocí interpretada pela turma do Fher. No segundo está uma versão longa com Juan Gabriel acompanhado por mariachis e uma uma orquestra sinfônica.
Se você tem neste momento algum problema amoroso e entende um pouco de castellano, recomendo que não assista. Emociona.
Vamos lá, chorar:
E agora, com Juan Gabriel:
quinta-feira, janeiro 27, 2011
quarta-feira, janeiro 12, 2011
Na vida de uma mãe, todos os momentos dos filhos viram recordações e se tornam importantes. Há o primeiro banho, brinquedo, a primeira vez em que ele fala mamãe ou papai, por aí vai. Mas também tem outras fases da vida da criança que são importantes e podem gerar ansiedade e estresse, como a primeira ida à escola.
O sofrimento da mãe já começa com a escolha da escola, que deve atender a todos os seus anseios e objetivos. A lista é enorme: segurança, estrutura física, metodologia de ensino, capacitação de professores, preço, até mesmo o a religião é levada em conta.
Passada a procura pela escola ideal, começa a outra etapa: preparar a criança para ingressar no ambiente escolar. A terapeuta ocupacional Adriana Cavalcante é mãe do pequeno Arthur, de 2 anos e 5 meses, que vai à escola pela primeira vez.

Segundo Adriana, um dos motivos de matriculá-lo em uma escola era a necessidade de socialização e defesa. “Acho que ele já está mais independente e precisa conviver com outras crianças, sair um pouco do círculo familiar”.
Mas esse passo não é tão simples assim. Se os filhos têm que estar preparados, os pais também. A psicóloga Maria do Socorro Lacerda conta que os mais muitas vezes são mais inseguros do que os filhos. “É uma ruptura para ambos, mas deve ser encarada com simplicidade, porque se a criança sente que os pais estão com medo, ela também sentirá”.
Adriana Cavalcante já está preparando o filho que ingressará na escola no início de fevereiro. “Eu falo que ele vai para uma escolinha, que terá novos amiguinhos. Acho que ele não entende muito bem, mas é uma forma dele começar assimilar essa nova fase”.
A consultora cultural do município, Zanny Adairalba, é mãe do pequeno Edgar Bisneto de três anos. Ela também vive o dilema da primeira vez do filho na escola e sente receosa com essa nova etapa do filho. “Eu não sei bem como ele reagirá. Será tudo muito novo. Nos primeiros dias a atenção será redobrada até que ele se acostume”.
Zanny também acredita que a escola é um local indispensável para o crescimento de uma criança. “Acreditamos que a escola vai muito além de um local para aprender a ler e escrever. É uma ferramenta de suma importância no processo de socialização da criança”.
Para a psicóloga Ruti Rodrigues, escola e família devem andar juntas e participar de todos os processos. “Se no primeiro dia de aula a criança chorar muito e o pais se sentirem inseguros, a escola deve incentivar a permanência deles no local por meia hora ou até a metade da manhã”.

Para ajudar nesse novo cotidiano, facilitar e amenizar os conflitos dessa nova etapa, a família é peça fundamental. Os pais, segundo a psicóloga Ruti Rodrigues, devem estimular a criança a se interessar pelo espaço escolar, com conversas e brincadeiras.
“É muito importante que os pais passem segurança para essa criança que vai iniciar uma nova etapa, tudo de ser feito por meio de conversas. É interessante que a leve antes para conhecer a escola e explique que lá será um lugar cheio de amiguinhos e brincadeiras”, explicou Ruti.
A filha da jornalista Adenice Viriato Oliveira foi para a escola quando tinha um ano e dois meses. De acordo com ela, a adaptação foi rápida e boa, embora o choro da primeira semana tenha sido inevitável.
“O primeiro dia foi um pouco difícil para ela, durante o caminho eu e meu marido fomos conversando, explicando que ela iria conhecer outras crianças, ter uma tia bacana. Mas mesmo assim, não teve jeito, chorou, pelo menos enquanto eu e o pai dela estávamos lá. Mas hoje ela adora a escola e coloca em prática muitas coisas que aprendeu, está mais sociável”.
A psicóloga Ruti Rodrigues explica que a criança deve entender que ir à escola é bom e não uma tortura. Os pais podem contribuir para que a ida à escola se torne um momento agradável e “normal”.
Acompanhe algumas dicas:
-Explicar com conversas que ir para a escola é normal. Falar dos casos de todos as crianças que também vão aprender, brincar e fazer amigos novos;
-Ir para a escola não é um castigo, é um momento importante;
-Levar a criança a conhecer a escola antes do início das aulas;
-Fazer as compras de tudo o que é necessário com a criança. Deixe-a escolher a mochila e outros materiais de acordo com o gosto dela;
-Não falhar os horários, nem de entrada, nem de saída. A pontualidade deve ser estimulada e vale também para o momento em que se vai buscar a criança;
-Perguntar como correu o dia e o que fez a criança e os amigos;
-Aceitar a tristeza e a inadaptação dos primeiros dias;
- Chorar é normal, mas não se pode ceder e fugir da rotina;
-Acompanhe os trabalhos da aula e os trabalhos de casa;
-Tornar a ocasião um momento especial, uma festa.
quinta-feira, janeiro 06, 2011
Músicas dos mexicanos do Maná que me lembram o indiozinho:
terça-feira, dezembro 28, 2010
Peguei de lá links do Youtube para duas músicas que até hoje embalam a turma do outro lado da fronteira e já me acompanharam muito na minha infância em Guasipati. As explicações sobre cada canção e as letras, para quem souber espanhol/castellano estão lá.
terça-feira, abril 20, 2010
terça-feira, junho 16, 2009

( Foto: Marcos Lima)
Ninguém sabe o que acontece com o homem por baixo da roupa do alegre e dedicado Zé Gotinha.
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Pais, responsáveis e afins, lembrem:

quarta-feira, junho 10, 2009
terça-feira, maio 12, 2009
Sou pragmático. Se algo dá, se faz. Caso contrário manda-se alguém fazer ou deixa quieto.Se faz mal, deixe de lado. Se insistir, tente solucionar. Se ainda assim não conseguir bom efeito, largue mão. Se for para ficar a vida toda lamentando, vá lá, quebre a cara e diga depois: me arrebentei mas fiz. Melhor de que viver pensando como teria sido. Depressão? Para que? Basta lembrar que sempre haverá alguém em pior situação. O imposto de renda apertou? Sim, lamentemo-nos um pouco e depois relaxemos, pois é apenas dinheiro. Money se consegue, mesmo a duras penas se for obtenção totalmente honesta. Sou prático. Apesar de ser cronista e fazer poesias, odeio frases que ficam pela metade. Diga o que pretende, diga o que quer. Não espere que responda inteligentemente a perguntas estúpidas. Aliás, não espere resposta para nada se estiver muito cansado ou o dia for muito quente. Também não me convide para trabalhar sem remuneração. Apenas os caridosos e os voluntários agem assim. Eu, apesar do exemplo de minha mãe, não sou nada disso. Claro, há exceções, mas não espalhemos. Para algumas coisas sou muito esperto, para outras não. Ou seja, uma pessoa normal. Já fui mais inflexível, já fui mais ácido. Hoje não. Hoje sou paz e amor, peace and love, pace e di amore, 和平与爱, миру і любові. (O que? Você não lê chinês tradicional nem ucraniano? Bá...) Enfim, com base nesse discurso egocêntrico e talvez egoísta, posso afirmar sem nenhuma dúvida que há somente três tipos de pessoas que não aceitam conselhos de alguém pragmático/prático: apaixonados, crianças e imbecis. Sem ordem de grandeza, sem primeiro lugar e sempre achando que estão certos, apesar de todas as evidências em contra.
quarta-feira, abril 08, 2009
Não sou cristão nem adepto de nenhuma religião, mas sei que a data é importante para a humanidade. Pena que hoje todo mundo acredite que é somente para comprar e presentear com ovos de chocolate. No máximo, que se trata de um feriadão.
Mas eu sou índio velho consciente das datas e de seus significados. Por isso, vou aproveitar o lance do milagre da volta da vida e compartilhar com meus amigos, rir, escutar música e, principalmente, brincar com esse indiozinho aí da foto. Ele, com certeza, é o meu milagre da vida.
Até segunda!
segunda-feira, novembro 10, 2008
I
A moça sorri e gesticula enquanto fala ao telefone. Nem parece que se esconde do sol das duas da tarde na sombra de uma parada de ônibus na avenida Ville Roy.
II
O carro passa acelerado ao lado do vendedor de picolés que atravessa a Ponte dos Macuxis. Às 11h de um dia de verão amazônico, é possível ouvir o homem de origem indígena assobiando uma canção popular enquanto caminha na estrutura sobre o rio Branco.

III
Alheios ao show de rock que acontece no ginásio à sua frente, os meninos vestidos com roupas pretas cantam e tocam violão às duas da manhã.
IV
O garoto sobe a ladeira do Calungá uma, duas, três vezes, senta no triciclo e desliza rua abaixo rindo e gritando, observado pela irmã, que segura com carinho uma boneca velha.
quarta-feira, outubro 03, 2007
No supermercado, enquanto espero pela mãe do indiozinho, um pai observa o filhinho terminar de mexer nos brinquedos que estão na prateleira. Daí, o moleque enche o pulmão e fala:
- Pelo poderes de Grayskull!!! Eu tenho a força!!!!
He-Man, o bombado dos 80's
Na fração de segundo em que lembro dos comerciais da TV Globo mostrando a nova versão do He-Man, com os personagens Gato Guerreiro e Esqueleto bem mais definidos que no desenho original, o pai se encarrega de corrigir o guri, de não mais de três anos:
- Mas filho, essa espada é de pirata, não é do He-Man.
- Não?, pergunta espantada a criança, enquanto devolve a espada e a troca por outra.
- E essa, pai, é do He-Man?
- Também não, filho. Essa é de ninja.
- Mas serve do mesmo jeito, pai.
Coitado do novo He-Man. Ainda não conseguiu chegar às prateleiras dos supermercados para ocupar mentes e almas de crianças e o bolso dos adultos como o fez na década de 1980.

A turma do cara
Os interessados em ver a abertura do desenho, com as cenas clássicas do Pacato sendo transformado no Gato Guerreira, podem clicar aqui que vão parar direto no YouTube. Enquanto não aprendo a deixar a tela do vídeo dentro do próprio blog, vai assim mesmo.