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sexta-feira, março 12, 2021

No Macuxicast # 17: Bebeco Pujucan, produtor musical e compositor

Cheguei para falar da 17a edição do Macuxicast, o podcast de cultura da Amazônia. 

Desta vez conversamos com o produtor musical e compositor Bebeco Pujucan, autor de várias músicas de sucesso em Roraima. 


Bebeco Pujucan poderia ter sido um advogado como outros de sua família, mas optou por trilhar o caminho da arte.    

Ouça no Spotify >>> https://open.spotify.com/episode/3rLNCNdU0uN8QzWKuQiRV3?si=5MJaaR6oSn2On9gicN5bdw  

Ouça no Anchor >>> https://anchor.fm/macuxicast/episodes/Bebeco--o-doutor-das-notas--acordes-e-canes-esbe3f

Ouça no Deeezer >>> https://www.deezer.com/br/show/2027182

Ouça no Castbox >>> https://castbox.fm/channel/Macuxicast-id3665127?country=us

Ouça no site Macuxicast >>> https://www.macuxicast.com/podcast-macuxicast/episode/2b67b56f/bebeco-o-doutor-das-notas-acordes-e-cancoes

quarta-feira, fevereiro 10, 2021

Tanto adeus / Poema de Edgar Borges musicado por Paulo Maroti

Paulo Maroti, chargista e violeiro, me chamou para participar de uma atividade organizada pela Casa Ninja Amazônia no dia 31 de janeiro.

A ideia era gravar um poema para ser exibido no ato-manifesto virtual pelas vítimas de Covid-19 no Amazonas.




Da proposta, saíram dois poemas. "TANTO ADEUS" é um deles, com áudio gravado por mim no celular e depois editado por ele com o acréscimo da viola.

Espero que curtam.

quinta-feira, julho 06, 2017

Mais uma participação em um rap: Poeta da favela, do Big Berg


O rapper Big Berg, que morava aqui em Boa Vista e agora está pelas bandas de Florianópolis, me convidou novamente para fazer uma participação especial em uma de suas músicas 

(A nossa primeira parceria, só para lembrá-los, foi em Tempo ao tempo, gravada em junho de 2016. Essa história e a gravação podem ser conferidos aqui.)

O novo som do Berg intitula--se Poeta da Favela e tem um refrão que curti desde a primeira vez que o ouvi cantar, ali num evento do Coletivo Macu-X no bairro Asa Branca. 

Se vocês compararem a primeira gravação com a minha participação nesta, verão que já estou mais firme na leitura (acho), apesar de não ser todas essas coca-colas todas.

O trecho faz parte de um poema que havia escrito dias antes do convite do Berg. Mostrei e ele aceitou. Daí fiquei treinando um monte de vezes, gravei no celular com três diferentes entonações e mandei pro magrão rapper escolher.

E assim ressurgiu uma parceria, superando os milhares de quilômetros que separam Boa Vista de Santa Catarina. 

Dá um play e compartilha, comenta, espalha pros amigos, me manda convite para beber e comer. Tamoaí, abertos a parcerias.


quinta-feira, maio 18, 2017

Atuando como jurado no I Prêmio IFSC de Literatura


Tem postagem que demora a sair, mesmo a demanda estando aí, bem na mesa, me olhando todo dia.

Uma dessas é esta, sobre a minha participação como jurado no I Prêmio IFSC de Literatura, organizado pelo escritor e editor do blog ConcursosLiterários, Rodrigo Domit. 

Juntamente com ele e o escritor André Kondo, analisei 324 textos, provenientes de todas as regiões de Santa Catarina. Depois desta etapa, Domit organizou a publicação de uma coletânea do prêmio. Olha a capa do livro:



O lançamento aconteceu no dia 21 de março (Dia Mundial da Poesia), em Jaraguá do Sul. Uns dias depois recebi uns exemplares aqui em Roraima.

Fiquei muito feliz de participar desta ação. Sempre achei o nível de organização do Rodrigo  fantástico, desde os tempos em que éramos amigos numa comunidade do Orkut chamada Concursos Literários, antecessora do blog de igual nome. 

Quem quiser checar o perfil dos selecionados no prêmio pode conferir tudo aqui.


sexta-feira, dezembro 23, 2016

Meus dias de rapper (ou quase isso)


Gente, e o ano ia embora sem que eu falasse desta parada super bacana que aconteceu em julho.

O rapper Big Berg me convidou para fazer um poema introdutório para a música “Tempo ao tempo”.

Na verdade, ele pediu um texto curto que falasse de tempo. No vácuo, sem conhecer a letra, bolei essa abertura. Daí ele me chamou para gravá-la lá no estúdio Parixara.

 
Edgar Borges e Big Berg

O resultado está aí. Ouve a história:

sexta-feira, janeiro 31, 2014

Texto na revista Fórum: Quando matar um índio não é algo mau: o caso Las Rubieras

Semana passada saiu um novo texto de minha autoria no Blog dos Indígenas, espaço aberto a colaborações na Revista Fórum. O material fala de um caso antigo de  massacre de índios na fronteira da Venezuela com a Colômbia. Foi inspirado a partir da descoberta de um clipe do grupo Campesinos Rap, que achei procurando artistas que misturassem joropo, ritmo tradicional de meu país nativo, com o hip hop. 

Do clipe, fui pesquisar o caso. Demorei um pouco até achar as referências textuais que linco no texto: um artigo falando do caso Las Rubieras e um blog escrito pelo advogado de defesa dos acusados da chacina. 

Depois disso veio a fase de criar coragem, muita coragem, para escrever. Entre a descoberta dos textos e a redação final, acho que se passaram uns dois meses...ando preguiçoso, né?

Lê o material e compartilha à vontade. Se você for indígena ou trabalha com os povos originários, manda seu texto, foto, filme, desenho, que a gente está querendo publicar.




Quando matar um índio não é algo mau: o caso Las Rubieras


O índio é um bicho preguiçoso, selvagem, sem cultura, sem o hábito de economizar e acumular que tanto bem fazem ao sistema econômico capitalista. Quer terras mas não sabe como produzir em larga escala. Só atrapalha o progresso e a economia, que tanto precisa de suas terras para desenvolver-se. Sendo assim, matar um indígena para garantir o avanço da mineração, da agricultura e/ou da pecuária é totalmente justificável. A razão estará sempre ao lado de quem atira ou manda atirar.

O parágrafo anterior bem poderia ter sido direcionado aos indígenas do Brasil, mas não sejamos exclusivistas. Eles têm parentes espalhados por todos os cantos da América do Sul. Ou seja, se atrapalham aqui o progresso, como não o fariam no Equador, na Colômbia, no Peru, na Bolívia?

Para esses estorvos, vale desde 1492 a lei do aço. Se com celulares e câmeras digitais os casos atuais de violência e conflitos são registrados facilmente (veja neste link matérias do arquivo da Fórum para saber mais e vamos em frente), vale a pena pensar sobre quantos casos houve sem serem anotados nos cadernos de história.

Quantos mortes de indígenas nas mãos de capangas de fazendeiros ficaram longe dos holofotes da justiça, da mídia? Difícil saber mas sempre aparecem. Foi o caso de um massacre acontecido na fronteira da Venezuela com a Colômbia nos anos 1960.

Donos de terras convidaram para uma festa um grupo de 18 indígenas da etnia Cuiba. Enquanto estavam comendo, foram atacados com terçados e facas. Os que tentaram fugir foram abatidos a tiros, fossem adultos ou crianças. Somente dois conseguiram escapar, seriamente feridos. Os corpos dos mortos foram queimados e misturados ao lixo e fezes dos animais da fazenda Las Rubieras, onde aconteceu o massacre.

Talvez tudo tivesse ficado por isso mesmo se os dos Cuibas sobreviventes não tivessem aparecido meses depois. O caso Las Rubieras foi parar na justiça. Ao defender-se, os acusados alegaram que não sabiam que matar índios era algo ruim, algo mau.

“Para nós, matar índios é como matar veados, pacas e capivaras, com a diferença de que os veados, as pacas e as capivaras não nos fazem dano e os índios sim”, declarou um dos acusados.

A defesa refletiu o contexto histórico da região. Desde 1870, conforme conta o historiador Augusto J. Gómez L. em seu artigo ‘A guerra de extermínio contra os grupos indígenas caçadores-coletores das planícies orientais”, havia registros de massacre dos índios que, sem terras e com a redução de animais silvestres para caça, abatiam gado dos fazendeiros para poder comer.

Os casos de agressão eram tão comuns e naturalizados pela sociedade que foram criados dois termos para identificar o tipo de violência praticado: “guajibiada” designava o ato de procurar e matar grupos de Cuibas e outras etnias da região. “Tojibiada” era a perseguição das mulheres indígenas por homens a cavalo. Quando finalmente elas ficavam cansadas, eram laçadas como gado, jogadas ao chão e estupradas.

Mais de um século de assassinatos em nome da defesa de seus interesses haviam criado na população dos Llanos (planícies) a convicção da normalidade destes atos. Como condenar alguém que agiu conforme os hábitos da região? O artigo do professor Augusto Gómez é cheio de relatos de outras mortes de índios, explicitando pactos mortais entre fazendeiros e autoridades para, pelo uso da força, garantir o uso e a ordem nas terras. Escrito em espanhol, o material pode ser baixado AQUI.

O caso Las Rubieras terminou com todos os acusados sendo absolvidos. A história teve repercussão mundial à época, como pode ser conferido nos textos publicados em 2012 em um blog por Jaime Rafael Pedraza, que atuou como advogado de defesa dos envolvidos.

Toda essa história resumida acima vai virar um filme na Venezuela. Em 2013, o grupo de hip hop Campesinos Rap gravou um clipe com cenas do longa, que deveria ter sido lançado ainda no ano passado.

O clipe apresenta cenas do futuro filme e a letra pode ser dividida em duas partes: a primeira relata o massacre e o julgamento e serve para protestar contra as inúmeras violências cometidas contra os povos indígenas. A segunda atira contra os países que utilizam argumentos antropológicos para oprimir e ocupar militar e economicamente outros países.

Confira o clipe do grupo Campesinos Rap:





Para encerrar, o trecho final do artigo do professor e historiador Augusto J. Gómez L., mostrando que se atualmente não há “guajibiadas” e “tojibiadas”, a situação dos Cuibas não melhorou:


Hoje, os últimos redutos indígenas estão confinados nos rincões das vastas planícies, fugindo dos enfrentamentos armados que, com crescentes intensidade, vêm acontecendo na região nas últimas décadas entre a guerrilha, o exército, os paramilitares e o narcotráfico. Outro grande número de famílias indígenas migrou para os centros urbanos. Lá, deprimidos, humilhados, prostituídos e alcoolizados, concluem sua agonia, depois de mais de um século de perseguição sistemática por aqueles que se chamam “civilizados” mas não demonstram sê-lo.

Edgar Borges, escritor, jornalista, ativista cultural, venezuelano, descendente da etnia Wapichana. Blog pessoal e Twitter.

quarta-feira, dezembro 19, 2012

Nota sobre o I Sarau DoQuintal

Depois dessa viagem a Bonfim, citada no post logo abaixo deste, entramos na organização do I Sarau DoQuintal, uma parceria do Coletivo Arteliteratura Caimbé e estúdio Parixara/Espaço Cultural DoQuintal que abriu as festas da sexta-feira, 7 de dezembro.

Esperávamos apenas umas 20 pessoas mas o negócio foi maior e bacana, com gente legal e linda escrevendo lendo, declamando, cantando e ouvindo música e poesia.

Na arrumação do varal poético

Edgarzin, fazendo elefantes abstratos com os pregadores

Esses rostos borrados são o meu e o do Edgarzin

Caso queiras, confere mais fotos no blog do Coletivo Caimbé.