Tava vendo umas retrospectivas lá no facebook e fiquei
impressionado com quantas coisas a galera fez em 2016. Chega a ser intimidador
o número de conquistas pessoais de alguns colegas. Sabe aquela sensação de “véio...o
que tu fez mesmo nos últimos 12 meses?”.
Enfim...Como estava de folga na última semana do ano e como
acredito que até as 23h59 de cada 31 de dezembro algo de bom e fantástico pode
acontecer em nossas vidas, deixei para falar de 2016 somente agora.
No Twitter, entretanto, destaquei ainda em 2016 a minha
grande conquista: ter sobrevivido a este aninho vagabo.
Acho que só isso já é uma grande vitória. Só que daí lembrei
que fiz outras coisas entre os momentos que tentava não morrer de tédio ou esperar
que um saco de dinheiro caísse em meu colo.
Na verdade, não lembrei de nada. Decidi vir checar o que
havia escrito aqui no blog para conferir que paradas andei fazendo entre
janeiro e dezembro.
Bem, vamos rapidinho à
retrospectiva menos esperada do mundo blogueiro:
1.
Em março chegou o aviso de que havia sido selecionado
no concurso/antologia do Prêmio Sesc/DF de Literatura – Crônicas Rubem Braga. O
texto foi “O mugunzá de dona Vanda”. Meses depois recebi o certificado. Livro
que é bom e parecia que teria, nada até hoje.
2.
Em abril, junto com os poetas do coletivo Caimbé,
fechamos a contabilidade das edições do Sarau da Lona Poética feitas por conta de um projeto aprovado no Ministério da Cultura.
Entre novembro de 2015 e abril de 2016 fizemos 11 saraus e contabilizamos os
seguintes convidados: 21 poetas e declamadores, 11 músicos e 26 artistas
visuais e fotógrafos.
3.
Em maio deixei Roraima rumo ao sul do Brasil e
lá em Porto Alegre (RS) bati um papo sobre literatura e ativismos culturais na
Amazônia Setentrional. Além disso, dei umas passeadas por Santa Catarina e o
Rio de Janeiro. Mas este ano fui tão lerdo que só escrevi sobre isso em agosto.
4. Em junho fiz parte da organização do Intercom
Norte, que aconteceu na Universidade Federal de Roraima. Só que não escrevi
nada sobre isso (e quase não lembrava mais).
5.
Julho foi mês de gravar um som com meu bródi
rapper Big Berg. Óbvio que não cantei. Apenas declamei o poema introdutório
para a música “Tempo ao tempo”. Sobre isso, fui escrever só em dezembro...
6.
Agosto foi legal: publiquei um artigo, escrito coletivamente, sobre gestão cultural em um livro da Editora da UFRR e também
fui até Manaus (AM) com os amigos para realizar uma edição do Sarau da Lona Poética que integrou o circuito Sesc Amazônia das Artes.
7.
Em setembro entrei na vibe de contar histórias indígenas. Comecei indo às salas das turmas de uma amiga. As reações das
crianças alegravam os meus dias.
8.
Em outubro participei de uma exposição de
carrinhos e bonecos de ação, o Hobby Roraima.
9.
Novembro foi um espetáculo: passei praticamente metade
do mês fora de casa, só fazendo, conversando e vivendo arte, cultura e outras
coisas gostosas. No Rio Grande do Sul rodei por três cidades e participei de
duas feiras de livros falando de ativismo cultural e contando histórias. Voltei
para a maloca, passei uns dias tranquilão na rede, fui na UFRR palestrar sobre cultura e ações colaborativas e depois embarquei para São Paulo, onde contei histórias indígenas no Sesc Pinheiros.
10.
Dezembro foi aquela coisa: desacelera (ainda
mais) a vida, volta a contar histórias na escola, monta (pela primeira vez) um
presépio com os bonequinhos da coleção, vai na casa dos amigos e dos familiares
comemorar o final do ano e espera para ver o que rolará de bom no outro ano.
11.
Tem uma contabilidade bacana de 2016 que não havia rendido
postagem até agora: organizei com o Coletivo Caimbé o total de 13 edições do
Sarau da Lona Poética. Rodamos por Boa Vista, Alto Alegre, Iracema, comunidade
indígena Canauanin e Manaus (AM). Além disso, realizamos na comunidade indígena
Ilha a segunda parte do projeto Mais Cultura nas Escolas, uma parceria com os
Ministérios Cultura e da Educação. Sobre esta atividade, algo tem na postagem no blog do Coletivo.
Enfim...foi só isso que fiz. Se tivesse feito uma coisa
atrás da outra não daria dois meses de trabalho e feitos, eu sei. Entretanto,
como dizia o sábio chinês no topo da montanha nevada na longínqua Ásia: é o que
temos para hoje, amanhã e depois, pequeno gafanhoto.
Que venha 2017 do jeito que quiser.