quarta-feira, junho 22, 2011
sexta-feira, junho 03, 2011
Rumo a Palmares, na Mata Sul de Pernambuco
Deixo, junto com os demais integrantes do Coletivo Arteliteratura Caimbé, Boa Vista neste sábado 4, dia de meu aniversário.
Vou encarar a estrada rumo ao município de Palmares, estado de Pernambuco, lá no Nordeste e fazer mais atividades do projeto Caminhada Arteliteratura.
Depois de Palmares, vamos a Novo Lino, Alagoas.
Se quiser saber mais sobre o que vai ter nessa jornada literária, acessa o blog do projeto, que foi selecionado pela Bolsa Funarte de Circulação Literária 2010.
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sexta-feira, maio 27, 2011
Sequência de Ponte para Terabítia será filmada em Roraima
Nem Rio de Janeiro, nem Paulínia. Hollywood já confirmou: a sequência do filme Ponte para Terabítia será produzida em Boa Vista, capital de Roraima, estado brasileiro que está quase todo no hemisfério Norte.
Nem Rio de Janeiro, nem Paulínia. Hollywood já confirmou: a sequência do filme Ponte para Terabítia será produzida em Boa Vista, capital de Roraima, estado brasileiro que está quase todo no hemisfério Norte.
A ponte original |
A vinda das equipes de cinema americano à Amazônia está sendo comemorada pelas equipes que planejam as políticas de turismo, lazer e cultura na capital. O estúdio responsável pelas filmagens foi convencido pela infraestrutura que lhe será oferecida. Além de ficar mais perto dos EUA do que em qualquer outro Estado, a produção executiva do filme gostou da ideia de filmar numa “ponte” preparada especialmente para o filme.
O cenário principal ficará sobre o igarapé Mirandinha, na parte que separa os bairros Aparecida e Caçari, bem ao lado da avenida Ville Roy, o que também vai facilitar o deslocamento das equipes.
O cenário principal ficará sobre o igarapé Mirandinha, na parte que separa os bairros Aparecida e Caçari, bem ao lado da avenida Ville Roy, o que também vai facilitar o deslocamento das equipes.
Futuro local das filmagens. |
Área onde foi retirada material para plantar grama à margem do igarapé canalizado. Ação deixou descobertas raízes de árvores |
Nova ponte para Terabítia |
A área foi recentemente desmatada pela Prefeitura de Boa Vista para canalizar o igarapé, inicialmente uma medida tomada para combater severamente o processo de poluição do curso d`água. Descobriu-se agora que, apesar de todas as evidências contrárias, jogar concreto no leito do igarapé sob a alegação de urbanizar a área tinha a nobre finalidade de gerar empregos e visibilidade para a capital.
A sequência, conforme os produtores, pode vir a ter outro nome. Os americanos estudam chamar o filme de “Ponte para Aparecida”, fazendo uma ligação com a santa padroeira do Brasil, ou “Ponte para a praça do Caçari”, uma alegoria ao avanço das áreas urbanas sobre os rios e igarapés da Amazônia.
Antes mesmo de começar as filmagens, a obra municipal, injustamente criticada há algum tempo, já desperta a atenção de outros estúdios de cinema. Executivos e diretores avaliam a possibilidade de fazer algumas cenas para um novo Mad Max. O mote seria o começo de tudo o que resultou no mundo árido e sem vida que rodeou Mel Gibson nas telas, uma espécie de capítulo zero da trilogia.
Hollywood negou veemente os rumores sobre o igarapé Mirandinha ser cenário para um remake de Crocodilo Dundee. "Paul Hogan está muito velho. Além disso, na Amazônia só há jacarés. Fosse pouco, o jacaré de dois metros que estava sendo cogitado para estrear o filme foi pego no próprio igarapé usando produtos ilegais na noite desta quinta-feira 26 pelo Corpo de Bombeiros. Isso inviabiliza a produção", afirma um comunicado do estúdio.
Leia algumas matérias sobre a obra no igarapé Mirandinha:
terça-feira, maio 17, 2011
terça-feira, maio 10, 2011
Tira Bacana
Esse é nome do site criado pela microncontista Ana Mello, lá do Rio Grande do Sul, para publicar poemas e ilustrações. Tem um bocado de gente participando. Eu estou no meio deles. Dá um chega no site clicando aqui e diz depois se tu curtiu ou não.
sábado, maio 07, 2011
Retratos de uma viagem
Finalmente conseguimos subir as fotos da viagem a Campo Alegre e Vista Alegre, realizada no dia 28 de abril, para mais uma atividade do Projeto Caminhada Arteliteratura.
Foi um dia muito legal, com contação de histórias, declamação de poemas, oficinas, exposição fotográfica e muitas perguntas aos escritores Eroquês Guadério e Alexia Linke.
Confere as fotos no blog do projeto.
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terça-feira, abril 26, 2011
Histórias de um pai de primeira viagem
Se você nunca leu um blog chamado O Pai do Indiozinho, esta é sua chance.
Fui eu mesmo que o criei, durante os preparativos para a chegada do Edgarzinho.
Nunca mais atualizei, é verdade. Culpa minha mesmo, que esqueci a senha para poder entrar no sistema do Wordpress.
Vai lá e lê as crônicas sobre a chegada do pequeno índio.
Outras fotos das nossas andanças literárias
Você tem Orkut?
Então dá uma olhada nesses álbuns com muitas outras fotos de nossa Caminhada.
Aqui, fotos de Boca da Mata e Sorocaima II, em Pacaraima
Aqui são fotos de Campo Alegre e Vista Alegre, em Boa Vista
Se o teu lance é o Facebook, olha aqui as fotos:
Aqui, fotos de Boca da Mata e Sorocaima II, em Pacaraima
Aqui são fotos de Campo Alegre e Vista Alegre, em Boa Vista.
Aqui, fotos de Boca da Mata e Sorocaima II, em Pacaraima
Aqui são fotos de Campo Alegre e Vista Alegre, em Boa Vista.
Aproveita as imagens!
quarta-feira, abril 20, 2011
E agora vamos montar as bibliotecas comunitárias
A Caminhada Arteliteratura vai chegando ao seu fim em Roraima.
Dia 28 de abril o Coletivo Arteliteratura Caimbé vai a Campo Alegre e Vista Alegre levar escritores para conversar com os moradores destas comunidades indígenas que ficam depois do Rio Uraricoera. Já confirmaram a viagem o poeta Eroquês Gaudério, o cordelista Otaniel Souza e a contadora de histórias Alexia Linke.
Dia 28 de abril o Coletivo Arteliteratura Caimbé vai a Campo Alegre e Vista Alegre levar escritores para conversar com os moradores destas comunidades indígenas que ficam depois do Rio Uraricoera. Já confirmaram a viagem o poeta Eroquês Gaudério, o cordelista Otaniel Souza e a contadora de histórias Alexia Linke.
Poeta Eroquês Guadério |
Na verdade, todos já "estão lá" nas comunidades desde o mês de fevereiro, quando entregamos um kit contendo 29 livros e um CD de vários escritores e músicos de Roraima.
Escritora e contadora de histórias Alexia Linke |
Agora, o trio vai trocar ideais com o povo da Terra Indígena São Marcos e saber o que acharam de seus escritos. Além deles, vão conosco o conselheiro estadual de Cultura Bebeco Souto Maior, o presidente do Fotoclube Roraima, Marcelo Seixas, e a jornalista Evilene Paixão.
A visita do dia 28 não será somente para levar os escritores. Vamos também entregar os livros arrecadados na campanha para montar bibliotecas comunitárias em quatro comunidades indígenas de Roraima e uma em Boa Vista. Graças à colaboração da turma da cidade e da Fundação Biblioteca Nacional, via Diretoria do Livro, Leitura e Literatura, conseguimos juntar mais de 1.100 exemplares de prosa e poesia.
A campanha não fazia parte do projeto. Nasceu a partir das visitas preliminares, quando vimos a possibilidade de fazer mais pelas comunidades, deixando mais sementes literárias além dos livros dos autores regionais. Felizmente conseguimos boa resposta da população não índia e das lideranças das comunidades, que já se mobilizaram para criar e adequar bons espaços para abrigar o material que será entregue.
A nossa jornada continua depois de Campo Alegre e Vista Alegre. No dia 13 de maio estaremos nas comunidades Boca da Mata e Sorocaima II, no município de Pacaraima, para repetir o mesmo processo (levar escritores, doar livros, fundar bibliotecas comunitárias) e um pouco mais: na primeira visita que fizemos a Sorocaima II, alguns moradores de Sorocaima I pediram ajuda para também montar uma biblioteca em sua comunidade. Felizmente conseguimos atendê-los.
A visita do dia 28 não será somente para levar os escritores. Vamos também entregar os livros arrecadados na campanha para montar bibliotecas comunitárias em quatro comunidades indígenas de Roraima e uma em Boa Vista. Graças à colaboração da turma da cidade e da Fundação Biblioteca Nacional, via Diretoria do Livro, Leitura e Literatura, conseguimos juntar mais de 1.100 exemplares de prosa e poesia.
A campanha não fazia parte do projeto. Nasceu a partir das visitas preliminares, quando vimos a possibilidade de fazer mais pelas comunidades, deixando mais sementes literárias além dos livros dos autores regionais. Felizmente conseguimos boa resposta da população não índia e das lideranças das comunidades, que já se mobilizaram para criar e adequar bons espaços para abrigar o material que será entregue.
A nossa jornada continua depois de Campo Alegre e Vista Alegre. No dia 13 de maio estaremos nas comunidades Boca da Mata e Sorocaima II, no município de Pacaraima, para repetir o mesmo processo (levar escritores, doar livros, fundar bibliotecas comunitárias) e um pouco mais: na primeira visita que fizemos a Sorocaima II, alguns moradores de Sorocaima I pediram ajuda para também montar uma biblioteca em sua comunidade. Felizmente conseguimos atendê-los.
Com isso, em vez de quatro bibliotecas comunitárias, serão cinco os espaços de leitura criados pelo Projeto Caminhada Arteliteratura.
Para fechar a postagem, alguns números da Caminhada:
1.110 livros, 78 revistas e 28 gibis arrecadados serão distribuídos.
246 livros técnicos e didáticos coletados na campanha foram repassados para a bibliteca do Museo Integrado de Roraima.
22 rodas de leitura serão realizadas até o final de projeto, previsto para junho no município de Palmares, Pernambuco.
4 comunidades indígenas foram visitadas: Campo Alegre, Vista Alegre, Boca da Mata e Sorocaima II.
6 bibliotecas comunitárias serão montadas em Campo Alegre, Vista Alegre, Boca da Mata, Sorocaima II, Sorocaima I e Boa Vista.
220 livros de autores roraimenses serão distribuídos nos kits literários entregues nas comunidades indígenas e em Palmares.
Tudo isso graças ao apoio da Funarte e do Ministério da Cultura, que selecionaram o projeto na Bolsa de Circulação Literária.
Para fechar a postagem, alguns números da Caminhada:
1.110 livros, 78 revistas e 28 gibis arrecadados serão distribuídos.
246 livros técnicos e didáticos coletados na campanha foram repassados para a bibliteca do Museo Integrado de Roraima.
22 rodas de leitura serão realizadas até o final de projeto, previsto para junho no município de Palmares, Pernambuco.
4 comunidades indígenas foram visitadas: Campo Alegre, Vista Alegre, Boca da Mata e Sorocaima II.
6 bibliotecas comunitárias serão montadas em Campo Alegre, Vista Alegre, Boca da Mata, Sorocaima II, Sorocaima I e Boa Vista.
220 livros de autores roraimenses serão distribuídos nos kits literários entregues nas comunidades indígenas e em Palmares.
Tudo isso graças ao apoio da Funarte e do Ministério da Cultura, que selecionaram o projeto na Bolsa de Circulação Literária.
segunda-feira, abril 18, 2011
Encontros
Um blues de letra minha e música de Avery Veríssimo, composto para um festival há uns dois anos.Digam aí o que acharam.
Encontros
Daquela manhã fria, abandonada
Quando apenas o vento era companhia
E nada mais restava, nada havia
Daquela hora ingrata, introspectiva,
Desconexos pensamentos
Lembranças de amores e tormentos
Daquele tempo pouco resta agora
Sentados no bar bebendo vinho
Comentando como é ser sozinho
Idéias pairando sobre o tudo e o nada
Sugerindo ficar mais ou encher de amor a madrugada
O dia nasceu preguiçoso no leste
Trazendo uma manhã silenciosa e fria
E o vento espantando um pouco da melancolia.
Idéias pairando sobre o tudo e o nada
Sugerindo ficar mais ou encher de amor a madrugada
quarta-feira, abril 06, 2011
segunda-feira, abril 04, 2011
Diário de caminhada – 25 de março de 2011 - Nas comunidades Boca da Mata e Sorocaima II
(Publicado no blog do projeto Caminhada Arteliteratura)
Mais uma vez seguimos nossa viagem rumo às comunidades indígenas de Roraima. Desta vez, as atividades foram realizadas na seguinte ordem: pela manhã estivemos na Boca da Mata e à tarde em Sorocaima II, ambas no município de Pacaraima.Nesta terceira viagem do projeto tivemos a simpática presença do artista plástico José Napoleão, que chegou de Minas Gerais para realizar uma oficina cultural na sede do Coletivo Arteliteratura Caimbé.
Ao chegarmos na comunidade Boca da Mata, localizada às margens da BR 174, encontramos pais, alunos, professores e representantes de outras comunidades indígenas reunidos no malocão central.
Após as atividades e o preenchimento das fichas sócio-culturais da Funarte, Edgar convidou alguns moradores para oficializar a entrega do kit literário. Foram repassados às mãos do tuxaua e professor Aldemárcio 29 livros de autores roraimenses que a partir daquele momento passaram a pertencer à comunidade.
A visita foi finalizada com aplausos, agradecimentos e a confirmação de nosso regresso no dia 13 de maio. Voltaremos trazendo alguns dos autores dos livros entregues para conversar com a comunidade. A nova visita coincidirá com a realização de uma programação voltada à literatura na escola Tuxaua Antonio Horácio. Acreditamos que vamos enriquecer o dia.
Também faremos a entrega dos livros arrecadados na campanha de coleta de exemplares de prosa e poesia.
Veja as fotos em Boca da Mata
As atividades realizadas em Sorocaima II foram desenvolvidas na Escola Indígena Manuel Barbosa, que atende também a outras comunidades próximas. O professor e tuxaua Rivelino havia organizado tudo para nossa chegada e encontramos todos –crianças, jovens e senhores da terceira idade, bem animados.
Após apresentar a equipe aos presentes, Edgar falou sobre o projeto Caminhada Arteliteratura, como se deu a idéia do projeto e sobre o apoio da Funarte /Minc.
Falou sobre a importância da leitura, dos livros, do conhecimento e ainda de seu sonho de conseguir, através do projeto, despertar o interesse daqueles jovens de forma que, daqui a alguns anos, ao reencontrá-los, veja que alguns se transformaram em escritores.
Em seguida, Tana Halú iniciou uma roda de contação de história. Depois foi a vez do professor Rivelino contar a lenda da onça e do jabuti e cantar junto com as crianças moradoras da comunidade uma canção na língua indígena macuxi.
A sessão de desenhos revelou boas surpresas.
Por fim, um kit com 29 livros de autores roraimenses foram repassados às mãos do professor Rivelino. Após a entrega, demos por encerrada as atividades daquela tarde e marcamos nosso retorno para o dia 13 de maio, trazendo a nossa caravana de escritores.
As conversas e as trocas de idéias e de histórias seguiram de forma agradabilíssima, após o evento.
Nesta caminhada encontramos participantes de 13 comunidades indígenas:
Boca da Mata, Arai, Samã II, Sol Nascente, Bananal, Pacaraima (a sede do município), Santa Rosa, Sorocaima II, Sorocaima I, Guariba, Ingarumã e Nova Esperança.
“ Como relatar o brilho encontrado
Em cada um daqueles olhares?
Como descrever o riso inocente
Estampado em cada um daqueles rostos?
Como definir a magia que se dá entre
Doar um tempo tão curto
E receber algo tão belo:
A gratidão?”
(Zanny Adairalba)
A Comunidade Sorocaima II está localizada às margens da BR 174, bem perto de onde as torres de energia elétrica que, vindas da Venzeuala, abastecem Boa Vista e outras cidades estado de Roraima. Apesar disso é iluminada apenas por um gerador que funciona poucas horas por dia, deixando quem não tem o seu próprio gerador no escuro. Internet? Só a mais ou menos 20 km de distância, na sede do município.
........................
O projeto Caminhada Arteliteratura foi um dos contemplados pela Bolsa de Circulação Literária da Funarte e Ministério da Cultura.
domingo, março 13, 2011
Dia Nacional da Poesia 2011 – Uma festa ao ar livre
(Publicado originalmente no blog do Coletivo Arteliteratura Caimbé)
E mais uma vez fomos às ruas de Boa Vista para comemorar o Dia Nacional da Poesia. Esta foi a III edição do evento “Poesia na Praça”, uma iniciativa do Coletivo Arteliteratura Caimbé. Optamos por realizá-la na avenida Jaime Brasil, centro comercial de Boa Vista - RR, para presentear os transeuntes com muita poesia e música. O evento começou às 9h com duas exposições fotográficas: uma do Fotoclube Roraima e outra de poemas e imagens produzidas pelo Coletivo Caimbé, além de um varal de poesias que chamou a atenção de quem passava pelo local. As pessoas foram se aproximando e logo tínhamos um bom número de amantes da literatura brasileira, reunidos numa grande festa poética. O evento contou ainda com a participação de vários artistas locais que abrilhantaram ainda mais o momento. O poeta gaúcho Eroquês Gaudério e sua linda filha Giovana Krystine, de apenas 8 anos, encantaram os espectadores com a sua performance. Também estiveram presentes Daniel Moraes, que variou entre declamações próprias e de poetas como Fernando Pessoa; a atriz Vera Vieira, que com muita simpatia, recitou textos de autores nacionais e locais; o diretor de Cultura do Sesc- RR, Chico Pinheiro; o cantor e compositor Marcos Terra; e o diretor teatral Márcio Sergino, entre outros conhecidos. Apesar da ameaça de chuvas, que haviam sido muito fortes na sexta-feira, o sábado foi agradavelmente nublado e frio, sem nenhuma gota para nos atrapalhar. O encerramento do III Poesia na Praça ficou por conta do cantor de reggae Mike Guy-bras. Nos últimos acordes de sua apresentação São Pedro decidiu molhar a Jaime Brasil, provocando aquela correria de retirada de material e proteção de equipamentos. Ainda bem que foi apenas um chuvisco leve, bem leve. A proposta de levar poesia a lugares públicos teve mais uma vez bons resultados. As declamações, a comercialização de obras literárias e a satisfação estampada nos olhares atentos dos espectadores provam que este tipo de ação é muito bem recebida pela comunidade. Agradecemos o apoio da Fetec, do Sesc-RR e do Fotoclube Roraima em mais esta intervenção cultural. Se tiver curiosidade, veja nestes links como foram as comemorações do Dia Nacional da Poesia em 2010 e em 2009. Aproveite as fotos feitas por Edgar Borges, Zanny Adairalba e Chico Pinheiro:
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quinta-feira, março 10, 2011
Liminar
Vamos, vamos, vamos
O tempo é curto e a distância é a longa.
Movimentem-se, movimentem-se
Já chegam e podem irritar-se
Que não nos vejam aqui.
Ninguém nos autorizou, lembrem-se.
Eles quem sabe o fizessem,
Mas hoje não será o nosso dia.
Adiem essa permanência, digam adeus,
Desconfortável adeus.
Os donos estão vindo e as nossas terras
Não são mais as que eram ontem.
Ficamos assim, ao alcance de suas decisões,
De suas mãos pesadas, de suas botas, de seu riso de escárnio.
Movimentem-se, vamos, vamos.
Ficar? Tem certeza?
Não, melhor não.
Estas terras não são mais nossas,
Seus donos alegam retorno, estorno, estorvo.
Somos estorvo, ocupantes impróprios
Nada para se preocupar.
Como disse, é melhor ir, é melhor.
Lá chegam à vista as primeiras botas raivosas
Desocupando o que estava bem ocupado.
Somos lembranças, somos passado.
O futuro a outros pretence.
A terra, como disse alguém,
A outros, justos ou não, pertence
E deles será a herança.
A nós?
Sem casa, sem caminho, sem nada
Que reste um pouco de resto, desocupação, invasão, fuga.
A nós, tomara, que sobre um pedaço de esperança
Em outra margem, em outro ponto distante.
(Poema premiado, conforme podes ler aqui)
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