O título é uma cola de um jornalão do país. “Elle”, no caso, é o Fernandinho Collor, senador e barão da mídia nas Alagoas, eleito presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado numa disputa que gerou intrigas e ódio na última semana.
O desenrolar da briga todo mundo pode acompanhar nos sites de notícias. O resultado é que o Collor tá por cima da carne seca, a base aliada do Governo brigou entre si (e isso deve gerar reações do Planalto), o Sarney mostrou quem manda no País e tudo o referente ao PAC (Programa de Aceleramento do Crescimento vai passar pelo mão do ex-presidente da República.
Aliás, Collor voltou a ser presidente. E com o PAC na mão. Será que ele vai atravancar a vida do Lula, que achou normal a vitória do senador?
Veja a história política do Collor, resumida no dia 5 de março por Gustavo Krieger, jornalista do Correio Braziliense. Atenção ao segundo tópico, que informa quando o homem mandou confiscar a poupança de todo mundo: 16 de março de 1990. Isto é, na próxima segunda faz 18 anos que os poupadores ficaram acesso a sua própria grana. Eu ainda não morava no Brasil, mas me lembro das matérias: foi um pavor o tal do Plano Collor.
“Ascensão, queda e volta por cima
17 de dezembro de 1989
Com 35 milhões de votos, vence o segundo turno das eleições presidenciais, batendo Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
15 de março de 1990
Toma posse na Presidência da República. No dia seguinte, lança um plano econômico que confisca as contas bancárias e aplicações financeiras.
1991
Seu governo enfrenta várias denúncias de corrupção, em especial sobre a influência de seu tesoureiro de campanha, Paulo César Farias, o PC, com negócios públicos.
25 de maio de 1992
Seu irmão, Pedro Collor, dá uma entrevista à revista Veja com pesadas acusações contra o governo. O Congresso cria uma CPI da Corrupção.
16 de agosto de 1992
Manifestações em todo o país pedem o impeachment do presidente.
26 de agosto de 1992
A CPI aprova o relatório, acusando Collor de ser financiado pelo Esquema PC.
29 de setembro de 1992
A Câmara aprova a abertura do processo de imepachment e afasta Collor do cargo.
29 de dezembro de 1992
Collor renuncia para tentar salvar seus direitos políticos. Mesmo assim, o Senado cassa seu mandato.
Dezembro de 1993
O Supremo Tribunal Federal (STF) considera válida a sessão do Senado que cassou o mandato e os direitos políticos de Collor, que fica inelegível.
Dezembro de 1994
Por cinco votos a três, o STF absolve Collor no processo criminal por corrupção passiva.
Agosto de 1995
Muda-se para Miami, com o argumento de estudar.
2002
Depois de recuperar os direitos políticos, filia-se ao minúsculo PRTB e disputa o governo de Alagoas. É derrotado no primeiro turno.
2006
Elege-se para o Senado.
Fevereiro de 2007
Um dia depois de tomar posse no Senado, troca o PRTB pelo PTB, a convite do ex-deputado Roberto Jefferson.
Mr. Fernando, o cara da Comissão do PAC
4 de março de 2009
Elege-se presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado."