sábado, abril 04, 2009

A história de meu nome


(Exercício para a oficina do Fábio Malini, publicado originalmente aqui)


- Nome?

- Edgar

- Nome completo, por favor?

- Edgar Jesus Figueira Borges.

- Dos nomes, algum é herança de um antepassado, amigo dos pais, ator de novela?

- O Edgar é de meu avô materno. O Jesus veio direto de meu pai, Sebastião Jesus.

- Legal…

- Na verdade, o nome era para ser Edgar Borges Ferreira Neto, mas na Venezuela não aceitaram.

Fotinha de passaporte


- Como?

- Deveria ter sido registrado com o nome de meu avô materno, mas como nasci na Venezuela - os meus pais são brasileiros, antes que você pergunte - as leis da época não deixaram e tal.

- Que chato.

- Nada. Juntou o Edgar Borges de meu avô com o Jesus Figueira de meu pai. Ficou quase igualzinho.

- E que nome profissional você usa?

- Edgar Borges.

- Ou seja, deu no mesmo, né?

- Então…mas lá na Veneca o costume é te chamar pelo sobrenome do pai. Isso significa que até os meus quase 15 anos fui Edgar Figueira.

- Isso não te dá uma crise de identidade?

- Nada. É uma história legal de se contar. Imagina meu filho explicando de onde saiu o Bisneto dele.

- Como?

- Meu filho…

- Sim…

- Edgar Borges Ferreira Bisneto. Fiz até um blog, que não alimento mais, para ele.

- Cara, você gosta de teu avô, heim?

- Gosto, o velho é gente boníssima.

- Ok, então. Pode sair. Próximo!

- Peraí. Sabia que ainda tem o meu tio, que é o Edgar Filho, e um jornalista, como eu, que é da Venezuela, é escritor premiado e tal, que também se chama Edgar Borges?

- Sério?

- Sério, vai no Google que tu acha.

Segundo dia de oficinas do Itaú Cultural

Começa agora a oficina Blogs, Estilos Textuais e a Construção da Reputação em Rede, com Fabio Malini. No momento, Claudiney Ferreira fala dos editais, das premiações para os estudantes (publicação em revista, viagens etc.) sobre ouvir, sobre os blogs do Rumos e do Fábio para o Rumos.

Luiz Valério está "twitando" e blogando também caso você queira dar uma olhada em outras informações.

Outras infos de Boa Vista:

Chove desde ontem. Quer dizer, chove e para. A cidade está muito agradável, mesmo com o sol forte de sempre.

sexta-feira, abril 03, 2009

Quem sou eu

(Segundo texto-exercício para a oficina de jornalismo cultural do Itaú Rumos)


Sei lá quem sou eu. Eu sei o que faço, do que gosto, o que quero. Sei que hoje gosto de coisas, pessoas e até comidas que ontem não gostava. Sei que sou jornalista (à época do vestibular ainda não havia cursos de filosofia nem psicologia em Roraima) e sociólogo de graduação, assessor pela remuneração e professor por diversão e talvez um pouco de brilho no ego.

Gosto de ler, apesar de cada vez fazê-lo menos quando o meio é o livro em papel. Sou pai de um lindo indiozinho de um ano e três meses, tenho livros de poesia e prosa no prelo. Sou escritor no ciberespaço. Sou chato para alguns, divertido para outros. Melancólico também. Sou materialista, apesar de não gostar disso. Sou controlado, extremamente controlado nos meus impulsos. Tenho um pouco de medo de dar vazão a eles. Sofre da síndrome de ser de nenhum lugar (culpa de ter vivido anos na Venezuela e o outro tanto no Brasil), de querer o que não tenho e me cansar do que sou e tenho.

Sei lá quem eu sou. Acho que vou me procurar no Google, como sempre recomenda a minha amiga Cyneida.

A busca do singular

(Texto-exercício produzido para a oficina de jornalismo cultural do projeto Rumos)


Sexta chuvosa, 3 de março de 2009. Mais de 20 alunos de jornalismo e profissionais graduados deixaram suas casas e trabalhos para participar de uma palestra sobre jornalismo cultural com Eliane Brum. No bloco 3 da Universidade Federal de Roraima, todos aguardam o começo da atividade, prevista para as 9h30.

Eliane chega em um carro da Universidade, entra na sala de informática e aguarda o fim dos preparativos. Conversa com alguns blogueiros que haviam visitado o blog do projeto Rumos, iniciativa do Instituto Itaú Cultural e responsável pela sua segunda visita conhecida a Roraima.

Gripada (“Peguei um vírus em algum lugar do Norte”, conta), a jornalista começa sua palestra falando do personagem Tião Nicomedes, ex-morador de rua que virou escritor de livros e peças de teatro. Eliane tem a fala mansa, é magra, com aquilo que alguns chamariam de aspecto suave. Impossível imaginar que é a mesma pessoa que despertou a ira da sociedade local em 2001, quando publicou uma matéria para a revista Época abordando algumas singularidades de Roraima, como danças de forró na Praça das Águas e o preconceito contra os indígenas (Ok, é verdade, o preconceito não é tão específico do Estado).

Eliane trata da busca do personagem singular e recomenda: para que o encontremos, precisamos olhar primeiro para nós, buscar conhecermos. Parece fácil, mas quem disse que olhar para si é tão fácil como olhar para o outro?

quarta-feira, abril 01, 2009

Vai pensando que é só ir passando


Se para baixo todo santo ajuda, então para cima o lance é direto com Deus, Alá, Buda, Vishnu etc.


Contudo, porém, entretanto, quando até o caminho para o espaço celeste está bloqueado para acesso direto e ninguém sabe dizer quando o sinal vai abrir, o que se faz?

No mínimo, vai pedir perdão pelos teus pecados, pela conta não paga no bar de Seu Pedro, pela mulher/marido de teu/tua amigo(a) que você pegou enquanto ele (a) estava dormindo, pelo serviço que tu contratou e nunca pagou, pelo aumento que se prometeu e nunca se deu, pela mentira que homens e mulheres contam.

Ou então avança logo o sinal.

terça-feira, março 31, 2009

Quais rumos você quer tomar?

A Universidade Federal de Roraima (UFRR) e o instituto Itaú Cultural realizam nesta sexta e sábado o lançamento dos editais Rumos 2009, com palestras sobre Dança Contemporânea e Oficinas de Jornalismo Cultural. Os editais deste ano estão focados nas áreas de expressões da Arte Cibernética, Cinema e Vídeo, Dança e Jornalismo Cultural.


Conforme a programação, haverá oficinas e palestras gratuitas. Bom para o Itaú Cultural, bom para nós, que temos a chance de ver novos rumos no jornalismo local. O resultado depois você pode conferir no blog dos caras.

Atividades

Oficinas de Jornalismo
Campus Paricarana
Laboratório de Informática do Centro de Ciências e Tecnologia (CCT), sala 312, Bloco III / Tel (95) 3621-3106.

Dia 3 de abril - sexta-feira

Das 9h30h às 12h30 e das 14h às 18h - (40 vagas - de acordo com a ordem de chegada)

Em Busca do Personagem: Um Olhar Singular, com Eliane Brum

Oficina de reportagem em jornalismo cultural, com destaque para a construção de personagens. Aberta a profissionais e estudantes de jornalismo, a atividade tem como foco uma reflexão sobre o que é um olhar singular para o jornalista, que deve ser livre de clichês, do óbvio e do mero exótico. A definição do projeto, a organização da pauta e as técnicas de entrevista são alguns dos tópicos abordados. Os participantes que quiserem produzir um texto terão seu trabalho divulgado no blog do Rumos.

Eliane Brum é jornalista e documentarista, repórter especial da revista Época, com mais de 40 prêmios de reportagem, como Esso, Vladimir Herzog e Sociedade Interamericana de Imprensa. Gaúcha de Ijuí, trabalhou no jornal Zero Hora, de Porto Alegre. O Olho da Rua (2008, Globo) é seu terceiro e mais recente livro. O documentário Uma história severina (2005), do qual é co-diretora e co-roteirista, foi contemplado com mais de 20 prêmios nacionais e internacionais. Seu foco de trabalho são os personagem anônimos.


Dia 4 de abril - sábado



Das 9h30 às 12h30 e das 13h às 18h - (40 vagas - de acordo com a ordem de chegada)

Blogs, Estilos Textuais e a Construção da Reputação em Rede com Fábio Malini
Oficina que aborda o estado geral da blogosfera brasileira, mostrando os diferentes formatos e estilos textuais dos blogs brasileiros - sobretudo as clivagens entre blogs, jornalismo e literatura - que se predominaram durante os últimos 10 anos na rede. A atividade também discute o estado da blogosfera local em cada um dos Estados onde é realizada e, num terceiro momento, propõe exercícios de produção de textos para blogs, técnicas de construção de reputação e relevância em blogs. Por fim, há um debate sobre os principais dilemas da prática blogueira.

Fabio Malini é professor adjunto do Departamento de Comunicação da Universidade Federal do Espírito Santo, pesquisador-associado do Laboratório de Estudos sobre Território e Comunicação e do Laboratório CiberIdea, ambos da UFRJ. É membro da equipe do periódico acadêmico Revista Lugar Comum e do comitê editorial da Revista Global.Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Redes Sociais, Território e Novas Mídias. Vive e trabalha em Vitória (ES). Mantém o blog http://fabiomalini.wordpress.com/


Palestra Processos de Criação em Dança Contemporânea

Campus Paricarana
Auditório do Núcleo de Estudos Comparados da Amazônia e do Caribe (NECAR), Anexo do Bloco I.


Dia 04, abril - sábado


19h

Palestra Processos de Criação na Dança, com Marcelo Evelin
50 vagas (por ordem de chegada)

A palestra abre a discussão sobre processos de pesquisa, partindo do questionamento do corpo como matéria, sujeito, pensamento e ação em dança. Os trabalhos de coreógrafos da atualidade são abordados para tratar da concepção, improvisação, criação e desenvolvimento de material coreográfico e dramaturgia na construção de uma obra de dança contemporânea.

Marcelo Evelin é coreógrafo, diretor e intérprete. Criador residente do Hetveem Theater em Amsterdã, com sua Cia. Demolition Inc., desde 2006 administra o Teatro Municipal João Paulo II, em Teresina (PI), onde fundou e dirige o Centro e Núcleo de Criação do Dirceu.

segunda-feira, março 30, 2009

Taca fogo

Em nome do desenvolvimento, queimemos tudo antes que seja tarde demais para não progredir.
Na cidade, derrubemos todas as árvores que ocultam as fachadas de vidro de nossas lojas.
E esses rios? Para que rios se a água vem pela tubulação? Suja, suja tudo.
As consequências? Bah, quem se importa se poderemos comprar centrais de ar condicionado?
Querem amenizar? Então façam como já se faz: pensem que estão em Paris e plantem palmeiras, palmeiras, palmeiras que não protegem do calor nem dão sombra.


Charge da ComCiência, revista eletrônica de jornalismo científico.

quinta-feira, março 26, 2009

Mais uma dose

Lembro-me como se fosse agora, como se tivesse acontecido no começo desta frase. Era uma da manhã e o bar estava quase vazio. A luz amarela realçava a fumaça dos cigarros e tornava os ocupantes das demais mesas seres desfocados.

Pedi mais uma dose. O dono do boteco disse que estavam fechando. Pedi mais uma dose. Ele repetiu a ladainha:

- Estamos fechando. Já é quarta-feira e até eu tenho que acordar cedo.

E eu perguntei alguma coisa sobre a vida dele? Ele por acaso não tinha percebido que um homem bebendo até de madrugada no meio da semana só possui três opções de vida: estar desempregado e depressivo, ser um bebum assumido (com ou sem grana) ou então sofrer do mal do amor não correspondido?

- Mais uma dose, por faaavoor, repeti, enfatizando bem a última palavra da frase.

De cara feia, o dono do bar não trouxe a dose e sim a conta. E eu pedi a conta? Se por acaso eu tivesse preocupado em pagar estaria pedindo mais uma?

Depois disso, só lembro de ver o seu João, 55 anos, havia 20 à frente de seu boteco, estirado no chão. Igualzinho às cenas de cinema, o sangue escorria de sua cabeça partida por mim com a cadeira de ferro que ele insistia em não trocar por outra mais confortável. Depois veio a polícia, a fuga, a prisão, a condicional, um novo amor, uma nova decepção e mais uma dose.

Lembro-me como se fosse agora...

terça-feira, março 24, 2009

Rotina


Um dia, acordou cansado da vida que levava. Decidiu não tomar o café de sempre, na cadeira de sua casa de sempre e foi comer na pastelaria duas esquinas à frente. Encontrou lá a que seria o seu feliz amor se acaso ela soubesse que o destino os havia definido como amantes eternos.

Ela não sabia e não se preocupou em saber. Estava demais ocupada rindo com o seu amor concreto e presente.

Nessa manhã, e em muitas outras até o último de seus dias, ele continuou cansado da vida que levava.

segunda-feira, março 23, 2009

Es por ti

Frases de músicas podem definir o motivo de não desanimar nesta vida:



Cada vez que me levanto/y veo que a mi lado estás, me siento renovado (...) es por ti…/Que late mi corazón/Y es por ti…/Que brillan mis ojos hoy

(Juanes, Es por ti)





Bendita la luz, bendita la luz de tu mirada,/Bendita la luz, bendita la luz de tu mirada,/Desde el alma

(Maná, Bendita tu Luz)



E vamo que vamo numa semana que promete.

sexta-feira, março 20, 2009

Pa’lante, pa’lante, como un elefante

A semana não foi fácil. Amigos estiveram a um passo de morrer acidentados, parentes perderam o emprego, um cão da Guarda Municipal mordeu o índio velho e o calor não diminui. Felizmente chegamos vivos à sexta.
Que venha agora para ser encarada de frente a próxima semana, com chuva ou sem chuva.



Afinal, no fim do túnel há uma luz que não é um trem e no fundo do poço tem mola, não uma pá.


quinta-feira, março 19, 2009

IV Mostra de Música Sesc Canta Roraima abre inscrições



Chega ao seu quarto ano o Canta Roraima. Ou seja, há quatro ou cinco anos que falei com a Rosana Santos, então chefe do setor de cultura do Sesc, e Zanny Adairalba, então chefe da divisão de cultura da Prefeitura de Boa Vista, sobre como seria legal as duas instituições fecharem um acordo para multiplicar o alcance das ações na área.

O resultado foi um convênio entre a Prefeitura e o Sesc, com dois discos gravados ao vivo e um que ficou preso no estúdio por alguma questão burocrática. Para mim, a melhor parte foi integras as comissões que analisaram as músicas nos três primeiros anos. Cada coisa ruim que apareceu...

Lembro que na primeira edição houve um boicote por parte de algumas pessoas, que saíram falando mal da parceria Prefeitura/Sesc e não se inscreveram, instando outros a fazer o mesmo. Depois de virem a repercussão positiva, os Cd’s prensados e saber que um dos participantes viajava para Maringá, os mesmos músicos/compositores reclamões estavam lá no outro ano participando.

Lembro também que Rosana teve que aguentar desaforo e explicar mil vezes como era feita a análise das músicas para quem perguntava: “me explica o motivo de fulaninho não estar na lista dos classificados”. Ora, se a música não se encaixava na proposta da mostra, tinha que ficar de fora. Mas como havia outros elementos sócio-familia-culturais no meio e o pessoal de Roraima ainda está preso, apesar de criticar sempre que pode, à prática do compadrio, a coitada da Rosa teve que ouvir e explicar, ouvir e explicar, ouvir e explicar.



Neste ano, as inscrições podem ser feitas gratuitamente até 7 de abril, em horário comercial, no Núcleo de Cultura do Sesc (Mecejana) e no Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) do Sesc Centro.

Esta edição do evento acontecerá no sul do Estado, na big cidade de Rorainópolis, dia 30 de maio.

Podem participar compositores, músicos e intérpretes de todo o Estado, mas que comprovadamente residam em Roraima. Cada participante poderá inscrever até duas músicas, de autoria própria e de livre tendência musical, em língua portuguesa ou indígena, inclusive instrumental, que não tenham participado de outras mostras.

As dez músicas selecionadas vão integrar o CD da IV Mostra de Música Sesc Canta Roraima, que será lançado no dia 19 de setembro de 2009, durante a realização do Overdoze da I Aldeia Sesc Roraima - Cultura de Todos os Povos, no Palco das Piscinas, no Centro de Atividades Dr. Antônio Oliveira Santos, no Mecejana.

O regulamento está disponível no Núcleo de Cultura, no SAC do Sesc Centro, nas unidades do Sesc Ler de Iracema, Rorainópolis e São João da Baliza e no site do Sesc. Outras informações no Núcleo de Cultura do Sesc (3621-3947) e no SAC (3621-3944).

quarta-feira, março 18, 2009

Atividades profissionais do índio velho


Acadêmicos discutem a infl
uência das assessorias na imprensa na mídia local


Do site da Faculdade Atual

Acadêmicos do quarto semestre do curso de Jornalismo da Faculdade Atual da Amazônia e profissionais da mídia discutem nesta quarta-feira, dia 18, a influência das assessorias de imprensa nos veículos de comunicação de massa. Participam os assessores do Governo Estadual, Prefeitura de Boa Vista, Faculdade Atual da Amazônia e Boa Vista Energia S.A.


SÓ FERA...


O debate faz parte da disciplina ‘Jornalismo e Opinião Pública’, ministrada pelo professor Edgar Borges, que analisa como a mídia influencia a sociedade e vice-versa. Além disso, procura explicar como se dá o processo de escolhas de temas pela imprensa para serem apresentados ao público leitor, ouvinte e telespectador.

ESSE NOME ME É CONHECIDO, MAS NÃO TÔ LIGANDO-O À PESSOA...


Confirmaram presença Rui Figueiredo, secretario de comunicação do Governo Estadual; Nenna Tyeko, superintendente de imprensa da Prefeitura de Boa Vista; e as assessoras da Faculdade Atual da Amazônia, Élissan Paula Rodrigues, e da Boa Vista Energia S.A., Rai Araújo.

SÓ FERA 2

“Convidar profissionais de instituições que têm um efetivo, diário e reconhecido trabalho enriquece as aulas, pois eles complementam o conteúdo teórico com suas experiências e análises particulares sobre a influência das assessorias de imprensa na agenda da mídia”, diz o jornalista Edgar Borges.

EI, FALO BONITO, NÉ?

A intenção é que cada assessor conte um pouco de seu cotidiano profissional e mostre aos alunos como articula a conquista de espaços na mídia na busca de resultados positivos para a imagem da instituição em que trabalha. “A informação hoje é fundamental para o bom desempenho das organizações. Espero que os convidados tragam bons exemplos dessa busca constante pela credibilidade e do reconhecimento do público”, finaliza Borges.

UAU! DESCOBRI A MECHA QUE LEVA ATÉ O BARRIL QUE FAZ TUDO EXPLODIR POR CONTA DAQUELE POZINHO DAS BOMBAS.



Enquanto isso, quem te mandou, índio, se meter no meio?



Cachorro da Guarda morde servidor da Prefeitura
em manifestação de estudantes


Escrito por Eudiene, para o Jornal do Rádio


Estudantes ligados à Associação dos Estudantes de Roraima (Assoer) entrou em confronto com guardas municipais na manhã desta terça-feira (17). Alguns tentaram invadir o prédio e no confronto com os agentes, ficaram levemente feridos. Um servidor da Prefeitura foi mordido pelo cachorro que foi solto pelos agentes para dispersar os manifestantes.

Os estudantes manifestavam pedindo que seja assegurado o direito de meia passagem nos transportes coletivos, exigem o cumprimento das leis que regulamentaram o benefício. Eles tentavam falar com o prefeito Iradilson Sampaio que não estava. Alguns tentaram invadir o prédio e foram contidos pelos guardas, iniciando a confusão.

Em entrevista ao apresentador da TV CIDADE, Wilson Barros, o grupo disse que foi recebido pelo secretário de Planejamento do Município, Getúlio Cruz, que agendou uma reunião com líderes da Assoer na próxima semana para ouvir as reivindicações da categoria.

segunda-feira, março 16, 2009

Sobre como foi o Dia Nacional da Poesia em 2009


Manhã

Hum...

Checa a lista de tarefas, confere o que falta e o que já está pronto. Tudo Ok? Então vamos à feira, para a rotina.

Tarde

Hum...

Opa, falta isso, meninos? Então vamos fazer, né? Mas antes...que horas é a merenda, Tana Halu? É dia de tambaqui assado?

Transporta os cubos, espera abrir o centro de artesanato para guardar e pegar depois, pega Zanny, volta para a praça, carrega os cubos, monta o big cubo, o palco, a instalação elétrica, o telão, calor, suor, cansaço...

Noite

Tana monta os varais e toda a parte plástica. Vai embora por força das obrigações de formiga, mas ele queria mesmo era ficar para ser cigarra e aproveitar a festa que montou. Luiz, o tímido, assume a locução e explica que somos o Coletivo Arteliteratura Caimbé celebrando o mundo dos versos.

O pessoal parou para ler


A noite chega na Praça das Águas, Zanny, a Adairalba, já organizou a logística e agora é esperar os primeiros poemas. E eles chegam com um venezuelano falando de juventude e liberdade para o país vizinho. Segue-o Lindomar Bach, que enche um cubo com seus poemas curtos e um desenho. Na sequência chegam a professora de letras Conceição Lopes, carregada de banners com poemas que serão muito lidos e copiados à noite, Daniel Moraes e Idalece Rodrigues, com cartolinas recheadas de imagens e poemas.


Lindomar Bach e sua caixa de poemas e desenhos


Tana Halu e Malena montando os varais

Zanny e Malena na ativa


Aos poucos, a praça é tomada pela poesia. Os cubos despertam curiosidade nas pessoas, que não sabiam que podem tocá-los para ler com mais conforto. Maior surpresa é saber que também podem escrever seus versos neles.


Roberta Cruz e Alex Pizzano na montagem dos poemas


Os varais vão se enchendo. A noite está agradável e boas pessoas ficam no local por muito tempo. Os poetas e declamadores ocupam bem o tempo e o público ouve e lê atento. Até as crianças arriscam versar. A tudo isso assistem atentos uma equipe da TV Cidade e os alunos do quinto semestre de jornalismo da Faculdade Atual.


Bia Figueredo, minha afilhada: 7 anos de poesia


Perguntas: “quem organiza? Do que se trata? Dia de que? E posso mexer nos cubos? Mas vocês divulgaram isso nas escolas e nos jornais? Vai ter rock? E tu, Edgar, não vais declamar nada?”

Venda de livros


Afirmações: “nossa, que legal, deviam fazer mais vezes! Putz, eu não sabia disso, senão teria trazido meus poemas que estão lá em casa!”


Professora Conceição Lopes e seus banners poéticos

Alguns nomes de pessoas que tive tempo de ouvir declamar: Daniel Moraes, Cyneida Correia, Walber Aguiar, George Farias, Riza Abensour, contramestre Ongira Palmares, Camila (sobrinha da Cyneida), David de Paulo, Romário Guimarães e seu Navio Negreiro homenageando Castro Alves.

Contramestre Ongira carregando os versos do finado Mestre Macaô


Cyneida Correia, correndo pra galera depois de declamar Florbela Espanca


Daniel Moraes e Idalece Rodrigues na montagem


Além de tudo isso, Bach, Walber Aguiar e Adair Santos vendem seus livros, Luiz Valério exibe suas poesias visuais, a dupla de hippies Diogo e o argentino Alejandro faz uma performance para poder passar o chapéu, o pessoal da Ordem dos Músicos do Brasil aparece do nada pedindo as carteirinhas musicais da turma da banda Iekuana e a Guarda Municipal e a Polícia Militar garantem a segurança da intervenção.

Lendo e escrevendo nos cubos

Vai ter rock?

Vai, mas acaba às22h. Enquanto isso vai lendo ou escrevendo. Ou melhor, faz as duas coisas.

Atrasos que surgem para bem. 21h é o pico da declamação, com fila e tudo o mais. Dezenas de espectadores ouvem na praça, outros tantos ficam lendo o que já foi feito. Enquanto isso, a Iekuana ganha tempo para se arrumar no palco.


Antes dela, Magoozaia toca três de suas composições. A primeira é Bicho da Manga, agora em ritmo de jazz. Muito bom. Valeu, negão. Mandaste bem.

Os iekuanas mandam três suaves, param para Romário arrepiar a platéia com mais de Castro Alves, e retomam a sessão de rock, reggae e hip-hop que apresentam no repertório. Elogios à musicalidade, novos fãs surgem, o tempo corre, a energia que está rolando vai e volta entre a banda e o público. O fogo está alto mas o tempo e o contrato do equipamento de som nos pressionam. O público grita pedindo mais. Lamentavelmente não dá, mas é bonito ver a galera pulsando e pulando.

Walber Aguiar foi um dos poetas já publicados presentes


Encerramos? Antes disso, Luiz convida o povo para ver um espetáculo de pirofagia numa das pontas da Praça das Águas, que todo sábado ferve com a turma do hip-hop quebrando a coluna para mostrar quem dança mais.

Agora sim, agradecemos ao público, ao Sesc, à Fetec, ao Estúdio Parixara e avisamos que agora vamos trampar para produzir o DVD de poesias visuais com os textos autorizados nesta noite.

Depois de recolher tudo, as conversas, os elogios, a sugestão de continuar fazendo intervenções, as risadas e as piadas que não surgem necessariamente nessa ordem, a pizza depois da meia-noite com os velhos e novos amigos, o retorno cansado e feliz para casa.

Foi bom. Muito bom. E como falam por aqui, se tu não foi, perdeu.

A quem apoiou em espírito ou na parte física, valeu!

sexta-feira, março 13, 2009

Rock com poesia? Só no Coletivo Caimbé




Tudo pronto, tudo certo para a intervenção referente ao Dia Nacional da Poesia. Os amigos já foram avisados e os inimigos também. Todo mundo fez convites, foi à mídia dar entrevistas e tal.


Agora é carregar a madeira, montar o palco, instalar o datashow e o telão para as videpoesias, o som para a banda Iekuana e os declamadores, esticar os barbantes e pendurar os poemas.


Os manos da banda Iekuana ensaiam hoje à noite pela última vez. Os caras aproveitaram o embalo da participação na festa poética deste sábado para adiantar serviço e preparar-se para o outro final de semana, quando pegam a BR 174 em direção ao sul, com destino a Rorainópolis.


Lá, juntamente com as bandas A Coisa, Guy-bras e Arroto do Sapo, vão fazer um show misturando rock e reggae.


Então é isso. Vamos esperar agora o que vai ser o sábado


Ah, amanhã de manhã sai uma entrevista sobre a intervenção no portal Terra e uma matéria na Folha de Boa Vista impressa. E com fotinha nova deste blogueiro.


La banda Iekuana – O nome vem de uma etnia indígena que habita esta parte da Amazônia, mas que assinam como Yekuana. Estes meus parentes distantes usam um pó extraído da casca/raízes de árvores para seus rituais. Esse pó os ajuda a contatar seus deuses e é chamado de iekoana.


Vê aí as faces dos caras da banda. Todas as fotos são de Orib Ziedson.



Batera Jamil Abensour


Guitarra base Rhayder Abensour


Baixista Dant Aliguieri


Vocalista Stalen



Guitarrista Avinashi

quinta-feira, março 12, 2009

O porque do Coletivo Arteliteratura Caimbé


O caimbé é uma árvore típica do cerrado, resistente ao fogo e clima inclemente de Roraima. Na Venezuela é conhecido como chaparro. Com suas folhas ásperas, é possível dar brilho em panelas de alumínio. Seu tronco é retorcido e sempre parece estar descascando. Pode chegar a quatro, cinco metros de altura.

É a primeira planta que cai quando chegam os fazendeiros buscando criar plantações de arroz, de soja ou qualquer outra coisa. Como sua madeira é de pouco ou nenhum valor comercial, é desprezado, tido como estorvo.

O caimbé foi a árvore escolhida para dar nome ao coletivo formado por este cronista, pela gestora cultural/poeta Zanny Adairalba, pelo jornalista/blogueiro Luiz Valério e pelo artista plástico Tana Halu. Temos a certeza da escolha correta. A planta que identifica o grupo resiste a tudo o que se faça contra ela, do mesmo jeito que a arte e a cultura roraimense. Mesmo no mais rigoroso verão e passando pela mais criminosa das queimadas, o caimbé continua de pé, acima das gramíneas, altivo, marcando a paisagem do lavrado de Roraima.

A nossa primeira intervenção será neste sábado 14 de março, instituído dia nacional da poesia em homenagem ao nascimento do poeta Castro Alves, autor, entre outros, de Navio Negreiro. Como já foi dito, vamos montar base na Praça das Águas, Centro de Boa Vista, e instalar um varal de poemas, declamar, exibir videopoesias e fazer com que as pessoas sintam a palavra nos cubos poéticos que preparamos.

A intervenção é aberta a quem quiser participar. Já convidamos autores para que levem seus livros e declamem seus textos. A noite também terá rock com a banda Iekuana, parceira neste evento. A primeira ação do coletivo já conseguiu o apoio da Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura e do Sesc – RR. O Estúdio Parixara está a postos para fazer um CD com os poemas de autoria de quem escrever no varal. Estamos empolgados e esperamos marcar a passagem do dia nacional da poesia, criando cancha para outras ações. E sempre com uma regra: entrar e sair sem levar peso.

O coletivo ArteLiteratura Caimbé é uma nova experiência em nossas vidas. O mais experiente na vida artística, com maiores resultados alcançado, é Tana Halu, que já ilustrou e publicou livros e cartilhas. Os demais temos muita estrada basicamente como espectadores, exceção feita a Zanny, que atua como gestora cultural há quase cinco anos.

Sim, eu tenho um e-book na revista de micronarrativas Minguante, escrevo crônicas para outros sites e tal, já fui publicado em três coletâneas de poesia e não sei mais o que. Também lembro que quando estava cursando jornalismo organizava as semanas culturais da UFRR, fazendo programação e contatando artistas para que expusessem e tocassem no campus do Paricarana. Mas isso na minha história não me basta. Chega um momento da vida em que é necessário decidir se vamos ser sempre apenas formigas operárias ou vamos tomar conta de nossa parte cigarra e sair tocando pela mata.

É chegado então o momento de parar de ser tão formiga operária. O que vai resultar disso, ninguém sabe, ninguém aposta, pois trabalhar em grupo é difícil, principalmente quando todos são amigos. Mas que vai ser divertido, ah, isso vai.

quarta-feira, março 11, 2009

Dia Nacional da Poesia 2009

Por falta de divulgação é que você não pode deixar de ir na Intervenção



Opa, mais companheiros de la prensa boa-vistense e amazônica e da blogosfera estão ajudando a repercutir a intervenção do Dia Nacional da Poesia.


Ontem a querida Consuelo Oliveira leu o material de divulgação do Coletivo Arteliteratura Caimbé no seu programa, 20 minutos com Consuelo Oliveira, na Tropical Fm.


O site Roraima em Foco publicou matéria chamando a turma para falar suas poesias


O bom exemplo de divulgar a poesia e a arte também foi seguido pelo pessoal do site Jornal da Rádio.


O site Notícias da Hora entrou na onda e ajuda na propaganda do Coletivo Arteliteratura Caimbé.


Até o Portal Amazônia, o maior destas bandas do País, postou uma notícia falando da intervenção.


O blogueiro, ator, diretor e, ufa, agora dramaturgo Marcelo Perez também deu uma repercutida no Sextas Crônicas. Por sinal, Marcelo recebeu convite para se apresentar lá. Tamo no aguardo de vê-lo na Praça das Águas



No Fonte Brasil, o colunista social Júnior Brasil postou duas notas fazendo o convite para o povo ir no evento


O jornal Roraima Hoje foi outro que publicou hoje o nosso relise. Então, só para lembrar,é sábado, 14 de março, das 19h30 às 22h.

E como disse o Luiz Valério, ao chamar a minha atenção por mandar a mesma foto para toda la prensa, vou mandar fazer outra legal para futuras ações de divulgação. Essa do livro aberto já deu. O problema é que lá na maloca só tem foto do Indiozinho sozinho ou dos pais do Indiozinho com ele.