Bem, na verdade, sou bem menos babão que a mãe e os avós de todos os lados. Mas tem coisa que merece ser babada mesmo, como quando ele decide, sozinho, encarar um microfone, pede para arrumarem na sua altura e, mesmo que não se entenda tudo, declama os dois poeminhas que sabe. Foi isso que o Edgarzinho fez na VI Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Roraima. Lá o Coletivo Arteliteratura Caimbé ajudou a organizar um encontro de cordelistas e poetas entre os dias 18 e 20 de outubro.
Edgarzinho Borges Bisneto, que já havia declamando em um sarau do Sesc, não teve vergonha e mandou várias vezes os versos que sua avó Neide lhe ensinou.
A princípio com medo, encarou o perigo como só um índio corajoso o faz. Em poucos minutos já estava segurando na crina apenas com uma mão, levando carona e até guiando o animal.
Seu Adair, avô materno, foi criado em um engenho de Palmares (PE), de propriedade do trisavô e bisavô de Edgarzinho. Desde pequeno montou, costume que passou para todos os filhos do primeiro casamento, de onde vem a mãe do Edgarzinho, dona Zanny. Ela diz que monta bem. Nunca a vi fazer isso. Aliás, ontem ela estava apavorada com o moleque dando uma de ginete.
Eu? Bom, basta dizer que aprendi a andar de bicicleta aos 14 anos. Para não dizer que nunca montei num cavalo, tenho uma foto num carrossel e outra sobre um bicho de verdade, mas só fazendo posse, lá pelos meus 2, 3 anos de vida. Essa é a prova da falibilidade do ditado “tal pai, tal filho”.