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quinta-feira, maio 07, 2009


Canto Forte:Festival abre portas a novos talentos

(Da Série Clipando - matéria veiculada na Folha de Boa Vista de 07.05.2009)



O músico Avery Veríssimo gravando a canção "Encontros", que foi classificada para o festival

Abrir portas a novos talentos. Este é o objetivo do festival de música Canto Forte que acontece hoje no Palácio da Cultura. Vinte apaixonados pela música vão participar do Festival, que funciona com uma “vitrine” para a apresentação de artistas locais.


“A nossa expectativa é a melhor possível, pois além de ser um show para toda a família, esse festival pretende valorizar o trabalho de muitos músicos da região. Queremos que o público conheça o que é produzido musicalmente em Roraima”, disse Joemir Guimarães, coordenador do Canto Forte.


O Canto Forte pretende incentivar a cultura, apresentando talentos que serão reconhecidos pela qualidade e potencial das suas músicas. O festival permitirá a participação de todos os estilos musicais “O importante está no ineditismo da composição, cada qual dentro da cultura do cantor; se ele preferir uma música regional, rock, clássico, blues ou qualquer outra, todas serão avaliadas igualmente, dependendo somente do talento e da qualidade das músicas” ressalta.


O festival acontecerá em três fases distintas. Dos 83 inscritos, foram classificadas 20 músicas que serão apresentadas na quinta-feira e na sexta-feira. Destas, apenas 10 canções vão ser classificadas na final que acontece no sábado.


Participantes


O jornalista e sociólogo Edgar Borges teve sua canção “Encontros”, feita em parceria com o também jornalista Avery Veríssimo classificada para o festival. Edgar escreve poemas e crônicas desde a adolescência. Em 2008, teve dois filhos: o animado índio Edgarzinho e a publicação do livro digital Roraima Blues. Foi jurado da Mostra de Música Canta Roraima por três anos e já conquistou alguns prêmios em concursos de poesias e jornalismo. “Esta é a primeira vez que participo de um festival de música. Eu tinha um poema bem antigo que estava guardado e quando o encontrei quis inscrever nesse festival. Conversei com Avery que fez a melodia e imediatamente nasceu um blues. Depois da meia-noite tinha que ser um blues. Nesse processo tudo se interligou”, explicou.


O compositor da musica “Encontros” Avery Veríssimo é professor, mestre em Ciências da Comunicação e publica microficcção na revista portuguesa Minguante.com. É co-autor do livro Observatórios de Mídia e publica blogs. Compositor de blues e rock, tocou em bandas em São Paulo, Belo Horizonte e Boa Vista. Avery também nunca havia participado de um festival. O Blues, segundo ele, foi escolhido por ser a raiz de toda musica pop contemporânea. “O festival me deu a oportunidade de trabalhar com bons músicos que entenderam as minhas idéias. Compor essa musica com Edgar foi um bom “Encontro”. Estou surpreso e contente por ter classificado a musica no festival” disse.


A produtora cultural Zanny Adairalba também teve uma canção classificada. O xote “Chegança do bem Querer” foi escrito em 2003 pela artista, que é poetisa desde criança. “Vou participar também pela primeira vez do festival e fiquei muito feliz de ter minha musica classificada, pois apesar de escrever canções e ser produtora, será diferente desta vez estar ao lado dos artistas, tendo meu talento sendo apresentado ao público. Só a classificação foi uma grande vitória”, afirmou.



Serviço


O que é - O Festival Canto Forte

Quando- nos dias 07, 08 e 09 de maio

Onde - No Palácio da Cultura a partir de 19h.Entrada franca


Premiação– O primeiro colocado no festival receberá o prêmio de R$ 5 mil; o segundo R$ 3 mil; o terceiro R$ 2 mil; o quarto R$ 1 mil; o quinto R$ 500 e, do sexto ao décimo colocado, o valor será de R$ 250. O melhor intérprete também receberá o prêmio de R$ 500.


Confira as apresentações:

DIA 07 – 1ª ELIMINATÓRIA

ORDEM

MÚSICA

AUTOR(ES)

INTÉRPRETE(S)

1

FIM DE SEMANA

THIAGO SILVA

THIAGO SILVA

2

BERIMBAU DO SERTÃO

DILMO PINA

NETO ANDRADE

3

CHEGANÇA DE BEM QUERER

ZANNY ADAIRALBA

JÉSSICA

4

BOA VISTA MEU RIO

JULIANO MAINARD E KLEBER JR.

JULIANO MAINARD E KLEBER JR.

5

ENCANTADO

ROSINHA PEIXOTO

ROSINHA PEIXOTO

6

FLOR DO MANDACARÚ

CHIRLEY CANTORIA

CHIRLEY CANTORIA

7

CAPOEIRA

ELIAKIN RUFINO

ANDRESSA NASCIMENTO

8

LAMENTO NORDESTINO

BETO DO CAVACO

BETO DO CAVACO

9

O PANTANAL EM CHAMAS

CHICO CARRIJO E AMAURI SANTOS

CHICO CARRIJO E GERSOM

10

A MOÇA DA CIDADE

JOÃO AROMA

JOÃO AROMA


DIA 08– 2ª ELIMINATÓRIA

Ordem

MÚSICA

AUTOR(ES)

INTÉRPRETE(S)

1

MÁS INTENÇOES

KÁRISSE BLOS

KÁRISSE BLOS

2

VOU CHEGAR

MAGOOZAIA

MAGOOZAIA

3

LENDAS

JOSÉ DE RIBAMAR CARVALHO

JOSÉ DE RIBAMAR CARVALHO

4

ENCONTROS

EDGAR JESUS E AVERY VERÍSSIMO

AVERY VERÍSSIMO

5

MAR A DENTRO

CLAUDIO MOURA

CLÁUDIA LIMA

6

O SENTIMENTO E UMA FLOR

SÉRGIO FIGUEIRA BRASIL

GRUPO LUART

7

CICLO DAS ÁGUAS

KLEBER GOMES

KLEBER GOMES

8

COMO A PRIMEIRA VEZ

HANDELL ROCHA DA COSTA

NATHALY E HANDELL

9

EU CANTO FORTE

JAIR AMAZONAS

JAIR AMAZONAS

10

TRIBO ISOLADA

NEUBER UCHÔA JR.

JUNIOR CAÇARI





terça-feira, abril 28, 2009

Canto Forte

Comissão apresenta as 20
músicas pré-selecionadas

(Da série Clipando - Jornal Roraima Hoje, matéria veiculada aqui.)

Eliane Rocha




A comissão organizadora do primeiro Festival de Música Canto Forte apresentou ontem à tarde no Espaço Cultural Marreta as 20 músicas pré-selecionadas. Os intérpretes das composições começam agora a ensaiar para as apresentações, que serão realizadas nos dias 7, 8 e 9 de maio no Palácio da Cultura.




Os ensaios começaram ontem à noite no Espaço Marreta e prosseguem até a próxima segunda-feira, 4 de maio. A equipe de músicos é formada por Tuíto Brown (percussão); Jean Carlos (trompete); Leandro Martins (trombone); Aluízio Bezerra (sax alto); Jason Marcos (teclado); Alfredo Rolins (bateria); Hendds Williams (guitarra); Serginho Barros (violão) e Osíris Uchôa (contra-baixo).



Foram inscritas 87 músicas. Dos participantes, figuras carimbadas de outros festivais, mas também gente nova tirando do baú suas composições. Um deles é o jornalista Edgar Borges, que se lança nessa nova empreitada artística. A letra Encontros ganhou harmonia de blues do amigo e também jornalista Avery Veríssimo.



“É um poema antigo que tinha guardado em casa há uns três anos”, disse Edgar, ao revelar surpresa na classificação para o Festival. E não só ele. A esposa, Zanny Adairalba, também é uma das pré-selecionadas com a música Chegança de Bem Querer.



Canto Forte é uma idealização do cantor e compositor Joemir Guimarães, implementado através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura com apoio das secretarias estaduais de Educação e da Promoção Humana e Desenvolvimento. A empresa Rebouças e Cia. Ltda é a patrocinadora do Festival.


Premiação - O primeiro colocado no Festival receberá o prêmio de R$ 5 mil; o segundo R$ 3 mil; o terceiro R$ 2 mil; o quarto R$ 1 mil; e o quinto R$ 500. Os candidatos classificados do sexto ao décimo lugar serão premiados com a quantia de R$ 250. O melhor intérprete também receberá o prêmio de R$ 500.

segunda-feira, maio 14, 2007

Sobre domingos chuvosos



Abrir a janela, ver a água da chuva cair e ouvir música bem baixinho, com pouca luz no quarto, é uma das coisas mais agradáveis que o inverno amazônico me proporciona. Descobri o gosto desse vício/prazer justamente em um domingo, ouvindo o blues “Come Rain or Come Shine”, a última faixa do disco Riding With The King, uma parceria do B.B. King e do Eric Clapton.

Dependendo da música e do que estiver fazendo, o som também me leva a refletir e a relembrar fatos da vida. Neste domingo, chuva lá fora, música latina aqui dentro, leio na revista Caros Amigos um artigo do Ferréz sobre uma biblioteca comunitária em São Paulo enquanto Franco de Vita faz a trilha. Ferréz fala sobre ativismo, envolvimento, Franco canta amores e amizades. Em comum, abordam ações e reações, propostas, sentidos para a existência.

Na essência, ou pelo menos para onde levo meus pensamentos, discutem como eliminar inconformidades e superar seus limites. E eu, inconformado por natureza, preguiçoso por opção, começo a pensar se a vida assim como está é tudo, lembro de conhecidos que fazem do trabalho a bússola de seus dias, transformando os resultados na empresa ou repartição o ponto alto de sua biografia.

Em um giro rápido, esqueço dos outros. O egoísmo e a vaidade são marcas de minha profissão. Penso no meu gosto pela escrita, pelas crônicas, pela expressão de pensamento. E vem o questionamento: por que escrever? Isto é, escrevo por necessidade artística e intelectual, o que inclui fazer algo além da maioria das pessoas, ou por ver o meu nome nos veículos que recebem as minhas colaborações, puro narcisismo?

Sem chegar a nenhuma conclusão, percebo que por dinheiro até hoje não foi. Segundo meus extratos bancários, 11 anos depois de ter publicado o primeiro artigo em um jornal local, ainda não recebi remuneração alguma por uma linha publicada em mais de 10 jornais e sites de Roraima e outras partes do mundo. Se é fama ou cartas dos leitores o que procuro, então alguém deve estar levando os louros e recebendo os e-mails.

Vinte músicas se passam, a chuva cessa e volta, e eu ainda não chego a nenhuma conclusão sobre a real motivação de escrever textos que não se encaixam no exigido pelo cotidiano de minha profissão. O jeito deve ser continuar vivendo e ouvindo músicas no escuro do quarto para tentar achar a resposta.