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terça-feira, fevereiro 23, 2010

Nem tanto ao mar nem tanto à terra



 
Apesar de ter estudado isso quando cursava Sociologia, ainda acho estranho quando empregados (isto é, vítimas do processo da mais-valia) tomam as dores dos patrões, transformam-se em raivosos cães de guarda e os defendem de toda e qualquer crítica, seja ou não merecida.
 
Também acho estranho, mas dando risada, quando pessoas vociferam contra tudo ou quase tudo que acham de ruim no mundo. Um olhar mais aprofundado e percebo que estão fora daquele círculo de influência do impacto de suas palavras. Ou seja, fica mais fácil criticar quando não se tem nenhuma relação com o objeto criticado. Sem ser tocado, é maior a moleza, né?

Sou do termo ponderado, da banda dos nem tanto ao mar nem tanto à terra.

quinta-feira, novembro 05, 2009

Índio cientista social


Daí estava eu navegando no site da Universidade Federal de Roraima, do mesmo jeito que faço periodicamente para saber o que rola na facul onde terminei duas graduações, quando vi a matéria chamando o povo para colaborar com uma revista de Ciências Sociais.





Como no final do ano passado havia mandado um artigo para a mesma e nunca mais vi meu querido ex-professor/orientador Linoberg Almeida para saber se havia sido aprovado, decidi checar quantas edições haviam sido publicadas e se por acaso eu estava no meio.


Clica aqui, clica lá, cheguei na página da revista e de lá cheguei na penúltima edição. Não consegui checar a data do lançamento, mas descobri que o bendito artigo está lá e eu não estava sabendo. Como se diz por aí, o redator é sempre o último a saber da publicação.






O artigo, elaborado a partir de uma monografia apresentada no curso de Sociologia da Universidade Federal de Roraima, apresenta a relação entre as memórias de adultos e idosos e os comportamentos sociais existentes em décadas passadas na avenida Jaime Brasil, Centro de Boa Vista, capital do Estado.

Também busca entender como a sociabilidade local foi influenciada pela expansão comercial da referida via. Os depoimentos dos entrevistados ajudam a registrar como era o cotidiano da cidade e são analisados a partir de conceitos como memória pessoal e memória coletiva, lugares e não-lugares.


As palavritas-chave são memória, espaço urbano, socialização, Boa Vista.


Acessa aqui o artigo, please, e depois, se estiver querendo, volta aqui e me diz se gostou de meu lado cientista social (ou não...)

quinta-feira, junho 18, 2009

Sobre o diploma: todos iguais, mas uns mais desiguais que os outros

Então fica assim: quem estudou jornalismo por quatro anos ou mais, fez pós, mestrado, doutorado e tal, favor não reclamar de ficar no mesmo nível de quem nunca passou no vestibular e agora poderá pleitar um posto nas redações. Também não será admitida qualquer discriminação com o sujeito que fez o curso de...de...de...direito, claro, e invocou de colocar no cartão de visitas: Dr. Advogado e Jornalista.

Da minha parte, engolirei meus comentários sarcásticos e meus grunhidos quando alguém me encontrar na rua e falar:

- Você viu? Estou apresentando um programa de TV agora. Comprei o espaço na hora do almoço e faço matérias, reportagens (sic) e entrevistas (sic). Ah, e vou tentar vestibular para alguma coisa este ano. Afinal, acredito que devemos ter um curso superior.

Também ficarei calado e não me irritarei quando outro qualquer falar/escrever sobre o fortalecimento da democracia com a decisão do STF, quando alguém comparar emitir opinião com emitir informação ou quando louvarem a si mesmos por terem começado a trabalhar na área sem ter o diploma.

Olharei calado o quase certo esvaziamento das salas dos cursos de jornalismo e não rirei dos coordenadores de cursos e diretores/reitores de faculdades/universidades que não se posicionaram a tempo sobre a questão.

Sobre a precarização da profissão de jornalista? Comentar o que, se muitos não sabem do termo precarização?

Por fim, não pensarei nos livros de ética e prática jornalística, nos exercícios, provas, disciplinas, nos quilômetros que pedalei e andei para terminar meu curso. No máximo, farei piada dizendo que prevendo isso fiz sociologia também. Quer dizer, ser sociólogo não me garante nada também, mas pelo menos não é todo mundo que pode reivindicar o título.

E, por favor, não venham falar das regras do jornalismo nos Estados Unidos e em parte da Europa, menos Portugal (ah, os portugueses, que tanto xingamos de burros, são inteligentes para entender o papel da regulamentação, da formação específica, dos detalhes que só o estudo aplicado faz. Bem diferente dos inteligentíssimos brasileiros...).


No mais, comentam-me alguns sobre a cela especial para pessoas com o curso superior ser coisa do passado. Isso sim é grave.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Outras cenas de novembro



A pior parte de uma obra é...Na verdade, não há pior parte de uma construção. Todo o processo é doloroso. Ainda mais quando o executante não manja quase nada dessa parte da vida. 

Fazer as compras, contratar o pedreiro, descobrir que aquilo que se encomendou não foi bem o que se fez ou o que se deveria ter feito...Enfim, obra é um perrengue, tanto físico como mental.

E o XI Conpoesi (Concurso de Poesia do Sesi) aconteceu na sexta passada. Para variar, não ganhei nada. Continuo azarado em questões de competição. Por isso que quando os meus amigos e eu gostávamos da mesma moça, eu já partia para outra. Isso evitava o gosto da derrota. 

Mas voltando ao Conpoesi, o Sesi Roraima lançou, também na sexta, a terceira coletânea de poesias classificadas no concurso. É um belo livro, com mais de 100 paginas e dois poemas meus. A Zanny, mãe do indiozinho, também tem uma no livro.

E rolou a defesa da monografia de Sociologia. Com o tema focado na memória de idosos falando sobre a avenida Jaime Brasil, uma das principais da cidade, encarei na quinta-passada a banca e uma platéia de cerca de 30 alunos do curso e uns conhecidos. 

Nervoso, gaguejei, me enrolei, ouvi centrado as críticas (muito certeiras, por sinal) ao trabalho e aguardei o veredito. O trio de professores demorou um pouco, mas quando voltou a notícia era boa. Entre mortos e feridos, salvaram-se todos e por isso a nota da banca foi 10 (desde que faça umas correções e acréscimos). 

Agora sou graduado em jornalismo e sociologia, com uma especialização em assessoria de comunicação. 

E o salário? Ô...pequeninho, pequeninho...