Todos os dias há morte ao nosso redor. Seja a de um sonho, a de uma rosa ou a de uma pessoa. Estamos sempre numa canoa que pode virar a qualquer momento, mas que ao mesmo tempo parece fornecer navegação estável. E aí mora o perigo. Só quando vemos alguém ou algo cair e sumir nas águas do rio é que aparecem os medos, os “e se...” criando alternativas que agora serão válidas apenas em outras linhas temporais.
Ver a morte de perto é um momento que leva a refletir sobre a vida. Se por muito ou pouco tempo e o que fazemos com essas análises já é outra questão.
(Pronto, era só isso: metaforizar que toda vez que alguém próximo/querido morre e vou ao seu enterro, fico pensando se a forma como levo a vida é a melhor, a mais feliz, a mais adequada, se no último momento – se acaso tiver tempo para isso - pensarei “valeu a pena quase tudo”.)
P.S. musical aleatório: detesto a letra da música Epitáfio, do Titãs. É muito tapa na cara e lamentação. De lá só gosto da parte que penso toda vez que me arrisco, principalmente em águas de qualquer profundidade: o acaso vai me proteger.
Afinal, quem tiver medo que não se dê ao trabalho de nascer.