quinta-feira, abril 30, 2009



Notícias de Roraima: tem curso cultural de grátis


O Itaú Cultural e o Sebrae Roraima fazem de 4 a 8 de maio um curso gratuito para agentes e gestores culturais. 150 vagas estão abertas. Corre e se inscreve se tu tiver tempo e morar aqui.


Serão abordados estudos de caso, como o do ponto de cultura A Bruxa Tá Solta, de Rorainópolis e o Espaço Cubo, de Cuiabá. Haverá palestras com professores universitários de todo o país sobre gestão e economia da cultura; patrimônio material e imaterial; políticas públicas; sistemas organizacionais públicos e privados; e leis de incentivo e projetos culturais.

Local: Auditório do Sebrae Roraima Avenida Major Williams, 680, São Pedro, Boa Vista (RR)


informações e inscrições:


0800 5700 800


fax (95) 2121 8003


e-mail: callcenter@rr.sebrae.com.br

Aqui, como este blog é muito muito legal com as pessoas que curtem cultura e têm tempo livre para fazer cursinhos e tal, a programação completa:



segunda 4


8h às 12h


aula expositiva Cultura e Desenvolvimento Humano - Os Desafios para a Gestãocom José Márcio Barros (MG), professor do programa de pós-graduação em comunicação da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG)


14h às 18h


Políticas, Programas e Ações de Cultura em Roraimaapresentação de estudo de caso com experiências diversas de gestão cultural


terça 5


8h às 12h


aula expositiva Patrimônio Material e Imaterialcom Silvana Rubino (SP), professora do Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)


14h às 18h


relato de experiência Cultura como Estratégia de Protagonismo Juvenil Comunitário em Rorainópoliscom Catarina Ribeiro (RR), responsável pelo Ponto de Cultura A Bruxa Tá Solta, em Rorainópolis


quarta 6


8h às 12h


aula expositiva Produção Cultural: Modelos e Tipos de Açõescom Romulo Avelar (MG), professor, produtor cultural e assessor de planejamento do Grupo Galpão e do Grupo do Beco, em Minas Gerais


14h às 18h


relato de experiência Espaço Cubo: Transformando Dificuldades em Oportunidades apresentação de estudo de caso do Coletivo Tomarrock (RR)com Pablo Capilé (MT), coordenador de planejamento do Espaço Cubo, em Cuiabá


quinta 7


8h às 12h


aula expositiva Políticas Públicas e Desenvolvimento: Estratégias e Táticas da Gestão Culturalcom Cláudia Leitão (CE), professora do mestrado em políticas públicas da Universidade Estadual do Ceará (Uece)


14h às 18h


aula expositiva Projetos Culturais: Princípios e Desenvolvimentocom Enrique Saravia (RJ), professor da Fundação Getulio Vargas (FGV-RJ)


sexta 8


8h às 12


haula expositiva Políticas culturaiscom Albino Rubim (BA), diretor do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos (Ihac), na Bahia


14h às 18h


aula expositiva Cultura e Economia com Ana Carla Fonseca Reis (SP), professora e fundadora da empresa Garimpo de Soluções - Economia, Cultura e Desenvolvimento, em São Paulo

terça-feira, abril 28, 2009

Canto Forte

Comissão apresenta as 20
músicas pré-selecionadas

(Da série Clipando - Jornal Roraima Hoje, matéria veiculada aqui.)

Eliane Rocha




A comissão organizadora do primeiro Festival de Música Canto Forte apresentou ontem à tarde no Espaço Cultural Marreta as 20 músicas pré-selecionadas. Os intérpretes das composições começam agora a ensaiar para as apresentações, que serão realizadas nos dias 7, 8 e 9 de maio no Palácio da Cultura.




Os ensaios começaram ontem à noite no Espaço Marreta e prosseguem até a próxima segunda-feira, 4 de maio. A equipe de músicos é formada por Tuíto Brown (percussão); Jean Carlos (trompete); Leandro Martins (trombone); Aluízio Bezerra (sax alto); Jason Marcos (teclado); Alfredo Rolins (bateria); Hendds Williams (guitarra); Serginho Barros (violão) e Osíris Uchôa (contra-baixo).



Foram inscritas 87 músicas. Dos participantes, figuras carimbadas de outros festivais, mas também gente nova tirando do baú suas composições. Um deles é o jornalista Edgar Borges, que se lança nessa nova empreitada artística. A letra Encontros ganhou harmonia de blues do amigo e também jornalista Avery Veríssimo.



“É um poema antigo que tinha guardado em casa há uns três anos”, disse Edgar, ao revelar surpresa na classificação para o Festival. E não só ele. A esposa, Zanny Adairalba, também é uma das pré-selecionadas com a música Chegança de Bem Querer.



Canto Forte é uma idealização do cantor e compositor Joemir Guimarães, implementado através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura com apoio das secretarias estaduais de Educação e da Promoção Humana e Desenvolvimento. A empresa Rebouças e Cia. Ltda é a patrocinadora do Festival.


Premiação - O primeiro colocado no Festival receberá o prêmio de R$ 5 mil; o segundo R$ 3 mil; o terceiro R$ 2 mil; o quarto R$ 1 mil; e o quinto R$ 500. Os candidatos classificados do sexto ao décimo lugar serão premiados com a quantia de R$ 250. O melhor intérprete também receberá o prêmio de R$ 500.

segunda-feira, abril 20, 2009

Sim, coma-me


(Série Cenas e fotografias de Boa Vista)




Como vai o seu inglês? Bem, espero. Só assim você vai entender o que motiva o título desta postagem. A foto é da fachada do teatro Carlos Gomes, único teatro público de Boa Vista.


Fechado há muitos e muitos meses para mais uma reforma, é bem pequenino e fica no Centro da Cidade.


Este cronista andou muito por lá na década de 1990, fazendo oficinas teatrais, encenando algumas peças e vendo outras tantas.

O prédio tem ou tinha o grande problema de uma entrada quase na boca do palco. Assim, quando chegavam os atrasados de sempre, todos os olhares saiam do palco em direção a eles.

Hoje, Boa Vista tem o teatro do Sesc Mecejana e o do Sesi. A prefeitura de Boa Vista planeja começar em breve a construção do seu.

Aqui, um link para ler
algumas insatisfações com o estado do prédio e outro para ler uma música cujo título tem a ver com o título do post e com a foto.

sexta-feira, abril 17, 2009

Sobre o fazer e o ser jornalista: que as imagens (e os links nelas) falem por mim




Respaldadas somente as exceções previstas na lei.

quinta-feira, abril 16, 2009

Ratadas, barrigadas etc.


Sou professor de jornalismo pela segunda vez há um ano e meio. Já dei aulas para as turmas do segundo, terceiro e quarto semestre. A cada período, mudam as disciplinas. Se isso me complica um pouco a vida, já que sou obrigado a arranjar tempo para ler novos livros e artigos a cada semestre, por outro amplia a minha visão sobre a parte teórica da profissão e me ajuda a aprimorar meu senso de programação acadêmica.

Atualmente, leciono para o terceiro e quarto semestre. É uma seqüência: 3 e 4. Bem facinho de decorar. O problema é que a idade prejudica minha memória e sempre tenho que fazer força para lembrar quais são as turmas. Demoro em média uns cinco segundo até conseguir dar o nome correto de cada uma. As disciplinas eu decorei o nome, inventei siglas próprias para minhas anotações e tal, mas as turmas...

Até o pessoal que fica nos corredores já decorou quais são. Quando chego reservando o projetor ou um laboratório, eles dizem: - Terceiro ou quarto, professor?

Eu fico assim, pensando, até me lembrar qual é a turma.

Há umas três semanas organizei uma palestra sobre a influência das Assessorias de Imprensa (AI) na agenda da mídia. Íamos discutir isso, agenda setting, fluxos da comunicação etc. Daí eu abro a palestra, apresento os convidados às turmas e vice-versa. Os convidados falam, abrimos para perguntas e eu digo:

- E aí, pessoal do quinto (a minha turma) ou do terceiro (convidados especiais), não vão perguntar mais nada?

Um dos meninos olha para os lados e diz: professor, nós somos do quarto semestre.

Aí veio outro e falou: e nós somos do segundo...

Um segundo de estupefação e a minha resposta clássica para estas situações: quinto, quarto, segundo, terceiro, é tudo a mesma coisa, gente. Tem pergunta ou não?

A última ratada foi ontem. Mandei um texto para divulgar no site da faculdade uma palestra no quarto semestre abordando mídia e religião. E já fui escrevendo com aquele cuidado de não trocar a numeração. Deu certo na última parte do texto, mas na primeira falhou a revisão: em vez de quarto, lá ficou o maldito quinto semestre aparecendo logo de cara.

O pior é que quando sai escrito não dá para falar “quarto, quinto, tudo é a mesma coisa”.


................
P.S: Veja no blog Terceiro Semestre as impressões da molecada após fazer matérias para o jornal-laboratório União Informa.

P.S.2: Faça um blogueiro feliz. Comente este post e todos os que você ler aqui.

quarta-feira, abril 15, 2009

Compartilhando informação e conhecimento



Eu até poderia traduzir o texto selecionado, mas a preguiça é grande. Porém, é menor que a vontade de ser mais um a replicar/compartilhar o conteúdo do ensaio do jornalista gringo Andrew Sullivan sobre os motivos que o levam a blogar todo dia, o tempo todo. Peguei somente as que considerei as melhores partes ou as que dizem mais respeito à vida de nós, blogueiros.


Faz um esforcinho e lê, pelo menos, esses pedaços em espanhol. A versão original, em inglês, tu encontra aqui, e a tradução completa aqui.

Tem até foto do cara e um vídeo no qual discute a piração de ficar escrevendo (de graça ou não) o tempo inteiro.

Como sou muito legal, se alguém tiver dúvidas sobre o significado de alguma palavra, é só deixar na caixa de comentários do haloscan que me prontifico a traduzir. Aproveitem.


¿Por qué blogueo?

Andrew Sullivan


Bloguear, en consecuencia, es a la escritura lo que los deportes extremos son al atletismo: algo más libre, más propenso al accidente, menos formal, más vivo. Es, en muchos sentidos, escribir en voz alta.
(...)
El blog, desde luego, ha seguido siendo un medio superficial. Por superficial, simplemente apunto que el bloguear recompensa la brevedad y la inmediatez. Nadie quiere leer un tratado de nueve mil palabras en línea.
(...)
Bloguear en consecuencia consiste en dejar que tu escritura vague, mantenerla al alcance de la mano, abierta al escrutinio, permitirle flotar en el éter durante un tiempo y dejar que otros, como hizo Montaigne, te empujen hacia la verdad relativa. Un blogger se dará cuenta de ello casi desde el mismo comienzo. No es sorprendente que algunos de los que nos escriben emails saben más del tema que el blogger.
(...)
Y si piensas que bloguear es más como un programa de micrófono abierto o una agencia de noticias que una revista de opinión o un diario, entonces este énfasis personalizado resulta menos sorprendente. La gente tiene una voz para la radio y una cara para la televisión. Para bloguear tienen una sensibilidad.
(...)
La grosería es en cualquier caso lo peor que le puede suceder a un blogger. Ignorar a un blogger una grosería. Tal vez la cosa más fea que le puedes hacer a otro blogger es destrozarlo y después no ofrecerle un link.
(...)
La noción triunfalista de que bloguear debe de alguna manera remplazar la escritura tradicional es tan alocada como perniciosa.
(...)
De hecho, a pesar de toda esa intensa aura de sufrimiento que rodea a los periódicos y las revistas, esta es una Edad de Oro para el periodismo. La blogosfera ha añadido un nuevo dialecto al acto de escribir y ha introducido a toda una generación completamente nueva a la no ficción. Ha permitido a los escritores escribir en voz alta de forma nunca vista o comprendida antes. Y sin embargo, ha expuesto un hambre y una necesidad por la palabra escrita que, en la era de la televisión, había parecido desvanecerse.
Las palabras, de cualquier tipo, nunca han parecido tan actuales.

terça-feira, abril 14, 2009

Sim, temos bananas...


(Série Cenas e fotografias de Boa Vista)



E outras tantas frutas, verduras e legumes à venda todo final de semana na Feira do Produtor, localizada ao lado da avenida Venezuela, via que na década de 1990 convencionou-se chamar da linha divisória da Boa Vista rica e da Boa Vista da periferia.


(foto minha: Edgar Borges)

Todo sábado a feira enche, com vários produtos muito mais em conta do que qualquer vendinha ou supermercado da cidade. Reformada há alguns anos, tem barracões para cada tipo de produto. Esse da foto é do exclusivo para bananas, a maioria vinda da região sul de Roraima. O cacho, dependendo do tipo, do mês e de quanto está maduro, pode sair entre dois e cinco reais.

segunda-feira, abril 13, 2009

Semelhanças

Antes era Centro Federal de Educação Tecnológica de Roraima.




Agora virou Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima


Com uma logo que me pareceu lembrar a da Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura de Boa Vista. Acho que somente por conta do verde "fique calmo e relaxe".

quarta-feira, abril 08, 2009

Putz...já é páscoa...



Não sou cristão nem adepto de nenhuma religião, mas sei que a data é importante para a humanidade. Pena que hoje todo mundo acredite que é somente para comprar e presentear com ovos de chocolate. No máximo, que se trata de um feriadão.



Mas eu sou índio velho consciente das datas e de seus significados. Por isso, vou aproveitar o lance do milagre da volta da vida e compartilhar com meus amigos, rir, escutar música e, principalmente, brincar com esse indiozinho aí da foto. Ele, com certeza, é o meu milagre da vida.
Até segunda!



Fotinha de orkut: a molecada já nasce plugada
Roraima existe

Esse é o tema da I Mostra de Trabalhos Criativos dos acadêmicos da Faculdade Atual da Amazônia, uma das atividades da VIII Semana Roraimense de Comunicação e Marketing.


O evento será nos dias 12, 13 e 14 de maio, com o tema “Grandes Oportunidades à Vista!”.

Conforme o regulamento da Mostra, o conceito expressa o atual contexto de Roraima, com a implantação da ALC (Área de Livre Comércio) de Boa Vista.


A mostra será dividida nas seguintes modalidades:
a) Curtas de 1 minuto;
b) Paródias;
c) Composição Visual e
d) Fotografias.

O regulamento taqui, ô.


Podem participar da Mostra alunos regularmente matriculados nos cursos de graduação da FAA e do curso de Comunicação Social da UFRR. Mas se liga: não há premiação em dinheiro. Os expositores receberão certificados de participação que contarão como horas de atividades complementares. Isso já vale, né? Ou tu tava querendo levar o milhão do BBB?


terça-feira, abril 07, 2009

Série Remember - a caminho dos cinco anos

Em 10 de agosto de 2004, no primeiro ano deste blog, publiquei esta crônica, inspirada numa viagem à Venezuela. Rendeu-me bons comentários. O melhor foi ter sido comparado ao estilo de Charles Bukowski.

Mais um final de semana

Esvazio mais uma garrafa de cerveja enquanto meus amigos conversam sobre seus filhos e suas amantes. A tarde está quente e a transmissão do rádio diz que o meu time está perdendo novamente. Amanhã será domingo e com certeza amanhecerei de ressaca.

Não sei se é pior a resultante da bebida ou a proveniente do convívio com as pessoas que geralmente se misturam nos finais de semana à fumaça do cigarro da casa de bilhar onde me divirto bebendo, fumando e apostando nos cavalos.

Gosto de cavalos. Eles pelo menos algumas vezes me trazem lucro. Quando ganho uma aposta, tomo rum. Se a tarde é boa, arrisco um trago de uísque e compro um pouco de carinho. Tudo para esquecer que logo será segunda e o meu maldito trabalho estará lá, a minha espera, como uma onça espreita a presa.

segunda-feira, abril 06, 2009

Hoje em dia erros acontecem, inclusive na Rede Record




O programa Hoje em Dia, da Rede Record, veiculou na manhã desta segunda (6) a matéria relacionada à seletiva local do Beleza na Favela. Belas imagens, alta produção, panorâmica feitas do céu. De repente, no meio do off da repórter, me sai um “Rio Branco” referindo-se à capital Boa Vista.


Tudo bem que do lado direito do nosso rio Branco foi fundada Boa Vista, que há muitos e muitos anos era Boa Vista do Rio Branco, mas o Acre fica bem distante daqui e os caras de lá também não gostam de ver o nome da capital deles trocado.

Aí, quando abriu para o trecho da matéria feito numa maloca do município, apareceu o letter “Boa Vista (RO)”, trocando o RR de Roraima pelo RO de Rondônia. Tudo bem que tudo é Amazônia, mas um mapinha pendurado na redação ou uma consulta ao Google não faz mal a ninguém.

Então, vai aí: Boa Vista é capital de Roraima (RR), como bem lembrou o pessoal do estúdio.

Ah, a escolhida foi a adolescente Rayssa, de apenas 14 anos e segunda participação no programa. Eu torcia pela garota com traços mais indígenas. Seria mais exótica, mais regional que a branquelinha do bairro (ou comunidade)Aparecida.


De todo jeito, o lance agora é torcer pela Rayssa e esperar que se dê bem.

sábado, abril 04, 2009

Vamos fechando, vamos fechando...



Fazemos agora a leitura das crônicas. Fabio aponta onde podemos melhorar e nos preparamos para ir embora. À noite tem tambaqui assado para alguns da turma e palestra sobre dança para outras pessoas. Valeu, bom final de semana e até outra postagem
Macondo na Linha do Equador

(Texto-exercício para a Oficina do Rumos Itaú Cultural, publicado originalmente aqui)

Abril é sempre calorento, mas desde ontem chove um pouco na cidade. Quer dizer, chove intensamente por alguns minutos e aí o sol ressurge para lembrar que estamos no meio do planeta, próximos à Linha do Equador e não temos direito a dia frios. Quando muito, uma vez por bimestre no verão, a dias amenos.


Fim de tarde fotografado por Marcelo Seixas

Março foi bravo. Secou tanto no lavrado que em alguns dias era difícil até respirar. De um trabalho para outro saía correndo para entrar na sala e aproveitar ao máximo os condicionadores de ar no máximo.

Alguns amigos não têm essa sorte e ficam o dia todo pegando o sol que queima o lavrado. Amigos e parentes. Meu pai é um deles. Neste ano, meio pela crise, meio pela vontade de trabalhar um pouco mais afastado, garantiu um trampo na Venezuela. Lá, apesar de muito quente em algumas regiões, sempre venta mais que aqui no começo da manhã e no final da tarde. Dá até para colocar as mãos nos bolsos das calças e pensar em usar jaquetas.

Aqui não. Aqui é uma Macondo sem estação de trem, sem uma família de Buendías, mas com aquela loucura das pessoas e a simplória divisão do tempo em dois blocos: calor e chuva, chuva e calor.

O bom de ter um verão tão definido é que sabemos quando poderemos assistir a shows e atividades culturas feitas ao ar livre. A menos que entre uma grande fria pelo Atlântico, não há risco nenhum de cancelamento. Mas, por garantia, é bom não contar com a certeza climática quando se vive em Macondo, quer dizer, em Boa Vista.

Quarta fase do Rumos Cultural em Boa Vista



Fabio Malini acaba de dar uma aula sobre blogs e a história e repercussão dos mesmos na comunicação. Depois falo mais disso. Agora o lance é produzir uma crônica sobre Boa Vista e eu ando a zero imaginação.
Histórias de nomes de jornalistas

Quer saber de onde surgiram os nomes de alguns profissionais e estudantes de jornalismo de Roraima? Clica aqui para saber. Tem a história do Tana Halu, do Nei Costa, Cyneida Correira, Adriana Cruz, Eliane Rocha e de um outro tanto de gente que eu não conhecia.

E aproveita para conferir a última atualização, em muitas e longas semanas, do blog do Nei, outro participante da oficina do Malini, esse carinha de 32 anos aí da foto:




Lá no fundão, este cronista escuta com atenção a fala do Dr. Malini

As demais fotos da oficina estão disponíveis no Flick.

Antes que me esqueça


Que mulher inteligente, hábil no trabalho e BONITA (em caixa alta mesmo) é a jornalista Eliane Brum.

A história de meu nome


(Exercício para a oficina do Fábio Malini, publicado originalmente aqui)


- Nome?

- Edgar

- Nome completo, por favor?

- Edgar Jesus Figueira Borges.

- Dos nomes, algum é herança de um antepassado, amigo dos pais, ator de novela?

- O Edgar é de meu avô materno. O Jesus veio direto de meu pai, Sebastião Jesus.

- Legal…

- Na verdade, o nome era para ser Edgar Borges Ferreira Neto, mas na Venezuela não aceitaram.

Fotinha de passaporte


- Como?

- Deveria ter sido registrado com o nome de meu avô materno, mas como nasci na Venezuela - os meus pais são brasileiros, antes que você pergunte - as leis da época não deixaram e tal.

- Que chato.

- Nada. Juntou o Edgar Borges de meu avô com o Jesus Figueira de meu pai. Ficou quase igualzinho.

- E que nome profissional você usa?

- Edgar Borges.

- Ou seja, deu no mesmo, né?

- Então…mas lá na Veneca o costume é te chamar pelo sobrenome do pai. Isso significa que até os meus quase 15 anos fui Edgar Figueira.

- Isso não te dá uma crise de identidade?

- Nada. É uma história legal de se contar. Imagina meu filho explicando de onde saiu o Bisneto dele.

- Como?

- Meu filho…

- Sim…

- Edgar Borges Ferreira Bisneto. Fiz até um blog, que não alimento mais, para ele.

- Cara, você gosta de teu avô, heim?

- Gosto, o velho é gente boníssima.

- Ok, então. Pode sair. Próximo!

- Peraí. Sabia que ainda tem o meu tio, que é o Edgar Filho, e um jornalista, como eu, que é da Venezuela, é escritor premiado e tal, que também se chama Edgar Borges?

- Sério?

- Sério, vai no Google que tu acha.

Segundo dia de oficinas do Itaú Cultural

Começa agora a oficina Blogs, Estilos Textuais e a Construção da Reputação em Rede, com Fabio Malini. No momento, Claudiney Ferreira fala dos editais, das premiações para os estudantes (publicação em revista, viagens etc.) sobre ouvir, sobre os blogs do Rumos e do Fábio para o Rumos.

Luiz Valério está "twitando" e blogando também caso você queira dar uma olhada em outras informações.

Outras infos de Boa Vista:

Chove desde ontem. Quer dizer, chove e para. A cidade está muito agradável, mesmo com o sol forte de sempre.

sexta-feira, abril 03, 2009

Quem sou eu

(Segundo texto-exercício para a oficina de jornalismo cultural do Itaú Rumos)


Sei lá quem sou eu. Eu sei o que faço, do que gosto, o que quero. Sei que hoje gosto de coisas, pessoas e até comidas que ontem não gostava. Sei que sou jornalista (à época do vestibular ainda não havia cursos de filosofia nem psicologia em Roraima) e sociólogo de graduação, assessor pela remuneração e professor por diversão e talvez um pouco de brilho no ego.

Gosto de ler, apesar de cada vez fazê-lo menos quando o meio é o livro em papel. Sou pai de um lindo indiozinho de um ano e três meses, tenho livros de poesia e prosa no prelo. Sou escritor no ciberespaço. Sou chato para alguns, divertido para outros. Melancólico também. Sou materialista, apesar de não gostar disso. Sou controlado, extremamente controlado nos meus impulsos. Tenho um pouco de medo de dar vazão a eles. Sofre da síndrome de ser de nenhum lugar (culpa de ter vivido anos na Venezuela e o outro tanto no Brasil), de querer o que não tenho e me cansar do que sou e tenho.

Sei lá quem eu sou. Acho que vou me procurar no Google, como sempre recomenda a minha amiga Cyneida.

A busca do singular

(Texto-exercício produzido para a oficina de jornalismo cultural do projeto Rumos)


Sexta chuvosa, 3 de março de 2009. Mais de 20 alunos de jornalismo e profissionais graduados deixaram suas casas e trabalhos para participar de uma palestra sobre jornalismo cultural com Eliane Brum. No bloco 3 da Universidade Federal de Roraima, todos aguardam o começo da atividade, prevista para as 9h30.

Eliane chega em um carro da Universidade, entra na sala de informática e aguarda o fim dos preparativos. Conversa com alguns blogueiros que haviam visitado o blog do projeto Rumos, iniciativa do Instituto Itaú Cultural e responsável pela sua segunda visita conhecida a Roraima.

Gripada (“Peguei um vírus em algum lugar do Norte”, conta), a jornalista começa sua palestra falando do personagem Tião Nicomedes, ex-morador de rua que virou escritor de livros e peças de teatro. Eliane tem a fala mansa, é magra, com aquilo que alguns chamariam de aspecto suave. Impossível imaginar que é a mesma pessoa que despertou a ira da sociedade local em 2001, quando publicou uma matéria para a revista Época abordando algumas singularidades de Roraima, como danças de forró na Praça das Águas e o preconceito contra os indígenas (Ok, é verdade, o preconceito não é tão específico do Estado).

Eliane trata da busca do personagem singular e recomenda: para que o encontremos, precisamos olhar primeiro para nós, buscar conhecermos. Parece fácil, mas quem disse que olhar para si é tão fácil como olhar para o outro?

quarta-feira, abril 01, 2009

Vai pensando que é só ir passando


Se para baixo todo santo ajuda, então para cima o lance é direto com Deus, Alá, Buda, Vishnu etc.


Contudo, porém, entretanto, quando até o caminho para o espaço celeste está bloqueado para acesso direto e ninguém sabe dizer quando o sinal vai abrir, o que se faz?

No mínimo, vai pedir perdão pelos teus pecados, pela conta não paga no bar de Seu Pedro, pela mulher/marido de teu/tua amigo(a) que você pegou enquanto ele (a) estava dormindo, pelo serviço que tu contratou e nunca pagou, pelo aumento que se prometeu e nunca se deu, pela mentira que homens e mulheres contam.

Ou então avança logo o sinal.