terça-feira, junho 12, 2007

Primeiro round

Uma semana depois, eis que a introdução foi acertada e o primeiro capítulo foi parido, num processo que engoliu o feriado, o final de semana e muitas horas à noite.

A certa altura, nem uma palavra era produzida, tamanho o cansaço mental e o bloqueio criativo. O professor gostou das 13 páginas apresentadas, pediu apenas para que explicasse melhor o que essa tal de socialização que tanto escrevo e não explico.

Agora, vamos ao parto do segundo capítulo, o que implica arranjar tempo para chegar aos entrevistados, além de sorte e habilidade para conseguir extrair deles a informação que preciso.

Fora isso, tenho que bolar um nome bem bacana para a monografia...Me parece que essa será a parte mais difícil.

Mas...antes disso...vamos ver as luzes de Puerto Ordaz, Upata e, oba-oba, Guasipati, minha cidade natal, numa viagem à trabalho para a Venezuela...acho até que vou tomar uma Polarcita...ou seja...haverá um certo atraso na pesquisa...mas o dia 4 de julho não perde por esperar.

..........

12 de junho

Aos que têm, parabéns pelo dia dos namorados.

Aos que não têm, ainda há esperança para o ano que vem.

Aos que não têm, mas são apressados, o dia só termina à meia-noite. Pelo menos uma boca livre deve andar procurando outra boca livre.Afinal, a desesperança é a última que morre.

quarta-feira, junho 06, 2007

Presentaço...

Segunda, 4 de junho, 11h40, Departamento de Ciências Sociais da UFRR, uma conversa com o meu orientador:

- Professor, posso entregar a monografia até quando?
- Hum...
- Melhor, até quando devo entregar a monografia?
- Ah, agora sim. Pelo prazo legal você tem até 4 de julho para entregar e 17 para defender.
- 4 de julho...4 de julho não é daqui a um mês? 30 dias para fazer tudo?
- Ahã.

Por tudo, entenda-se complementar a introdução da mono, fazer o capitulo do referencial teórico, o que implica caçar mais teoria, fazer a pesquisa de campo e passá-la para o papel com analise crítica. No final, claro, acrescentar as considerações finais e encarar a banca.

No meio do caminho, uma viagem a trabalho para a Venezuela, falta de tempo, “brancos” e “travas” redacionais e um computador velho e sem memória que pára quando esquenta.

Esse foi o meu presentaço de aniversário. Como sempre pensava a cada começo de semestre, devia ter me inscrito em um cursinho de inglês.

sexta-feira, junho 01, 2007

Frases, apenas para não deixar passar batida a semana


No orkut:

“Sorte de hoje:Você aproveitará uma oportunidade em breve”


(Uai, mas se é de hoje a sorte, a frase não deveria ser algo do tipo “oportunidade hoje”? Quando é em breve mesmo?)


No trabalho, o colecionador de DVD’s alternativamente distribuídos:

- Talvez eu vá ao cinema ver “Piratas do Caribe”.
- Eu nunca vi um filme com nome tão apropriado para se assistir em casa enquanto ele passa no cinema.
- Como assim? Não entendi....
- PIRATAS do Caribe, ou seja, quase Piratas NO Caribe...


Seu Juca, meu pai, às seis da manhã, vendo homens de meia idade correndo e caminhando:

- Quando eu vejo esses caras nessa idade fazendo exercício só me vem a cabeça que eles estão fazendo isso obrigados.
- Como assim, pai?
- Aposto que o médico falou que precisavam se exercitar e mandou eles correrem para não ter problemas de saúde.
- Sim, e daí?
- É justamente por isso que eu não vou ao médico, para evitar alguém me ameaçar com problemas de saúde.

terça-feira, maio 29, 2007

Músicas e adendos


"Ando devagar porque já tive pressa" e os meus joelhos agora doem um pouco...

quarta-feira, maio 23, 2007

Histórias de amor familiares



Edgar Borges Ferreira, meu avô, é um poeta que nunca fez poesias. Eis a resposta escrita dele à minha pergunta sobre o começo do namoro com minha avó, dona Maria José, na segunda metade da década de 1940. Se alguém me arranjar descrição melhor para um começo de relacionamento, pago um sorvete.

Edgar Neto: começou o namoro de vocês?

Edgar Avô: um primeiro olhar de reconhecimento; um segundo olhar mais desembaraçado; um terceiro olhar totalmente correspondido; um aperto de mãos e a explosão da paixão.

segunda-feira, maio 21, 2007

Amores fumantes


Ela perguntou, em tom já visivelmente irritado:

- Você não está mesmo percebendo nada de diferente em mim?

Ele, preparando-se para o pior, respondeu hesitante com outra pergunta:

- Éééé... alguma coisa de maquiagem ou nas roupas?

Mostrando seus cabelos, ela disse:

- Se você prestasse mais atenção em mim, teria percebido que fiz mechas na cor tabaco! Mas você não olha direito!

Para livrar-se de qualquer pena, ele contra-atacou:

- Meu amor, é claro que tinha percebido. Tava só brincando contigo. Vem cá pra te fumar todinha, vem...
Amores fumantes

Ela perguntou, em tom já visivelmente irritado:

- Você não está mesmo percebendo nada de diferente em mim?

Ele, preparando-se para o pior, respondeu hesitante com outra pergunta:

- Éééé... alguma coisa de maquiagem ou nas roupas?

Mostrando seus cabelos, ela disse:

- Se você prestasse mais atenção em mim, teria percebido que fiz mechas na cor tabaco! Mas você não olha direito!

Para livrar-se de qualquer pena, ele contra-atacou:

- Meu amor, é claro que tinha percebido. Tava só brincando contigo. Vem cá pra te fumar todinha, vem...

quinta-feira, maio 17, 2007

Amor com capuccino


Ela disse, chateada:

- Não consigo esquecer dele. E não é por achá-lo lindo, pela elegância que transborda ou pela forma sempre gentil com que me tratou.
- É pelo sexo então?
- Não. Adorava fazer sexo com ele, mas também adorava ficar apenas sentindo o seu coração bater.
- É pelo dinheiro, pelos presentes?
- Pára com isso. Sou mulher de depender de homem para ter alguma coisa? Sou rica de terceira geração.

Irritado, ele perguntou:

- Pô, então o que é que esse sujeito tem de tão especial?

Suspirando, ela respondeu:

- Ai, acho que é por causa daquele maldito capuccino expresso que ele me entregava na cama todo dia ao acordar...

segunda-feira, maio 14, 2007

Sobre domingos chuvosos



Abrir a janela, ver a água da chuva cair e ouvir música bem baixinho, com pouca luz no quarto, é uma das coisas mais agradáveis que o inverno amazônico me proporciona. Descobri o gosto desse vício/prazer justamente em um domingo, ouvindo o blues “Come Rain or Come Shine”, a última faixa do disco Riding With The King, uma parceria do B.B. King e do Eric Clapton.

Dependendo da música e do que estiver fazendo, o som também me leva a refletir e a relembrar fatos da vida. Neste domingo, chuva lá fora, música latina aqui dentro, leio na revista Caros Amigos um artigo do Ferréz sobre uma biblioteca comunitária em São Paulo enquanto Franco de Vita faz a trilha. Ferréz fala sobre ativismo, envolvimento, Franco canta amores e amizades. Em comum, abordam ações e reações, propostas, sentidos para a existência.

Na essência, ou pelo menos para onde levo meus pensamentos, discutem como eliminar inconformidades e superar seus limites. E eu, inconformado por natureza, preguiçoso por opção, começo a pensar se a vida assim como está é tudo, lembro de conhecidos que fazem do trabalho a bússola de seus dias, transformando os resultados na empresa ou repartição o ponto alto de sua biografia.

Em um giro rápido, esqueço dos outros. O egoísmo e a vaidade são marcas de minha profissão. Penso no meu gosto pela escrita, pelas crônicas, pela expressão de pensamento. E vem o questionamento: por que escrever? Isto é, escrevo por necessidade artística e intelectual, o que inclui fazer algo além da maioria das pessoas, ou por ver o meu nome nos veículos que recebem as minhas colaborações, puro narcisismo?

Sem chegar a nenhuma conclusão, percebo que por dinheiro até hoje não foi. Segundo meus extratos bancários, 11 anos depois de ter publicado o primeiro artigo em um jornal local, ainda não recebi remuneração alguma por uma linha publicada em mais de 10 jornais e sites de Roraima e outras partes do mundo. Se é fama ou cartas dos leitores o que procuro, então alguém deve estar levando os louros e recebendo os e-mails.

Vinte músicas se passam, a chuva cessa e volta, e eu ainda não chego a nenhuma conclusão sobre a real motivação de escrever textos que não se encaixam no exigido pelo cotidiano de minha profissão. O jeito deve ser continuar vivendo e ouvindo músicas no escuro do quarto para tentar achar a resposta.

quinta-feira, maio 10, 2007

Dias no garimpo



Acordamos cedo. A noite foi fria, choveu. Ainda bem que nenhum mosquito apareceu para incomodar. Talvez o frio os espante. Todos já se levantaram, sou o último a deixar a rede. Com uma toalha servindo de casaco, escovo os dentes com água tão gelada como se fosse retirada de uma geladeira.

Venta levemente, a temperatura ambiente mudará em breve, depois que o sol conseguir espantar de vez as nuvens. Por enquanto, frio. Dormir num barracão sem paredes não é muito agradável. O café da manhã é frugal e deve ser engolido rápido, pois as máquinas já estão ligadas.

Juntar e lavar o cascalho, segurar na mangueira e direcionar o jorro para o material. Agora é esperar que desse monte saia uma pedra pelo menos. Parte da produção é dos peões, mas é o chefe quem sempre ganha. Ele leva o produto para a capital, vende pelo melhor preço e repete de novo que a cotação está pior do que na última vez.

Almoçar em menos de cinco minutos, correr para continuar o trabalho, chamar o colega da vez para que ele também corra...

De um acampamento a outro, muitos igarapés represados com a areia de seu próprio leito, cheios de mercúrio. A água, apesar de transparente, não é boa para beber nem tomar banho. A camada vegetal some, sobra o branco da argila e sua asfixiante refração que aumenta o calor do meio-dia.

São 20 horas e ainda há pessoas trabalhando. O trator não pára de juntar material. A cozinheira já terminou a janta, gordurosa, calórica, quem trabalha o dia inteiro sente muita, muita fome. Uns comem nas redes, outros em pé, o restante em bancos improvisados.
Urinar, defecar, escovar os dentes, tomar banho, trabalhar. Não há paredes por aqui. Tudo é feito em contato com a natureza, ao ar livre.

O ouro que sobra nas pequenas cicatrizes do acampamento alimenta o sonho das moedas a mais ou a gorjeta da Guarda Nacional, que parece estar ali só para ser agradada e não ficar desagradável.

Hora de partir, banho rápido usando a própria mangueira de lavagem de material. Atravessamos a savana, deixamos para trás corruptelas, suas casas feitas com latas de querosene e a vila principal. Agora é voar por uma hora e voltar à vida urbana normal.

quarta-feira, maio 09, 2007

segunda-feira, maio 07, 2007

Chegaram as águas de maio

Finalmente o verão amazônico está chegando ao fim. Chove em Boa Vista desde o sábado à noite, com pequenos intervalos para dar um tempo à terra seca, desacostumada às chuvas.
As noites agora ficarão mais frias, nada parecidas com os últimos dias, por exemplo, quando o calor, somado à falta de brisa, parecia asfixiar a cidade. Agora ficará mais fácil de sair no meio da tarde sem sentir a pele queimando.
O inverno é bom para os agricultores plantarem, é bom para pessoas como eu, que ficam de mau humor quando está muito quente. É ruim para quem inventou de fazer casas sobre os lagos que havia na cidade e perto dos igarapés e rios. É ruim também para os agricultores que vivem nas vicinais no interior do Estado. Nesta época, fica difícil transitar nas estradas de barro e escoar a produção.
É bom para passear no intervalo entre uma chuva e outra. É ruim para secar a roupa lavada no final de semana. É bom para namorar debaixo do lençol e tomar chocolate quente. É ruim para namorar no portão.
O inverno é bom para pensar e ouvir música no escuro. É ruim para fazer show ao ar livre.
Mas que tanto, que venham as chuvas com força total. Como bem disse minha avó Maria José, “tava na hora do inverno dar um chute no verão”.

quinta-feira, maio 03, 2007

Teatro em Roraima

Opa, a partir desta sexta tem peça teatral, oficina de iluminação e debate sobre os espetáculos apresentados. É a Caravana Balaio Teatral, que traz a Roraima o grupo de teatro Clowns de Shakespeare, de Natal-RN.


O grupo vai apresentar seis espetáculos, ministrar duas oficinas e participar de dois debates. A turma começou a trabalhar no dia 2 e vai até 6 de maio, em Boa Vista e Iracema, município ao sul do Estado.

O circuito começou pelo município de Iracema, onde o grupo apresentou o espetáculo Fábulas promoveu um debate com o tema Teatro de Grupo Fora do Eixo.

Esta é a segunda vez que Os Clowns de Shakespeare vêm a Roraima. No ano passado, o grupo participou da II Mostra Sesc de Artes. Este humilde cronista assistiu às apresentações. Muito barulho por quase nada, inspirada na obra de Shakespeare, é totalmente diferente da peça Roda, Chico, peça roteirizada a partir das músicas de Chico Buarque. Uma é comédia e a outra é mais drama. Mas ambas são muito boas e vale assisti-las.


segunda-feira, abril 30, 2007

Escolhas

No grupo de amigos, a pergunta:

- E se vocês pudessem ter todo o sucesso do mundo, com milhares de holofotes apontados para vocês, dizendo que são o máximo e tal, centenas de homenagens pelos serviços prestados à humanidade, como fariam?
- A minha parte eu quero em dinheiro.
- Pra mim, separa umas broas que já tá bom demais.
- Troco por quatro quilos de sexo, drogas e roquenrol.
- Me arranja um iPod e uma som novo pro carro que tá massa.
- Deixa eu dar uns pegas na tua irmã que que me conformo.
- Eu queria ser deputado federal.
- Bom mesmo era encher a cara todo dia sem ficar de ressaca e com o fígado inteiro.
- Dá pra trocar por uma coleção de gibis da Mônica? É pra minha irmãzinha...

quinta-feira, abril 26, 2007

Partículas

O Ensaio Poético Ilustrado de Lindomar Neves Bach ainda não estava lá quando cheguei no bar Carta Roja. Obra independente, bancada pela coragem do autor e o estímulo de conhecidos, foi lançada em um espaço alternativo, numa noite fria, num bairro distante do Centro.
As possibilidades de encontrá-lo por onde costumo andar? Poucas.
Mas hoje, graças a uma gentileza de minha colega Soninha, veio até mim. Aqui, sem autorização do autor, alguns poemas (os mais curtos, é claro, que dá uma preguiça escrever....):

Diva

Menina linda
A calma se contorce
Quando você passa
Minha rua
Aonde nada acontece
É tua..


Razões

O amor é tudo
Que sobrevive
Ao tempo

Esperança de vida
Sem amor
Não existe


Sussurros

Num arrebol
A noite chega
Calando o sol

Moldura

Espera...
Cai a chuva
Mas o sol virá
E a noite ainda demora

O poeta operário
Com o olhar nublado
Molda no imaginário
A sepultura dos seus olhos

O amor tão desejado
A inocência
Na nudez
De um dia ensolarado.

quarta-feira, abril 25, 2007

Mudança


O tempo muda. Até em Boa Vista o sol tem que pedir arrego uma certa hora. A quarta-feira amanheceu nublada, choveu várias vezes durante o dia e no final da tarde um vento frio varria a cidade. Bom para tomar chocolate quente, bom para participar de um lançamento literário como o de hoje à noite, quando o desenhista Lindomar Neves Bach lança seu primeiro livro de poesias, intitulado "Partícula - Ensaio Poético Ilustrado”.




Se um dia qualquer a temperatura baixar até os 24 graus, metade dos roraimenses morrerá por congelamento. Quando bate nos 28, o povo já se empacota todo e diz que está "muito frio".

terça-feira, abril 24, 2007

segunda-feira, abril 23, 2007


Nota mental de segunda


Mudar para um local onde o mês de abril não seja tão quente, mesmo com os órgãos ambientais afirmando que o inverno amazônico já começou...Talvez a Patagônia.

Temperatura de Boa Vista é uma no Climatempo.

Na rua, o lance é bem mais quente, ainda mais que não está ventando...

quinta-feira, abril 19, 2007

Nas Trilhas de Makunaima


Amantes de documentários, fanáticos pela Amazônia, eis a chance de conhecer um pouco mais este pedaço do Brasil. Neste domingo, às 21h, horário de Brasília, a TVE transmite o vídeo “Nas Trilhas de Makunaíma”, produzido pelo jornalista roraimense Tiago Bríglia.




O vídeo faz parte do projeto DocTV, uma iniciativa de várias instituições para fomentar a produção de documentários sobre temáticas regionais em todos os Estados.



O roteiro apresenta a história do personagem mitológico de maior representatividade entre os indígenas do extremo norte do Brasil. A partir de narrativas de índios Ingarikó, Taurepang e Macuxi, são apresentadas as diversas faces de Makunaima - um ancestral guerreiro dos índios de origem ‘Karib’, concebido por algumas etnias como um deus da natureza.


Tiago, de camisa verde, filmando no Monte Roraima


O filme proporciona uma viagem pelos mistérios da lenda e percorre as trilhas do Monte Roraima, uma montanha de 2 bilhões de anos, considerada o templo sagrado onde vive o espírito de Makunaima.


O documentário traz a interpretação de pesquisadores sobre os fundamentos do mito de Makunaima e uma análise crítica sobre o personagem Macunaíma de Mario de Andrade, inspirado no mito indígena que foi registrado pelo etnólogo alemão Theodor Koch-Grünberg em sua obra Vom Roroima Zum Orinoco, quando esteve entre os índios Taurepang (Pemón para os venezuelanos) e Arekuna, em 1911.

quarta-feira, abril 18, 2007

Música de Roraima

Cantores Eliakin Rufino e Neuber Uchôa
apresentam show Damurida no Sesc RR




Durante o show, nesta quinta (19), Dia do Índio, haverá uma exposição da arte naif da artista plástica Carmésia Emiliano. O ingresso custa R$ 10. Estudantes e comerciários com carteira atualizada pagam só cinco pilas.

Para quem nunca ouviu a palavra damorida, trata-se do nome de um apimentado caldo feito pelos índios da região à base de carne de caça (antigamente. Hoje já se aceita carne de gado) ou peixe (quando mais espinhento, melhor).

É preciso cuidado para se deliciar com o prato. Este cronista, na primeira vez que foi saboreá-lo, confundiu uma pimenta olho-de-peixe, redonda e verde, com outro tipo de condimento e mastigou uma delas inteirinha...

Logicamente tive que correr para tomar água e abafar o incêndio bucal. Tirando essa ardente questão, é um dos mais saborosos pratos da culinária indígena.

Ah, além da olho-de-peixe, a damorida leva também pimenta malagueta e jiquitaia, que é uma farinha feita de pimentas moídas. Um espetáculo de ardência.