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terça-feira, junho 25, 2013

Em Alto Alegre, falando de ativismo cultural

Estive na segunda (24/06) representando o Coletivo Arteliteratura Caimbé no I Seminário em Educação, Ciências e Meio Ambiente do campus de Alto Alegre e do II Encontro do curso de Letras da Universidade Estadual de Roraima.




Alto Alegre fica a uns 90 km de Boa Vista. Fui para lá ministrar uma palestra intitulada "Redes culturais: diálogo sobre ativismo cultural e literário”.  Falei das atividades do Coletivo Caimbé e das metas atingidas ao longo de quatro anos de ações em seis municípios de Roraima e quatro estados do Brasil. Também apresentei sugestões sobre como organizar um grupo de trabalho focado em cultura.

Quem também passou por lá foi o mestre cordelista Seu Xarute, que participou de uma oficina sobre literatura de cordel. Figuraça linda de se ver.



um álbum compartilhado pela Universidade Estadual no Facebook.

quarta-feira, junho 30, 2010

Viagens ao Interior de Roraima


Gosto de ir a outros lugares, mas não gosto nada do processo de organização e deslocamento até o destino. Se pudesse, compraria passagem no sistema de tele-transporte, no estilo do X-Man Noturno: evaporar num canto e surgir em outro.

Por conta disso, quando junta viajar obrigado para o Interior de Roraima mais trabalho, meu humor fica péssimo até a hora em que já estamos no meio da estrada. Aí, não tendo mais jeito, observo o mundo para passar o tempo.

Semana passada estive em Alto Alegre, a 89 km de Boa Vista. A cidade foi construída numa área de selva, bem diferente do cerrado onde cresceu a Capital.

O asfalto até o município de Alto Alegre é bipolar: metade está novo e bem sinalizado. O restante é esburacado, remendado e perigosamente sem sinalização. Ou seja, bom para acidentes noturnos.

Chegamos lá por volta de 18h30 e ainda estava claro. No meio da RR 209, três mulheres caminhavam, fazendo da estrada a sua pista de amagrecimento.

A cidade é uma das mais bonitas do Interior. Diferentemente de Mucajaí, a 55 km de Boa Vista, e um bocado de outras, Alto Alegre é limpa. As ruas, pelo menos as centrais, têm calçadas e não parecem sempre as vias de uma cidade do velho oeste, com a lama vermelha cobrindo tudo.

O que eu mais gosto lá é a praça. Arborizada, cheia de banquinhos, me lembra a de Guasipati, onde cresci: um local para conversar a qualquer hora do dia. Infelizmente todas as lâmpadas estavam desligadas na sexta, dando um ar de abandono ao local.







Como Guasipati nos anos 1980, Alto Alegre enfrenta os problemas da lonjura. Quem não possui antena parabólica fica sem ver TV e a cidade tem poucos pontos de internet, basicamente em órgãos públicos. A novidade é que recentemente instalou-se lá uma empresa de telefonia celular. Quem já aderiu à Claro, diz que o sinal falha mais que tudo, mas já é alguma coisa.



A cidade é pequena e agradável. Dá até vontade de viver lá, não fossem essas questões de conectividade e outras oportunidades de crescimento. Apesar disso, há quem adore e nem pense em sair de lá. Um deles é o professor Yakaw, tio do indiozinho mais bonito de Roraima, vulgo meu filho. “Em Alto Alegre não tem nada longe e todos acabam se conhecendo”, me explicou o negão, docente há 20 anos no município. 

Como já disse, Alto Alegre é igualzinha à Guasipati de minha infância. Talvez até menor.