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sexta-feira, maio 10, 2019

Diário de um mestrando - 14° mês


04.04.19 quinta

De sexta passada (29.03) até hoje de manhã sem pegar em nada acadêmico. Motivo: acompanhar os pedreiros aqui em casa, deixar o carro no lanterneiro para arrumar a traseira, limpar a sujeira da casa após a saída dos trabalhadores... Fiquei tão cansado que nestes dias estava me deitando às 21h30, como se estivesse doente. Hoje é dia de retomar tudo e atualizar a vida.

08.04.19

Atualiza as metas da semana, do dia. Cumpre o que der. Despacha mensagens pelo WPP e pelo e-mail. Verifica as finanças. O calor já chegou. São 10h44. O céu está nublado. Já leu o material do curso EAD? Que calor. Que falta de concentração. Uma infecção estomacal não ajuda. A geladeira não tem nada. Será que me entregam o carro hoje? Saiu a fatura do cartão. Que calor.

11.04.19
Duas boas notícias:

1. Começou a chover. Chegou o inverno amazônico. As temperaturas vão baixar, o que significa mais possibilidades de não ficar desconcentrado (morre o calor, mas persistem outros fatores. Fazer o que?)


2. Consegui destravar o trabalho. Era uma bobagem na introdução, mas passei dias parados nelas. Estou bem contente comigo mesmo. Coincidentemente, vi esta imagem em um status do WPP hoje. Falava justamente sobre meu estado travado:

16.04.19 terça


Hoje fui cedo na UFRR procurar um livro do Waly Salomão. Quando entrei na parte das estantes de literatura brasileira, tive uma surpresa: alguém havia estado lendo um dos exemplares de meu livro que estão no acervo da biblioteca central. Foi aquele momento de abrir um sorriso e pensar "Olha só você por aqui, seu lindo". Fiz a foto do jeito que achei o livro e deixei lá, torcendo para que outro usuário o visse e lesse também.



Fofinho meu livro de contos

Lambes de resistência na frente da Biblioteca Central da UFRR. Arte é luta



30.04.19 terça
Não acredite na data acima, leitor ou leitora deste blog. Na verdade estou escrevendo este pedacinho do diário no dia 10 de abril. Motivo: me deu imensa preguiça ir anotando as coisas no mês passado. Finja, no entanto, que foi no último dia do mês passado que você acessou o blog para ler coisas vagas como as seguintes:
1. Houve várias reuniões este mês no PPGL. Fui na condição de representante dos alunos. As pautas giraram em torno de quantos e quais professores iriam ficar, a reformulação do edital de ingresso de novos alunos e outros detalhes que basicamente eram de funcionamento interno para garantir que o programa aumente sua nota e não feche.


Numa das reuniões cheguei depois do horário e cheguei antes de todo mundo.

Parte dos professores do PGGL 


2. Sobre o edital, as inscrições vão até 15 de maio. Tem vagas de ampla concorrência e vagas para Ações Afirmativas. Confere aqui.

3. Trunquei, avancei, trunquei, avancei. A redação foi sofrida este mês.


4. Eu adoro minha orientadora. Justamente no dia em que me disse "Basta de ser derrotado pelo tempo, pela preguiça, pela procrastinação! Tenho meu prazo pessoal agora: até quinta dou conta destes partes aqui!". Bem, justo nessa manhã chegou mensagem da profe em nosso grupo de orientandos cobrando material até justamente a data que eu havia me proposto. Juntaram meu "eu estudante que precisa ser cobrado para não enrolar" com o "eu orientadora cobradora de desempenho" dela e trabalhei feito um condenado. Não cumpri o prazo, mandei pela metade, disse-lhe que até X dia mandaria mais, ela falou que esperaria o todo, dei conta"...


(Peraí. Estou falando coisas que aconteceram - ou terminaram de acontecer - na verdade em maio. É como se estivesse adiantando o tempo aqui no meu Diário de um Mestrando... Estou confuso...)


Tentarei não adiar os registros de meu cotidiano acadêmico.


É isso. Abril foi tenso, preguiçoso, quente, de muita dificuldade para superar as leituras, mas acabou. Depois de maio, por sinal, vem meu aniversário, o que não tem nada a ver com nada do que escrevi até agora.


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quinta-feira, abril 04, 2019

Diário de um mestrando - 13o mês


14.03.19

Os dias têm sido estupidamente quentes e mal aproveitados neste mês de março.

O calor me acaba, deixa sem vontade de estudar. Só penso em ir para a praia (e não vou). Só penso em sair pedalando pelas avenidas, ir para a praia do Caçari, atravessar as praias e me refrescar, como prêmio de melhor esportista amador, na praia dos Gnomos. Não o faço, ou faço menos do que deveria e quero.







 Todos os dias anoto as metas do dia. Todos os dias volto a anotá-las.

Sim, li alguma coisa (bem menos do que deveria).

Sim, hoje isso muda, com certeza. Tenho reunião com a orientadora, professora Leila Baptaglin. A primeira pós qualificação. Separei alguns pontos para discutir. O ritmo deve voltar ao normal.

O que tenho feito então se não tenho estudado como deveria? Quase nada.

Nem a obra avançou neste mês. Este mês só não se perdeu pois fui passear no Lago do Caracaranã e dormimos debaixo dos cajueiros, pegamos bronze, fortalecemos a amizade com Tim, Grazi e Liz. Até gravei uns vídeos para juntar e publicar no Youtube, mas cadê disposição?



Yo, en el lago Caracaranã (Foto: Zanny Adairalba)




Zanny, acordando debaixo dos cajueiros (Foto: Edgar Borges)


Minha avó completa 93 ou 94 anos na sexta. No sábado tem almoço para comemorar a data. O que isso tem a ver com o Diário de um Mestrando? Tudo. Se não fosse o suporte dela e de meu avó ao longo de quase toda a vida que venho vivendo em Roraima, quem sabe o que teria sido de minha vida acadêmica? Ter um apartamento sem pagar aluguel e almoço pronto todo dia quando se chega do trabalho ou da escola/universidade não é para todos. Assim como não é para todos admitir que nem tudo o que se conquistou foi fruto exclusivo do suor e esforço pessoal.


11h36. Vou parar e ir ajudar a Zanny a preparar o almoço. Me diz o Google que a sensação térmica é de 36 graus centígrados, mas sentindo o bafo quente vindo da rua, acho que é o dobro.


22.03.19 Sexta


São mais de 11h. Dediquei a manhã a tomar café, comer bolacha e buscar finalizar um pedaço da dissertação abordando a cena de Rap local. Esta semana foi de buscas e leituras de comentários em redes como o Youtube e Soundcloud.


O que procurava? Saber quantos rappers atuam em Roraima.
O que achei? Uma quantidade muito acima da esperada. Em dois dias e meio localizei mais de 50 rappers em diversos municípios e algumas produtoras de vídeos, bancas, canais de divulgação...


É uma cena bem mais complexa do que parece. Pode não ter o sucesso comercial e midiático que almeja, mas isso não diminui sua extensão. Sobretudo em um estado como Roraima, no qual, apesar de todo o desenvolvimento acumulado na cena artística cultural, ainda tem muito caminho a ser aberto.


Poderia ter sido uma semana bem mais produtiva, mas ontem bateram no meu carro. Estava parado em uma esquina quando a caminhonete amassou a lataria traseira. O motorista desceu, se comprometeu a pagar, o idiota aqui não pegou os dados pessoais, apenas o telefone e saiu cada um para seu lado. Fiz uns orçamentos, liguei pro sujeito e adivinha: um blá-blá-blá imenso sobre eu estar errado, sobre ele estar certo, sobre como a grana tava curta e que ele poderia me ajudar, mas só em muitas parcelas, sobre tudo ter sido minha culpa, sobre só poder pagar no começo do próximo mês se tudo estiver bem...


Gente...que estresse. Se fosse comigo eu tava agoniado querendo me livrar da pessoa, mandando ela logo ir arrumando o carro. Tudo para me soltar desse peso logo. Infelizmente o mundo não é assim...Resultado: vou mais tarde fazer novos orçamentos para decidir se espero pelo sujeito ou eu mesmo faço isso. O pior é que uma das empresas apontou ser um serviço de pelo menos cinco dias.


Cinco dias sem o carro no lugar onde moro, no calor que está fazendo, com as minhas obrigações? Significa dias de muito estresse e correria, principalmente por ter que levar e pegar o Edgarzinho na escola, que fica a uns seis fucking quilômetros de distância...
Enfim...


Avancemos.


25.03.19 segunda


Em ritmo de segunda-feira. Lendo o e-mail da professora Leila com as definições do que vamos acatar da banca. Dor nos olhos (será que os óculos já venceram?). Muito calor. Preguiça. Seis ou sete xícaras de café e ainda com sono. Pensando no conserto do carro e as implicações de ficar sem veículo morando na periferia (ver, antes de reclamar, o conceito original de periferia, plis). Fiz um poema. Quarta de manhã vem o povo para consertar a cerca do vizinho. O João anda sumido e a obra da varanda parou. Meu pai pegou o carro emprestado ontem e me devolveu quase sem gasolina. O que será que tem mais de bom nesse livro do Umberto Eco que peguei semana passada e até agora não abri? Será que quando as chuvas começarem o meu ânimo vai melhorar? Dor de cabeça. Quero deitar, mas deitar não rende.


Muito tarde da noite:




Participei nesta segunda de uma aula da disciplina Literaturas Amazônicas, ministrada pelo professor Roberto Mibielli, do curso de Letras da UFRR. Troquei ideias com os alunos sobre seis microcontos publicados em redes sociais e uma coletânea. 


Acho sempre enriquecedor ouvir as interpretações dos acadêmicos. Me surpreendem. Na atividade de hoje, até o meu filho jogou na roda a sua interpretação de um dos textos. Foi bacana.


Abaixo dois dos textos que limos:

DESFECHO

"E a comeria de novo, sem duvidar um segundo", disse, retirando-se da mesa e deixando só o cheiro da cereja no ar.


INDECISO

E aí ela disse "vem!".
Fiquei naquela: "vou, não vou, vou, não vou...".
Quando decidi ir, ela já estava em outro lugar.
Fiquei, apenas a vontade e a frustração me acompanhando.



27.03.19 quarta

Estou uma preguiça só. Ando puro esse meme aí:




Na verdade não é preguiça, é concentração pouca. Ontem ainda fiz algo para apresentar esta semana à orientadora. Agora de manhã deveria já estar fazendo a segunda coisa que me pediu, pelo menos parte dela para fingir que estou super me esforçando, mas não consigo começar.


O pior é que ontem de madrugada, logo antes de dormir, mil ideias bacanas apareceram para escrever essa parte que agora não sei por onde começar. Fiz até um plano de tomar café e banho mais cedo, sentar e agilizar tudo antes que o povo que ainda não chegou em cada chegasse.
São 8h38 e acho que estou cansado.


Estou, creio, no limite do desconforto provocado pelo calor, pela rotina, pelos inúmeros probleminhas que aparecem sugando a grana que não tenho mais.
Até poemas ando fazendo. Dirão os acadêmicos: em vez de fazer ciência, tái: fazendo textinho poético.


Desse jeito vou acabar...Vou acabar nada. Vou continuar. Partiu agora ativar a playlist de jazz instrumental. Nunca falha na hora de ajudar o cérebro a se aprumar.


15h23 - Fiz algo. Não fiz completo, mas fiz. Custou. Bem muito. Para fazer, sacrifiquei o cochilo. Não está UAU, mas vale algo. E foi quase 85% do que precisava por enquanto. Então tá valendo. Espero. Espero não levar reprimenda da profe por conta de minha aparente procrastinação. Agora é tomar banho e vamos numa reunião de pais e mestres. Afinal, temos várias identidades ao longo do dia.


31.03.19 Domingo




Entre calor e acompanhando mais uma etapa da obra infinita estou desde sexta. Sem condições de sentar e ler alguma coisa para o mestrado.

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sexta-feira, março 01, 2019

Diário de um mestrando - 12o mês

01.02.19 Sexta

Não consegui sentar para trabalhar de manhã. De tarde foi aquele calor. Avancei um pouco. Agora são 18h21 e estou cansado. Acho que só falta mesmo um pouco de teoria para fundamentar minhas estapafurdices. Vou botar para dialogar minhas ideias com as dos teóricos.

Ah, publiquei hoje no blog a edição número 12 do Diário de um Mestrando. A colega de UFRR Rebeca Alencar, que foi estudar na França comentou a postagem no facebook falando disso. Me contou que engatou o doutorado e está lecionando no mestrado. Cara, eu admiro mesmo gente que foca nos objetivos e vai atrás. Admiro ainda mais quem consegue estabelece objetivos. Não consigo e se consigo não levo pra frente. Se dependesse de mim, a humanidade ainda estaria na África, esperando o sol baixar para começar as grandes migrações e conquistar outras terras.

05.02.19 terça
Ontem deveria ter começado mais uma obra aqui em casa (vamos botar cerâmica nas varandas da frente e de trás, refazer a caixa de apoio do motor do portão, terminar de telhar a varanda e fazer muitos reparos). Eu deveria ter fechado o artigo no domingo, mas não rolou. Felizmente (ou infelizmente, depende muito da hora que vejo) João, o pedreiro não veio. Problemas com o carro alegou. Aproveitei a paz e fui ler novamente alguns textos para ver o que podia utilizar de referência dada na disciplina que me cobra um artigo para ganhar a nota. Foi bom. Li, anotei, acrescentei, fechei o material no começo da noite. Parei para ir no aniversário de 8 anos do Saulo, filho de minha afilhada Sângela, comi bolo, voltei para chegar as referências e mandei pra professora Leila dar uns vistos. Depois que devolver, imprimo e adeus essa parte.

São 17h30. Daqui a pouco vou começar a fazer os PPTs da qualificação. Antes olharei meu curso de EaD de mediador de leitura. Antes disso vou pedalar, que a parada tá tensa em casa por umas questões de documentação da casa que achávamos que seria fácil resolver, mas parece que vamos ter de meter advogado no meio.... Aí é tchau dinheiro.

06.02.19 quarta
12h01. Não fiz o PPT ontem, mas hoje adiantei pelo menos as partes fáceis. 11h e pouco a professora Leila devolveu meu artigo. Veio com mais comentários do que eu esperava. Bem mais. Agoniantemente mais. Do tipo que "carai, ela tem razão mesmo, mas precisava ter razão?". O bom é que vou entendendo cada vez mais como é o processo e a formatação dessas estruturas. Bem, mas agora só de noite. De tarde tem as coisas mundanas caseiras da vida para resolver, inclusive uma novidade da madrugada: o vazamento da caixa d'água que fica sobre o banheiro.

Está calor lá fora e a luz do dia convida a uma praia, mas hoje não. Hoje é dia de trampo e às vezes parece que a vida é olhar para uma tela.

08.02.19 Sexta

Ontem os passarinhos que sempre estão na varanda estavam numa cantadeira que me deu agonia de tanta desconcentração que causavam. Perto de meio-dia descobri (acho) o motivo: um filhote havia caído do ninho que uma das espécies fez nas madeiras do telhado. Na verdade, quem descobriu foi o Balu, nosso supercão. Colocamos numa caixa, os pais agoniados voando perto da gente, Balu ali, meio que segurança, meio curioso, o tempo todo olhando para ele. De tarde pensamos em colocar a caixa em um ponto mais elevado para que os pais pudessem alimentá-lo sem risco de serem todos comidos por algum gato. Quando fomos ver, o bichinho havia morrido.

Fim do conto dos ativistas frustrados do Greenpeace.

Voltamos à programação normal: a parada acadêmica ontem foi focada em arrumar o artigo lá da disciplina que falta ainda entregar. De noite rolou EaD (ou EAD, nunca sei) sobre mediação de leitura. Hoje o foco é o PPT da qualificação, nem que seja uns três slides só para não atrasar e ter tempo de corrigir e treinar a apresentação.


15.02.19 Sexta

9h27. Estou revendo o PPT que fiz para a qualificação. A professora Leila olhou e devolveu com várias observações. O problema é que estou carregando a preguiça do mundo em meus ombros. Preguiça com ressaca de um churrasco que fiz ontem à noite em casa. Acho que vou atrás de um médico para me receitar vitaminas estimulantes. Qualquer cerveja com carne na maior paz caseira e amanheço como se tivesse virado a noite dançando, bebendo e fazendo outras coisas no ritmo "não haverá mais tarde". Um pouco disse é esse meu relógio biológico idiota: seja qual for a hora em que me deito, quando chegam as seis e pouco da manhã os meus olhos abrem e a mente quer levantar.

Detalhe climático: ontem amanheceu nublado. Hoje está um belo dia cancerígeno.

Isto foi ontem:




Voltemos ao PPT.







28.02.19 Quinta
Cabô fevereiro. Amanhã praticamente já começa o tempo de carnaval. Hoje inclusive tem baile do bloco do Mujica lá no CTG. Não vou. Estou me resguardando para passar uns dias no interior do Estado com a família e com amigos.

Mas isso não se relaciona diretamente com a pós-graduação. Falemos do que interessa:

Fui aprovado na qualificação.

A quali foi concluída sem danos físicos ou sequelas mentais graves (aparentes, pelo menos). A família ainda está em casa, a orientadora e eu não estamos nos odiando e o doguinho Balu se lembra de mim quando saio do escritório.

Ou seja, qualificação concluída com sucesso! 😄🤸🕺💪

A banca teve o professor Vilso Santi da UFRR e a professora Dulce Mazer, da UFRGS, analisando o texto e a apresentação. Quase deu ruim no local: era para ser a sala de vídeoconferência da RNP, um setor na UFRR que gerencia a nossa internet. Estávamos lá quando chegou outro professor e disse que a sala havia sido reservada para ele. Checamos, perguntamos, vimos que de fato, mesmo com a minha defesa estar marcada praticamente desde janeiro, com divulgação e tudo (vê o banner que o PPGL produziu), a sala não era nossa. Fomos para o bloco do Centro de Comunicação, Letras e Artes (CCLA) e lá fizemos via Skipe.






Olha, vou lhes contar: no dia da defesa acordei cedão, cedão. Tava meio tenso, querendo me livrar disso logo. Tendo sido aprovado, agora estou na nova fase de tensão: começando a alterar e acrescentar as partes fáceis da revisão feita pelos professores e separando o que vai exigir mais trabalho no que resta de mestrado.










Serão meses de bom trabalho.

Ah, as fotos foram feitas pela colega Vanessa Brandão, que defendeu na mesma semana e agora está em um intercâmbio na Europa.

Março? Depois do carnaval será de foco nas novas leituras que já separei, definição de cronogramas internos para avançar sempre e vamos ver o que dá. Vem, segundo ano de mestrado!


Para quem chegou até aqui, fica o convite: clique aqui para ler todas as edições do Diário de um mestrando.

sexta-feira, fevereiro 01, 2019

Diário de um mestrando - 1o mês

09.01.19 Quarta


Janeiro chegou foi cedo. Não tem isso de folga, curtição e não sei mais o que...E...não há felicidade nenhuma nisso, acreditem.

Bem, estamos na ativa desde a sexta ou ou sábado passados, logo após a professora Leila ter enviado um e-mail com as demandas finais para fechar o texto da qualificação. Inicialmente pensei em somente começar a trabalhar na segunda, que seria o dia 6, mas me analisei, olhei no espelho, medi a barriga e cheguei à conclusão de que, conhecendo minha lerdeza como conheço, o lance era adiantar pelo menos uma demanda por dia.

Deu certo.

Acho que deu.




O concreto é que ontem á noite mandei o material de volta para professora Leila olhar. Estando tudo ok, faltará só numerar as páginas do sumário e dar uma nova olhada na formatação, sobretudo nas partes referentes a entrelinhamentos.

Foi tenso, digo-lhes. Tenso. Ontem, por exemplo, trabalhei de manhã, tarde e noite. Li artigo, dissertação, anuário, Wikipédia, matéria de jornal, um monte de coisas para conseguir informações e transformá-las em algo semelhante a um texto científico.

Tenso. Bem mais tenso que trabalhar no meu expediente normal.

É claro que se eu fosse o filho do vice-presidente Mourão e ganhasse uma promoção como a que ele ganhou, não tava nem aí pro mestrado. Só ia lá na presidência para receber meus 38 mil do Banco do Brasil de boas.

Mas não sou. Então vamos estudar para ver o que de bom o estudo nos traz.

Ah, ontem quem me assessorou foi o Hulk. Se liga:


Anteontem foi o Dr. Destino.


Só boas companhias verdes.

Falando em verde, que lembra alface, que lembra coisa para comer, tava com o mente tão cansada que não resisti e fui ver bobagens bem bobagentas na Netflix. Encarei o engraçado "Orgulho e Preconceito e Zumbis" e fui até tarde com ele. Sim, curto filme de zumbis. Me julguem. Ou não. Deixa a Glória Pires aparecer e fazer isso na minha banca:


12.01.19 sábado


Teve encontro com a orientadora na quinta. Tava tudo só para olhar, acertar as arestas de formatação e já mandar a cópia do trabalho para os professores que vão compor a banca.

Era só isso.

Mas o programa de edição de texto teve um piripaque, tive que reiniciar o computador e o arquivo B do texto final, onde havia feito sumário, correções e outras coisas, sumiu. Não. Sumiu não. O arquivo ficou la, mas o conteúdo evaporou.

Fiquei muito puto. Ops, quer dizer, chateado. Por sorte era pouca coisa e nada que envolvesse novo conteúdo.

Na sexta de manhã arrumei, a profe retornou pedindo só duas paradinhas mais, devolvi e já marcou a data da defesa da qualificação: 20 de fevereiro de 2019, às 9h.


Estou muito aliviado de ter conseguido fazer esse material. Pensar e escrever cientificamente é extenuante. Me exige muito: tempo, concentração, esforço... É sofrido.

Bem, agora me dei a sexta, sábado e domingo de folga. Segunda começo a focar no artigo que falta fazer para aprovar de vez todas as matérias do primeiro ano. Também já fiz uma listinha de material que achei interessantes, mas não tive tempo para ler antes. A ideia é manter o pique.

Hoje chega uns amigos da Venezuela. Se abrir o céu é capaz de ter praia à tarde.

18.01.19 sexta

Então...não fiz nada semana passada. Só pensei em fazer, mas tava com visitas, ajudando-os a resolver coisas e não fiz o que é do meu interesse. A batalha vai recomeçar hoje, ora pois. São 10h57 e já fiz algumas coisas de organização, entre elas anotar o que devo resolver com urgência. Uma delas é a renovação do afastamento. Vamos para isso e para definir sobre o artigo que devo entregar logo, logo.

21.01.19 segunda


Só há uma certeza: não tenho noção ainda de como e o que vai ser desse artigo. De toda forma, hoje faço o básico: salvar um arquivo para começar nem que seja a ver a página em branco.


Vou me esforçar para que meu texto não fique assim...

22.01.19 terça 9h47

Ontem consegui fazer uma sinopse de minha nova proposta. Fiz também um roteiro da abordagem dos temas. A ideia era fechar, pelo menos, uma página hoje, mas não consegui fazer o cabo do computador mandar energia para o aparelho. Geralmente consigo, mas o mestre mesmo nisso é o Edgarzinho. Resultado: a bateria acabou e fiquei sem fazer nada. Uma manhã meio perdida, já que tampouco fui pedalar.



Passarinhos me acompanham a menos de um metro quase todo dia 


28.01.19 segunda

Dia de fazer as vezes de representante discente da turma 2018 do mestrado em Letras da UFRR. Cá estamos na sala 133 do bloco I do campus Paricarana...

30.01.19 quarta

A vida de um servidor público afastado para fazer um mestrado implica em estar ligado nas datas da burocracia estatal. A mais importante é a do pagamento, quando rola um f5 brutal no aplicativo do banco para ver se a grana caiu na conta ou se despencou em outro lugar. A segunda data mais importante é a que diz respeito ao momento de ir na universidade renovar sua licença, levando vários documentos. Eu havia esquecido desse procedimento. Por sorte anotei em fevereiro do ano passado que deveria fazê-lo. O google agenda não me deixou na mão.



31.01.19 quinta

Pense num mês comprido este janeiro de 2019. Foi tanta coisa pesada lá no mundo extra-mestrado que meu Deus... Brumadinho e suas mais de cem mortes até o momento, quase tudo o que o governo Bolsonaro anunciou ou decretou (facilitação da posse de armas entre isso), umas intenções ruins voltadas para as IFES, a crise Guaidó presidente encarregado - Maduro não vou sair daqui na Venezuela...Tudo isso me afeta e ando me poupando de expor opiniões nas redes sociais. No máximo, compartilho algo nos status e stories da vida. Não é ficar em cima do muro, é que não tô afim de ficar rebatendo e discutindo com os manés que acreditam, por exemplo, que há algo de bom no atual governo.

E esse passarinho fofo que não me larga? Ou será uma gangue de passarinhos?


São 21h43 e estou encerrando as atividades por hoje. Passei a semana toda pensando e escrevendo análises para o artigo da disciplina Arte, Cultura e Identidade. O prazo de entrega é dia 15 de fevereiro, mas quero fechar isso até segunda. Daí é só imprimir e passar para a professora.


E esperar uma nota boa, claro.


Líquidos para não morrer desidratado no verão de Roraima




Fevereiro terá uma data importante: dia 20 defendo minha qualificação. Tenho que montar os slides da minha apresentação e fazer a banca acreditar que, de fato, fui eu o cara que escreveu o que estão lendo. Tomara que consiga (tanto montar o PPT como não dar mancada com a banca).



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