terça-feira, agosto 19, 2025

Comemorando o primeiro ano do grupo Corre Macuxi com 5 + 5 km

Domingo entrei pela primeira vez no bairro Jardim Tropical, ali do lado da Vila Olímpica, zona oeste de Boa Vista, para participar da prova comemorativa do primeiro ano do grupo de corrida Corre Macuxi. 

Era para serem tranquilos 5 km, mas eu tinha um treino marcado de 10 km para este final de semana e fiz duas vezes o percurso da prova: uma antes sozinho e a outra com os demais corredores. Por sorte choveu e deu uma aliviada no calor.

O trajeto foi suave, com poucos metros de ladeirinha já na parte final. Bem tranquilo e quase todo em uma avenida que passa ao lado de um buritizal. 

Mesmo assim, antes do km 2 vi gente quebrando e uma moça deitada na calçada enquanto os amigos esticavam as suas pernas. 

O povo sai muito forte e não consegue segurar o ritmo. Por isso eu vou sempre na manha.

E falando em esticar, por pouco não aconteceu uma tragédia. Mesmo com todas as ruas sinalizadas com cones, um sujeito entrou com o seu carro no percurso da prova logo nos primeiros 600 metros e avançou entre os participantes por um bom pedaço. 

Eu ouvi os gritos atrás de mim e pensei "o povo tá empolgado. Legal". Quando virei era o irresponsável do motorista candidato a serial killer arrastando um cone na frente do carro e o pessoal pulando pros lados. 


Tirando esse susto, a prova foi muito bacana. Treinei meus 10 km, parabenizei o presidente Haroldo, encontrei no meio do percurso a minha colega de oitava série e agora corredora Meire Pinheiro e ganhei minha medalha e muita melancia no final. 

Para fechar a noite, me dei de presente  uma empanada de carne desfiada com chicha.

Esta foi a 6a prova neste ano e a 73a desde março de 2022.

Sigo treinando focado nas ladeiras da Tepequém UP em setembro e fazendo oferendas para Makunaima não deixar a pata ficar inflamada depois de forçá-la.


domingo, agosto 10, 2025

No terminal do Caimbé, com a Feira Literária Letra e Arte

Participei da segunda edição da Feira Literária Letra e Arte, cujo perfil vocês podem seguir aqui. A atividade  aconteceu neste sábado (9/8/25) no Terminal do Caimbé, no centro geográfico de Boa Vista. 



Levei exemplares dos meus livros de poesia Incertezas no Meio do Mundo e Há Sol em Nossos Olhos. Vendi alguns e também fiz troca com outros autores.  

Com Willy Rilke, poeta

Com Bruno Garmatz, romancista
Com Franciany Veras, cronista

 Demos sorte de ter uma tarde relativamente fresca e isso ajudou a manter suportável a temperatura do terminal. De forma geral, o evento foi muito bacana, com dinâmicas para um sorteio no final, recitação de poemas, dança e música. A organização coletiva ajudou a cobrir quaisquer problemas que poderiam ter aparecido. 




Algumas pessoas que encostaram na minha mesa perguntaram sobre novos livros de microcontos e sobre a edição impressa do Flores do Ano Passado, livro de prosa e poesia que coloquei à venda na Amazon. Outras disseram que iam me convidar para falar em sala de aula sobre os meus textos. Achei bem legal porque plantaram minhocas, sobretudo sobre a questão de voltar a escrever microcontos. 

Como não queria deixar os livros sozinhos na mesa, acabou que não andei na feira depois que todos os participantes chegaram. 

Então só vi parte da montagem no começo e um pouquinho de movimento a partir do onde me instalei, propositadamente recuado para ficar numa parte onde entrava vento por um corredor. 

Ah, e também por ficar mais afastado da aparelhagem de som.

O conforto tem seu custo. 

Os demais escritores que participaram nesta edição foram estes, com base na lista que divulgamos na imprensa: Aldenor Pimentel, Willy Rilke, Catarina Fim, Lindomar Bach, Eduardo Amaro, Vinícius Cortez, Ernandes Dantas, Rosidelma Fraga, Camila Vitória, Pétira Santos, Orlando Marinho, Franciani Veras, Jacilene Cruz  e Marcelle Grécia Wottriche. Também teve a turma dos quadrinhos, com Ygor - Cena e Alice Lyra.


Outras feiras estão programadas para acontecer até o final do ano. 

Espero ter disposição social para participar delas.

quarta-feira, agosto 06, 2025

E se...

Todos os dias há morte ao nosso redor. Seja a de um sonho, a de uma rosa ou a de uma pessoa. Estamos sempre numa canoa que pode virar a qualquer momento, mas que ao mesmo tempo parece fornecer navegação estável. E aí mora o perigo. Só quando vemos alguém ou algo cair e sumir nas águas do rio é que aparecem os medos, os “e se...” criando alternativas que agora serão válidas apenas em outras linhas temporais.  

Ver a morte de perto é um momento que leva a refletir sobre a vida. Se por muito ou pouco tempo e o que fazemos com essas análises já é outra questão.  


(Pronto, era só isso: metaforizar que toda vez que alguém próximo/querido morre e vou ao seu enterro, fico pensando se a forma como levo a vida é a melhor, a mais feliz, a mais adequada, se no último momento – se acaso tiver tempo para isso - pensarei “valeu a pena quase tudo”.)


P.S. musical aleatório: detesto a letra da música Epitáfio, do Titãs. É muito tapa na cara e lamentação. De lá só gosto da parte que penso toda vez que me arrisco, principalmente em águas de qualquer profundidade: o acaso vai me proteger.


Afinal, quem tiver medo que não se dê ao trabalho de nascer.

quinta-feira, julho 31, 2025

Conversas sobre literatura, dia nacional do escritor e cultura em Roraima

Na semana passada deixei um pouco a toca e fui à rua falar do Sarau da Lona Poética que o Coletivo Caimbé promoveu em comemoração ao Dia Nacional do Escritor.

O release do evento saiu em alguns veículos da mídia local e dei entrevistas para duas rádios (Roraima e Universitária) e o podcast da Defensoria Pública de Roraima.

   

 Nas rádios foram duas notas focadas em divulgar o sarau. 

No podcast foi uma entrevista com mais de uma hora de duração. Talvez a mais


longa que já dei na vida e uma das poucas em que não fiquei pensando depois “acho que não deveria ter dito aquilo ali”. 

 Não foi especificamente sobre o sarau, mas sim sobre fazer parte de um coletivo, cena cultural em Boa Vista, literatura e outros temas relacionados. 

O podcast está disponível no You Tube, Spotify e Deezer: 


 

Versão Spotify 

 

 Aproveitando a data, a Band Roraima me chamou para uma entrevista sobre ser escritor. Conversamos em uma praça perto de casa. Reencontrei o cinegrafista Lorival, que está na área desde antes que eu começasse a trabalhar, e conheci a Kaiane, repórter e estudante.

 

 


 Ah, no embalo do Dia Nacional do Escritor, o deputado estadual Soldado Sampaio postou a capa de meu livro “Há sol em nossos olhos” como parte de uma homenagem aos autores locais. 




Foi bacana tudo isso. Há tempos não tinha uma semana com tanta presença na mídia.

domingo, julho 27, 2025

Um sarau online para (vamos ver se) voltar às atividades do Coletivo Caimbé

No dia 25 de julho se comemora o Dia Nacional do Escritor. 

Para celebrar a data, o Coletivo Caimbé, do qual sou um dos articuladores, promoveu uma edição on-line do Sarau da Lona Poética, atividade que realizamos desde 2014. 

 Era para ser no instagram do grupo, mas tivemos um problema no começo, quando fomos pegos de surpresa com a informação de que contas no IG com menos de 1.000 não podem fazer transmissões ao vivo. 

Devido a isso transferimos as atividades para o meu perfil e tentamos avisar as pessoas via grupos de Whatsapp.

Fica inclusive um pedido a você que está chegando por aqui: divulga nosso perfil para que mais pessoas saibam das atividades: www.instagram.com/coletivocaimbe 

Teve participação também da articuladora Zanny Adairalba e de Kelsen Bravos (Ceará) e Joakin Antônio (São Paulo), além de Joseani Vieira, Janaína Sousa, Jeane Xaud e Timóteo, Graziela e Liz Camargo, todos de Roraima. 











Abaixo, algumas publicações que saíram na imprensa: 








Foi bonito, foi legal. Espero ter disposição para novas edições.

sexta-feira, julho 25, 2025

IFRR 32 anos: minha 71ª prova de corrida de rua

Domingo passado (20/07) atravessei Boa Vista para correr a minha 71ª prova desde março de 2023: a Corrida dos 32 anos do Instituto Federal de Roraima, o IFRR.

A festa teve largada e chegada no IFRR Zona Oeste, bairro Laura Moreira, com percurso de 5 km por ruas e avenidas com muitas poças d'água e um clima agradável por conta da chuva madrugadora.

Acordei 4h, cheguei no IF guiado pelo meu GPS importado da marca " minha vizinha Sheneville Araújo sabe onde é", largamos 6h34 e usei pela primeira vez um óculos baixa pace que encontrei jogado numa das provas deste ano.

Saí puxando a veloz Meire Souza para ela bater uma meta (imposta aleatoriamente por mim), mas a bichinha quebrou pelo km 3,5, sentindo muito o seu joelho quase cinquentão😪😪😪.

Disse que podia ir sozinho e aí comecei a puxar a Valdeane Rocha , que desistiu de mim nos últimos 200 m e me largou sozinho na hora do sprint 🙄🙄🙄.







Fui o 80º, de 328 participantes, a cruzar a linha de chegada. Coincidentemente esse foi o meu número de peito. Ou seja, se na próxima prova eu me inscrever mais rápido, pode ser que o universo conspire, pegue um número de peito mais baixo e chegue mais rápido. 

Capaz até de dar pódio 😏😏. 

Estratégia, do grego strateegia... Se liga.


Cheguei bem, sem dor em nada, sentindo que poderia até ter feito melhor se estivesse sozinho.

(Bem diferente de como fico nos treinos, nos quais, por mais suaves que sejam, sou pura dor e cansaço antes, durante e depois.)

Agora é treinar focado nas ladeiras da prova Tepequem Up em setembro e ficar aberto a doações de kits, seja de conhecidos ou desconhecidos.

(Isso foi sim uma indireta)

Ah, cheguei ao meu auge corredor e virei capa de um álbum fotográfico do Luquinha Fotografia, um dos muitos que registram as corridas de Boa Vista.