sexta-feira, dezembro 09, 2016

Das felicidades de novembro: ir para Sampa contar histórias indígenas de Roraima


Novembro foi um mês muito legal. Depois da ida ao Rio Grande do Sul, onde participei de uma atividade na Feira do Livro e contei histórias em Porto Alegre, Morro Reuter e Novo Hamburgo, viajei para São Paulo para uma atividade no Sesc no Sesc Pinheiros.

A viagem foi resultado de um convite do escritor Cristino Wapichana, roraimense que há alguns anos reside na região sudeste, para participar do projeto “Poética das Aldeias”, que reuniu contadores de histórias indígenas de vários estados.


A sessão aconteceu no final da tarde do sábado (26/11), com crianças, jovens e adultos como plateia. 

A atividade foi aberta por Cristino, que falou dos povos indígenas e dos objetivos do projeto. Na sequência, apresentei dois mitos e depois conversei com o público. 


Contando histórias no Sesc Pinheiros
Contando histórias no Sesc Pinheiros


 Entre os presentes estava o escritor e publicitário Carlos Saraiva, que morou em Roraima na década de 1990. A gente se conheceu quando trabalhávamos para a prefeitura de Boa Vista, ainda na época do falecido Ottomar Pinto como prefeito, lá pelos idos de 1998/1999. Depois disso, Saraiva deixou o estado e nunca mais havíamos nos visto.

Saraiva me presenteou com um exemplar de seu novo livro de poemas, "O D caído" (Ou "O I mortal", dependendo de como você pegue a obra).

Parte do público, eu e o Cristino



Edgar Borges, Cristino Wapichana e Carlos Saraiva









Carlos Saraiva e O d caído (o livro, não eu)





Obviamente, ir a São Paulo e não passear um pouquinho seria uma bobagem. A última vez que pisei por lá foi em 2012, por conta de uma atividade de mídia livre no Itaú Cultural. Ou seja, tinha que aproveitar.

Nesse embalo, fui ver as grafitagens e os lambes do Beco do Batman, rodei na feira da Liberdade, passei na feira da praça Benedito Calixto (e comprei dois batmobiles da coleção lançada pela Shell), dei umas voltas na avenida Paulista no domingo pós-evento (até o Eduardo Suplicy estava lá, cantando "eu sei que vou te amar") e também estive nas feiras do Bixiga e do MASP

Fiz um bocado de fotos. Vão algumas: 




Beco do Batman

Lambe no Beco do Batman. Me lembrou a situação atual dos brasileiros com o governo Temer acabando com nossos direitos

Flagrante do tatuado e da ruiva no lambe...

Lambe culinário....

Arte sacra dessacralizada num galpão de artes ao lado da feira Benedito Calixto
Bonecos na feira Benedito Calixto

Grand Cine Batata, ao lado do Sesc Pinheiros

Eduardo Suplicy, emocionando o povo na avenida Paulista

Não tá fácil pra ninguém, né, Spider Man?

Não sei o nome deste personagem japonês

Na feira de antiguidades do Maps.  Só fui perceber esse hot wheels do Meteoro quando abri a foto em casa...tanto que quero e deixo passar batido...
 
Feliz 2017! Via lambe nos tapumes da esquina com o Itaú Cultural

Feliz 2017! Via lambe nos tapumes da esquina com o Itaú Cultural

Lambes nos tapumes da esquina com o Itaú Cultural

Niemeyer, no olhar espetacular do artista Kobra

Belezas negras na Paulista

O grandão é um batmóvel da Shell. O pequeno é da marca Tomica


O batmóvel grandão da Shell  e os pequenos das marcas Tomica e Hot Wheels
Liberdade, São Paulo

Numa rua ao lado do Beco do Batman


Grafitte no Beco do Batman

Lambe Descolonize seus afetos

A casa do Batman no Brasil!

Já tropecei com este sticker em Porto Alegre e Florianópolis. Agora, São Paulo...pensa num povo que roda colando coisa

Fica a dica pros nudes ao vivo


Se eu fosse chegado nesse bonequinhos antigos do He-man tinha feito a feira

Sobre muitas coisas na TV, lambe ao lado da estação Clínicas

Me amarrei nesse "Eu amo pornô" hahahaha

quarta-feira, novembro 23, 2016

Palestra na UFRR sobre ativismo cultural, redes virtuais e reais, literatura e coletividades


Oia nois no dia 21/11/16 trocando ideias sobre ativismo cultural, redes virtuais e reais, literatura,  coletividades e, claro, o Coletivo Caimbé com essa turma bonita do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Roraima.

O convite para conversar com os estudantes partiu da professora Vângela Morais, que ministra uma disciplina sobre webjornalismo na UFRR. 

A turma ouviu, perguntou, comentou. Achei bacana.


Vamos falando sobre o que fazemos e gerando novas redes de conhecimento!

sexta-feira, novembro 18, 2016

Contando histórias indígenas e falando de literatura e saraus no Rio Grande do Sul

Meu novembro anda muito legal, bem alegre e feliz, bem viajante. Entre os dias 3 e 12 estive em Porto Alegre, Novo Hamburgo e Morro Reuter, lá no Rio Grande do Sul, participando de um monte de atividades literárias com um monte de gente linda de todas as idades. 



A principal foi a participação na 62ª Feira do Livro de Porto Alegre, evento que havia anos desejava conhecer. Na Biblioteca Moacyr Scliar, bem em frente à Praça da Alfandega, rolou um bate-papo e sarau com a temática “A política e a estética nos saraus periféricos”. 

Além de mim, que falei sobre o Sarau da Lona Poética, foram convidados os ativistas Negra Jaque, do Sarau da Carolina (Morro da Cruz – Porto Alegre) e Henrique Veber, do Sarau Entreverbo (Canoas).








A mediação foi de Márcia Cavalcante, da ONG Cirandar (Centrode Integração de Redes Sociais e Culturas Locais). Estudantes, professores, educadores, artistas e ativistas culturais prestigiaram a atividade. Foi bonito de se ver e ouvir, com falas muito interessantes, poesia e música.   

Teve um destaque no site da feira. Isso você pode ver AQUI ou nos quatro prints abaixo:









 Além da feira, fui conhecer as bibliotecas comunitárias que fazem parte da rede do Cirandar em Porto Alegre: Arquipélago, Chocolatão e Ilê Ará (no Morro da Cruz). Em cada uma contei histórias indígenas, conversei com as crianças e jovens e organizamos sessões de desenho para os pequenos ilustrarem o que mais havia lhes chamado a atenção em cada mito. 

Turma na Biblioteca Comunitária Arquipélago

Turma na Biblioteca Comunitária Arquipélago

Turma na Biblioteca Comunitária Arquipélago


Com a turma da Biblioteca Comunitária Ilê Ará, no morro da Cruz



Com a turma da Biblioteca Comunitária Ilê Ará, no morro da Cruz


Com a turma da Biblioteca Comunitária Ilê Ará, no morro da Cruz

Se liga na visão que o Morro da Cruz te oferece de Porto Alegre...
Contando histórias indígenas na Biblioteca Comunitária Chocolatão



Produzindo ilustrações na Biblioteca Comunitária Chocolatão


Turminha da Biblioteca Comunitária Chocolatão
 

Também fui contar histórias para turmas de crianças e adolescentes na XXII Feira do Livro e da Leitura de Morro Reuter, na região da serra gaúcha.


 
Contando histórias na XXII Feira do Livro e da Leitura de Morro Reuter

Contando histórias na XXII Feira do Livro e da Leitura de Morro Reuter

Contando histórias na XXII Feira do Livro e da Leitura de Morro Reuter



Tomando chimarrão, ministrei uma palestra intitulada “Ações literárias em espaços urbanos e indígenas na Amazônia Setentrional”.  Participaram turmas de graduação e mestrado em Letras da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo. 


Teve roda de conversa sobre o Norte do Brasil, povos indígenas, fronteira, cultura e, no final, uma sessão de histórias baseadas nos mitos dos povos indígenas de Roraima. Foi muito bacana. 

Tomando um chimarrão durante a palestra


Turma de graduação e mestrado em Letras da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo





Para fechar novembro, devo ir no final do mês para São Paulo, contar histórias numa atividade do Sesc Pinheiros que está sendo organizada pelo escritor Cristino Wapichana. Antes disso darei um pulinho lá numa sala da Universidade Federal de Roraima para falar das conexões que a gente faz para mobilizar as ações do Coletivo Caimbé.


Não vou negar: adoro essa vida de gente viajante e falante que mexe com cultura e literatura.

quinta-feira, setembro 29, 2016

Contando histórias indígenas por aí


Ando contando histórias por aí. Histórias indígenas, apresentando às crianças os mitos dos povos indígenas do meio do mundo, do lavradão do vale do Rio Branco. 

Essas fotos são das sessões que rolaram este mês na escola estadual Professora Diva Alves de Lima, com as turminhas da professora Helen Feijó. 

Nos encontros, os meninos se espantaram, interagiram, questionaram como as coisas aconteceram na história. Numa das turmas, rolou até sessão de fotos individuais no final. 

Delícia essa vida de contar histórias para crianças!









Da falta de boa gestão cultural em Boa Vista




Lambe-lambe produzido pelo Coletivo Carapanã


Eu pensei em fazer textão sobre como não tem política cultural no município de Boa Vista; sobre como as previsões de vitória do grupo do PMDB, que está aí desde o ano 2001, apontam que nada mudará neste setor; sobre como o povo ignora que já deveríamos há muito tempo ter abandonado essa política de promover grandes festas e achar que só isso é fazer gestão cultural; sobre como seria legal ter ação do poder público apoiando todos os segmentos culturais; sobre essa coisa do boa-vistense achar linda uma praça com flores e esquecer que humanizar a cidade é bem mais que isso, é dar condições dos fazedores de cultura de trabalhar na boa, sem precisar estar mendigando apoio no balcão de políticos e empresários...

Pensei, mas desisti. Cada cidade tem os gestores que merece e quem pensa em ter mais padece.
 
Padece e cansa, por sinal.