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sexta-feira, março 05, 2021

Março dos escritores de prosa nos Diálogos Literários Pandêmicos

Um encontro semanal para conversar com representantes da área cultural, artística e do colecionismo, entre outros assuntos. Essa é a proposta do webprograma Diálogos Literários Pandêmicos, veiculado no Youtube desde o ano passado.

A iniciativa é comandada por este cronista toda segunda-feira, sempre a partir


das 19h30.

Em março, como parte da contrapartida de um projeto selecionado em um edital da lei Aldir Blanc estadual, serão entrevistados quatro escritores e escritoras de contos, crônicas e romances.

Em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, conversarei com Vanessa Brandão, jornalista, cronista e editora do blog Minha Janela. 



O contista Gabriel Alencarautor do livro Personagens não bíblicos e suas histórias, será entrevistado no dia 15/3. 

No dia 22, a conversa será com Afonso Rodrigues de Oliveira, articulista do jornal Folha de Boa Vista há mais de trinta anos e autor do livro de crônicas Caçador de Marimbondos e do romance E Deus criou o Mundo.

 

Alexia Braga, contadora de histórias e autora de vários livros voltados para o público infanto-juvenil, é a convidada do dia 29/3.


Diálogos Literários foi um projeto que realizei durante vários anos em feiras e eventos literários de Roraima. 

O propósito era conversar com escritores sobre o seu fazer artístico, apresentando ao público dos eventos os autores.

Com a reclusão como medida de segurança diante da pandemia de Covid-19, decidi acrescentar o termo “pandêmicos” e convidar representantes de outras áreas para conversar, via internet, sobre temas como colecionismo, artes plásticas, teatro, história da cidade de Boa Vista, cinema e, principalmente, literatura. 

Nasceram assim, os Diálogos Literários Pandêmicos. Fiz algumas edições no instagram e salvei aqui neste blog os vídeos. Depois migrei para o youtube. Para acompanhar as entrevistas, acesse e se inscreva no meu canal www.youtube.com/edgarborges.

Apesar de fazer jornalismo cultural desde a década de 1990, sempre me foquei na escrita e nunca no audiovisual. Entrevistar pessoas neste formato é um desafio e, ao mesmo tempo, uma diversão que me ajuda a relaxar enquanto não chega a vacina para todos e o melhor for o distanciamento social.

A realização desta sequência de entrevistas em março complementa o projeto “Literatura e prosa em Roraima”, que aprovei no edital N° 006/2020 - Prêmio Dorval de Magalhães de Literatura.  Este projeto é apoiado pelo Governo do Brasil e pelo estado de Roraima, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e do Fundo Estadual da Cultura, com recursos provenientes da lei federal N 14.017, de 29 de junho de 2020.

Pela proposta aprovada, a Secult comprou exemplares do livro de contos Sem Grandes Delongas para efetuar a distribuição em escolas e bibliotecas de Boa Vista e dos municípios do Interior. Como parte da contrapartida, propus realizar os encontros com outros autores da área da prosa.

Sem Grandes Delongas é um livro de contos que aborda temas como relacionamentos amorosos, cenas do cotidiano urbano da Amazônia, mitos e lendas da região Norte e muitas situações do dia a dia. O conteúdo pode ser lido sem nenhuma restrição por jovens e adultos e eu espero que em todos os municípios o livro encontre leitores. 

O livro pode ser baixado gratuitamente aqui. 

 

segunda-feira, outubro 21, 2019

Leitura de poemas de Elimacuxi

Nossa jornada leitora pela literatura de Roraima continua nesta edição com dois poemas de Elimacuxi. As obras foram extraídas do livro Amor para quem odeia, de 2013. 




Para saber mais sobre a vida e obra de Elimacuxi, acesse http://elimacuxi.blogspot.com/ ou as redes sociais https://twitter.com/elimacuxi; https://www.facebook.com/eli.macuxi e https://www.instagram.com/elimacuxi/?hl=pt


Tá lá no card do vídeo, mas deixo aqui novamente o link: se quiser ouvir a leitura dos poemas de Francisco Alves, é só clicar.

Ah, e se ainda não baixou (totalmente de graça) meu livro de contos "Sem Grandes Delongas", basta apertar aqui.  


quarta-feira, setembro 25, 2019

Faça o download gratuito de meu livro de contos "Sem Grandes Delongas"


Olá, povo do bem.

Como muitos e muitas devem saber, há alguns anos lancei meu primeiro livro de contos, intitulado Sem Grandes Delongas (aqui você pode ler alguns dos textos)



Desde antes do lançamento, eu já pensava em disponibilizá-lo digitalmente para leitura gratuita após um certo tempo. Fui adiando, fui esquecendo, fui lembrando, fui olvidando, fui me enrolando em coisas da vida. E a vida nem sempre nos lembra das nossas promessas internas.

Há um ou dois anos cheguei a perguntar no grupo de facebook que reúne os colaboradores do blog Concursos Literários qual seria a melhor plataforma para disponibilizar o livro. A turma teve consenso em indicar o google drive. Li, disse “amanhã coloco” e adiei.

No começo do ano, lendo muito sobre publicações digitais (estava eu recém-saído de um calote do governo estadual de Roraima que me impediu de publicar um livro de poemas) cheguei a cogitar lançá-lo na Amazon. Mas li que precisaria de um novo ISBN. Fui atrás disso no site da Biblioteca Nacional. Li, pensei, analisei e a vida me levou a resolver as demandas do dia. Nisso se passaram meses.

Na semana retrasada, do nada, lembrei do arquivo, localizei e pensei: semana que vem, vai. Aí um colega escritor aqui de Roraima, Ricardo Dantas, botou para download gratuito um livro dele na Amazon e eu adiei. Ficaria meio “ui, ele fez, tu copiou na hora”. Meio bobo, mas bem a cara de nossa cidade pequena. Melhor parecer que demorei a copiar, acho. E vai que ninguém sabia dessa iniciativa do Ricardo até agora e pelo menos ajudei a divulgar a ação dele.

Bueno... digressões concluídas, comunico aos leitores e leitoras deste humilde blog, no ar da web há 15 anos, que o livro Sem Grandes Delongas está disponível para download gratuito no link abaixo. Ainda tenho exemplares da versão impressa. Portanto, se você baixar, gostar e quiser comprar uma edição autografada, é só escrever para edgarjfborges@gmail.com ou passar uma mensagem no whatsapp para o número (95) 991114001.

No mais, obrigado pelas visitas e boa leitura. Agora, clique aqui para fazer o download gratuito do livro Sem Grandes Delongas e espalhe a notícia por aí.

Se gostou, mete o dedo nos links e comunica pra todo mundo que tem livro de contos disponível para leitura gratuita



sábado, junho 08, 2019

Sobre contos meus sendo lidos nos Estados Unidos

O poeta e tradutor Vitor de Araújo passou um tempo nos Estados Unidos recentemente. Selecionado para receber a bolsa Fulbright Brasil, lecionou português para os gringos na Universidade do Arkansas. 

Para isso, fez várias atividades. Uma delas foi o Sarau do Português, no qual alunos leram obras no nosso idioma. Uma dessas obras foi o meu livro, Sem Grandes Delongas. Em fevereiro, Vitor me passou um dos vídeos gravados no sarau. 

Por preguiça na época, postei o vídeo somente nas minhas redes sociais. 

Esta semana, lendo uma matéria no portal do Senac Roraima, percebi que devia colocar aqui também. Assim sendo, convido todo mundo para ver a gringuinha lendo um conto meu:





 Ah, sim. A matéria a que me referi foi esta: Esquina Americana divulga editais para profissionais e acadêmicos estudarem nos EUA



Nesse trecho acima printado, o Vitor conta sua experiência e cita a minha participação, enquanto autor, no sarau:

 “Valeu a pena” 
Vitor de Araújo foi um dos participantes da última edição do FLTA e esteve no Senac Idiomas na última terça (28) compartilhando sua experiência. O jovem recebeu seguro-saúde, moradia, bolsa (“em um valor muito bom para se viver com conforto”), passagens de ida e volta e o visto. Lá, ele trabalhou na Universidade do Arkansas, onde estudou cultura e história americanas e ensinou português para duas turmas.

Além disso, ele participou de eventos externos; ajudou a alimentar as redes sociais do programa e a organizar eventos de integração: saraus literários (nos quais os alunos americanos leram poemas e minicontos de Gonçalves Dias a Edgar Borges, escritor roraimense), piqueniques, apresentações de música brasileira.

“Foi bem legal”, exclamou sempre que contou uma história ou mostrou um vídeo de algum trabalho realizado em sala de aula. O grupo de bolsistas depois criou um perfil no Instagram onde dá dicas e conta sua experiência para quem também quiser participar das próximas edições. O nome do perfil, pocando nos States, é inspirado em uma gíria do Estado do Espírito Santo (de onde vieram duas bolsistas) e significa "sendo feliz" e "arrasando".

quinta-feira, abril 19, 2018

Dos modos de produção artística e literária em Roraima: um bate papo matutino na UFRR


Participei nesta quarta (18) pela manhã do evento Literatura em Roraima: diálogos e leituras, uma realização do curso de Letras e do Programa de Pós-graduação em Letras da UFRR. Para falar sobre “modos de produção artística e literária”, a turma chamou, além de mim, os escritores Jaime Brasil, Marcelo Perez e Roberta Cruz.


Saca o charme de todo mundo no cartaz

Os escritores Jaime Brasil, Marcelo Perez, a mediadora Elisa, Roberta Cruz, eu e meus óculos

Foto que Aldenor Pimentel compartilhou no grupo de wpp dos escritores de Roraima 

 Curti muito ouvir esse povo legal falar de seus modos de produção, ouvir suas opiniões sobre vários temas e conhecer mais deles. 

Fotinha com legenda fofa que peguei do instagram da poeta Elimacuxi, que não falta a uma edição do evento
Eu dividi minha fala em duas partes: na primeira falei das questões que envolvem tornar realidade o produto “livro”, descrevendo o panorama local, apontando questões que os escritores residentes em Roraima deveriam pensar, entre elas como tornar autossustentável a nossa profissão número dois (a dos sonhos, já que a primeira é a que banca as contas de todo mundo).

Marcelo Perez aproveitou e distribuiu a nova edição de seu Fanzine  Receita no Verso. Tem um conto meu nele
Depois falei de mim, coisas que já fiz, do livro Sem Grandes Delongas, deste meu blog querido, da página Cultura de Roraima, do livro de poemas que está vindo por aí agora no segundo semestre e citei um monte de gente que de alguma forma me influenciou tanto na tomada de decisão para começar a pensar nesse produto como na formatação dos poemas. Só esqueci de falar da ação continuada que venho tocando há anos: o Coletivo Caimbé. Que mancada.


Fazia anos que não lia essa contracapa

Como tenho essa tendência a nunca andar em linha reta numa palestra, fiz um roteiro a mão e consegui segui-lo. Mas acho que falei muito em minhas respostas e não tenho certeza de ter respondido a tudo que perguntaram. Bom, de toda forma foi uma boa manhã. Ah, e foi minha primeira palestra totalmente usando óculos para poder ler o que havia escrito.

Eu, uma pessoa organizada e da letra bonita

segunda-feira, abril 17, 2017

Vamos nos encontrar para fazer coisas literárias no encontro Sesc Literatura em Cena 2017


Durante esta semana participo do Sesc Literatura em Cena 2017, encontro promovido pelo Sesc Roraima aqui em Boa Vista. 

Sou um dos escritores convidados para conversar com o público sobre dinâmicas criativas, produção cultural e tals. Minha companheira, a poeta Zanny Adairalba também está na programação. 

Na quinta vamos encerrar o evento com um sarau. Aparece lá que estou com saudades tuas...

É sério...Ou não...não sei..

Enfim, vê o que publicamos no blog do Coletivo Caimbé falando desta atividade, compartilha aí via Twitter e FB e aparece nem que seja para comprar nossos  livros.

Lá do blog do Caimbé:






Estamos participando do encontro Sesc Literatura em Cena, que começou nesta segunda (17) e vai até quinta-feira (20), sempre das 9h às 20h, no ginásio do Sesc Mecejana.

Confere o que estamos fazendo por lá, chama os amigos e aparece. A programação é toda gratuita e aberta à comunidade em geral.

VENDAS - No estande dos parceiros da Máfia do Verso temos livros de diversos autores roraimenses: Edgar Borges, Zanny Adairalba (integrantes do coletivo Caimbé), Elimacuxi, Roberto Mibielli, Marcelo Perez, Sony Fersek e Aldenor Pimentel.

É só chegar, comprar e levar para casa os livros, fortalecendo a cena literária local.


Vejam o que mais estaremos fazendo até quinta:

3ª (18)
 
A poeta Zanny Adairalba fará uma sessão de autógrafos às 19h no ginásio do Sesc Mecejana.

4ª (19)

Às 15h, Zanny ministrará uma palestra sobre o seu fazer poético. A atividade vai acontecer no Cine Sesc e tem entrada franca.
Às 19h, no ginásio do Sesc Mecejana,  Edgar Borges fará uma sessão de autógrafos de seu livro Sem Grandes Delongas.

5ª (20)

A poeta Zanny Adairalba ministrará uma Oficina de Literatura de Cordel em Sextilha. A atividade começa às 15h, na Biblioteca.

Também às 15h, o escritor Edgar Borges participa da mesa “Prosa e poesia: da rua à academia”. A atividade vai acontecer no Cine Sesc e tem entrada franca.

Às  19h haverá um sarau organizado em conjunto pelo Coletivo Caimbé e a Máfia do Verso. Poetas e músicos estão convidados a participar da atividade que vai encerra o Sesc Literatura em  Cena 2017.

Durante todas as tardes, além das ações com hora marcada, Edgar e Zanny estarão no evento conversando com o público interessado em saber mais sobre o processo criativo dos escritores e sobre suas obras.


Apareçam!

sábado, dezembro 05, 2015

Olha como foi uma entrega de livros para alunos da escola estadual Mário David Andreazza


Este momento bacana aconteceu nesta sexta-feira (04.12.15), resultado de uma parceria que misturou o Coletivo Arteliteratura Caimbé (eu, indo conversar com o povo várias vezes para explicar a proposta e definir as compras), o ponto de cultura Escola Forrozão (salve, Mario Moura), a escola Mário David Andreazza e recursos do governo federal para fazer a compra e deixar na escola centenas de obras de autores roraimenses. 

A turminha ali atrás já iniciou as leituras e os comentários que nos fizeram foram ótimos e divertidos. 

E ainda deu para bater um papo bom com o Tana Halú e a Elimacuxi e reencontrar umas pessoas que havia mais de anos estavam sumidas por Boa Vista.


Depois das fotos, vem o texto que foi publicado no blog do Coletivo Caimbé explicando melhor o que aconteceu.


Elimacuxi

Eli e Tana Halú





Gente escolarmente linda!


Nesta sexta-feira (4) aconteceu um Sarau Literário e Musical na escola estadual Mário David Andreazza, no bairro Caimbé, Boa Vista.


No meio da programação, foi realizada pelo ponto de cultura Escola Forrozão a entrega simbólica de mais de 200 exemplares de livros de vários autores locais. Como fomos nós que intermediamos a compra, conversando com o pessoal sobre a importância dos estudantes terem contato com a literatura feita por autores de Roraima, fomos convidados a falar sobre as obras e sobre o nosso trabalho.


Participaram deste momento tão bacana os escritores Edgar Borges e Elimacuxi (autores dos livros, respectivamente, Sem Grandes Delongas, de contos, e Amor para quem odeia, de poesia) e Tana Halú, ilustrador do Tangolomango da Massa. 


A conversa foi rápida, mas divertida. O melhor de tudo foi saber que muitos estudantes já estavam lendo os livros e que o conteúdo lhes agradou.


Essa é a semente que queremos ver germinar: uma geração de leitores que leia a nossa geração de escritores, criando novas ondas literárias a médio e longo prazo.
Este ano, por sinal, o Coletivo Caimbé articulou, via seus projetos aprovados juntos ao Governo Federal e mais essa iniciativa do ponto de cultura Escola Forrozão, a compra de quase 600 exemplares de obras de escritores e ilustradores roraimenses. O material foi e está tendo distribuição gratuita em escolas indígenas, de Boa Vista e nos Saraus da Lona Poética. 


Estamos aí, fortalecendo a nossa cena e contando com mais pontos de cultura e escolas fazendo o mesmo. Se tiver qualquer boa vontade de fortalecer a ação, vem falar conosco. Afinal, ler é bom demais!

quinta-feira, junho 12, 2014

Da (atrasada ao extremo) participação no 8° Boockcrossing Blogueiro

Como hoje ninguém está vendo blogs, somente a transmissão da abertura da copa do mundo, parece que o tempo, o destino e a coragem finalmente coincidiram de se encontrar dentro de mim, o que possibilitará o ato de, finalmente, postar fotos de minha participação no 8° Boockcrossing Blogueiro, que aconteceu entre os dias 16 e 23 de abril deste ano.

Sim, abril. Ou seja, faz uns dois meses. Não, não soltei o livro nas datas pois, como sempre, fiquei sem passar em lugares como praças ou parques neste período. Ah, e também conta que sempre quero fazer bonitinho o serviço, botando as artes que a Luma Rosa, organizadora do Boockcrossing, faz e mais alguns dados para ver se obtenho retornos.

Livro e mensagem
Ou seja, quando consegui imprimir a arte, recortar, colar e jogar os livros na rua, já estávamos em finais de maio. Sem contar que, nesse intervalo, um dos livros foi doado à biblioteca de Santa Elena.

Superados todos os fatores atrapalhantes, aproveitei um sábado no centro de Boa Vista, atravessei a praça Capitão Clóvis, joguei o livro numa das mesinhas bonitinhas nas quais ninguém joga xadrez e  fui embora. 30 minutos depois passei de novo e o livro continuava lá...tomara que alguém tenha pego. Já pensou se até hoje continua lá?

Quadra da praça Capitão Clóvis

Antes de escolher a mesa. Ao fundo, a avenida Jaime Brasil

Taí, pega o livro

Parece que não, mas ele ainda estava lá, escondidinho

terça-feira, dezembro 18, 2012

À fronteira com a Guiana falar de literatura

Já disse várias vezes que o blog é meu depósito de memórias. É por ele que sei mais ou menos o que fiz durante o mês, durante o ano. Por isso acaba parecendo uma vitrine virtual das coisas que faço (muito mais de que as coisas que deixo de fazer).
Seguindo nessa linha, registro aqui para meus arquivos a viagem feita dia 5 de dezembro à cidade de Bonfim, distante mais de 100 km de Boa Vista e coladinha na República Cooperativista da Guiana.

Estive lá para participar do VII Festival do Livro, organizado pela escola estadual Argentina Castello Branco. Acompanhado do livreiro Antonio Bentes e seus amigos Romildo e Kildo ainda passeamos um pouco em Lethem, primeira cidade do lado guianense.

A escola Argentina Castelo Branco foi fundada em 1962, quando Roraima ainda era território federal e Bonfim, no meu imaginário relacionado à velocidade  e mobilidade, ficava pelo menos uns 300 km mais distante. Seu nome é uma homenagem à mulher do ex-presidente Castelo Branco.

Foto da escola naquele tempo de território

A unidade tem incrivelmente guardadas algumas preciosidades: um bilhete do antigo presidente, um sino (“para anunciar o recreio e chamar para as tarefas”, conforme escreveu) e um jarro que o mesmo enviou à escola há algumas décadas.


O sino – eram três originalmente – e o jarro que pertenceu a dona Argentina e o presidente mandou para a escola

A escola também tem dois livro de visitas com registros iniciais da década de 1960. Uma das primeiras assinatura é do padre Bindo, liderança católica de grande importância para a luta indígena (se a memória não me enganar e o estiver confundindo com outro). Fiquei impressionado com o cuidado  da direção. Em Boa Vista mesmo é muito difícil encontrar em tão bom estado registros históricos. Dei muitos parabéns e incentivei a diretora a digitalizar os livros e colocar o material na web. 




Foto do coreto de Boa Vista em 1968 faz parte do acervo histórico da escola

Bem, voltando a falar da viagem: falei no começo do evento sobre mim, minha vida de leitor, minha  infância numa cidade quase tão pequena como Bonfim e a descoberta da literatura na biblioteca local, os caminhos que me levaram a gostar de escrever, as oportunidades que a literatura me deu e outras coisas do tipo.


Com parte da turma


Falando,falando, falando...

Não sei se os meninos, principal alvo da ação, me entenderam ou escutaram (já sabem como é adolescente, né? Ligam para poucas coisas e havia muitos adultos no pátio da escola), mas a experiência de visitar Bonfim foi legal. Espero voltar outras vezes para uma conversa mais
próxima.

Ah, também fiz a doação de três exemplares de meu livro Sem Grandes Delongas para o acervo da escola. Tomara que a turma leia.

E antes que me esqueça: muito legal mesmo ter uma escola no Interior preocupada com incentivar a molecada a ler e escrever. É por aí o caminho para ajudar essas regiões a se desenvolver (Como havia muitas autoridades presentes, fiz questão de falar isso. Vai que a nova gestão municipal dá um upgrade nas políticas culturais da literatura, livro e leitura?)

Expedicionários: Kildo, eu, Bentes e Romildo no retorno a Boa Vista

terça-feira, dezembro 04, 2012

Bookcrossing nas ruas arborizadas de Boa Vista

Eu já disse que sou muito enrolado e que isso piorou depois da doença da coluna. Foi só por isso que demorei para falar de minha participação no V Bookcrossing Blogueiro, mobilizado pela minha colega internauta Luz de Luma.

Bem, na verdade não foi só isso. Teve bem mais. Quando fiz a postagem,em outubro, achei que era naquele mesmo mês que ia rolar a história.
Perdi o prazo pois não consegui articular estar em um lugar movimentado e ter o livro à mão. Ah, teve também uma necessidade minha de colocar no livro escolhido para ser solto um texto que explicasse ao “achante” do mesmo a história de sua soltura.






Depois de algumas semanas percebi que a data certa não era no mês de outubro, mas novembro. Mesmo assim perdi o prazo de novo...

Bem, resumo da história: soltei um exemplar do livro de microcontos Sem Grandes Delongas, de minha autoria, na rua Floriano Peixoto, bem no Centro de Boa Vista, perto de duas escolas estaduais: a São José e a Ayrton Senna. Foi de manhã bem cedinho, ali pelas oito horas,enquanto deixava a patroa no trabalho.


 

É uma das partes mais arborizadas da cidade, um bom lugar para ler um livro, mesmo que seja ao meio-dia. Como são muitas árvores, há um microclima muito agradável na área.

Dei sorte e consegui fazer uma foto da primeira pessoa a achá-lo, justamente um colega, o Mendes, que estava esperando a esposa chegar de algum lugar.

Como fui embora assim que fiz a foto, não sei qual foi a opinião do Mendes sobre o livro. Espero que tenha gostado e tenha colocado em circulação de novo. Se colocou, ainda não recebi nenhum comentário dos demais encontrantes do livro.



 

P.S.: esta foi a segunda vez que liberei exemplares do Sem Grandes Delongas numa ação de bookcrossing.  A primeira foi em agosto, quando
estive em São Paulo. Checa aqui a história.

sexta-feira, novembro 09, 2012

Noutros lugares mas pensando sempre neste aqui

Tenho abandonado este meu querido blog. Tudo por conta do excesso de trabalho nalguns dias, da facilidade de postar coisas no facebook ou retuitar coisas no Twitter ou ainda por andar postando em outros lugares.
Por isso estou colocando links de outros lugares por onde ando. Verão que são poucos, mas limpinhos.

Blog do Coletivo Arteliteratura Caimbé.

Blog do Livro Sem Grandes Delongas (até este anda abandonado).

Para fechar, foto de flores. Toda sexta publico uma no perfil do FB, dando uma de gentil com os colegutchos daquela rede.


quinta-feira, outubro 11, 2012

Fazendo BookCrossing em Boa Vista




Vou participar do 5o BookCrossing Blogueiro, uma iniciativa tocada pela antiga companheira de blogagens Luma Rosa (acho até que começamos juntos na época dos blogs do IG e depois migramos para a plataforma blogger).

Enfim, a Luma convidou pela 5a vez e agora é que li de fato o que era. Basicamente é soltar um livro em algum lugar público com uma nota dizendo que foi proposital e que se espera da pessoa que achou a leitura nova liberação do volume. Mais detalhes? Vai aqui.

O livro será um exemplar de minha obra Sem Grandes Delongas. O local? Ainda não sei...

Se achar um desses por aí, fui eu que joguei pra ti, bebê




P.S.: quando este ano estive em Sampa, deixei alguns livros meus e um de Zanny Adairalba na Casa das Rosas, um dos pontos de BookCrossing lá no sudeste. A moça do atendimento disse que ia cadastrar e botar pro mundo. Se fez, não sei. Espero que um dia alguém me passe e-mail dizendo que leu.

segunda-feira, outubro 01, 2012

Entrevista no Canal AmazonSat sobre poesia e outras coisas

O programa Via Cruviana, que passou no Canal Amazonsat entre os dias 26 e 28, veiculou uma matéria comigo, falando sobre prêmios literários, trabalho no Coletivo Caimbé, poesia, o livro Sem Grandes Delongas e umas outras coisas. Deixo aqui o link da entrevista, feita por Tayane Fraxe.

terça-feira, fevereiro 07, 2012

Meus minicontos no e-book Geração em 140 caracteres

A editora Geração Editorial fez em 2011 um concurso de minicontos e dois textos meus foram escolhidos para parte da antologia em e-book Geração em 140 caracteres. 

Confere aí o livro, que coloquei no Issuu para leitura. Depois  tem o link para baixar o pdf.

Os meus textos, "Expediente produtivo" e "Compaixão", estão na página 62.






Baixe aqui o livro




AVISO
Interessados em comprar o meu livro de minicontos Sem Grandes Delongas, o primeiro do gênero publicado na região Norte, podem fazer seus pedidos no e-mail edgarjfborges@gmail.com. Já com o envio pelos Correios sai a R$ 20,00 a unidade.

quarta-feira, dezembro 28, 2011

Balanço de 2011 – o bom e o ruim

Vamos lá, fazer o tradicional balanço das coisas que me lembro que aconteceram neste ano que parecia não ter fim. Diferentemente de 2010, não vai rolar mês a mês (clica aqui para ver como foi no ano passado). 

Vou dividir no bloco das coisas boas e das coisas ruins/estressantes e encher de links para quem ler e quiser mais detalhes. 

Antes de começar, dá play nessa música do Engenheiros do Hawaii. Ela representa um pouco das motivações para a jornada literária que fiz este ano. Vai lendo e ouvindo que lá embaixo vamos mudar a batida, certo? 




O bom de 2011 

Costumo relembrar que perdi uns dez anos de minha vida focado apenas no trabalho como jornalista, prestando assessoria a instituições e pessoas e deixando de olhar por mim. 

Em 2009, quando a faixa dos 30 já havia passado, acordei e decidi retomar algumas das vontades que tinha até começar a trabalhar na área. Juntei uns amigos, troquei ideias e montamos o Coletivo Arteliteratura Caimbé  para trabalhar com arte e literatura. 

Pois bem, 2010 foi um ano de muitas ações bacanas, de muito trabalho recompensador. Juntando isso com função de representante da região Norte no Colegiado Setorial de Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, o balanço foi proveitoso. 

Posso dizer que nunca trabalhei tanto com literatura como em 2011: desenvolvi, junto com a turma do Coletivo e outros parceiros, as ações do projeto Caminhada Arteliteratura nas comunidades indígenas Boca da Mata, Sorocaima II, Vista Alegre e Campo Alegre (todas em Roraima), Palmares (Pernambuco), Novo Lino (Alagoas), Foz do Macacoari, São Tomé e Carmo do Macacoari (Amapá). No embalo, aproveitei para conhecer Recife e Macapá

No Colegiado Setorial, entre outras coisas, dei minha contribuição para a formatação final do Plano Nacional de Cultura, peça fundamental para os rumos do setor nos próximos 10 anos. Aqui dá para baixar os documentos e conhecer mais sobre o tema. 

Este foi o ano que até sambinhas fiz.  O blues aqui é de outros anos mas nunca havia sido colocado na internet. Aproveitei um dia que a conexão estava boa e postei.  

Ah, lá com o Coletivo Caimbé realizamos, além da Caminhada, outras ações. 

Vou destacar o Poesia na Praça, que comemora o Dia Nacional da Poesia. Este  ano aconteceu na avenida Jaime Brasil, no Centro de Boa Vista. Apareceu um bocado de gente bacana para ler poemas. 

Outra parada bacana foi o sarau do Dia D' de Drummond, já no segundo semestre. Talvez em 2012 rolem outros. Vai depender de uma parceria que ainda não está fechada para garantir o suporte. Olha esse vídeo sobre o sarau que foi feito pela poeta Zanny Adairalba, parceira de coletivo: 





Na área da produção e veiculação de textos, emplaquei uns no projeto #RotaFel, que mapeou cidades com textos. Aqui você vai pro link e ainda olha os demais escritores que participaram desta história. 

Ah, sim, teve também a publicação de dois poeminhas no fanzine OrFel #1. Adorei as artes que o pessoal fez para ilustrá-los.  

Publiquei alguns microcontos na Revista Veredas,  lá do Rio Grande do Sul, e outros na Revista El 6A, do Chile

Não foi um ano muito bom para premiações. Peguei um de jornalismo na Câmara Municipal de Boa Vista, consegui classificar dois microcontos para um antologia virtual da Geração Editorial  e fechei o ano presente em uma antologia poética editada em Brasília.  Quer dizer, acho que foi um bom ano sim. Depende de como olhar e a que horas faço isso. 

De forma geral, chamo essas publicações e premiações de minhas #PequenasFelicidades, aquelas pelas quais vale a pena esperar para acontecer. 

Devo ter passado por outros momentos bons, mas com certeza ficaram registrados somente em meu perfil no twitter.  E aquele lá, entre tuitadas e retuítadas, é um mundo parelelo que não dá para acompanhar fácil. 

O ruim e estressante de 2011


Ok. Se a música lá de cima estiver rolando ainda, volta e dá um pause/stop. 

A vez é desta aqui, que sintetiza furiosamente as minhas coisas ruins e estressantes de 2011. Nunca gostei muito dela, mas como ganhei um CD do Nando Reis por estes dias e a dita cuja está no meio, parece que foi feita para 2011.



O destaque é um estresse que vem lá de 2010: a velha cervical problemática. Comecei o ano sendo obrigado a ficar deitado no chão o máximo de tempo possível, usar um colar cervical o tempo todo, escrever o mínimo possível, dirigir somente até o fisioterapeuta e a acupunturista e sentir dor, muita dor, cada vez que fizesse outra coisa. Basta acrescentar que, por recomendação médica, passei 5 meses sem poder carregar meu filho. Fecho 2011 sentindo muitas dores na cervical e braços cada vez que faço trabalho pesado ou digito muito. 

Já no final do ano, de quase aleijado passei a aleijadinho.com, visitando semanalmente a clínica de RPG e deixando lá parte do salário. Ficar em pé muito tempo? Nem pensar. E o médico já me disse: é para o resto da vida. Ou seja, lá pelos 50 devo estar uma beleza...(óbvia análise: levo este problema para 2012). 

Fosse só eu o doentinho, até que a vida iria bem, mas descobrimos lá na aldeia que o meu indiozinhho é alérgico ao mundo, principalmente se houver ácaros por perto. Isso mais uma asma mais gripes que parecem nunca sumir é igual a internações, idas constantes aos médicos e tensão o tempo todo (óbvia análise 2: levo este problema para 2012). 

Outro estresse foram os problemas financeiros. Baixa na renda familiar, contas que aparecem do nada, negócios que geram dívidas em vez de boas coisas, negócios que geram angústia em vez de felicidade. Um dos destaques fica por conta da mudança de carro. 

No meio do ano, uma semana antes de viajar ao Amapá para fazer as atividades literárias, o antigo quebrou. Gastei os tubos para consertá-lo e vendi por quase nada. Entrei nas economias de alguns anos e comprei um seminovo. O fulano logo depois me engoliu a grana ao passar por uma revisão. Fiquei um tempão sem carro nos dias mais quentes de Roraima e ainda por cima caí no prejuízo. Agora está rodando bem. 

Esse prejú do carro e outras coisas me quebraram as pernas e impediram de ir ao Rio de Janeiro participar de um evento muito legal da Funarte sobre política cultural.  

Seria um dos expositores, falando sobre o projeto Caminhada Arteliteratura, mas não deu e fiquei apenas na vontade. Não foi 100% ruim pois me chamaram para trabalhar na XXI Feira de Livros do Sesc no mesmo período. Ou seja, ocupei meu tempo e não pensei tanto no encontro. 

Fechando os destaques, fico com o lançamento de meu livro Sem Grandes Delongas. Sei, você pensará: como é que teu livro pode ficar na parte dos estesses? Ele não deveria estar no topo das coisas boas de 2011? Deveria, mas se você pensou assim, com certeza não leu este post  falando sobre o primeiro lançamento do livro em Roraima, o que aconteceu e chamando para a segunda tentativa (que ainda bem que se concretizou). 

Resumindo tudo: no dia 11 de novembro ia rolar, mas não chegaram a tempo os livros. O material, 72 exemplares, para ser bem exato, chegou só no dia 14 ou 15. A editora Novitas, lá do Rio Grande do Sul, contratada por mim para fazer a edição de 1.000 exemplares do material, me disse (antes do dia 11) que um problema na Receita Federal teria impedido o envio de todos os livros, mas que mandaria pelos Correios uma parte (esses que chegaram depois da data) enquanto resolvia toda a questão. 

Enfim, tristezas recolhidas, remarquei lançamento para o 25 de novembro, vendi vários na noite, distribui outros em locais de Boa Vista, amigos de fora do Estado já me compraram seus exemplares e já postei alguns para bibliotecas comunitárias lá do Amapá. 

Devo ter uns 10 livros lá em casa. Tudo estaria bem se os demais exemplares já tivessem chegado na minha aldeia. Lamentavelmente para mim isso ainda não aconteceu. O dono da editora me disse que tiveram uns problemas jurídico-burocráticos que estão impedindo que enviem os livros. Enquanto isso, fico aqui, no aguardo, no aguardo, no aguardo de que resolvam a vida deles lá e agilizem a vida minha aqui (perdi uns negócios por conta disso...). 

Essa história dos livros é um estresse que vou, a julgar pela proximidade com o final de semana de transição de ano, levar também para 2012 ((óbvia análise 3).

Resultado: 

Não curto este período de final de ano por ser o momento simbólico de fazer as contas e checar como foi o passado recente, projetando logo um futuro menos ruim. Na coluna dos resultados, somando os estresses com uns consertos que ainda não fiz lá na estrutura da oca, a conta ficou  vermelha. 

Mesmo assim, se você ler isto antes da virada, te desejo um 2012 melhor que este ano. Se ler depois, mesma coisa.