segunda-feira, outubro 28, 2013
terça-feira, outubro 15, 2013
Rumo a Campo Mourão (PR) falar de literatura e da Amazônia
Semana que vem não me procurem em casa. Vou representar Roraima na primeira Bienal do Livro e Leituras da cidade de Campo Mourão, Paraná.
O evento acontece de 22 a 26.10 a uns 500 km de Curitiba. E o melhor de tudo, tem como patrono Vinicius de Moraes, sobre quem escrevi um texto dia desses para o jornal Mundo Jovem, da PUC-RS.
Vou para lá a convite da Prefeitura de Campo Mourão, organizadora da bienal, especificamente por um chamado do escritor Chico Pinheiro, que já trabalhou no Sesc Roraima como gerente de cultura e que está à frente do evento lá.
Farei uma palestra sobre o texto jornalístico e o literário, mediarei uma mesa redonda sobre a produção literária na era digital e estarei numa sessão de autógrafos de meu livro de micronarrativas Sem Grandes Delongas, o primeiro do gênero na região Norte.
Além disso, vou percorrer as escolas da cidade para falar com estudantes e professores sobre a Amazônia sonhada e a Amazônia vivida.
Essa deve ser a melhor parte, se desse para escolher uma antecipadamente.
Confere toda a programação da bienal aqui. Vai ser bacana, com shows, oficinas, mesas redondas, lançamento de livros e um monte de outras coisas.
O evento acontece de 22 a 26.10 a uns 500 km de Curitiba. E o melhor de tudo, tem como patrono Vinicius de Moraes, sobre quem escrevi um texto dia desses para o jornal Mundo Jovem, da PUC-RS.
Vou para lá a convite da Prefeitura de Campo Mourão, organizadora da bienal, especificamente por um chamado do escritor Chico Pinheiro, que já trabalhou no Sesc Roraima como gerente de cultura e que está à frente do evento lá.
Farei uma palestra sobre o texto jornalístico e o literário, mediarei uma mesa redonda sobre a produção literária na era digital e estarei numa sessão de autógrafos de meu livro de micronarrativas Sem Grandes Delongas, o primeiro do gênero na região Norte.
Além disso, vou percorrer as escolas da cidade para falar com estudantes e professores sobre a Amazônia sonhada e a Amazônia vivida.
Essa deve ser a melhor parte, se desse para escolher uma antecipadamente.
Confere toda a programação da bienal aqui. Vai ser bacana, com shows, oficinas, mesas redondas, lançamento de livros e um monte de outras coisas.
segunda-feira, outubro 14, 2013
Sobre a oficina OcupAções Culturais
Rolou a oficina. Quatro meninas do curso de Letras apareceram. Conversamos mais do que agimos, mas em alto nível preparatório, incluindo uma linha mais filosófica sobre o que leva alguém (ou alguéns) a querer deixar o seu conforto, o seu mundinho pessoal, para ir mexer com literatura e outras artes no meio do povo.
Aproveitei e fiz o comercial da Barca das Letras de meu parceiro Jonas Banhos, que desembarca esta semana pela terceira vez em Roraima e pela segunda na Feira de Ciências para fazer rodas de leitura e brincadeiras com quem estiver no parque Anauá na quinta, sexta e sábado.
Vai no blog do Coletivo Arteliteratura Caimbé para saber mais dessa onda e também do III Encontro dos Cordelistas que faremos na sexta (18.10).
Olha eu falando de ocupações |
Vai no blog do Coletivo Arteliteratura Caimbé para saber mais dessa onda e também do III Encontro dos Cordelistas que faremos na sexta (18.10).
segunda-feira, outubro 07, 2013
Na UFRR: oficina OcupAções Culturais: muito mais que vinte centavos de arte
Esta semana participo da XI Semana de Letras da Universidade Federal de Roraima. É a segunda vez que estarei neste evento acadêmico. Nesta ocasião vou ministrar uma oficina intitulada OcupAções Culturais: muito mais que vinte centavos de arte.
O nome vem lá das mobilizações do meio ano. A inspiração, do trabalho que faço no Coletivo Arteliteratura Caimbé desde 2009.
Quando estava decidindo entre ofertar à coordenação da semana um curso ou uma oficina, pedi dos amigos da web links que falassem de ocupação cultural. Consegui estes, que compartilho com todo mundo:
domingo, outubro 06, 2013
A poesia que poderia ser minha
Curitibas, de Paulo Leminski, mas poderia ser Boa Vista, de minha autoria, se houvesse gabarito para tanto:
Conheço esta cidade
como a palma da minha pica.
Sei onde o palácio
sei onde a fonte fica,
Só não sei da saudade
a fina flor que fabrica.
Ser, eu sei. Quem sabe,
esta cidade me significa.
[do livro La Vie en Close]
Conheço esta cidade
como a palma da minha pica.
Sei onde o palácio
sei onde a fonte fica,
Só não sei da saudade
a fina flor que fabrica.
Ser, eu sei. Quem sabe,
esta cidade me significa.
[do livro La Vie en Close]
quinta-feira, outubro 03, 2013
Blog dos Indígenas na Revista Fórum
Eis o novo projeto em que me meti: o Blog dos Indígenas, veiculado no site da Revista Fórum a cada vez que houver uma postagem interessante.
O blog nasceu a partir de conversas com Renato Rovai, chefão da revista, lá em Nova Olinda, durante o Fórum Onda Cidadã 10 (Não, ainda não postei sobre essa viagem, feita em julho. O texto está até pronto, mas falta baixar umas fotos para ilustrar. Preguiça plus).
Enfim, para os interessados, aqui o link para o Blog dos Indígenas.
O blog nasceu a partir de conversas com Renato Rovai, chefão da revista, lá em Nova Olinda, durante o Fórum Onda Cidadã 10 (Não, ainda não postei sobre essa viagem, feita em julho. O texto está até pronto, mas falta baixar umas fotos para ilustrar. Preguiça plus).
Enfim, para os interessados, aqui o link para o Blog dos Indígenas.
terça-feira, outubro 01, 2013
Falando sobre Vinicius de Moraes
O jornal Mundo Jovem, editado há 50 anos pela PUC do Rio Grande do Sul, traz na edição de outubro um texto de minha autoria sobre Vinicius de Moraes, bossa nova, poesia e alegria. Tudo junto na mesma página, para minha alegria de escritor.
Clica que amplia |
Depois vou fotografar melhor a página para que possam ler o texto. Enquanto isso, navega no site do Mundo Jovem.
terça-feira, setembro 17, 2013
Vídeo de um sarau na beira do rio Branco
No Coletivo Arteliteratura Caimbé fico fazendo várias coisas. Uma delas é ajudar a montar saraus pela nossa linda cidade.
Veja aí um vídeo feito para registrar o último que fizemos:
E aqui um sarau de março:
Veja aí um vídeo feito para registrar o último que fizemos:
quinta-feira, setembro 12, 2013
Falando sobre blogs e mídia livre na Rádio Nacional da Amazônia
No dia 2 de setembro dei a minha segunda entrevista para a Rádio Nacional da Amazônia.
Desta vez falei sobre o blog Cultura de Roraima, que criei em 2010 para falar de arte, cultura e coisas afins produzidas e feitas aqui no Estado.
A entrevista foi concedida a Morillo Carvalho para o bloco Amazônia.com do programa Mosaico justamente no dia em que a emissora completava 36 anos de criada.
Confira o áudio, gentilmente cedido pela produção do programa.
Quem ouvir perceberá que prolixamente falei do blog, de mídia livre, mapeamentos e da importância dos grupos culturais terem os seus registros na internet para que possam ser encontrados.
A primeira vez que fui entrevistado pela Rádio Nacional da Amazônia foi para falar de um sarau homenageando Carlos Drummond de Andrade, organizado pelo Coletivo Arteliteratura Caimbé no Centro Multicultural da Orla Taumanan.
Se quiser conferir o material, vai nesta postagem no blog do Coletivo Caimbé.
quarta-feira, setembro 04, 2013
Venha para a construção coletiva do novo texto do Plano Nacional do Livro e Leitura
Amigos e conhecidos da vida real e virtual,
Existe um documento chamado Plano Nacional do Livro e Leitura que busca traçar as diretrizes para as políticas públicas do setor da literatura, livro, leitura e bibliotecas.
Este documento está sendo revisado pelo Governo Federal e pelos integrantes do Colegiado Setorial de Literatura, Livro, Leitura e Bibliotecas/Conselho Nacional de Política Cultural (Veja o que é isso clicando aqui e economizamos espaço).
Existe um documento chamado Plano Nacional do Livro e Leitura que busca traçar as diretrizes para as políticas públicas do setor da literatura, livro, leitura e bibliotecas.
Este documento está sendo revisado pelo Governo Federal e pelos integrantes do Colegiado Setorial de Literatura, Livro, Leitura e Bibliotecas/Conselho Nacional de Política Cultural (Veja o que é isso clicando aqui e economizamos espaço).
Como representante eleito da cadeia criativa (escritores,
ilustradores, repentistas, declamadores e todo o pessoal que produz a
literatura brasileira em qualquer suporte) sou parte desse processo. A
reunião em Brasília apresentando as sugestões está marcada para os dias
17 e 18 de setembro.
Poderia levar apenas a minha opinião pessoal, baseada em estudos e leituras particulares, mas a representatividade é algo mais, é receber o retorno de vocês para apresentar as nossas demandas lá em Brasília.
Dito isso, convido vocês a ler os objetivos e metas do PNLL e depois me enviarem suas sugestões sobre:
a) Melhoras da redação atual;
b) Eventual transformação dos objetivos em metas;
Vou listar abaixo os objetivos para facilitar a leitura. Quem quiser colaborar tem até o dia 10 de setembro para fazê-lo. Mandem suas participações para edgarjfborges@gmail.com.
Vou deixar também um link para que baixem o PDF do Plano.
Poderia levar apenas a minha opinião pessoal, baseada em estudos e leituras particulares, mas a representatividade é algo mais, é receber o retorno de vocês para apresentar as nossas demandas lá em Brasília.
Dito isso, convido vocês a ler os objetivos e metas do PNLL e depois me enviarem suas sugestões sobre:
a) Melhoras da redação atual;
b) Eventual transformação dos objetivos em metas;
Vou listar abaixo os objetivos para facilitar a leitura. Quem quiser colaborar tem até o dia 10 de setembro para fazê-lo. Mandem suas participações para edgarjfborges@gmail.com.
Vou deixar também um link para que baixem o PDF do Plano.
Olhem a parte dos eixos norteadores e vejam se podem sugerir linhas de ação para o Governo Federal. Ou escrevendo mais claramente: sugiram estratégias para que os Ministérios da Cultura e da Educação possam trabalhar mais efetivamente pela consolidação de um Plano que atenda aos interesses do povo que mexe com literatura, livro, leitura e bibliotecas.
A seguir, os objetivos e metas do PNLL, objeto principal deste email:
4. Objetivos e metas
O objetivo central da Política de Estado aqui delineada é o de assegurar e democratizar o acesso à leitura e ao livro a toda a sociedade, com base na compreensão de que a leitura e a escrita são instrumentos indispensáveis na época contemporânea para que o ser humano possa desenvolver plenamente suas capacidades, seja no nível individual, seja no âmbito coletivo.
Há a convicção de que somente assim é possível que,na sociedade da informação e do conhecimento, ele exerça de maneira integral seus direitos, participe efetivamente dessa sociedade, melhore seu nível educativo (em amplo sentido), fortaleça os valores democráticos, seja criativo, conheça os valores e modos de pensar de outras pessoas e culturas e tenha acesso às formas mais verticais do conhecimento e à herança cultural da humanidade.
Trata-se de intensa valorização dos caminhos abertos ao indivíduo pela cultura escrita, sem que se deixe de reconhecer e se tente apoiar e preservar a cultura oral de nosso povo. Busca-se criar condições necessárias e apontar diretrizes para a execução de políticas, programas, projetos e ações continuadas por parte do Estado em suas diferentes esferas de governo e também por parte das múltiplas organizações da sociedade civil, lastreada em uma visão republicana de promoção da cidadania e inclusão social e segundo estratégias gerais para o desenvolvimento social e de construção de um projeto de Nação que suponha uma organização social mais justa.
São estabelecidos aqui alguns objetivos que devem ser alcançados a curto, médio e em longo prazo:
a) Formar leitores, buscando de maneira continuada substantivo aumento do índice nacional de leitura (número de livros lidos por habitante/ano) em todas as faixas etárias e do nível qualitativo das leituras realizadas;
b) implantação de biblioteca em todos os municípios do país (em até 2 anos);
c) realização bienal de pesquisa nacional sobre leitura;
d) implementação e fomento de núcleos voltados a pesquisas, estudos e indicadores nas áreas da leitura e do livro em universidades e outros centros;
e) concessão de prêmio anual de reconhecimento a projetos e ações de fomento e estímulo às práticas sociais de leitura;
f) expansão permanente do número de salas de leitura e ambientes diversificados voltados à leitura;
g) identificação e cadastro contínuos das ações de fomento à leitura em curso no país;
h) identificação e cadastro contínuos dos pontos de vendas de livros e outros materiais impressos não periódicos;
i) elevação significativa do índice de empréstimos de livro em biblioteca (sobre o total de livros lidos no país);
j) aumento do número de títulos editados e exemplares impressos no país;
l) elevação do número de livrarias do país;
m) aumento da exportação de livros; ex pansão do número de autores brasileiros traduzidos no exterior;
n) aumento do índice per capita de livros não-didáticos adquiridos; ampliação do índice de pessoas acima de 14 anos, com o hábito de leitura que possuam ao
menos 10 livros em casa;
o) estimular a criação de planos estaduais e municipais de leitura (em até 3 anos),
p) apoiar o debate e a utilização de copyrigths não-restritivos (copyleft e creative commons), equilibrando direito de autor com direitos de acesso à cultura escrita.
quarta-feira, agosto 28, 2013
Sobre as aparências dos mais médicos, ops, das pessoas
Gente, quando me virem por aí de cabelo solto no naipe “vagabundo desempregado”, brinco na orelha, bermudão, chinelo de dedo, comendo em churrasgatinho e com essa cara de índio pobre, saibam que tenho duas graduações, uma pós, já escrevi um livro, tenho filho, pago minhas dívidas, já plantei muitas árvores, ajudo meus parentes, faço a tarefa de casa com meu moleque e pago meus impostos direitinho.
Traduzindo: não é a aparência que define a sua formação, capacidade e caráter.
Traduzindo: não é a aparência que define a sua formação, capacidade e caráter.
terça-feira, agosto 27, 2013
Que venham mais médicos
Sou de fora, sou estrangeiro. Aqui no Brasil fulaninho já tentou desmerecer o meu trabalho por isso. Lá na Venezuela os meus pais sofriam preconceito por serem de fora.
Por isso não dá para concordar com qualquer movimento xenófobo, sobretudo se a raiz for corporativista. Ainda mais quando é contra uma medida que pode melhorar a qualidade de vida da população.
Sou a favor dos médicos cubanos, portugueses e de qualquer parte do mundo atenderem àquela parcela de brasileiros que mora em lugares onde ninguém quer ir para consultá-los. Lá, ou aqui, dependendo de onde você estiver lendo, falta tudo e o que vier já transforma a vida para melhor.
Dane-se o corporativismo dos médicos. O programa Mais Médicos teve como base justamente essa falta de vontade da maioria deles para encarar os grotões. Se há quem queira ir trabalhar no fim do mundo, que seja contratado, preparado e colocado lá. Reclamações sobre o atendimento? Se há quando se trata de hospitais de ponta e médicos renomados, qual a razão de pensar que não haverá agora? Que os órgãos fiscalizadores trabalhem e tudo se encaminhará.
Paralelamente sou a favor que haja mais fiscalização sobre os recursos aplicados na saúde. Sim, pois essa grana é alta, vem para os estados e municípios e é um dinheiro que os governadores, prefeitos, vereadores, deputados, senadores e outros adoram meter a mão. Ignorar isso é ser escravo da mediocridade.
Também sou a favor de que se exija mais profissionalismo dos médicos que atuam nas redes públicas. Que cumpram a carga de trabalho e não usem dedinhos de silicone para marcar o ponto. Que reclamem na diretoria da unidade de saúde se estiver faltando material e metam o Conselho Regional de Medicina na briga.
Se toda essa força e valentia contra o programa Mais Médicos tivesse sido aplicado em cobrar o uso correto dos recursos direcionados para a saúde, aí a situação seria outra há muito tempo.
Por isso não dá para concordar com qualquer movimento xenófobo, sobretudo se a raiz for corporativista. Ainda mais quando é contra uma medida que pode melhorar a qualidade de vida da população.
Sou a favor dos médicos cubanos, portugueses e de qualquer parte do mundo atenderem àquela parcela de brasileiros que mora em lugares onde ninguém quer ir para consultá-los. Lá, ou aqui, dependendo de onde você estiver lendo, falta tudo e o que vier já transforma a vida para melhor.
Dane-se o corporativismo dos médicos. O programa Mais Médicos teve como base justamente essa falta de vontade da maioria deles para encarar os grotões. Se há quem queira ir trabalhar no fim do mundo, que seja contratado, preparado e colocado lá. Reclamações sobre o atendimento? Se há quando se trata de hospitais de ponta e médicos renomados, qual a razão de pensar que não haverá agora? Que os órgãos fiscalizadores trabalhem e tudo se encaminhará.
Paralelamente sou a favor que haja mais fiscalização sobre os recursos aplicados na saúde. Sim, pois essa grana é alta, vem para os estados e municípios e é um dinheiro que os governadores, prefeitos, vereadores, deputados, senadores e outros adoram meter a mão. Ignorar isso é ser escravo da mediocridade.
Também sou a favor de que se exija mais profissionalismo dos médicos que atuam nas redes públicas. Que cumpram a carga de trabalho e não usem dedinhos de silicone para marcar o ponto. Que reclamem na diretoria da unidade de saúde se estiver faltando material e metam o Conselho Regional de Medicina na briga.
Se toda essa força e valentia contra o programa Mais Médicos tivesse sido aplicado em cobrar o uso correto dos recursos direcionados para a saúde, aí a situação seria outra há muito tempo.
quinta-feira, agosto 22, 2013
segunda-feira, agosto 19, 2013
Poema para emagrecer em Dubai
Sobre a matéria da campanha de emagrecimento em Dubai, ontem, no Fantástico:
Vou embora pra Dubai
Lá sou amigo do sheik
Terei um pouco de ouro
Para cada quilo que perderei.
..............
Para entender, a matéria:
Campanha de Dubai contra obesidade oferece ouro por quilos perdidos
quarta-feira, agosto 14, 2013
Notinha sobre o papel do criador no mundo pós-moderno das ações colaborativas
Totalmente bipolar, sou da turma do
“vamos fazer juntos, pois juntos é mais gostoso” e a favor da
autoria reconhecida, principalmente em trabalhos coletivos. Apoio
dar créditos para quem faz e ignorar quem só quer entrar com o nome
e ganhar o elogio.
Gosto de parcerias em um jogo de igual
para igual, sem locupletações. Sou a favor do remix, do Creative
Commons, de compartilhar livremente mas também sou a favor do
criador (pelo menos tentar) viver de sua criação, pois ele é o
começo de toda manifestação e não pode ser desprezado por tentar
valorizar-se, mesmo que seja que isso pareça arcaico, industrial e
nada pós-moderno. O criador não morreu. Pelo contrário, é a mola
que move o sistema, seja o estabelecido ou o a ser construído.
Também curto toda iniciativa de mídia
livre, principalmente as voltadas ao setor cultural, pois é abrindo
espaços que mais gente pode ser feliz vivendo de seu trabalho na tal
economia criativa.
Para fechar, reforço que sou bipolar e
detesto essa onda de “ou você está 100% conosco ou você está
contra nós”. Afinal, o mundo não é todo preto ou todo branco.
Tem muito área cinza para caminhar.
quinta-feira, agosto 01, 2013
Sobre a primeira reunião em 2013 do Colegiado Setorial de Literatura, Livro e Leitura/ CNPC
Car@s,
Nos dias 15 e 16 de julho aconteceu em Brasília a primeira reunião ordinária do Colegiado Setorial de Literatura, Livro e Leitura/ Conselho Nacional de Política Cultural eleito para a gestão 2012-2013. Participei na qualidade de representante da cadeia criativa, aquela que reúne escritores, declamadores, contadores de histórias, ilustradores e afins.
Por conta da preguiça em certas horas e de muita coisa para fazer em outras, acabei atrasando muito um relato sobre o encontro. Para não demorar mais, resolvi aproveitar o texto escrito pelo companheiro Kelsen Bravos, escritor lá do Ceará, também integrante da cadeia criativa.
Leiam:
“A reunião do Colegiado Setorial da Literatura, Livro e Leitura (CSLLL) foi muito positiva. Marcada por intensa participação da renovada plenária, obtivemos importantes ganhos políticos, tais como o consenso de se retomar com prioridade máxima as pautas que tratam do Fundo Setorial do Livro, do Plano Nacional do Livro e da Leitura, e do Instituto Nacional da Literatura, Livro, Leitura e Bibliotecas. Para tanto foram tirados GT temáticos para consolidar os primeiros e fundamentais encaminhamentos até setembro.
Outros pontos de extrema relevância foram: o fortalecimento da parceria entre MinC e MEC para o PNLL, e o reconhecimento de envolver nessa parceira o Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação no que tange, sobretudo, à formação e à leitura no meio digital; a mobilização dos municípios para a construção e efetivação do respectivo Plano Municipal da Literatura, Livro, Leitura e Bibliotecas; o levantamento de propostas para a III Conferência Nacional de Cultura, a ocorrer em novembro de 2013.
Houve a apresentação da plataforma digital do Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC) feita de forma muito competente por Rafael Oliveira e Evaristo Nunes, da Secretaria de Política Cultural. O SNIIC se consolidará como o maior repositório de dados sobre a cultura brasileira. O Sistema deve compartilhar informações culturais estratégicas de forma transparente para instituições, órgãos e sociedade em geral. (Para saber como funciona, acesse aqui o site.)
A plenária do CSLLL manifestou, ainda, moção em apoio à PEC-150 (a PEC da Cultura) que propõe uma porcentagem fixa de investimento em cultura para governos dos estados e do Distrito Federal – 1,5% – e dos municípios – 1%. Que a sua aprovação seja a prioridade do Congresso Nacional.
Ressalte-se a postura democrática de José Castilho Marques Neto (titular da Secretaria Executiva do PNLL), Elisa Machado (da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas), Renato Lessa (da Presidência da Fundação Biblioteca Nacional) e Marcelo Pedroso (da Secretaria de Articulação Institucional e secretário geral do CNPC), convictos e convincentes do compromisso de fazer da política da Literatura, Livro, Leitura e Bibliotecas uma política pública de Estado sólida e exemplar do que há de melhor para a cidadania brasileira.
Essa equipe ganhará muito com a efetivação de Rosália Guedes e com a chegada de Fabiano Dos Santos Piuba (para a titularidade da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas), um nome cujo currículo representa a democratização da Literatura, do Livro e da Leitura.”
Saímos da reunião sem a data de uma reunião extraordinária, que esta semana foi marcada para os dias 17 e 18 de setembro. A pauta é a revisão do PNLL que começou a ser feita numa plataforma on line (se você ainda não sabe o que é o PNLL, clique aqui).
sexta-feira, julho 19, 2013
Obra premiada no 3º Concurso de Microcontos de Humor de Piracicaba
O meu microconto Trampo foi selecionado no 3º Concurso de Microcontos de Humor de Piracicaba (SP) e será publicado numa antologia editada pela prefeitura daquela cidade. A proposta era fechar uma história em 140 caracteres, o espaço de um tweet. Para vocês, o texto:
TRAMPO
Feito com amor, tudo é melhor, disse a chefe.
A partir daí comecei a amá-la sempre que podia. Já o trabalho, continuei detestando.
Marcadores:
#PequenasFelicidades,
Edgar Borges,
história pessoal,
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livros,
micronarrativas,
Microrrelatos,
twitter
Novo caminho jornalístico
Meu primeiro trabalho com jornalismo foi em um estágio não remunerado que durou um ou dois meses na antiga TV Universitária, ligada à Universidade Federal de Roraima. Isso foi em 1997 ou 1998.
Acabou, fiquei um tempo sem trabalhar na área e Silvany Maria Silva, que havia feito o estágio junto comigo na TV, conseguiu empregar-se no jornal O Diário, ligado ao político Ottomar Pinto, diversas vezes governador de Roraima.
Foi Silvany quem me avisou em meados de 1998 de uma vaga no periódico. Eu, que já havia tentado vaga lá uma vez, me apresentei novamente para ver se colava. Colou. Virei repórter de cidade e logo depois inventei de fazer uma coluna de literatura semanal em um suplemento que o jornal publicava. Fiquei lá até 1999, quando Rui Figueiredo, o editor do jornal, foi chamado por Ottomar para ocupar o cargo de secretário de comunicação municipal.
Rui me convidou para ser o repórter da assessoria. A proposta era tentadora: o salário não atrasaria e aumentaria um pouco, saindo de R$ 500 para uns R$ 900. Eu, que estava com três ou cinco meses atrasados no jornal, não duvidei nada e me joguei para a prefeitura (os atrasados d'O Diário recebi pela metade, muitooooooooos meses depois).
Fiquei na assessoria de comunicação da prefeitura entre 1999 e 2010. Trabalhei, por ordem de eleição e reeleição, para os seguintes prefeitos: Ottomar Pinto, Teresa Jucá (dois mandatos) e Iradilson Sampaio (dois mandatos). Fui repórter, pauteiro, chefe de redação (a pior parte de todas, pois ganhava o mesmo que os apadrinhados e trabalhava quatro vezes mais) e secretário municipal de comunicação.
Fui demitido em novembro de 2010, via telefone, após 11 anos de serviço, um dia depois de uma eleição para governador em que o candidato Neudo Campos perdeu.
Havia acabado de chegar da sessão de fisioterapia quando o então secretário municipal de comunicação, que havia trabalhado muito para tentar eleger o Neudo, me ligou com desculpas esfarrapadas que tentavam justificar a demissão. Representei esse fato e outros nesta ilustração, publicada no blog em novembro daquele ano.
Acabou, fiquei um tempo sem trabalhar na área e Silvany Maria Silva, que havia feito o estágio junto comigo na TV, conseguiu empregar-se no jornal O Diário, ligado ao político Ottomar Pinto, diversas vezes governador de Roraima.
Foi Silvany quem me avisou em meados de 1998 de uma vaga no periódico. Eu, que já havia tentado vaga lá uma vez, me apresentei novamente para ver se colava. Colou. Virei repórter de cidade e logo depois inventei de fazer uma coluna de literatura semanal em um suplemento que o jornal publicava. Fiquei lá até 1999, quando Rui Figueiredo, o editor do jornal, foi chamado por Ottomar para ocupar o cargo de secretário de comunicação municipal.
Rui me convidou para ser o repórter da assessoria. A proposta era tentadora: o salário não atrasaria e aumentaria um pouco, saindo de R$ 500 para uns R$ 900. Eu, que estava com três ou cinco meses atrasados no jornal, não duvidei nada e me joguei para a prefeitura (os atrasados d'O Diário recebi pela metade, muitooooooooos meses depois).
Fiquei na assessoria de comunicação da prefeitura entre 1999 e 2010. Trabalhei, por ordem de eleição e reeleição, para os seguintes prefeitos: Ottomar Pinto, Teresa Jucá (dois mandatos) e Iradilson Sampaio (dois mandatos). Fui repórter, pauteiro, chefe de redação (a pior parte de todas, pois ganhava o mesmo que os apadrinhados e trabalhava quatro vezes mais) e secretário municipal de comunicação.
Fui demitido em novembro de 2010, via telefone, após 11 anos de serviço, um dia depois de uma eleição para governador em que o candidato Neudo Campos perdeu.
Havia acabado de chegar da sessão de fisioterapia quando o então secretário municipal de comunicação, que havia trabalhado muito para tentar eleger o Neudo, me ligou com desculpas esfarrapadas que tentavam justificar a demissão. Representei esse fato e outros nesta ilustração, publicada no blog em novembro daquele ano.
O baque financeiro não foi maior pois trabalhava paralelamente desde 2006 na assessoria de comunicação da Universidade Estadual de Roraima, na qual fui admitido depois de ser aprovado em concurso público.
Na UERR trabalhei com um bocado de gente bacana do jornalismo e publicidade: Elissan Paula Rodrigues, Luciano Abreu, Luciano Torres, Alberto Rolla, Timóteo Camargo, Débora Eloy e Bruna Rezende. Tive a oportunidade de ir à Venezuela e conhecer diversos municípios e localidades indígenas. Resumidamente: foi bom.
Paralelamente também fui professor nos cursos de jornalismo da UFRR e da Faculdade Estácio Atual. O primeiro cargo é lá do começos dos anos 2000 e o segundo foi entre 2008 e 2009. Fiz outras coisas ao longo dos anos: tive colunas de notas, artigos e crônicas nos jornais O Diário e Tribuna do Estado de Roraima, fui free lancer de uma revista chamada Amazônia 21 (também me deu um cano), prestei assessoria de imprensa para um monte de amigos, artistas e ativistas culturais e publiquei textos em sites locais e nacionais. Também criei e mantive os blogs Crônicas da Fronteira (este aqui, caso não tenha notado) e o Cultura de Roraima para falar de mim, das artes e da vida aqui na Amazônia Setentrional.
Toda essa retrospectiva é para dizer que hoje, sexta-feira, 19 de julho de 2013, estou deixando a assessoria de comunicação da Universidade Estadual de Roraima, sete anos após minha entrada aqui. Pedi vacância para assumir o cargo de jornalista na Universidade Federal de Roraima, aquela da TV em que tive o primeiro trabalho de minha vida jornalística.
Saio hoje da UERR para tomar posse na UFRR e a partir do dia 29 de julho começo a trabalhar no setor de comunicação de lá. Nesse meio tempo vou dar um pulo lá em Nova Olinda, Ceará, para um encontro sobre midialivrismo do programa Onda Cidadã.
Agradeço aos coleguinhas de jornalismo que lerem este post pelos momentos profissionais descontraídos e tensos ao longo destes anos. Juro que tentei aprender com cada um, mas não sei se consegui.
Na UERR trabalhei com um bocado de gente bacana do jornalismo e publicidade: Elissan Paula Rodrigues, Luciano Abreu, Luciano Torres, Alberto Rolla, Timóteo Camargo, Débora Eloy e Bruna Rezende. Tive a oportunidade de ir à Venezuela e conhecer diversos municípios e localidades indígenas. Resumidamente: foi bom.
Paralelamente também fui professor nos cursos de jornalismo da UFRR e da Faculdade Estácio Atual. O primeiro cargo é lá do começos dos anos 2000 e o segundo foi entre 2008 e 2009. Fiz outras coisas ao longo dos anos: tive colunas de notas, artigos e crônicas nos jornais O Diário e Tribuna do Estado de Roraima, fui free lancer de uma revista chamada Amazônia 21 (também me deu um cano), prestei assessoria de imprensa para um monte de amigos, artistas e ativistas culturais e publiquei textos em sites locais e nacionais. Também criei e mantive os blogs Crônicas da Fronteira (este aqui, caso não tenha notado) e o Cultura de Roraima para falar de mim, das artes e da vida aqui na Amazônia Setentrional.
Toda essa retrospectiva é para dizer que hoje, sexta-feira, 19 de julho de 2013, estou deixando a assessoria de comunicação da Universidade Estadual de Roraima, sete anos após minha entrada aqui. Pedi vacância para assumir o cargo de jornalista na Universidade Federal de Roraima, aquela da TV em que tive o primeiro trabalho de minha vida jornalística.
Saio hoje da UERR para tomar posse na UFRR e a partir do dia 29 de julho começo a trabalhar no setor de comunicação de lá. Nesse meio tempo vou dar um pulo lá em Nova Olinda, Ceará, para um encontro sobre midialivrismo do programa Onda Cidadã.
Agradeço aos coleguinhas de jornalismo que lerem este post pelos momentos profissionais descontraídos e tensos ao longo destes anos. Juro que tentei aprender com cada um, mas não sei se consegui.
terça-feira, junho 25, 2013
Em Alto Alegre, falando de ativismo cultural
Estive na segunda (24/06) representando o Coletivo Arteliteratura Caimbé no I Seminário em Educação, Ciências e Meio Ambiente do campus de Alto Alegre e do II Encontro do curso de Letras da Universidade Estadual de Roraima.
Alto Alegre fica a uns 90 km de Boa Vista. Fui para lá ministrar uma palestra intitulada "Redes culturais: diálogo sobre ativismo cultural e literário”. Falei das atividades do Coletivo Caimbé e das metas atingidas ao longo de quatro anos de ações em seis municípios de Roraima e quatro estados do Brasil. Também apresentei sugestões sobre como organizar um grupo de trabalho focado em cultura.
Quem também passou por lá foi o mestre cordelista Seu Xarute, que participou de uma oficina sobre literatura de cordel. Figuraça linda de se ver.
Vê um álbum compartilhado pela Universidade Estadual no Facebook.
Quem também passou por lá foi o mestre cordelista Seu Xarute, que participou de uma oficina sobre literatura de cordel. Figuraça linda de se ver.
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quinta-feira, junho 20, 2013
Saindo a Dilma, quem entra para gerenciar a bodega?
Petições online e cartazes e gritos nas mobilizações pedem o impeachment da presidente Dilma, que é do PT. Parece que esse seria o começo das soluções ou a própria solução para tudo.
Aí eu pensei: bem, ela saindo assume Michel Temer, do PMBD.
Se o Temer cair, assume o deputado federal Henrique Alves, do PMDB.
Caindo também, o presidente será o senador Renan Calheiros, do PMDB.
E aí, caso tudo dê errado para o PMDB, que deve estar adorando essa onda do impeachment, Renan é derrubado e, pela linha sucessória, quem tomará conta do país será Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, que não tem partido e para governar teria que negociar com as bancadas do congresso.
E aí tudo recomeçaria.
quarta-feira, junho 19, 2013
Reunião dos integrantes das cadeias Criativa, Mediadora e Produtiva do Setor do Livro, Leitura e Literatura em Roraima
PAUTA:
1. Preparação para a II Conferência Municipal de Cultura - setor livro, leitura e literatura.
2. Organização de pautas a serem encaminhados aos órgãos públicos para elaboração de políticas culturais para o setor.
Local: Centro Multicultural da Orla, rua Floriano Peixoto, Centro.
Data: 29 de junho (sábado).
Horário: 10h às 12h.
Documentos para embasar a discussão:
1. Portaria convocando a II Conferência Municipal de Cultura.
2. PNLL.
3. Plano Nacional de Cultura, especificamente as metas 06, 07, 08, 09, 11, 14, 18, 20, 22, 24, 25, 26, 29, 31, 32, 34, 35, 38, 39, 41, 46, 47 e 48.
MOTIVAÇÕES:
Amigos da literatura, livro e leitura.
Escrevo-lhes para abordar duas questões: a proximidade das conferências municipais, estadual e nacional de cultura e a necessidade de uma organização mínima para exigir do Governo e da Prefeitura a implantação de políticas públicas para o nosso setor.
Sobre as conferências:
A prefeitura de Boa Vista publicou hoje a convocação para a II Conferência Municipal de Cultura. Será realizada nos dias 12 e 13 de julho, das 8 às 12 horas e 14 às 18 horas, no Palácio da Cultura, Centro (Para ler a portaria, clique aqui.
Já a 3ª Conferência Nacional de Cultural será realizada pelo Ministério da Cultura entre os dias 26 e 29 de novembro, em Brasília. (Para saber mais, acessem aqui).
Entre as duas conferências deverá acontecer a etapa estadual, ainda sem data definida. Na última conferência nacional, realizada em 2010, o povo da área literária foi o único a ter um documento já definido listando ações que devem ser realizadas para desenvolver o setor. Para os interessados em lê-lo, vai o endereço: www.pnll.gov.br.
Escrevo-lhes para abordar duas questões: a proximidade das conferências municipais, estadual e nacional de cultura e a necessidade de uma organização mínima para exigir do Governo e da Prefeitura a implantação de políticas públicas para o nosso setor.
Sobre as conferências:
A prefeitura de Boa Vista publicou hoje a convocação para a II Conferência Municipal de Cultura. Será realizada nos dias 12 e 13 de julho, das 8 às 12 horas e 14 às 18 horas, no Palácio da Cultura, Centro (Para ler a portaria, clique aqui.
Já a 3ª Conferência Nacional de Cultural será realizada pelo Ministério da Cultura entre os dias 26 e 29 de novembro, em Brasília. (Para saber mais, acessem aqui).
Entre as duas conferências deverá acontecer a etapa estadual, ainda sem data definida. Na última conferência nacional, realizada em 2010, o povo da área literária foi o único a ter um documento já definido listando ações que devem ser realizadas para desenvolver o setor. Para os interessados em lê-lo, vai o endereço: www.pnll.gov.br.
Também é bom ler as metas do Plano Nacional de Cultura. Aqui, o link para baixar o material em PDF ou ler online .
Sobre organização para exigir políticas públicas:
A Secult ainda não apresentou publicamente nenhuma diretriz para a nossa área. A Fetec, responsável pela área cultural no município de Boa Vista, também não. As duas estão ainda muito focadas em promover e apoiar eventos. Acredito que precisamos de mais para desenvolver as ações em nosso setor. Juntos somos capazes de montar um grupo de pautas que beneficiem a todos. Trabalhando sozinhos perpetuaremos a atual situação.
Sobre organização para exigir políticas públicas:
A Secult ainda não apresentou publicamente nenhuma diretriz para a nossa área. A Fetec, responsável pela área cultural no município de Boa Vista, também não. As duas estão ainda muito focadas em promover e apoiar eventos. Acredito que precisamos de mais para desenvolver as ações em nosso setor. Juntos somos capazes de montar um grupo de pautas que beneficiem a todos. Trabalhando sozinhos perpetuaremos a atual situação.
terça-feira, junho 18, 2013
Das mobilizações e seus efeitos: tentando entender o que é tudo isso
Estou tentando entender até onde pode chegar o efeito das mobilizações que rolam desde a semana passada. Entender como jornalista, como sociólogo e como ativista cultural. É minha mania de tentar saber a funcionalidade das coisas.
Confeso: está complicado. É uma realidade totalmente diferente do cotidiano político brasileiro e roraimense.
O que já percebi é que há muita confusão conceitual. As frases de ordem, pelo seu próprio efeito simplificador, podem gerar sentidos que escondem ações paralelas e anteriores.
Por exemplo, a frase generalista “os partidos políticos não nos representam”, quando ligada a “o gigante acordou”, faz parecer que nunca antes neste País houve gente lutando por mudanças a partir das organizações partidárias e, principalmente, a partir das organizações sociais.
Quem embarca nessa ideia sem contestá-la, ignora os movimentos populares (de menor alcance) que acontecem constantemente no Brasil (MST, movimento indígena e outros). E se não ignora, os despreza pela sua repercussão, digamos, reduzida diante das atuais mobilizações.
Simultaneamente, há uma parcela dos mobilizadores na internet que diz ser esta a hora de protestar contra a corrupção e os desmandos dos governos estaduais e federais. A partir daí os problemas são personificados em prefeitos, governadores e a presidente.
Resultado: a questão estrutural pode ficar de lado e tudo passar a se resumir a botar novas pessoas no poder. Sem menosprezar o bem que traria ao país o surgimento de eleitores mais conscientes e menos vendilhões, não é apenas isso, é muito mais.
Ainda estou tentando entender, mas já vi que nada disto é simples demais para ser visto apenas por um ângulo. Ainda mais em Roraima (estado do contracheque, do apadrinhamento, do medo de incomodar os poderosos que controlam a economia), terra onde estão se misturando mobilizações criadas no estilo livre e aparentemente desorganizado da internet com outras que nascem ou querem nascer apropriadas por gente com interesse partidário (o quanto é ruim isto?).
A tudo isto, acrescento uma curiosidade sobre a questão em Roraima: em nenhuma das convocatórias para os atos vi algo sobre melhorias no transporte coletivo. De onde deduzo que as coisas andam muito boas para quem anda de busão.
Confeso: está complicado. É uma realidade totalmente diferente do cotidiano político brasileiro e roraimense.
O que já percebi é que há muita confusão conceitual. As frases de ordem, pelo seu próprio efeito simplificador, podem gerar sentidos que escondem ações paralelas e anteriores.
Por exemplo, a frase generalista “os partidos políticos não nos representam”, quando ligada a “o gigante acordou”, faz parecer que nunca antes neste País houve gente lutando por mudanças a partir das organizações partidárias e, principalmente, a partir das organizações sociais.
Quem embarca nessa ideia sem contestá-la, ignora os movimentos populares (de menor alcance) que acontecem constantemente no Brasil (MST, movimento indígena e outros). E se não ignora, os despreza pela sua repercussão, digamos, reduzida diante das atuais mobilizações.
Simultaneamente, há uma parcela dos mobilizadores na internet que diz ser esta a hora de protestar contra a corrupção e os desmandos dos governos estaduais e federais. A partir daí os problemas são personificados em prefeitos, governadores e a presidente.
Resultado: a questão estrutural pode ficar de lado e tudo passar a se resumir a botar novas pessoas no poder. Sem menosprezar o bem que traria ao país o surgimento de eleitores mais conscientes e menos vendilhões, não é apenas isso, é muito mais.
Ainda estou tentando entender, mas já vi que nada disto é simples demais para ser visto apenas por um ângulo. Ainda mais em Roraima (estado do contracheque, do apadrinhamento, do medo de incomodar os poderosos que controlam a economia), terra onde estão se misturando mobilizações criadas no estilo livre e aparentemente desorganizado da internet com outras que nascem ou querem nascer apropriadas por gente com interesse partidário (o quanto é ruim isto?).
A tudo isto, acrescento uma curiosidade sobre a questão em Roraima: em nenhuma das convocatórias para os atos vi algo sobre melhorias no transporte coletivo. De onde deduzo que as coisas andam muito boas para quem anda de busão.
sexta-feira, junho 14, 2013
Conversas com Edgarzinho: comidinha matutina
Ao acordar, ele murmura:
- Pai, quero gagau.
- Papai vai fazer. Espera um minuto.
- Não. Eu quero que a mamãe faça.
- Mamãe foi trabalhar bem cedo.
- E a Lalay?
- Tá dormindo.
- Então pode ser você.
Será que o menino me considera um bom cozinheiro?
- Pai, quero gagau.
- Papai vai fazer. Espera um minuto.
- Não. Eu quero que a mamãe faça.
- Mamãe foi trabalhar bem cedo.
- E a Lalay?
- Tá dormindo.
- Então pode ser você.
Será que o menino me considera um bom cozinheiro?
quinta-feira, junho 13, 2013
Das letras que gostaria de ter escrito:
"Si te he dado todo lo que tengo hasta quedar en deuda conmigo mismo,
y todavía preguntas si te quiero, ¿tu de que vas?" - Franco De Vita
quarta-feira, junho 12, 2013
Obra visual minha no calendário 2013 da UFRR
Quando agosto chegar haverá uma arte visual idealizada e produzida por mim decorando as mesas que tiverem o calendário 2013 da Universidade Federal de Roraima.
O trabalho foi elaborado com a parceria da patroa Zanny Adairalba e de meu filho Edgarzinho Borges Bisneto no ano passado. O foco era um edital de seleção de obras de artistas visuais locais, com o tema “Do olhar ao tocar: intervenções na paisagem”.
Recebi em março os exemplares dos calendários. Como os visitantes habituais do blog sabem, aqui as coisas da vida real demoram a ser traduzidas em postagens. Por isso somente agora falo disso.
Além de mim, participaram Silvio Corrêa Vilasi ( Garimpando Conhecimento), Luan Pires Pereira (Pôr do Sol no Lago Azul e Paisagem com Pôr do Sol nas Torres de Guri), Edinel Sousa Pereira (Luminária com Paisagem Urbana e Garças Tomando Banho de Sol), Jucilene Carneiro de Lima (Perseverança Humana), Júlio César Barbosa (Luz no Caminho e Palafitas de Animais), Renato José (Bicicletas e Sem título) e Edymeiko de S. Maciel ( Libélula).
Olha aqui a matéria feita pela assessoria de imprensa da UFRR.
E as fotos de para mostrar como foi o dia:
Aguardando a entrega e a hora do lanche
Com o vice-reitor Reginaldo Gomes e a reitora Gioconda Martinez |
segunda-feira, junho 10, 2013
Meu poema ‘Declaração’ foi premiado no 3o concurso nacional de poesias das Farmácias Pague Menos
Estou feliz.
Recebi menção honrosa no terceiro concurso nacional de poesias promovido pela rede de farmácias Pague Menos. Meu poema ‘Declaração’ foi um dos 100 textos selecionados entre os mais de dois mil inscritos para compor o livro impresso e digital intitulado “Amor. Viva esse espetáculo.”, tema do concurso.
Capa do livro resultante do terceiro concurso |
Este é o segundo ano consecutivo em que sou premiado nos concursos literários da Pague Menos. Em 2012 meu poema ‘Valentes’ ficou em quinto lugar, escolhido entre dois mil participantes. Dá uma conferida aqui nesse texto.
A banca julgadora deste ano foi formada por Fátima Souza, mestra em Literatura Brasileira; Marcia Sucupira, advogada e professora do ensino superior em Direito; e Sarah Diva da Silva Ipiranga, doutora em Educação Brasileira. Os textos foram avaliados a partir dos seguintes critérios textuais: relação com o tema, criatividade, organização coerente com o gênero poesia e capacidade de uso inteligente e coeso do código de linguagem.
A seleção em um concurso tão concorrido me deixa feliz. É importante como incentivo para continuar produzindo literatura e acredito que também para contribuir na inserção de autores da Amazônia Setentrional nos círculos da nova poesia brasileira
Veja neste link o livro. Meu texto está na página 49:
Ou leia apenas o meu poema:
Declaração
Gosto de teu gosto
Desse teu gostar
Do cheiro adoçado
Que teu jeito tem.
Desse sorriso
Surgindo na noite
Bravo ou zen.
Gosto por gostar
De forma natural
Irresponsável, improvável
Escondido, sinceramente.
Sem esperar muito
Tendo alegremente
Maluquices ao meio-dia.
Gosto dessa alegria
Da satisfação do ser
Disso que inventamos
Madrugada amanhecer .
É gostar por gostar
Sem muita ambição
Vivendo tudo agora
Nosso alegre furacão
Vivendo em teu gosto
Por ser puro sentir
Sem ligar para o perigo
E o medo do castigo.
E quando chegas covarde
Estranhando o sentimento
E sua repentina existência
Libidinoso te convido
A trocar razão por demência.
Alvo de teu olhar curioso
Desenho na nuvem pendente
Um convite para o mundo
Sentir a nossa ausência:
“Vem comigo, vamos sonhar
Sermos dois virando um.
Vem comigo e de uma vez
Amor, viva essa experiência”.
A banca julgadora deste ano foi formada por Fátima Souza, mestra em Literatura Brasileira; Marcia Sucupira, advogada e professora do ensino superior em Direito; e Sarah Diva da Silva Ipiranga, doutora em Educação Brasileira. Os textos foram avaliados a partir dos seguintes critérios textuais: relação com o tema, criatividade, organização coerente com o gênero poesia e capacidade de uso inteligente e coeso do código de linguagem.
A seleção em um concurso tão concorrido me deixa feliz. É importante como incentivo para continuar produzindo literatura e acredito que também para contribuir na inserção de autores da Amazônia Setentrional nos círculos da nova poesia brasileira
Veja neste link o livro. Meu texto está na página 49:
Declaração
Gosto de teu gosto
Desse teu gostar
Do cheiro adoçado
Que teu jeito tem.
Desse sorriso
Surgindo na noite
Bravo ou zen.
Gosto por gostar
De forma natural
Irresponsável, improvável
Escondido, sinceramente.
Sem esperar muito
Tendo alegremente
Maluquices ao meio-dia.
Gosto dessa alegria
Da satisfação do ser
Disso que inventamos
Madrugada amanhecer .
É gostar por gostar
Sem muita ambição
Vivendo tudo agora
Nosso alegre furacão
Vivendo em teu gosto
Por ser puro sentir
Sem ligar para o perigo
E o medo do castigo.
E quando chegas covarde
Estranhando o sentimento
E sua repentina existência
Libidinoso te convido
A trocar razão por demência.
Alvo de teu olhar curioso
Desenho na nuvem pendente
Um convite para o mundo
Sentir a nossa ausência:
“Vem comigo, vamos sonhar
Sermos dois virando um.
Vem comigo e de uma vez
Amor, viva essa experiência”.
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quinta-feira, junho 06, 2013
Sobre a celebração das mortes de criminosos em Boa Vista
Sim, a criminalidade está alta, todo mundo está com medo de topar com um bandido na rua, de ser assaltado, agredido, morto. Todo mundo quer providências imediatas e a mais bacana sempre parece ser a institucionalização da pena de morte.
Enquanto isso não chega, quase todo mundo nas redes sociais, principalmente no Facebook, vibra quando a polícia mata, seja em qual situação for, um criminoso. Afinal, “bandido bom é bandido morto”.
Cuidado, muito cuidado. Hoje comemora-se quando os forças policiais matam os (supostos ou confirmados) bandidos durante uma tentativa qualquer de crime ou numa abordagem de recaptura.
E amanhã, se as forças policiais se empolgarem e decidirem exterminar todos os criminosos? Vão bater palma?
E se depois de amanhã as forças policiais decidirem exterminam quem eles acharem que é criminoso? Vão comemorar?
E se depois disso for a vez de qualquer pessoa desagradável aos olhos das forças policiais? Como vai ser? Gritos de alegria? E se for aquele amigo do peito que você sabe que nunca fez mal a ninguém além dele mesmo quando comia gordura em excesso?
O mundo está violento, repito o óbvio. Mesmo assim é preciso cuidado, muito cuidado, com as manifestações de apoio à violência institucional. Criminalidade não se combate com mais criminalidade, mesmo que pareça a serviço da comunidade.
Lembrem-se, apoiadores da morte, não se trata de defender a ausência de punição para os que desrespeitam a lei. Trata-se de não concordar com o desrespeito à lei.
Afinal, já é suficiente apoiar tacitamente as penas de morte não oficiais vigorantes nas cadeias e nas periferias. Se fazer isso já nos coloca de volta em tempos medievais, aplaudir a morte alheia nos levará à barbárie.
Enquanto isso não chega, quase todo mundo nas redes sociais, principalmente no Facebook, vibra quando a polícia mata, seja em qual situação for, um criminoso. Afinal, “bandido bom é bandido morto”.
Cuidado, muito cuidado. Hoje comemora-se quando os forças policiais matam os (supostos ou confirmados) bandidos durante uma tentativa qualquer de crime ou numa abordagem de recaptura.
E amanhã, se as forças policiais se empolgarem e decidirem exterminar todos os criminosos? Vão bater palma?
E se depois de amanhã as forças policiais decidirem exterminam quem eles acharem que é criminoso? Vão comemorar?
E se depois disso for a vez de qualquer pessoa desagradável aos olhos das forças policiais? Como vai ser? Gritos de alegria? E se for aquele amigo do peito que você sabe que nunca fez mal a ninguém além dele mesmo quando comia gordura em excesso?
O mundo está violento, repito o óbvio. Mesmo assim é preciso cuidado, muito cuidado, com as manifestações de apoio à violência institucional. Criminalidade não se combate com mais criminalidade, mesmo que pareça a serviço da comunidade.
Lembrem-se, apoiadores da morte, não se trata de defender a ausência de punição para os que desrespeitam a lei. Trata-se de não concordar com o desrespeito à lei.
Afinal, já é suficiente apoiar tacitamente as penas de morte não oficiais vigorantes nas cadeias e nas periferias. Se fazer isso já nos coloca de volta em tempos medievais, aplaudir a morte alheia nos levará à barbárie.
Para fechar, um texto que ilustra o que acontece quando a violência invade nossas vidas,convidada com aplausos ou não:
"Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
(Trecho do poema No Caminho, com Maiakóvski, de Eduardo Alves da Costa. Leia-o completo aqui.)
"Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
(Trecho do poema No Caminho, com Maiakóvski, de Eduardo Alves da Costa. Leia-o completo aqui.)
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