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quinta-feira, outubro 17, 2019

Sobre chuvas, preocupações pós-vida e e meus quase livros publicados


Choveu. E muito. Choveu como se não fosse outubro esta semana. Ainda bem, ainda bem. Domingo o ar parecia estar sumindo, muito quente. Aí então choveu como se o mundo fosse desabar, com raios e trovões que fazem Balu, meu cachorro lindo, sair louco pela casa atrás do bicho que está fazendo “bruuuum” em nosso quintal.

Choveu e minhas articulações parecem que enferrujam. Como será o dia em que for mais velho e vá morar em um lugar frio? Chegará esse dia? A da velhice, digo. E se algo acontecer e, de repente, apenas traçando hipóteses, assim que levantar desta mesa eu escorregar lá na varanda molhada pela chuva? E se na queda bater a cabeça numa quina qualquer e tudo acabar ali, de maneira tão boba, tão irrelevante, uma cena improvisada de um filme ruim?

E se acaso morto, já em outra esfera, eu ainda ter consciência do mundo terrenal e ficar pairando por Boa Vista, vendo os desenrolares após a minha partida (partida é um nome bonito para eufemizar algo tão natural como a morte. Melhor que bater as botas, é verdade)? 

Possivelmente não vai acontecer assim, mas e se minha maior preocupação for saber o destino de meus textos não publicados? Ontem ou anteontem ou agora, dependendo de sua relação com o tempo, estava pensando nos livros que ainda não publiquei e deveria ter jogado ao mundo há muito tempo.

O primeiro é de antes de 2010. Seria uma coletânea de crônicas, poemas e contos divulgados inicialmente aqui no blog. E teria ilustrações de um ciclista passeando por todo o livro. A capa também seria um ciclista. Não lembro o nome que lhe daria, mas recordo-me que cheguei a propor à Rosana Santos, que dirigia o setor de cultura do Sesc nesse então, a publicação da obra. Ela pediu para levar a boneca do livro. Aí começou a caminhada sem fim. Demorei para separar o material. Então passei, não me lembro da ordem, para o jornalista Nei Costa ajudar na diagramação (ou revisão, talvez). Acho que antes havia dado ao também jornalista Plínio Vicente para ajudar em algo. 

Por último, sei lá quanto tempo se passou até isso, ficou com a designer Lidiane dos Santos a montagem, o tratamento das imagens (produzidas pelo ilustrador Two, hoje vivendo em local não identificado por mim) e a capa. Ah, essa capa seria uma foto minha numa bicicleta, feita por Zanny Adairalba, à época ocupando o status de namorada. Pelo projeto gráfico da Lidiane ficaria linda depois de trabalhada como se fosse uma pintura. Resumindo: vai e volta, vai e volta, o mundo girou muito, perdi a chance do patrocínio, perdi o arquivo e hoje não sei onde está o material.

O segundo livro seria apenas de poemas. Os textos não sei quando foram escritos, mas a produção começou numa fase difícil para mim, no auge da crise de minhas hérnias. Lembro que pedi para Zanny, já no status de esposa e mãe do Edgarzinho, digitar os textos escritos a mão. Aí a gente instalava o data show e projetava na parede do quarto os poemas para fazer a revisão e diminuir o risco dela ter trocado alguma letra e eu deixar passar. Acho que o ano era 2010, 2011. Foi um tempo difícil para mim, com as dores nos braços limitando muito a minha vida. Livro revisado, cheguei a inscrevê-lo em um ou dois concursos de poesia para livros originais. Não foi selecionado, dei uma nova olhada nos textos e já passei a gostar menos deles, achando-os pouco poéticos, muito “duros”. Larguei em algum lugar digital e esqueci, sem querer, a localização da pasta. Esse livro,vale destacar, foi uma intenção, um devaneio. Diferente da coletânea, não nasceu com possibilidades concretas de ser impresso.

No intervalo entre os dois quase livros veio em 2011 a publicação do Sem Grandes Delongas (se não baixou ainda, é só clicar aqui), uma série de projetos e ações feitas com o Coletivo Caimbé (quem produz sabe o extenuante que é fazer a pré e a pós-produção cultural, sobretudo os registros de memória), o trabalho da vida real, cansaço mental e as dores, tratadas com choques elétricos, gelo, aparelhos desinflamatórios, acupuntura, RPG e, o Santo Graal, os alongamentos no pilates.

O terceiro livro não publicado quase chegou lá no ano passado. Foi escrito totalmente a mão, no silêncio do meu antigo apartamento, com pouca luz e muita reflexão. Escrevia a primeira versão e já passava a limpo o rascunho, mexendo na estrutura caso não me agradasse mais. Depois de ter um monte de poemas prontos, passei para o computador, alterando novamente os textos. Ficou alguns anos parado na gaveta virtual até aparecer um edital do governo do Estado de Roraima prometendo uma grana para publicar cinco livros de autores radicados aqui. Fiz um projeto conforme as regras do edital, imprimi o material, fui selecionado, botei a Zanny (sempre ali, parceirassa) para me assessorar na busca da editora, aguardamos o pagamento e... tomamos calote na veia. A gestão da Suely Campos, governadora da época, não ligou pra gente e desprezou a própria iniciativa. 

Ficamos a ver navios (no final desta postagem quilométrica vou copiar a matéria que saiu no Jornal Folha de Boa Vista com as nossas reclamações em outubro de 2018). Ainda bem, aindaaaaa bem que não levei pra frente uma ideia que me chegou de repente no meio desse processo e que seria bem a minha cara de abestado confiador de que os outros vão sempre honrar seus compromissos: imprimir o livro por conta e gasto próprios, depois receber e ficar elas por elas de boas. Ainda bem que fiquei quieto...

Esse livro de poemas quase impresso em 2018 é o que acho mais bacana de todos, inclusive mais bacana que os contos do Sem Grandes Delongas. Estou pensando em bancar uma impressão independente dele ainda neste 2019, aproveitando que não perdi o arquivo ainda. Tem até prefácio já, feito pela poeta Elimacuxi.

Quantos livros foram até agora? Três. Ok. Não cansado de quase publicar sempre, aproveitei este ano para, no intervalo entre um parágrafo e outro da dissertação, escrever um novo livro de poesias, bem mais curto que o quase livro de 2018. 

Esta semana fiz a revisão dele, cortei uma coisas, mudei outras, arrumei ali, organizei ali. Vou ver se inscrevo ele em alguns concursos. Se nada rolar, tentarei publicar ano que vem. Se não der certo, serão quatro livros quase publicados por mim, o que deve me transformar num dos maiores autores quase publicados de Roraima.

Voltando ao começo do texto, já pensou tudo isso me atormentando numa pós-vida? Que agonia seria, que agonia...

P.S. : O colega escritor Aldenor Pimentel me lembrou lá no grupo de Whatsapp dos Escritores de Roraima que antes do Sem Grandes Delongas tive o e-book Roraima Blues como primeiro livro solo publicado.  Eu acho que em algum momento da redação pensei nele, mas o meu pensamento é meio linear às vezes-quase sempre-já passei vergonha por isso- e disse (ele, meu pensar, ou eu, dono do pensamento?) "estamos falando só dos impressos. Apenas dos impressos, não viaja...". Bem, descartei lá na hora, mas depois dessa observação do Aldenor, acho válido apontar que em 2008 a revista portuguesa Minguante publicou esse livro digital de microcontos. O site saiu do ar, eu não havia pedido nenhuma cópia do material  e apenas anos depois consegui um arquivo com os textos selecionados, mas sem a capa, que pode ser conferida nesta postagem feita por mim à época. Ah, e para variar, não sei em que canto está o arquivo...

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A seguir, a matéria falando sobre o calote do Governo de Roraima. Por desgosto e vã esperança de receber e esquecer o assunto nunca havia falado disso aqui no blog, mas sempre citava por aí nas conversas sobre literatura.

 CARTA DE REPÚDIO


Escritores reclamam de falta de pagamento

Escritores e agentes culturais de Roraima publicaram uma carta de repúdio nas redes sociais reclamando da falta de cumprimento do edital



Escritores e agentes culturais de Roraima publicaram uma carta de repúdio nas redes sociais reclamando da falta de cumprimento do edital l 07/2017 de incentivo e fomento a literatura da Secretaria de Cultura de Roraima.

De acordo com a carta, sete meses após a divulgação do resultado final, o Governo de Roraima ainda não entregou a premiação. A lista dos projetos aprovados foi publicada no Diário Oficial do Estado em fevereiro de 2018. Os autores dos projetos a serem premiados são: Edgar Borges, Eroquês Velho, Aldenor Pimentel, Lindomar Bach e Danilo Santos. O valor total do edital é de R$ 100 mil, sendo R$ 20 mil para cada um dos cinco projetos de livro selecionados para publicação.

“O edital estipula prazo máximo de 30 dias para a premiação, o que ainda não foi feito, ainda que as despesas tenham sido encaminhadas à Sefaz, para pagamento, em abril deste ano, pela Secult” 

Confira na íntegra:

Nota de repúdio

Nós, escritores e coletivos literários abaixo assinados, repudiamos a não entrega da premiação em dinheiro, pelo Governo de Roraima, dos cinco projetos aprovados no Edital N. 07/2017 – Incentivo e Fomento a Literatura, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), cujo resultado final foi divulgado oficialmente por meio da portaria N. 022/2018, de 23 de fevereiro de 2018, publicada no Diário Oficial do Estado de Roraima N. 3186, em 26 de fevereiro de 2018.

Destacamos que o mesmo edital estipula prazo máximo de 30 dias para a entrega da premiação, que, até o momento, sete meses após a divulgação do resultado final, não foi efetuada, ainda que as respectivas despesas tenham sido liquidadas em abril deste ano pela Secult e encaminhadas à Sefaz para pagamento, conforme despacho daquela secretaria.

Repudiamos ainda a postura da Secult, que em ofício, “lavou as mãos” em relação à entrega da premiação, eximindo-se de sua responsabilidade como coordenadora do certame, ao orientar estes escritores a procurarem a Sefaz, com o argumento de que os procedimentos por aquela secretaria “competem somente até a fase da liquidação da despesa”, o que é contraditado pelo próprio edital, cujo texto diz que a Secult pode, intervir mesmo após a entrega da premiação, ao, por exemplo, “acompanhar o desenvolvimento das atividades e, após a conclusão dos trabalhos, verificar o cumprimento das condições fixadas”.

Repudiamos também a desculpa do Governo do Estado de que está impedido de entregar a premiação em razão do bloqueio de suas contas, quando sabemos que o Governo pôde, mas não efetuou o pagamento deliberadamente. Prova disso é que em junho e julho deste ano foi realizado o Arraial do Anauá, quando foram realizadas diversas despesas da área da cultura.

Entendemos que o não investimento dos referidos recursos representará grande perda para o próprio Governo, a literatura e a cultura locais e, principalmente, a população.

Lamentamos tamanho atraso na entrega da premiação em dinheiro, o que apenas reflete o descaso histórico do Governo do Estado com a promoção de políticas culturais, em especial voltadas ao desenvolvimento da literatura e da leitura, enquanto no mesmo período este Governo firmou contrato para a destinação de R$ 89 mil, na modalidade de inexigibilidade de licitação, com o objetivo de adquirir obra artística de um único produtor cultural, autor de dezenas de outras obras, que, desde 2015, foram adquiridas ou estão em processo de aquisição com recursos do Estado, sem contar que a gestão atual abriu inscrições para edital cultural de outro segmento, mesmo alegando não haver recursos para o edital de literatura, cujo resultado já foi divulgado.

Assim, solicitamos a imediata entrega da premiação em dinheiro do Edital N. 07/2017 – Incentivo e Fomento a Literatura, aos projetos que tiveram, pelo próprio Governo do Estado, por meio de processo público de seleção, reconhecidos o mérito cultural e a qualidade técnica, para que se atinjam os objetivos do certame de “disseminar o conhecimento e a cultura do Estado de Roraima, e levar o leitor para novos caminhos”.

Outro lado – A Sefaz (Secretaria de Fazenda) informa que as contas do governo encontram-se bloqueadas, em cumprimento de decisão judicial, o que impede qualquer tipo de pagamento. Tão logo haja o desbloqueio, os pagamentos pendentes serão normalizados de acordo com a disponibilidade de recursos.

quarta-feira, setembro 17, 2008

Roraima Blues


A revista on-line portuguesa Minguante leu, analisou, gostou e publicou uma série de micronarrativas de minha autoria, transformando-as em um e-book chamado Roraima Blues.




Convido você a acessar e ler. Depois, se odiou ou gostou, não fique em silêncio. Volte ao blog e faça um comentário positivo ou depreciativo, tanto faz. O importante é participar.

E aí, se você ficou afins de participar da Minguante, produz tuas micronarrativas e manda para o Luis Ene dar uma olhada e ver se te coloca na próxima edição.



Essa aqui é a apresentação


Para ler o e-book, clica aqui, ô.



Para ler a edição da Minguante, é aqui.

quinta-feira, maio 07, 2009


Canto Forte:Festival abre portas a novos talentos

(Da Série Clipando - matéria veiculada na Folha de Boa Vista de 07.05.2009)



O músico Avery Veríssimo gravando a canção "Encontros", que foi classificada para o festival

Abrir portas a novos talentos. Este é o objetivo do festival de música Canto Forte que acontece hoje no Palácio da Cultura. Vinte apaixonados pela música vão participar do Festival, que funciona com uma “vitrine” para a apresentação de artistas locais.


“A nossa expectativa é a melhor possível, pois além de ser um show para toda a família, esse festival pretende valorizar o trabalho de muitos músicos da região. Queremos que o público conheça o que é produzido musicalmente em Roraima”, disse Joemir Guimarães, coordenador do Canto Forte.


O Canto Forte pretende incentivar a cultura, apresentando talentos que serão reconhecidos pela qualidade e potencial das suas músicas. O festival permitirá a participação de todos os estilos musicais “O importante está no ineditismo da composição, cada qual dentro da cultura do cantor; se ele preferir uma música regional, rock, clássico, blues ou qualquer outra, todas serão avaliadas igualmente, dependendo somente do talento e da qualidade das músicas” ressalta.


O festival acontecerá em três fases distintas. Dos 83 inscritos, foram classificadas 20 músicas que serão apresentadas na quinta-feira e na sexta-feira. Destas, apenas 10 canções vão ser classificadas na final que acontece no sábado.


Participantes


O jornalista e sociólogo Edgar Borges teve sua canção “Encontros”, feita em parceria com o também jornalista Avery Veríssimo classificada para o festival. Edgar escreve poemas e crônicas desde a adolescência. Em 2008, teve dois filhos: o animado índio Edgarzinho e a publicação do livro digital Roraima Blues. Foi jurado da Mostra de Música Canta Roraima por três anos e já conquistou alguns prêmios em concursos de poesias e jornalismo. “Esta é a primeira vez que participo de um festival de música. Eu tinha um poema bem antigo que estava guardado e quando o encontrei quis inscrever nesse festival. Conversei com Avery que fez a melodia e imediatamente nasceu um blues. Depois da meia-noite tinha que ser um blues. Nesse processo tudo se interligou”, explicou.


O compositor da musica “Encontros” Avery Veríssimo é professor, mestre em Ciências da Comunicação e publica microficcção na revista portuguesa Minguante.com. É co-autor do livro Observatórios de Mídia e publica blogs. Compositor de blues e rock, tocou em bandas em São Paulo, Belo Horizonte e Boa Vista. Avery também nunca havia participado de um festival. O Blues, segundo ele, foi escolhido por ser a raiz de toda musica pop contemporânea. “O festival me deu a oportunidade de trabalhar com bons músicos que entenderam as minhas idéias. Compor essa musica com Edgar foi um bom “Encontro”. Estou surpreso e contente por ter classificado a musica no festival” disse.


A produtora cultural Zanny Adairalba também teve uma canção classificada. O xote “Chegança do bem Querer” foi escrito em 2003 pela artista, que é poetisa desde criança. “Vou participar também pela primeira vez do festival e fiquei muito feliz de ter minha musica classificada, pois apesar de escrever canções e ser produtora, será diferente desta vez estar ao lado dos artistas, tendo meu talento sendo apresentado ao público. Só a classificação foi uma grande vitória”, afirmou.



Serviço


O que é - O Festival Canto Forte

Quando- nos dias 07, 08 e 09 de maio

Onde - No Palácio da Cultura a partir de 19h.Entrada franca


Premiação– O primeiro colocado no festival receberá o prêmio de R$ 5 mil; o segundo R$ 3 mil; o terceiro R$ 2 mil; o quarto R$ 1 mil; o quinto R$ 500 e, do sexto ao décimo colocado, o valor será de R$ 250. O melhor intérprete também receberá o prêmio de R$ 500.


Confira as apresentações:

DIA 07 – 1ª ELIMINATÓRIA

ORDEM

MÚSICA

AUTOR(ES)

INTÉRPRETE(S)

1

FIM DE SEMANA

THIAGO SILVA

THIAGO SILVA

2

BERIMBAU DO SERTÃO

DILMO PINA

NETO ANDRADE

3

CHEGANÇA DE BEM QUERER

ZANNY ADAIRALBA

JÉSSICA

4

BOA VISTA MEU RIO

JULIANO MAINARD E KLEBER JR.

JULIANO MAINARD E KLEBER JR.

5

ENCANTADO

ROSINHA PEIXOTO

ROSINHA PEIXOTO

6

FLOR DO MANDACARÚ

CHIRLEY CANTORIA

CHIRLEY CANTORIA

7

CAPOEIRA

ELIAKIN RUFINO

ANDRESSA NASCIMENTO

8

LAMENTO NORDESTINO

BETO DO CAVACO

BETO DO CAVACO

9

O PANTANAL EM CHAMAS

CHICO CARRIJO E AMAURI SANTOS

CHICO CARRIJO E GERSOM

10

A MOÇA DA CIDADE

JOÃO AROMA

JOÃO AROMA


DIA 08– 2ª ELIMINATÓRIA

Ordem

MÚSICA

AUTOR(ES)

INTÉRPRETE(S)

1

MÁS INTENÇOES

KÁRISSE BLOS

KÁRISSE BLOS

2

VOU CHEGAR

MAGOOZAIA

MAGOOZAIA

3

LENDAS

JOSÉ DE RIBAMAR CARVALHO

JOSÉ DE RIBAMAR CARVALHO

4

ENCONTROS

EDGAR JESUS E AVERY VERÍSSIMO

AVERY VERÍSSIMO

5

MAR A DENTRO

CLAUDIO MOURA

CLÁUDIA LIMA

6

O SENTIMENTO E UMA FLOR

SÉRGIO FIGUEIRA BRASIL

GRUPO LUART

7

CICLO DAS ÁGUAS

KLEBER GOMES

KLEBER GOMES

8

COMO A PRIMEIRA VEZ

HANDELL ROCHA DA COSTA

NATHALY E HANDELL

9

EU CANTO FORTE

JAIR AMAZONAS

JAIR AMAZONAS

10

TRIBO ISOLADA

NEUBER UCHÔA JR.

JUNIOR CAÇARI





terça-feira, outubro 05, 2021

Lançamento de “Incertezas no meio do mundo”, meu primeiro livro de poemas

Nesta quinta-feira (7/10/21) farei o lançamento de meu primeiro livro de poemas.
Intitulada “Incertezas no meio do mundo”, a obra é formada por poesias que abordam diversos aspectos do ser e estar na Amazônia urbana e contemporânea. 

 O lançamento será feito numa live em meu canal de YouTube, às 19h (20h em Brasília), com a participação de colaboradores no processo de confecção do material, como as poetas Zanny Adairalba, que coordenou todo o processo de produção editorial da obra, e elimacuxi, prefaciadora do livro. 

Um lançamento presencial será marcado posteriormente, quando os índices de vacinação no Estado de Roraima estiverem mais avançados. 

Vou deixar aqui o link da live incorporado para quem parar nesta postagem em outro momento: 

 

“Incertezas no meio do mundo” é um livro escrito no escuro para trazer luz a situações que me incomodavam e ainda, em muitos casos, continuam incomodando. É o fruto dos meus olhares sobre diversas questões individuais e coletivas de nossa contemporaneidade. 

A poeta elimacuxi afirma em um trecho de seu texto: “Com uma poesia sem rodeios, Edgar não tem pena de seu leitor e joga-lhe na cara verdades incômodas que surgem assim que se faz a ‘Decolagem’ e as ‘ideias começam a voar’... Historiadora e poeta que sou, comoveu-me a descrição do ‘museu fechado para reformas’, já que a consciência da própria historicidade nos leva à identificação com esse lugar de acúmulo de coisas do passado que, no presente precisa constantemente se repensar para seguir em frente”. 


Com 96 páginas, Incertezas no meio do mundo é o meu terceiro livro. Os outros dois são de contos: Roraima Blues e Sem Grandes Delongas (Clique aqui para baixar gratuitamente). 

A obra foi realizada com recursos provenientes do edital 07/2017 de incentivo e fomento à literatura, uma ação do Governo do Estado de Roraima, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). 

O lançamento deste livro é a conclusão de uma jornada iniciada há alguns anos. A obra deveria ter sido publicada em 2017, quando foi selecionada no edital da Secult, mas a governadora da época não pagou. 

Este ano, depois de várias reuniões entre o governo e os autores, o repasse foi realizado pela atual gestão estadual. 

COMO ADQUIRIR - A obra, inicialmente, estará à venda via PIX, pela chave 95991114001, no valor de R$ 30,00, com entrega grátis em Boa Vista. 

Pessoas de outras cidades do País terão acesso ao livro por R$ 35,00, incluindo o frete. Após o pagamento, os leitores devem enviar o comprovante para o whatsapp 95991114001 com o endereço de entrega. 

Leia alguns trechos dos poemas de Incertezas No Meio Do Mundo: 


Museu em reformas

Coleciono coisas inúteis:

Máquinas com fotos de pessoas que não quero conhecer

Livros com poemas carregados de tristeza e arrogância

Que não me levam à cama nem me engolem na sobremesa

(...)

 

Sadismo metafórico

Queima, sangra, rasga

Incomodando o fim da tarde

 

Morde, corta, arranca

Fazendo do todo somente partes

 

Marca, tatua, sinaliza

Gritando por onde passou

(...)

 

 

Como o cheiro do suor ao meio-dia

De todas as mentiras

Naquela tarde escorridas

A terceira é a mais atrativa:

É nela que repousam a fé e

As dores mais antigas, mais coloridas

(...)

 

Numa semana qualquer

Normalidade são velhos ipês roxeando ao

Calor de fevereiro

E cada poça de suas flores nas ruas

Parecendo um caneco de arco-íris

 

(...)

Breve orientação

Quando faltem seis dias

Pule neste pescoço e arranque

(Fazendo-me gozar, por favor, por favor, por favor)

A jugular

(...)

 

Canto de raiva

Se você soubesse a raiva que tenho

A raiva que te tenho cada vez que te tenho

E mais ainda cada vez que você vai

E não sei se já estou aqui ou ainda venho