Em 2012, durante a III Conferência Nacional de Cultura, fotografei a tatuagem de uma moça que também participava da atividade, lá em Brasília.
Quando fiz a postagem da imagem, pesquisei para saber se era algo copiado de algum lugar. A pesquisa me mostrou que era uma obra do artista plástico uruguaio Joaquín Torres García (1874-1949).
A desconstrução cartográfica feita por Torres García em 1943 ficou martelando na minha cabeça desde então. Tudo por isso de desnaturalizar que mapas são representações e não a realidade. Desse modo, inverter a ordem dos hemisférios é algo que não custa nada, só o processo de entender que o mundo pode ficar de ponta-cabeça sem nada grave acontecer além da gente expurgar um pouco dessa visão colonialista europeia que construiu os mapas assim.
Mas que seria louco ver todos os mapas invertidos e impressos nos livros didáticos, isso seria. Imagina o mapa mundi assim:
É claro que a justificativa teórica do Torres García é bem mais profunda do que o escrito acima por mim, mas discuti-la não é o meu foco aqui. A intenção da postagem é dizer que neste ano comecei a pensar novamente na ideia de fazer uma tatuagem (há alguns anos fui atrás disso, querendo tatuar uma arte rupestre encontrada na região da savana roraimense. Achei alto o preço pelo tamanho da tatuagem e desisti).
Nos meus pensamentos sempre aparecia a imagem do Torres García. Até salvei no celular o mapa e a foto de uma pessoa tatuada no braço. Quando alguém falava em tattoo, mostrava.
Finalmente, no dia 8 de maio de 2017, aos meus 40 anos regularmente vividos, fui até o tatuador e botei meu braço esquerdo em suas mãos. Devo confessar que esperava mais dor durante o processo, mas foi quase nada.
O processo demorou cerca de uns 50 minutos, numa única sessão. Quando cheguei em casa todo mundo ficou espantado: Zanny, de olhos arregalados, só conseguia perguntar sobre a dor e Edgarzinho fingiu que ia desmaiar. Logo se animou para querer tatuar o símbolo de um beyblade poison serpente. Mandei ele esperar uns aninhos até completar a maioridade e acho que não curtiu muito a orientação.
Eu gostei do resultado. Mostrei pro povo do trabalho e lá curtiram também, ainda mais depois que explico o significado da imagem. Até fotinha pro nosso grupo do WPP tiraram:
Agora é hora de pensar na próxima. hahaahaha
Quando fiz a postagem da imagem, pesquisei para saber se era algo copiado de algum lugar. A pesquisa me mostrou que era uma obra do artista plástico uruguaio Joaquín Torres García (1874-1949).
A desconstrução cartográfica feita por Torres García em 1943 ficou martelando na minha cabeça desde então. Tudo por isso de desnaturalizar que mapas são representações e não a realidade. Desse modo, inverter a ordem dos hemisférios é algo que não custa nada, só o processo de entender que o mundo pode ficar de ponta-cabeça sem nada grave acontecer além da gente expurgar um pouco dessa visão colonialista europeia que construiu os mapas assim.
Mas que seria louco ver todos os mapas invertidos e impressos nos livros didáticos, isso seria. Imagina o mapa mundi assim:
É claro que a justificativa teórica do Torres García é bem mais profunda do que o escrito acima por mim, mas discuti-la não é o meu foco aqui. A intenção da postagem é dizer que neste ano comecei a pensar novamente na ideia de fazer uma tatuagem (há alguns anos fui atrás disso, querendo tatuar uma arte rupestre encontrada na região da savana roraimense. Achei alto o preço pelo tamanho da tatuagem e desisti).
Nos meus pensamentos sempre aparecia a imagem do Torres García. Até salvei no celular o mapa e a foto de uma pessoa tatuada no braço. Quando alguém falava em tattoo, mostrava.
Finalmente, no dia 8 de maio de 2017, aos meus 40 anos regularmente vividos, fui até o tatuador e botei meu braço esquerdo em suas mãos. Devo confessar que esperava mais dor durante o processo, mas foi quase nada.
Essa foto me fez ver como estou pálido, precisando pegar sol em todo o corpo... |
O processo demorou cerca de uns 50 minutos, numa única sessão. Quando cheguei em casa todo mundo ficou espantado: Zanny, de olhos arregalados, só conseguia perguntar sobre a dor e Edgarzinho fingiu que ia desmaiar. Logo se animou para querer tatuar o símbolo de um beyblade poison serpente. Mandei ele esperar uns aninhos até completar a maioridade e acho que não curtiu muito a orientação.
Primeira noite com a tattoo |
Eu gostei do resultado. Mostrei pro povo do trabalho e lá curtiram também, ainda mais depois que explico o significado da imagem. Até fotinha pro nosso grupo do WPP tiraram:
Agora é hora de pensar na próxima. hahaahaha