quarta-feira, setembro 26, 2012

As artes do Edgarzin

"Com a graça de Deus e Basquiat, Nova Iorque me espere que eu vou lá."
Zeca Baleiro

Toda vez que o Edgarzin desenha lembro dessa música do Zeca. O moleque já passou pela fase do papel, pelas paredes da casa, pela agenda dos amigos e até já deu um pichada no muro do quintal. Tudo ao velho estilo manual.

Eu, que nunca fui bom de desenho, mas adoro uma arte visual, me amarro. Em novembro de 2011, numa das suas diversas internações fizemos até uma exposição no hospital onde passou quase uma semana tentando respirar bem.







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Essa mesmo expo foi parar depois na Galeria Cozinha, que a mamis dele montou em nossa maloca.

Dou-lhe a maior corda, compro papel, lápiz de cera, aquarela, tudo o que ele puder usar. Faz bem incentivar os bons hábitos dos moleques.

Ultimamente o indiozin começou a desbravar os campos da arte digital com o bom e velho Paint.

Inicialmente eu abria o programa, mostrava como fazer e tal. Depois de uns dias, peguei um susto quando o vi passando pela sala carregando o notebook em direção à sua mesinha.

Lá, abriu e ligou o note, acessou o Paint e começou a compor seus desenhos misturando as formas prontas do programa com os traços que já consegue fazer.

Disso faz poucas semanas. Estamos salvando tudo, pensando em, quem sabe o futuro?, vender tudo a preço de ouro no dia que ele virar um artista de renome.

E como bons curiosos pais que somos, vez ou outra vamos lá na pasta perguntar o que é tal desenho, o que é aquilo e outro. E ele fala: fábrica de beijos, espaço sideral, ônibus passando numa ponte, castelos...adoro o tom de voz dele jogando as respostas...

Se liga nessas fotos aí, especificamente no olhar concentrado enquanto os dedinhos controlam o mouse touchscreen do notebook. É a arte digital tomando conta do portfolio de meu artista.















Com a graça de Deus e Basquiat (artista que a mamis dele e eu admiramos)

segunda-feira, setembro 24, 2012

Agenda literária de outubro

O mês de outubro vai ser cheio das atividades no Coletivo Caimbé. Confere onde podes me encontrar para pagar um refri:


4 e 5 de outubro (quinta e sexta)


Exibição da mostra de fotografia, poemas e micronarrativas "Curt@s histórias e poesias", com textos meus e fotografias minhas, de Zanny Adairalba e Edgarzinho Borges Bisneto. Será na Escola Estadual Penha Brasil, bairro Aparecida, como parte da festa de encerramento de um projeto de leitura.

6 de outubro (sábado)


Sessão de autógrafos dos livros Repoetizando, de Zanny Adairalba, e Sem Grandes Delongas, de minha autoria, na livraria Saber, às 10h. A atividade faz parte das celebrações dos três anos de aniversário da loja, que fica na avenida Ville Roy, 4896, Aparecida (Em frente à Femarh).


20 de outubro (sábado)


II Encontro dos Cordelistas em Roraima - Sábado, 16h - Forródromo do Parque Anauá.
(Não que eu seja cordelista, mas vou estar lá.)


26 de outubro (sexta)


Happy Hour Poético na livraria Saber, com muitos poetas e escritores convidados. A partir das 18h.


28 de outubro (domingo)


Exibição dos filmes do DIA 2012 (Dia Internacional da Animação) na Associação Grupo de Mães Anjos de Luz, Rua Austrália, 465, bairro Cauamé. A partir das 19h, com entrada franca.


29 de outubro (segunda)


Participo da mesa redonda "A internet como ferramenta  positiva na formaçaõ do leitor crítico", no XII Encontro Estadual de Incentivo à Leitura (Proler). Às 9h45, no Palácio da Cultura.

E só. Fora isso, o trabalho normal e a busca de grana para voltar à estrada e deixar as quatro paredes para trás.

quinta-feira, setembro 06, 2012

Sentimentalismo latino


Em algum momento na longa vida deste blog já falei que nós, criados na América espanhola, temos forte tendência a ser o que alguns brasileiros definiriam como amantes da música brega. 

Mesmo num país como a Venezuela, onde o merengue e a salsa dão, literalmente, o ritmo da vida, há espaço para músicas como as rancheras, originárias do México, que batem fundo em corações apaixonados.

São letras e melodias feitas para embalar corações apaixonados, estando ou não sendo correspondidos. 

Lembro que quando era criança vi muitas pessoas em bares e tascas ouvindo esses sons e chorando por uma mulher ou um cara filh@ de uma mãe que não lhes dava a devida atenção. 

Uma boa música ranchera e uma garrafa de cerveja ou de rum fazem a diferença na hora de aliviar as dores do amor. Muito melhor que ouvir rock. Aliás, se há algo com que o rock não combina é com alivio para um coração machucado. Ou não?

Voltemos à minha história: já no Brasil, por questões geográficas, me afastei das rádios e dos ambientes onde se ouvia música ranchera. Verdade que trouxe e ao longo dos anos comprei fitas cassete (lembra disso?) e CD’s que agiam como pontes entre as recordações de meu passado na Venezuela e o  presente, tão cheio de outros ritmos em língua diferente.

E aí chegou a internet, facilitando o acesso aos mp3 da vida. E veio o youtube, alimentado por milhões de pessoas dispostas a compartilhar seus acervos originais e pirateados. E veio forte como nunca a onda das regravações. E veio Maná, regravando, como já fez com um monte de composições rancheras, Hasta que te Conocí, escrita por Juan Gabriel. E vim eu, consolidando minhas conclusões sobre o Maná: são bregas que só e é por isso que são bons e eu gosto.

Tudo isso foi para te apresentar duas versões da mesma música. No primeiro você verá Hasta que te conocí interpretada pela turma do Fher. No segundo está uma versão longa com Juan Gabriel acompanhado por mariachis  e uma uma orquestra sinfônica. 

Se você tem neste momento algum problema amoroso e entende um pouco de castellano, recomendo que não assista. Emociona. 

Vamos lá, chorar: 






E agora, com Juan Gabriel: