Toda vez que o Edgarzin desenha lembro dessa música do Zeca. O moleque já passou pela fase do papel, pelas paredes da casa, pela agenda dos amigos e até já deu um pichada no muro do quintal. Tudo ao velho estilo manual.
Eu, que nunca fui bom de desenho, mas adoro uma arte visual, me amarro. Em novembro de 2011, numa das suas diversas internações fizemos até uma exposição no hospital onde passou quase uma semana tentando respirar bem.
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Essa mesmo expo foi parar depois na Galeria Cozinha, que a mamis dele montou em nossa maloca.
Dou-lhe a maior corda, compro papel, lápiz de cera, aquarela, tudo o que ele puder usar. Faz bem incentivar os bons hábitos dos moleques.
Ultimamente o indiozin começou a desbravar os campos da arte digital com o bom e velho Paint.
Inicialmente eu abria o programa, mostrava como fazer e tal. Depois de uns dias, peguei um susto quando o vi passando pela sala carregando o notebook em direção à sua mesinha.
Lá, abriu e ligou o note, acessou o Paint e começou a compor seus desenhos misturando as formas prontas do programa com os traços que já consegue fazer.
Disso faz poucas semanas. Estamos salvando tudo, pensando em, quem sabe o futuro?, vender tudo a preço de ouro no dia que ele virar um artista de renome.
E como bons curiosos pais que somos, vez ou outra vamos lá na pasta perguntar o que é tal desenho, o que é aquilo e outro. E ele fala: fábrica de beijos, espaço sideral, ônibus passando numa ponte, castelos...adoro o tom de voz dele jogando as respostas...
Se liga nessas fotos aí, especificamente no olhar concentrado enquanto os dedinhos controlam o mouse touchscreen do notebook. É a arte digital tomando conta do portfolio de meu artista.
Com a graça de Deus e Basquiat (artista que a mamis dele e eu admiramos)