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terça-feira, junho 19, 2018

A literatura de Roraima em foco (e eu no meio dos focados)


O curso de especialização em Língua Portuguesa e Literatura da Universidade Estadual de Roraima realizou no dia 9 de junho o seu I Café com Letras. Eu não sabia disso até o momento em que uma colega do curso de mestrado em Letras da UFRR, que também está fazendo a especialização, me mandou uma foto de um slide com dados meus.





Era a apresentação de um trabalho sobre minha trajetória, feita por uma aluna da especialização que me entrevistou faz um tempão e eu já não lembrava mais. Fiquei lisonjeado, cheguei até a pensar que era uma manhã só para falar de minha pessoa, mas depois que publiquei a foto do slide no instagram e no status do Whastapp uma outra colega, que também está no curso, me mandou as imagens abaixo, explicando que era uma manhã inteira de apresentações sobre autores de Roraima.




Foi muita pesquisa mostrada nessa manhã. Sobre 16 autores, para ser mais exato, atendendo ao tema do café: Literatura de Roraima em Foco. 



A aluna que me entrevistou se chama Simone de Castro. Nos encontramos no Guaraná do Marivaldo numa tarde pós-chuva violentíssima, eu já de olho no relógio para ir pegar o Edgar na escola, ela chegando alguns minutos atrasada. Fez perguntas interessantíssimas, bem elaboradas, demonstrou que havia pesquisado muito sobre mim e até me falou de coisas que eu não lembrava mais ter dito/feito/publicado. Muito competente. Se não fosse o horário apertado teria falado mais com ela. Lamentei.


Uma das minhas amigas me disse depois que os autores não foram chamados porque houve relatos de um evento para o qual haviam convidado um escritor que estava sendo analisado, o aluno apresentou suas conclusões, o literato não curtiu e praticamente desmontou todo o trabalho acadêmico na frente da turma, pegando bem pesado. Então, para evitar encrenca, esta turma da UERR decidiu ficar só entre eles.




Pena. Gostaria de ter visto. Como disse para minha amiga, dou risada vendo como os alunos enxergam e detectam coisas que eu mesmo nunca pensei ter pensado.  

quarta-feira, dezembro 27, 2017

Vou ser mestrando em 2018

2017 vai se encerrando e não posso deixar de contar para quem investe seu tempo lendo o Crônicas da Fronteira o meu grande momento acadêmico do ano: a minha aprovação na seleção do mestrado do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Roraima (PPGL/UFRR).

O curso começa lá pelo mês de março de 2018, iniciando uma fase da minha vida estudantil que se atrasou um pouco para acontecer. Detalhando melhor: demorou uns 17 anos para acontecer.

É que terminei a graduação em jornalismo no final de 2000. Na mesma época rolou um mestrado interinstitucional entre a UFRR e a USP e alguns colegas que haviam feito a graduação comigo conseguiram montar seus projetos, disputar as vagas e serem aprovados. Eu não tinha ideia de como fazer um projeto de mestrado, não sabia a quem recorrer e fiquei só na vontade de participar.


A nota da primeira prova. Uns já ficaram por nota e outros por falta


 Passou um tempo e a vontade de estudar voltou. Em vez de investir em cursos para aprender a fazer projetos de pesquisa ou, sei lá, ir pra aula de inglês, fiz uma prova de ingresso de graduados na UFRR, passei e comecei uma nova graduação, desta vez em antropologia.

Uns semestres depois, surgiu a encruzilhada: deveríamos escolher entre a habilitação antropológica ou a que estava sendo implantada: Ciências Sociais com habilitação em Sociologia. Fiquei com a segunda para ver se parava de ter aulas com uns professores chatos que só, colei grau como sociólogo em 2008 (nota máxima na defesa, como lembrei de anotar aqui) e sempre carreguei a vontade de crescer academicamente na vertical e não mais na horizontal.


A análise de projeto: mais uma turma ficando e outra vai avançando

Os anos foram passando, fiz uma especialização em assessoria de imprensa (Obrigado de coração, bródi jornalista Luiz Valério, por ter me carregado naquele trabalho final), fui aprendendo a escrever projetos culturais que poderiam encaixar-se na categoria “extensão”, mas nada de manjar, apesar de ter feito alguns cursos, dos projetos de pesquisa. Me faltava a ideia, o problema, a hipótese para investigar.


A defesa do projeto foi um momento tenso. Não curto ter que ficar me justificando pros outros, o que acreditei poderia me prejudicar. No final, entre críticas e recomendações, salvaram-se todos, inclusive eu. 

Finalmente, já em 2016, tive uma ideia bacana. Mapeei quem poderia me ajudar a desenvolver o texto do projeto e o alvo/vítima/coitada foi Leila Baptaglin, professora doutora do curso de Artes Visuais e do PPGL. Já havíamos trabalhado juntos antes na elaboração de um artigo para um livro sobre a gestão cultural em Roraima e por isso me senti  à vontade para conversar com ela sobre esse assunto.


A prova de proficiência: cheguei a acreditar que ia pegar bomba. Fiz, no meu entender pouca coisa, o que me prejudicaria. Seria vergonhoso reprovar em espanhol, mas ainda haveria a chance de repetir a prova no meio do ano...Ainda bem que passei hahahaha

Mandei e remandei-lhe textos até o dia em que batemos um ponto final e parti para a seleção da turma que entraria em 2017. Fiquei logo na primeira fase, que é a prova escrita. Deu uma tristeza comprovar minha eventual incompetência na hora de elaborar respostas a questões científicas, mas, ao mesmo tempo, fiquei feliz, bem no estilo Ed Pollyanna de ser: pelo menos havia conseguido escrever um projeto científico depois de 16 anos de graduado pela primeira vez. Ou seja, não estava mais no primeiro degrau dessa escadinha.

Em 2017, já empolgado com os meus novos status (“sou capaz de fazer um projeto científico” e “preciso desse mestrado para obter progressão funcional aqui na casa”), cursei duas disciplinas como aluno especial nos mestrados da UFRR em Antropologia Social e em Letras. Na disciplina de Antropologia passei e remodelei a ideia do projeto pensado no ano passado. Na de Letras ainda não sei o que vai rolar. Justamente na semana em que estou publicando este texto os professores estão analisando os trabalhos que fizemos e vendo as notas que vão nos dar. Espero aprovar, pois aí já aproveito os créditos no ano que vem.

No meio de tudo isso das disciplinas é que reformulei o projeto, apresentei, fiz as provas (as notas você confere nas fotos) e passei para ser aluno efetivo e valendo do mestrado em Letras. 

A professora Leila concordou novamente em ser minha guia espiritual, vulgo orientadora, na caminhada rumo ao título de Mestre dos Magos, Mestre Yoda, Kakashi Sensei ou simplesmente Msc

E qual é o tema, afinal?Inicialmente pretendo analisar letras produzidas pelos rappers boa-vistenses para identificar quais estratégias narrativas usam no processo de sua construção identitária. Ou seja, vou ouvir muito rap nos próximos anos.


O resultado final da seleção para 2018. Dos 32 inscritos, ficamos 17, divididos em duas linhas de pesquisa. A minha é a de Literatura, Artes e Cultura Regional

Depois de tantos anos longe dos textos e dos trabalhos acadêmicos, sem a solidão da solteirice e da não paternidade presente para aumentar o grau de concentração, tendo que usar óculos para ler e cada vez mais velho, prevejo que não será uma jornada fácil.

Ao mesmo tempo, sei que mais difícil seria ficar mais um ano botando nas metas que no próximo ano tentaria aprovar numa seleção de mestrado. Então, que venham as dores de cabeça e as insônias acadêmicas.

P.S. nada a ver com o texto:

Minha meta é 2018 é receber um cheque de 100 dólares do Google por conta do blog. Me ajuda aí povo, clicando nos anúncios que estão abaixo do texto e na lateral da página. 😅😅 Pago uma cerva procês depois...

quarta-feira, março 31, 2010

Corre, que ainda podes te inscrever no programa Rumos Itaú Cultural 2010


Até 30 de junho estão abertas as inscrições para quatro editais do programa Rumos Itaú Cultural 2010: Literatura, Pesquisa, Música e, pela primeira vez, Teatro.

As inscrições, gratuitas e feitas exclusivamente pelo site do Instituto Itaú Cultural, começaram no dia 3 de março.  O Rumos Literatura teve o prazo estendido até 31 de julho.

Os interessados podem se inscrever em mais de um edital, desde que com projetos diferentes.

Durante o período de inscrição, haverá palestras, debates e oficinas em todas as capitais brasileiras. Para saber mais, conhecer os trabalhos selecionados nas edições anteriores e conferir a programação de eventos em todo o país, acesse o site do instituto.



Em sua quarta edição, o programa Rumos Literatura é dirigido aos interessados em desenvolver textos reflexivos sobre literatura e crítica literária brasileira contemporânea.

A novidade desta edição é a possibilidade de estrangeiros se inscreverem. O programa busca colaborar no desenvolvimento de potencialidades ao estimular a formação do interessado em literatura na ampliação de sua rede de relacionamentos intelectuais e profissionais e, posteriormente, lançar e divulgar uma publicação com sua produção autoral.

O programa está dividido em duas categorias:

1. Produção Literária, para projetos de ensaio que tratem de um tema relativo à produção literária brasileira a partir do início dos anos 1980.

2. Crítica Literária, para projetos de ensaio sobre a produção crítica na literatura brasileira realizada a partir do início dos anos 1980.

Importante: o interessado não precisa escrever o ensaio final, apenas o projeto que será desenvolvido em 2011, conforme consta no edital.

Leia o edital completo, regulamento, prêmios e saiba com se inscrever nesta página.

Dentre os prêmios, os selecionados receberão apoio financeiro mensal e remuneração referente ao licenciamento dos direitos autorais do trabalho concluído e aprovado.

Acompanhe as notícias e comentários sobre o programa Rumos aqui.