03.12.18 - segunda
Acsa, colega de orientadora (ou seja, dividimos a mesma orientadora), defendeu hoje pela manhã sua dissertação. Ela falou sobre o artista plástico Izaias Miliano. Confesso: fui lá no auditório mais para ver o modus operandi da defesa do que para ouvir o que ela havia pesquisado. No final, a banca, que além da professora Leila Baptaglin, estava formada pelos professores Reginaldo Gomes e José Brito Neto, deu várias sugestões bacanas.
Anotei algumas na forma que estão abaixo:
Defesa da acsa
1. Google acadêmico
2. Adriana Moreno pesquisa sobre identidade
3. Pizarro 2005? Sobre construção discursiva
Análise professores
4. Para meu trabalho: falar em identidades. No plural. Motivo: foram várias as que Frank ergueu.
5. Falar da mudança e linkar com letras novas
6. A nossa entrevista pode ser considerada uma construção. Usar partes em que ele usa metalinguagem na entrevista.
7. Cuidado com a naturalização dos conceitos. Cuidado com falar de algo sem explicar. Caso: conceito de artista indígena.
8. Arte no universo ocidental com elementos indígenas. Vanessa lembrar
9. Como está meu conceito de memória e história? (não são sinônimos)
10. Talvez falar sobre redes de sociabilidade do Frank. Parcerias. Se vê na Gang do Rap e no 7niggaz.
11. Estudos culturais babba e Canclini. Avanços: estudos da epistemologia do sul. (Descolonialidade?). Ver João Boaventura Santos (isso mesmo?).
12. Artistas performam identidades. Quantos seres ele performa. Artista/criador/ família/. Vanessa lembrar.
13. Artista de plástico citada numa pesquisa. Lembrar menina Acre.
14. Falar de redes de cooperação na parte do hip Hop e depois.
15. Estatuto social do artista. Regime de singularidade. Madelaine "Maine"?.
16. Performance do sujeito contemporâneo. Tem na entrevista na parte do nome. Há performance na entrevista. A memória não é estática, ela se constrói agora.
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Tem umas aí que anotei para compartilhar com a colega Vanessa Brandão, que também está analisando um artista de origem indígena, o Jaider Sbell.
04.12.18 - Terça
Fui dormir bem tarde, depois de revisar a transcrição da entrevista com o MC Frank de D'Cristo. Nove páginas no total. Uns 35 minutos de conversa. Estava com dor nas articulações e na coluna. Pensei que fosse de tanto ficar sentado, mas era o aviso de uma infecção estomacal. Amanheci mal da barriga, mas pelo menos a febre sumiu. Não vai rolar pedalada hoje nem saída de casa para pegar um trabalhador que limpe o quintal.
Bem cedo chegou (ou será que chegou ontem bem tarde?) o agendamento de reunião de orientação. Era uma das demandas do dia, como é possível não entender na minha letra na agenda:
Vamos lá, continuar mexendo na dissertação até uma dez horas e aí começar a pensar no que vou apresentar quinta no encerramento da disciplina. O que vou abordar em meu artigo? - Pesquisar no Google já.
05.12.18 - Quarta
Encerramos hoje a disciplina Seminário de Pesquisa. A professora disse que entre seminários e apresentações nos eventos acadêmicos que rolaram no semestre, quase todos já aprovamos. Vai ter gente tendo que se virar um pouco mais para conseguir a nota.
São 15h13. Olho pra rua na esperança de conseguir encontrar uma linha perdida de raciocínio que alguém deixou cair e que me sirva para o trabalho que devo apresentar amanhã.
A infecção estomacal está quase zerada e estou com visitas da Venezuela. Mais tarde supostamente devemos fazer um churrasco. Esse tema tem que chegar logo.
São 19h40. Consegui fazer algo parecido com um resumo do artigo, apresentando a ideia que tive, e agora vou correr para fechar os demais slides da apresentação.
Fiz um poema sobre minha tarde pensante e publiquei no blog. Clica aqui para ler.
20h20...Terminei. Terminar significa que fechei o que tinha de fechar, não que "uau. É o melhor trabalho acadêmico de minha vida atual e passada e futura". Que venha quinta e bora agora comer parrilla.
06.12.18 quinta
Apresentei a proposta de artigo, recebi sugestões, sugeri coisas para os artigos dos colegas, nos despedimos e encerramos oficialmente nossos encontros de grupões na jornada do mestrado. Agora é cada em sua soledad rumo à qualificação em fevereiro e depois via direta até a Defesa Final. Alguns colegas da turma 2018.1 do PPGL já estão em outros estados, outros vão partir ano que vem. O mestrado é um caminhar solitário.
Colega Carla Caroline |
Colega Enderson Monteiro |
Colega Jackson (As fotos são do colega Paulo, no encerramento da disciplina Arte, Cultura e Identidade)
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Coincidentemente o Edgarzinho também encerra hoje o ano letivo dele.
Hoje tinha e não tem mais orientação. Ficou para amanhã.
07.12.18
Dia de orientação, de alguns cortes e pedidos para melhorar. Basicamente, é escrever para qualificar em fevereiro. A professora Leila disse que falta pouco nesta fase, que é só explicar melhor ali o que é linguagem, definir ali afinal qual é a grafia do conceito que vamos usar, mexer ali, remexer acá e fazer algumas páginas de uma análise simples do material coletado na entrevista. Eu acho que termino isso em uma semana. Parece fácil. Se rolar, vou me dar uma folga e só pegar nisso de volta em janeiro.
10 a 13.12.18
Assim, fácil, parecia que era. Pode até ser, mas me compliquei entre lerdezas, alguma preguiça e um pouco de desconcentração. Mesmo assim, escrevi tanto (ou passei tanto tempo escrevendo) que minhas costas doem. Isto é, acredito que seja por ficar muito tempo sentado, mas pode ser a pedalada que dei domingo e puxou muito depois de uns dias de sedentarismo. Tomara que o material sirva e não seja apenas bobagem que estou considerando algo muito bom.
14.12.18
Dia de pausa (a contragosto) para ir na reunião do Colegiado do PPGL. Sou uns dos representantes da turma 2018.1 e devo aparecer na UFRR como suplente do colega Antônio Lisboa, titular, que está de férias na Europa (leia aqui nas entrelinhas um pouco de inveja do master boy Antônio. Não da viagem, mas de sua eficiência acadêmica que lhe permite estar de folga numa boa enquanto ainda estou me matando aqui).
Minha orientadora em primeiro plano, professora Leila Baptaglin |
Discutimos (eles, os professores, na verdade, e muito) a manhã inteira a seguinte pauta:
1) Solicitações de prorrogação de prazo de qualificação/defesa;
2) Recomposição da Comissão de Edital PVNS e encaminhamento do edital;
3) Aprovação do relatório de estágio da Discente Anna Paula;
4) Aprovação do relatório do Bolsista PNPD Luiz Eduardo Rodrigues Amaro;
5) Solicitação de autorização para intercâmbio da Discente Vanessa Brandão e Costa;
6) Verificação da situação das bolsas de Demanda Social que ficarão ociosas em 2019.1;
7) Informes.
Na reunião, finalmente, o Colegiado votou pela aprovação dos pedidos de reaproveitamento de disciplinas que eu e o Antônio havíamos feito no começo do semestre passado. Como já havia sido aprovadas Ad referendum, passaram. Mas ainda houve professor questionando as que fizemos em outros programas e dizendo que o PPGL deveria formar uma comissão para avaliar nossos pedidos. Felizmente outros não embarcaram nessa bobagem.
De tarde participei de uma reunião com um grupo de professores e alunos do curso de Português- Libras da UFRR. Por iniciativa da professora Alessandra Cruz, minha colega loira de mestrado, vai ter tradução para Libras de meu ainda inédito livro de poemas "Incertezas no meio do mundo".
Estou muito feliz pelo projeto da Alessandra e encantando com as interpretações que o povo está fazendo dos textos. Para todos, eles e eu, está sendo um desafio muito interessante este processo.
17.12.18
Que os trabalhos recomecem numa segunda bem preguiçosa.
19.12.18 quarta
Sobre segunda: sentei pela manhã e não saiu nada. Tava num sono violento e falta de concentração. A presença de um eletricista na casa para fazer umas instalações ajudou muito a não conseguir fazer nada pela manhã. À tarde, mesmo com o cara ainda na casa, consegui achar a concentração. Escrevi pakarai, pensei, revisei (mentira) e fechei a principal e mais árdua parte das melhorias que a professora Leila pediu. Depois fui pedalar para relaxar e na volta ainda assistir a um episódio da terceira temporada de Outlander.
Sobre ontem, terça: inverti minha rotina e sai de manhã para resolver coisas, deixando a tarde para o texto da quali. É uma bobagem o que tenho que fazer, mas não saiu nada, nada, nada.
Sobre hoje: aqui estamos, depois de ter acordado às 5h30 da manhã desnecessariamente. São 9h50 neste momento e já vi trocentas notícias, mandei e-mail para meu colega de mestrado Jackson com um artigo que (acho) deve ajudá-lo com o tema dele, já fui ali no quintal e voltei, já brinquei com o Balu...Cá estamos e nada de conseguir fazer a parte que parecia simples.
21.12.18 Sexta
A meta era ter fechado o texto da quali ontem. Mas me enrolei na quarta e só consegui fechar parte do trabalho à noite. Ontem pela manhã (o que aconteceu ontem pela manhã?) não fiz a última parte, que se tratava de ir atras de todas as referências para saber como elas grafam uma palavra que estou usando no texto....Ah, lembrei, na hora que comecei chegaram o João e o Alex para instalar um chuveirão no quintal e fui atendê-los. Terminaram bem depois do meio-dia, fui almoçar já quase às 14 e depois dormir. Quando acordei estava disposto a me livrar de tudo até o anoitecer, mas, ainda na cama, ouvi a cabeça da minha enteada batendo no chão da varanda e logo em seguida a Zanny, minha esposa, me chamando. Lai havia desmaiado. Entre a inconsciência, convulsões e espasmos passaram-se cerca de duas horas e pouco. Fiquei ao seu lado o tempo todo. Depois que ela e a mãe foram para o hospital na ambulância fui gerenciar a janta do Edgarzinho e a casa, liberando-me por volta das 22h, 21h.. Ou seja: zero condições de sentar na frente do computador para olhar se a palavra X está ou não escrita assim nos textos.
Hoje, às 10h49, terminei minha pesquisa sobre a grafia, aproveitei e li novamente um texto muito legal da Diana Klinger e mandei meu material para a professora Leila. Agora espero me dar uns dias de folga. Quer dizer, nem sei se vai rolar. Baixei tanto material nas leituras transversais que acredito que vou ler um pouco todo dia. Mas isso eu vejo semana que vem. Agora o foco é ir pegar a bike do Edgarzinho e comprar o almoço para nós, que voltamos a ter a companhia da irmã e da mamis depois de terem passado a noite no hospital.
30.12.18 Domingo
Sabe o que escrevi antes, sobre a folga? Tá tendo. Em todos estes dias não peguei no computador para nada além de uma noite em que decidi ler umas HQs que baixei. (Em compensação, o celular não sai da mão).
Uma cerveja na praça para ver gente e sentir a brisa gostosa de dezembro |
Final de tarde na Praia dos Gnomos, rio Cauamé |
Habemus ciclista. Muitas pedaladas legais feitas ultimamente |
Edgarzinho cortou o cabelo. Eu não. |
Essa cadelinha é a Mia. Seu dono é o Timóteo Camargo, que também é dono do caiaque |
Passarinho que me acompanhou enquanto fechava o Diário de um Mestrando relativo a novembro de 2018 |
Então é isso. Até 2019, sem metas, sem proposições que não vou cumprir. Vamos só focar em pedalar sempre, fazer um bom mestrado e tentar sair mais de casa para conversar com outras pessoas (principalmente agora que não terei mais aulas e a interação social que elas traziam vai cair drasticamente). Ah, se conseguir, quem sabe não organizo uns saraus?
Feliz 2019 para quem chegou até aqui e lembre-se: para ler todas as edições do Diário de um mestrando, clique aqui.