Mostrando postagens com marcador trabalho. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador trabalho. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, maio 27, 2021

Sobre os dilúvios matutinos

 


É quase junho e o inverno finalmente se estabeleceu em Roraima.
Daqui pra frente os dias com sol serão raros e até teremos momentos de frio. Ou menos calor, conforme o ângulo de visão.
É bom esse tempo frio, gosto dele. É muito melhor do que ficar o tempo todo desesperado atrás de uma sombra, querendo viver dentro do congelador da geladeira, tomando seis banhos por dia para tentar refrescar-se.
Mas tem um lado ruim: as chuvas matutinas, que chegam como um dilúvio nosso de cada dia, de cada manhã, alagando tudo bem na hora de ir para o trabalho.
Quando amanhece chovendo assim sempre lembro do tempo em que só tinha a bicicleta para me locomover, sem a opção de ir trabalhar em meu carro.
Manhãs assim eram garantia de chegar empapado no trampo. E de roupa suja pelos respingos. E de grandes possibilidades de gripar.
Aí, eram duas opções as que tinha: ou esperava acabar a chuva e me atrasava todo ou pedia pro Tino Pequenino, o motorista gente boa do meu trampo, me dar carona (era uma era pré-uber e afins, com o táxi muito caro. ).
A agonia era quando ele não podia me pegar e as 8h vinham chegando, impiedosas...
Saudades desse tempo? Nenhuma.
Agradecimentos ao Tino Pequenino? Todos.

quarta-feira, fevereiro 03, 2021

Teve Sarau da Lona Poética no youtube do Coletivo Caimbé

Fevereiro chegou e com ele teve mais uma edição do Sarau da Lona Poética organizado pelo Coletivo Caimbé. 


O encontro deste mês aconteceu ontem, 2/2/21, no canal do coletivo lá no youtube. 

Apresentei o Sarau juntamente com a poeta Zanny Adairalba, dei risada, me enrolei, cantei nos bastidores, ouvi poemas, fiquei feliz pela presença on-line das pessoas. 

O Sarau da Lona Poética sempre foi isso, desde 2014, quando começamos a fazê-lo: um momento de trabalho literário e um momento de alegrias, muitas alegrias. 

Nesta edição convivemos com Carol Alcoforado, Paulo Segundo, Elimacuxi e Vitor de Araújo, Projeto Geni e o Zeppelin, Anderson Souza e Big Berg. Obrigado a todxs. 

Neste era de distanciamento, esta aproximação é muito bacana. Obrigado novamente. 

 

 Mês que vem tem outra Lona Poética. Compartilhem, inscrevam-se no canal e acompanhem.

quinta-feira, janeiro 28, 2021

Diálogos Literários Pandêmicos # 11: Poesia, rancor e namastê

Prestatenção nesse Dialógo Literário Pandêmico com Elimacuxi, historiadora, fotógrafa, ativista, poeta, professora e podcaster. 




Falamos da vida, das tristezas, de filmes, séries, música, yoga e, principalmente, de poesia, rancor e namastê.


 


Compartilha, comenta e se inscreve no canal. Lembra disso: toda segunda, enquanto durar a pandemia e não chegar a vacina, tem encontro aqui. 

Para outras coisas relacionadas ao que faço, me segue nas redes: https://twitter.com/Edgar_Borges_ e https://www.instagram.com/edgar_borges_.  


terça-feira, dezembro 29, 2020

Diálogos Literários Pandêmicos #8: histórias de livrarias e colecionismo

Na edição dos Diálogos Literários Pandêmicos desta semana, a última de 2020, conversei com o jornalista, livreiro e colecionador Antônio Bentes. Ele mostrou peças de suas coleções, falou de como entrou na vida de dono de livraria e comentou o que gosta de ler. 


Confere o papo no youtube, aproveita e se inscreva no canal pois toda segunda durante muito tempo eu tenho intenção de fazer esses encontros. 


Para ver as postagens referentes às demais edições dos Diálogos Literários Pandêmicos, clica aqui. 

Para outras coisas relacionadas ao que faço, me segue nas redes: https://twitter.com/Edgar_Borges_ e https://www.instagram.com/edgar_borges_.  

segunda-feira, dezembro 28, 2020

Diálogos Literários Pandêmicos #7: Migração, pandemia e leituras

Depois de alguns meses de cansaço mental resolvi voltar a gravar o meu projeto Diálogos Literários Pandêmicos. 
Para começar bem, chamei duas mulheres espetaculares e cheias de histórias sobre viagens e outros países: Vanessa Brandão e Simone Cabral.



Foi uma conversa muito legal, com essa dupla narrando suas experiências migrantes e falando de literatura e leituras. 
Confere aí e diz o que achou. Já se inscreve no canal pois a pretensão é fazer um desses toda semana. 


Se quiser ver postagens sobre as edições anteriores dos Diálogos, clica aqui. 
Estava chamando antes só de Diálogos Pandêmicos, mas decidi recuperar o nome original a partir desta edição e deixa o último termo para registrar que aconteceram durante a pandemia.   

Lembra disso: toda segunda, enquanto durar a pandemia e não chegar a vacina, tem encontro aqui. 

Para outras coisas relacionadas ao que faço, me segue nas redes: https://twitter.com/Edgar_Borges_ e https://www.instagram.com/edgar_borges_.  

segunda-feira, novembro 16, 2020

Partiu Festival Literário de São Gonçalo (Flisgo 2020)


Participarei neste sábado (21/11/2020) da segunda edição do Festival Literário de São Gonçalo (Flisgo 2020). Sou um dos convidados para o painel que vai discutir a questão das Literaturas nas Periferias. Comigo estarão os escritores Jessé Andarilho e Rodrigo Santos, ambos do Rio de Janeiro.


Este ano, devido a pandemia de Covid-19, o Flisgo será todo virtual, diminuindo os riscos à saúde dos participantes. Meu painel será transmitido pelo Youtube a partir das 20h, horário de Brasília. 

 


O Flisgo contará também com manifestação de diversas linguagens como teatro, dança, contação de história, saraus e lançamento de livro on-line.

 São mais de 30 painéis e conversas sobre literatura e arte, 70 lançamentos de livros e participação de autores de seis países da América, Europa e África. 

Estou contente que só por ser parte de um evento tão diverso. O tema ‘Literatura nas Periferias’ tem tudo a ver com Roraima. Nós, os escritores daqui, vivemos numa das pontas do Brasil, longe dos grandes centros, produzindo literatura periférica no sentido concreto e metafórico. Pensar e agir sobre isso é um desafio constante.

sexta-feira, novembro 13, 2020

Eu, mestre de cerimônias no Sarau da Lona Poética de outubro/2020

No dia 15 de outubro rolou o Sarau da Lona Poética como parte da programação do Festival Literário On-line do Sesc Roraima 2020. 

Apresentei sozinho esta edição, que teve a presença litero-poética de Zanny Adairalba, Elimacuxi, Joakin Antônio, Francisco Alves, Eliza Menezes e Vanessa Brandão, companheiros e companheiras de literatura.

O vídeo está disponível no canal do Coletivo Caimbé no Youtube, mas já te poupo caminho e deixo ele aqui:

   

No dia 20 de novembro, em alusão ao dia da Consciência Negra, vamos fazer um novo sarau, agora com transmissão pela página do Facebook do Coletivo Caimbé.  

Curte aqui a página e se liga: sexta-feira, 20 de novembro de 2020, às 19h30, tem Sarau da Lona Poética – edição novembrina. 

quarta-feira, outubro 07, 2020

E vamos para o Festival Literário On-line do Sesc 2020

Entre os dias 10 e 15 de outubro o Sesc Roraima promoverá um Festival Literário On-line, com atividades nas redes sociais da instituição. 

A programação do festival atenderá a todas as idades com oficinas literárias, lançamento de livros, contação de histórias, bate-papo e muito mais. 

Cheio de felicidade por ter tido minhas propostas aprovadas na seleção que o Sesc fez de autores interessados em participar, estarei em três momentos da programação.

Além de mim, participam, com diferentes ações, os escritores e artistas Elimacuxi, Felipe Thiago, Aldenor Pimentel, Sony Ferseck, Eliakin Rufino, Isa Carolina, João Pedro, Kenia Alves, Elivelton Magalhães e Aline Kefler, além dos grupos Curupira Show e Arteatro. 

Vê meus momentos na programação:

11 de outubro de 2020, às 19h, fazendo o pré-lançamento de meu livro de poemas "Incertezas no meio do mundo". Comigo estarão as poetas Sony Ferseck, fazendo o lançamento de seu livro Movejo, e Elimacuxi, que será a mediadora da noite. 

12 de outubro de 2020, às 19h, como mediador numa mesa que vai discutir a literatura digital e suas implicações. Participam os poetas Elimacuxi e Felipe Thiago, que vai lançar o seu e-book Poemindireta.

15 de outubro de 2020, às 19h, como articulador da edição de outubro do Sarau da Lona Poética, que terá muitos convidados. Além disso, vai acontecer durante o sarau a final da 2ª edição do Concurso On-line de Poesias Palavras Conectadas

Todas as ações serão transmitidos pelo canal de YouTube e no perfil do Facebook do Sesc.

Confiram a programação completa do Festival LiterárioOn-line clicando aqui.

Ou então vejam nas imagens abaixo:






Nos vemos no festival! ❤☺☺☺

domingo, agosto 30, 2020

Rumo a mais um festival literário do Sesc

 Este agosto de 2020 foi infinito nos estresses, mas também trouxe boas notícias. Uma delas é que sou um dos escritores selecionados para o Festival Literário 2020 do Sesc Roraima.




Entre feiras do livro  e festivais, este é o nono evento deste tipo organizado por esta instituição em que participo como autor. Já falei sobre isso nesta postagem aqui do blog. 

No festival deste farei a apresentação de meu livro de poemas que está em fase de produção gráfica e também vou montar um sarau.

Além de mim, o festival terá a participação de outros autores queridos e estimados, como a Elimacuxi, o Felipe Thiago e o Aldenor. ♡

Será em outubro, tudo on-line. 😋😋. 

até lá. 

terça-feira, agosto 25, 2020

Teve lançamento de livro na UFRR falando literariamente sobre a pandemia

Na sexta passada (21;8/2020) fizemos o lançamento on-line dos dois primeiros volumes da coleção Literatura de Circunstâncias/Prêmio Devair Fiorotti de Literatura, publicados pela Editora da Universidade Federal de Roraima.

Foi muito bacana ouvir os autores lendo trechos de seus textos.




Para mim, que fiz a sugestão do prêmio e atuei como um dos organizadores, junto com os professores  Roberto Mibielli  e Fábio Carvalho, foi um momento especial na minha jornada de agente cultural da área da literatura.




Na foto eu seguro as versões impressas dos dois volumes, mas eles também foram lançados em formato ebook. Se você quiser ler os textos, acessa o site da editora da UFRR e baixa-os: 

 Literatura de Circunstância (Vol 1) e  Literatura de Circunstância (Vol 2)


Ah, vê a matéria de divulgação que rolou no portal da UFRR: 


A Editora da Universidade Federal de Roraima (EdUFRR) promove na próxima sexta-feira (21/8) um sarau on-line para fazer o lançamento dos dois primeiros volumes da coleção Literatura de Circunstâncias/Prêmio Devair Fiorotti de Literatura.  A ação faz parte do Programa de Extensão ao enfrentamento ao coronavírus, da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis e Extensão (PRAE).

O lançamento será feito pelo canal de Youtube do Programa de Pós-graduação em Letras (PPGL) da UFRR , com início da transmissão às 16h, horário de Brasília. 

A intenção é reunir todos os participantes da coletânea e abrir espaço para leituras de trechos dos textos ganhadores do concurso.

 Os dois volumes da Coleção Literatura de Circunstâncias serão disponibilizados para download na página da EdUFRR: www.ufrr.br/editora.  Além disso, a editora fez uma tiragem impressa que será distribuída entre os autores e nas bibliotecas do Estado.

O concurso Literatura de circunstância/Prêmio Devair Fiorotti de Literatura teve como tema “Pandemias: cuidados, prevenção, efeitos e consequência sobre a vida humana: dimensões múltiplas de uma temerária e inquietante experiência coletiva”.

O volume 1 da Coletânea é composto de 15 poemas,15 minicontos e 15 crônicas; enquanto o volume 2 é composto de 15 contos. Na categoria Poema, as comissões Organizadora e de Avalição homenageiam a memória do recém-falecido poeta e professor da UFRR, Devair Fiorotti, com dois poemas hors-concours.

A iniciativa estimulou um grande contingente de escritores de todas as regiões do País, além de escritores que residem em Portugal e na Polônia, a produzirem um conjunto de textos que tratam de diferentes perspectivas, com profundidade e agudeza, e ao mesmo tempo com muita graça e leveza, da condição-limite vivenciada pela humanidade neste ano de 2020, em que ela foi obrigada a uma repentina e profunda mudança de hábitos.

O prêmio literário teve o suporte da EdUFRR e foi organizado por Fábio Almeida de Carvalho, seu diretor, por Roberto Mibielli, escritor e coordenador do Programa de Pós-graduação em Letras da UFRR (PPGL), e por Edgar Borges, escritor e integrante do grupo literário Coletivo Caimbé.

“Esperamos que seja esta a primeira de uma série de publicações de obras literárias que conjuguem alto valor estético e grande relevância social e que, assim, a EdUFRR possa ajudar a Universidade Federal de Roraima a cumprir o seu primordial papel de impulsionadora da ciência, da cultura e da arte que circula e que se produz no extremo norte do Brasil”, afirma o diretor da editora.

sexta-feira, fevereiro 01, 2019

Diário de um mestrando - 1o mês

09.01.19 Quarta


Janeiro chegou foi cedo. Não tem isso de folga, curtição e não sei mais o que...E...não há felicidade nenhuma nisso, acreditem.

Bem, estamos na ativa desde a sexta ou ou sábado passados, logo após a professora Leila ter enviado um e-mail com as demandas finais para fechar o texto da qualificação. Inicialmente pensei em somente começar a trabalhar na segunda, que seria o dia 6, mas me analisei, olhei no espelho, medi a barriga e cheguei à conclusão de que, conhecendo minha lerdeza como conheço, o lance era adiantar pelo menos uma demanda por dia.

Deu certo.

Acho que deu.




O concreto é que ontem á noite mandei o material de volta para professora Leila olhar. Estando tudo ok, faltará só numerar as páginas do sumário e dar uma nova olhada na formatação, sobretudo nas partes referentes a entrelinhamentos.

Foi tenso, digo-lhes. Tenso. Ontem, por exemplo, trabalhei de manhã, tarde e noite. Li artigo, dissertação, anuário, Wikipédia, matéria de jornal, um monte de coisas para conseguir informações e transformá-las em algo semelhante a um texto científico.

Tenso. Bem mais tenso que trabalhar no meu expediente normal.

É claro que se eu fosse o filho do vice-presidente Mourão e ganhasse uma promoção como a que ele ganhou, não tava nem aí pro mestrado. Só ia lá na presidência para receber meus 38 mil do Banco do Brasil de boas.

Mas não sou. Então vamos estudar para ver o que de bom o estudo nos traz.

Ah, ontem quem me assessorou foi o Hulk. Se liga:


Anteontem foi o Dr. Destino.


Só boas companhias verdes.

Falando em verde, que lembra alface, que lembra coisa para comer, tava com o mente tão cansada que não resisti e fui ver bobagens bem bobagentas na Netflix. Encarei o engraçado "Orgulho e Preconceito e Zumbis" e fui até tarde com ele. Sim, curto filme de zumbis. Me julguem. Ou não. Deixa a Glória Pires aparecer e fazer isso na minha banca:


12.01.19 sábado


Teve encontro com a orientadora na quinta. Tava tudo só para olhar, acertar as arestas de formatação e já mandar a cópia do trabalho para os professores que vão compor a banca.

Era só isso.

Mas o programa de edição de texto teve um piripaque, tive que reiniciar o computador e o arquivo B do texto final, onde havia feito sumário, correções e outras coisas, sumiu. Não. Sumiu não. O arquivo ficou la, mas o conteúdo evaporou.

Fiquei muito puto. Ops, quer dizer, chateado. Por sorte era pouca coisa e nada que envolvesse novo conteúdo.

Na sexta de manhã arrumei, a profe retornou pedindo só duas paradinhas mais, devolvi e já marcou a data da defesa da qualificação: 20 de fevereiro de 2019, às 9h.


Estou muito aliviado de ter conseguido fazer esse material. Pensar e escrever cientificamente é extenuante. Me exige muito: tempo, concentração, esforço... É sofrido.

Bem, agora me dei a sexta, sábado e domingo de folga. Segunda começo a focar no artigo que falta fazer para aprovar de vez todas as matérias do primeiro ano. Também já fiz uma listinha de material que achei interessantes, mas não tive tempo para ler antes. A ideia é manter o pique.

Hoje chega uns amigos da Venezuela. Se abrir o céu é capaz de ter praia à tarde.

18.01.19 sexta

Então...não fiz nada semana passada. Só pensei em fazer, mas tava com visitas, ajudando-os a resolver coisas e não fiz o que é do meu interesse. A batalha vai recomeçar hoje, ora pois. São 10h57 e já fiz algumas coisas de organização, entre elas anotar o que devo resolver com urgência. Uma delas é a renovação do afastamento. Vamos para isso e para definir sobre o artigo que devo entregar logo, logo.

21.01.19 segunda


Só há uma certeza: não tenho noção ainda de como e o que vai ser desse artigo. De toda forma, hoje faço o básico: salvar um arquivo para começar nem que seja a ver a página em branco.


Vou me esforçar para que meu texto não fique assim...

22.01.19 terça 9h47

Ontem consegui fazer uma sinopse de minha nova proposta. Fiz também um roteiro da abordagem dos temas. A ideia era fechar, pelo menos, uma página hoje, mas não consegui fazer o cabo do computador mandar energia para o aparelho. Geralmente consigo, mas o mestre mesmo nisso é o Edgarzinho. Resultado: a bateria acabou e fiquei sem fazer nada. Uma manhã meio perdida, já que tampouco fui pedalar.



Passarinhos me acompanham a menos de um metro quase todo dia 


28.01.19 segunda

Dia de fazer as vezes de representante discente da turma 2018 do mestrado em Letras da UFRR. Cá estamos na sala 133 do bloco I do campus Paricarana...

30.01.19 quarta

A vida de um servidor público afastado para fazer um mestrado implica em estar ligado nas datas da burocracia estatal. A mais importante é a do pagamento, quando rola um f5 brutal no aplicativo do banco para ver se a grana caiu na conta ou se despencou em outro lugar. A segunda data mais importante é a que diz respeito ao momento de ir na universidade renovar sua licença, levando vários documentos. Eu havia esquecido desse procedimento. Por sorte anotei em fevereiro do ano passado que deveria fazê-lo. O google agenda não me deixou na mão.



31.01.19 quinta

Pense num mês comprido este janeiro de 2019. Foi tanta coisa pesada lá no mundo extra-mestrado que meu Deus... Brumadinho e suas mais de cem mortes até o momento, quase tudo o que o governo Bolsonaro anunciou ou decretou (facilitação da posse de armas entre isso), umas intenções ruins voltadas para as IFES, a crise Guaidó presidente encarregado - Maduro não vou sair daqui na Venezuela...Tudo isso me afeta e ando me poupando de expor opiniões nas redes sociais. No máximo, compartilho algo nos status e stories da vida. Não é ficar em cima do muro, é que não tô afim de ficar rebatendo e discutindo com os manés que acreditam, por exemplo, que há algo de bom no atual governo.

E esse passarinho fofo que não me larga? Ou será uma gangue de passarinhos?


São 21h43 e estou encerrando as atividades por hoje. Passei a semana toda pensando e escrevendo análises para o artigo da disciplina Arte, Cultura e Identidade. O prazo de entrega é dia 15 de fevereiro, mas quero fechar isso até segunda. Daí é só imprimir e passar para a professora.


E esperar uma nota boa, claro.


Líquidos para não morrer desidratado no verão de Roraima




Fevereiro terá uma data importante: dia 20 defendo minha qualificação. Tenho que montar os slides da minha apresentação e fazer a banca acreditar que, de fato, fui eu o cara que escreveu o que estão lendo. Tomara que consiga (tanto montar o PPT como não dar mancada com a banca).



Para quem chegou até aqui, fica o convite: clique aqui para ler todas as edições do Diário de um mestrando.

domingo, dezembro 30, 2018

Diário de um mestrando - 10o mês

03.12.18 - segunda

Acsa, colega de orientadora (ou seja, dividimos a mesma orientadora), defendeu hoje pela manhã sua dissertação. Ela falou sobre o artista plástico Izaias Miliano. Confesso: fui lá no auditório mais para ver o modus operandi da defesa do que para ouvir o que ela havia pesquisado. No final, a banca, que além da professora Leila Baptaglin, estava formada pelos professores Reginaldo Gomes e José Brito Neto, deu várias sugestões bacanas.








Anotei algumas na forma que estão abaixo:


Defesa da acsa

1. Google acadêmico
2. Adriana Moreno pesquisa sobre identidade
3. Pizarro 2005? Sobre construção discursiva

Análise professores

4. Para meu trabalho: falar em identidades. No plural. Motivo: foram várias as que Frank ergueu.
5. Falar da mudança e linkar com letras novas
6. A nossa entrevista pode ser considerada uma construção. Usar partes em que ele usa metalinguagem na entrevista.
7. Cuidado com a naturalização dos conceitos. Cuidado com falar de algo sem explicar. Caso: conceito de artista indígena.
8. Arte no universo ocidental com elementos indígenas. Vanessa lembrar
9. Como está meu conceito de memória e história? (não são sinônimos)
10. Talvez falar sobre redes de sociabilidade do Frank. Parcerias. Se vê na Gang do Rap e no 7niggaz.
11. Estudos culturais babba e Canclini. Avanços: estudos da epistemologia do sul. (Descolonialidade?). Ver João Boaventura Santos (isso mesmo?).
12. Artistas performam identidades. Quantos seres ele performa. Artista/criador/ família/. Vanessa lembrar.
13. Artista de plástico citada numa pesquisa. Lembrar menina Acre.
14. Falar de redes de cooperação na parte do hip Hop e depois.
15. Estatuto social do artista. Regime de singularidade. Madelaine "Maine"?.
16. Performance do sujeito contemporâneo. Tem na entrevista na parte do nome. Há performance na entrevista. A memória não é estática, ela se constrói agora.

............................
Tem umas aí que anotei para compartilhar com a colega Vanessa Brandão, que também está analisando um artista de origem indígena, o Jaider Sbell.

04.12.18 - Terça

Fui dormir bem tarde, depois de revisar a transcrição da entrevista com o MC Frank de D'Cristo. Nove páginas no total. Uns 35 minutos de conversa. Estava com dor nas articulações e na coluna. Pensei que fosse de tanto ficar sentado, mas era o aviso de uma infecção estomacal. Amanheci mal da barriga, mas pelo menos a febre sumiu. Não vai rolar pedalada hoje nem saída de casa para pegar um trabalhador que limpe o quintal.

Bem cedo chegou (ou será que chegou ontem bem tarde?) o agendamento de reunião de orientação. Era uma das demandas do dia, como é possível não entender na minha letra na agenda:


Vamos lá, continuar mexendo na dissertação até uma dez horas e aí começar a pensar no que vou apresentar quinta no encerramento da disciplina. O que vou abordar em meu artigo? - Pesquisar no Google já.

05.12.18 - Quarta

Encerramos hoje a disciplina Seminário de Pesquisa. A professora disse que entre seminários e apresentações nos eventos acadêmicos que rolaram no semestre, quase todos já aprovamos. Vai ter gente tendo que se virar um pouco mais para conseguir a nota.



São 15h13. Olho pra rua na esperança de conseguir encontrar uma linha perdida de raciocínio que alguém deixou cair e que me sirva para o trabalho que devo apresentar amanhã.

A infecção estomacal está quase zerada e estou com visitas da Venezuela. Mais tarde supostamente devemos fazer um churrasco. Esse tema tem que chegar logo.

São 19h40. Consegui fazer algo parecido com um resumo do artigo, apresentando a ideia que tive, e agora vou correr para fechar os demais slides da apresentação.
Fiz um poema sobre minha tarde pensante e publiquei no blog. Clica aqui para ler.
20h20...Terminei. Terminar significa que fechei o que tinha de fechar, não que "uau. É o melhor trabalho acadêmico de minha vida atual e passada e futura". Que venha quinta e bora agora comer parrilla.

06.12.18 quinta

Apresentei a proposta de artigo, recebi sugestões, sugeri coisas para os artigos dos colegas, nos despedimos e encerramos oficialmente nossos encontros de grupões na jornada do mestrado. Agora é cada em sua soledad rumo à qualificação em fevereiro e depois via direta até a Defesa Final. Alguns colegas da turma 2018.1 do PPGL já estão em outros estados, outros vão partir ano que vem. O mestrado é um caminhar solitário.




Colega Carla Caroline
Colega Enderson Monteiro



Colega Jackson (As fotos são do colega Paulo, no encerramento da disciplina Arte, Cultura e Identidade)
Coincidentemente o Edgarzinho também encerra hoje o ano letivo dele.
Hoje tinha e não tem mais orientação. Ficou para amanhã.

07.12.18

Dia de orientação, de alguns cortes e pedidos para melhorar. Basicamente, é escrever para qualificar em fevereiro. A professora Leila disse que falta pouco nesta fase, que é só explicar melhor ali o que é linguagem, definir ali afinal qual é a grafia do conceito que vamos usar, mexer ali, remexer acá e fazer algumas páginas de uma análise simples do material coletado na entrevista. Eu acho que termino isso em uma semana. Parece fácil. Se rolar, vou me dar uma folga e só pegar nisso de volta em janeiro.

10 a 13.12.18

Assim, fácil, parecia que era. Pode até ser, mas me compliquei entre lerdezas, alguma preguiça e um pouco de desconcentração. Mesmo assim, escrevi tanto (ou passei tanto tempo escrevendo) que minhas costas doem. Isto é, acredito que seja por ficar muito tempo sentado, mas pode ser a pedalada que dei domingo e puxou muito depois de uns dias de sedentarismo. Tomara que o material sirva e não seja apenas bobagem que estou considerando algo muito bom.

14.12.18

Dia de pausa (a contragosto) para ir na reunião do Colegiado do PPGL. Sou uns dos representantes da turma 2018.1 e devo aparecer na UFRR como suplente do colega Antônio Lisboa, titular, que está de férias na Europa (leia aqui nas entrelinhas um pouco de inveja do master boy Antônio. Não da viagem, mas de sua eficiência acadêmica que lhe permite estar de folga numa boa enquanto ainda estou me matando aqui).






Minha orientadora em primeiro plano, professora Leila Baptaglin


Discutimos (eles, os professores, na verdade, e muito) a manhã inteira a seguinte pauta:

1) Solicitações de prorrogação de prazo de qualificação/defesa;
2) Recomposição da Comissão de Edital PVNS e encaminhamento do edital;
3) Aprovação do relatório de estágio da Discente Anna Paula;
4) Aprovação do relatório do Bolsista PNPD Luiz Eduardo Rodrigues Amaro;
5) Solicitação de autorização para intercâmbio da Discente Vanessa Brandão e Costa;
6) Verificação da situação das bolsas de Demanda Social que ficarão ociosas em 2019.1;
7) Informes.
Na reunião, finalmente, o Colegiado votou pela aprovação dos pedidos de reaproveitamento de disciplinas que eu e o Antônio havíamos feito no começo do semestre passado. Como já havia sido aprovadas Ad referendum, passaram. Mas ainda houve professor questionando as que fizemos em outros programas e dizendo que o PPGL deveria formar uma comissão para avaliar nossos pedidos. Felizmente outros não embarcaram nessa bobagem.
De tarde participei de uma reunião com um grupo de professores e alunos do curso de Português- Libras da UFRR. Por iniciativa da professora Alessandra Cruz, minha colega loira de mestrado, vai ter tradução para Libras de meu ainda inédito livro de poemas "Incertezas no meio do mundo".




Estou muito feliz pelo projeto da Alessandra e encantando com as interpretações que o povo está fazendo dos textos. Para todos, eles e eu, está sendo um desafio muito interessante este processo.

17.12.18

Que os trabalhos recomecem numa segunda bem preguiçosa.

19.12.18 quarta
Sobre segunda: sentei pela manhã e não saiu nada. Tava num sono violento e falta de concentração. A presença de um eletricista na casa para fazer umas instalações ajudou muito a não conseguir fazer nada pela manhã. À tarde, mesmo com o cara ainda na casa, consegui achar a concentração. Escrevi pakarai, pensei, revisei (mentira) e fechei a principal e mais árdua parte das melhorias que a professora Leila pediu. Depois fui pedalar para relaxar e na volta ainda assistir a um episódio da terceira temporada de Outlander.
Sobre ontem, terça: inverti minha rotina e sai de manhã para resolver coisas, deixando a tarde para o texto da quali. É uma bobagem o que tenho que fazer, mas não saiu nada, nada, nada.
Sobre hoje: aqui estamos, depois de ter acordado às 5h30 da manhã desnecessariamente. São 9h50 neste momento e já vi trocentas notícias, mandei e-mail para meu colega de mestrado Jackson com um artigo que (acho) deve ajudá-lo com o tema dele, já fui ali no quintal e voltei, já brinquei com o Balu...Cá estamos e nada de conseguir fazer a parte que parecia simples.
21.12.18 Sexta
A meta era ter fechado o texto da quali ontem. Mas me enrolei na quarta e só consegui fechar parte do trabalho à noite. Ontem pela manhã (o que aconteceu ontem pela manhã?) não fiz a última parte, que se tratava de ir atras de todas as referências para saber como elas grafam uma palavra que estou usando no texto....Ah, lembrei, na hora que comecei chegaram o João e o Alex para instalar um chuveirão no quintal e fui atendê-los. Terminaram bem depois do meio-dia, fui almoçar já quase às 14 e depois dormir. Quando acordei estava disposto a me livrar de tudo até o anoitecer, mas, ainda na cama, ouvi a cabeça da minha enteada batendo no chão da varanda e logo em seguida a Zanny, minha esposa, me chamando. Lai havia desmaiado. Entre a inconsciência, convulsões e espasmos passaram-se cerca de duas horas e pouco. Fiquei ao seu lado o tempo todo. Depois que ela e a mãe foram para o hospital na ambulância fui gerenciar a janta do Edgarzinho e a casa, liberando-me por volta das 22h, 21h.. Ou seja: zero condições de sentar na frente do computador para olhar se a palavra X está ou não escrita assim nos textos.
Hoje, às 10h49, terminei minha pesquisa sobre a grafia, aproveitei e li novamente um texto muito legal da Diana Klinger e mandei meu material para a professora Leila. Agora espero me dar uns dias de folga. Quer dizer, nem sei se vai rolar. Baixei tanto material nas leituras transversais que acredito que vou ler um pouco todo dia. Mas isso eu vejo semana que vem. Agora o foco é ir pegar a bike do Edgarzinho e comprar o almoço para nós, que voltamos a ter a companhia da irmã e da mamis depois de terem passado a noite no hospital.
30.12.18 Domingo

Sabe o que escrevi antes, sobre a folga? Tá tendo. Em todos estes dias não peguei no computador para nada além de uma noite em que decidi ler umas HQs que baixei. (Em compensação, o celular não sai da mão).


Uma cerveja na praça para ver gente e sentir a brisa gostosa de dezembro

Final de tarde na Praia dos Gnomos, rio Cauamé

Habemus ciclista. Muitas pedaladas legais feitas ultimamente


Edgarzinho cortou o cabelo. Eu não.

Essa cadelinha é a Mia. Seu dono é o Timóteo Camargo, que também é dono do caiaque


Vou encerrar os registros do mestrado neste ano. Se tudo correr bem, manterei minha decisão de ter umas férias mentais até pelo menos dia 3. Enquanto isso, vou pedalando, indo à praia, torcendo para que nada de ruim bata à porta.

Passarinho que me acompanhou enquanto fechava o Diário de um Mestrando relativo a novembro de 2018
Então é isso. Até 2019, sem metas, sem proposições que não vou cumprir. Vamos só focar em pedalar sempre, fazer um bom mestrado e tentar sair mais de casa para conversar com outras pessoas (principalmente agora que não terei mais aulas e a interação social que elas traziam vai cair drasticamente). Ah, se conseguir, quem sabe não organizo uns saraus?




Feliz 2019 para quem chegou até aqui e lembre-se: para ler todas as edições do Diário de um mestrando, clique aqui.