terça-feira, novembro 27, 2012
A grande garfada
A prefeitura de Boa Vista anunciou ontem (26/11) que vai mudar o cronograma de coleta de lixo doméstico. Basicamente alterou os dias da semana e cortou um dia de coleta em cada bairro.
Não houve justificativa para isso no material informativo distribuído à imprensa.
A questão é que na mudança foi dada uma grande garfada nos contribuintes.
Explica-se: a taxa de coleta de lixo instituída na gestão Iradilson Sampaio faz uma divisão do valor pago anualmente por uma coleta de 3 vezes semanais.
Com a mudança, só no Paraviana, área que paga mais caro que o Centenário, por exemplo, os caminhões vão deixar de passar cinco vezes até o final do ano.
Multiplicando 5 pelo número de contribuintes que pagaram isso no referido bairro, tem-se um número bem alto. Multiplicando 5 pelo número de contribuintes da cidade, tem-se um número bem maior. É um dinheirão e tanto que foi pago por um serviço que agora não será mais feito.
Como essa taxa foi criada só para bancar a empresa terceirizada que faz a coleta, não é possível à prefeitura alegar, como sempre o faz, queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios. É uma grana que já está no caixa do município e que agora será usada para outro fim. É como se fazia no tempo da CPMF: a grana da saúde ia para todos os lados, menos para saúde.
Eu espero sinceramente que a gestão da prefeita Teresa Surita ao menos reduza o valor dessa taxa. E que demita esses incompetentes que contribuíram para deixar Boa Vista no buraco, literal e metaforicamente.
segunda-feira, novembro 19, 2012
Segunda bipolar
A segunda amanheceu bipolar...
Primeiro, bem cedo, rolou um estresse com a funcionária de uma loja onde compramos tinta fosco quando na verdade queríamos tinta brilho (Na verdade, o plural é mentiroso. Para mim, tanto faz, mas a patroa insistiu nesse tipo de tinta e eu paguei, então ficou plural).
A funcionária não queria ir avisar o dono do loja, o seu Ciariba. Fez cara feia, insistiu que devíamos ir direto, disse que aquele ali não era o seu setor nem sua função (mas foi com ela que mandaram falar), ficou com mais cara feia quando lhe disse que aquilo não se tratava de uma disputa de poder...enfim, ficou ali e nada fez.
Não conseguimos trocar nenhuma das duas latas de tinta. A patroa tinha aberto as duas antes de conferir na etiqueta se eram fosco ou brilho.
Meio-dia rodamos em várias outras lojas atrás de tinta. Meio-dia, o sol ardente e a fome pegando os três (eu, a patroa e o Edzin, motivo de estarmos querendo maquiar a casa).
- Mamãe, temos que pintar a casa para colocar uma árvore de natal, disse dias antes.
Se o que nos faltava era uma desculpa para começar a dar trato na casa, já a temos.
Nessa rodada de hoje o meu celular ficou em algum lugar. A patroa acha que foi na última loja, a Vimezer da Ville Roy. Voltamos lá depois do almoço. Ninguém viu nada e ela não consegue disfarçar a chateação.
Até sair da loja eu estava tranquilo. Quando cheguei no trabalho é que percebo o quanto perder o celular é problemático. Vai-se o aparelho, vão-se as fotos, os vídeos, o chip, os contatos, a facilidade de entrar em contato com a casa...além disso, é um novo gasto a ser contabilizado.
No meio da tarde me avisam que ganhei um prêmio jornalístico, ficando em primeiro lugar. Como ainda não foi divulgado para a imprensa (não sei se neste momento já foi), ainda não posso falar qual é. A entrega da premiação será semana que vem.
Escrevo agora direto no editor do Blogger...
Há muito tempo que não fazia texto direto na plataforma...
Agora vou na loja da operadora, ver como resolvo isto. Já me conformei e sei que não terei o celular de volta.
Engraçado é que semana passada achei um blackberry novinho no parque Anauá, liguei para a mãe da dona, a dona falou comigo, combinei a devolução no mesmo dia e quando a moça disse que queria me dar uma recompensa, disse-lhe:
- Não precisa. Basta que a senhora, ao encontrar um celular por aí, ache o dono e devolva. Gentileza gera gentileza.
Não deu certo comigo esse mantra.
Bem, vamos ver se a segunda termina bem.
UP DATE:
Resumidamente: fui na loja da Vivo, que estava com o sistema operacional fora do ar. O atendente pediu que fosse numa loja no centro da cidade. Estava tarde, não fui, olhei celulares mais modernos lá e numa loja ao lado, percebi como entendo pouco de bons aparelhoes, fui caminhar sem comprar nada, cheguei em casa e a patroa disse que, depois de algumas ligações, o pessoal da Vimezer tinha encontrado o celular.
Basicamente foi o atendente novato que tentou dar uma de esperto, embolsando a máquina.
Tranquilo por ter o meu aparelho de volta, me pergunto: vale a pena tentar ficar com a coisa velha dos outros?
Primeiro, bem cedo, rolou um estresse com a funcionária de uma loja onde compramos tinta fosco quando na verdade queríamos tinta brilho (Na verdade, o plural é mentiroso. Para mim, tanto faz, mas a patroa insistiu nesse tipo de tinta e eu paguei, então ficou plural).
A funcionária não queria ir avisar o dono do loja, o seu Ciariba. Fez cara feia, insistiu que devíamos ir direto, disse que aquele ali não era o seu setor nem sua função (mas foi com ela que mandaram falar), ficou com mais cara feia quando lhe disse que aquilo não se tratava de uma disputa de poder...enfim, ficou ali e nada fez.
Não conseguimos trocar nenhuma das duas latas de tinta. A patroa tinha aberto as duas antes de conferir na etiqueta se eram fosco ou brilho.
Meio-dia rodamos em várias outras lojas atrás de tinta. Meio-dia, o sol ardente e a fome pegando os três (eu, a patroa e o Edzin, motivo de estarmos querendo maquiar a casa).
- Mamãe, temos que pintar a casa para colocar uma árvore de natal, disse dias antes.
Se o que nos faltava era uma desculpa para começar a dar trato na casa, já a temos.
Nessa rodada de hoje o meu celular ficou em algum lugar. A patroa acha que foi na última loja, a Vimezer da Ville Roy. Voltamos lá depois do almoço. Ninguém viu nada e ela não consegue disfarçar a chateação.
Até sair da loja eu estava tranquilo. Quando cheguei no trabalho é que percebo o quanto perder o celular é problemático. Vai-se o aparelho, vão-se as fotos, os vídeos, o chip, os contatos, a facilidade de entrar em contato com a casa...além disso, é um novo gasto a ser contabilizado.
No meio da tarde me avisam que ganhei um prêmio jornalístico, ficando em primeiro lugar. Como ainda não foi divulgado para a imprensa (não sei se neste momento já foi), ainda não posso falar qual é. A entrega da premiação será semana que vem.
Escrevo agora direto no editor do Blogger...
Há muito tempo que não fazia texto direto na plataforma...
Agora vou na loja da operadora, ver como resolvo isto. Já me conformei e sei que não terei o celular de volta.
Engraçado é que semana passada achei um blackberry novinho no parque Anauá, liguei para a mãe da dona, a dona falou comigo, combinei a devolução no mesmo dia e quando a moça disse que queria me dar uma recompensa, disse-lhe:
- Não precisa. Basta que a senhora, ao encontrar um celular por aí, ache o dono e devolva. Gentileza gera gentileza.
Não deu certo comigo esse mantra.
Bem, vamos ver se a segunda termina bem.
UP DATE:
Resumidamente: fui na loja da Vivo, que estava com o sistema operacional fora do ar. O atendente pediu que fosse numa loja no centro da cidade. Estava tarde, não fui, olhei celulares mais modernos lá e numa loja ao lado, percebi como entendo pouco de bons aparelhoes, fui caminhar sem comprar nada, cheguei em casa e a patroa disse que, depois de algumas ligações, o pessoal da Vimezer tinha encontrado o celular.
Basicamente foi o atendente novato que tentou dar uma de esperto, embolsando a máquina.
Tranquilo por ter o meu aparelho de volta, me pergunto: vale a pena tentar ficar com a coisa velha dos outros?
quarta-feira, novembro 14, 2012
Meu primeiro prêmio de artes visuais
Ganhei meu primeiro prêmio de artes visuais. Obviamente não foi uma seleção para a Bienal de São Paulo. Isso seria demais para um marinheiro de primeira viagem, mas foi muitooooo legal mesmo assim.
Participei de um concurso de artes visuais promovido pela Universidade Federal de Roraima. A ideia era selecionar obras no formato horizontal, baseadas no tema “Do olhar ao tocar: Intervenções na paisagem”, para compor o calendário 2013 da instituição.
Já disse em outras postagens que sempre tive vontade de ser um bom desenhista, mas nessa já fiquei para trás se comparado com as artes que o Edgarzin, meu filhote, desenvolve. Para compensar, leio todo livro ou catálogo sobre arte visual que me cai nas mãos. Acho fantástica a imaginação e capacidade de realização dos criadores visuais. Acho ainda mais fantásticas as explicações conceituais que dão aos seus trabalhos, dando justificativas profundas a produções aparentemente sem nenhum sentido.
Bem, depois de decidir arriscar a participação no concurso – afinal, o “não” já está garantido e todo “sim”é lucro – fui pesquisar o que significava o tema do concurso. Google prá lá, Google pra cá, formei um conceito e comecei a matutar o que poderia apresentar. Tudo isso em pouco tempo, pois o prazo final já estava chegando.
Bati o martelo em fazer uma intervenção. O desafio agora era definir como seria feita a dita cuja. Pensa, pensa, pensa, descarta ideias, corta ideias, cheguei no material barato e mais facilmente encontrado todo final de tarde: papelão. Pintar ou não pintar seria a próxima questão. Como não havia plata para investir, fiquei com o marrom-papelão como cor base.
Ok. E agora, o que fazer? Hum...já sei. Vamos fazer algo que denuncie e desperte algum tipo de reação negativa contra a poluição dos igarapés, a falta de boas ações na área ambiental e ao mesmo tempo aponte para o descaso com os espaços públicos de lazer. Fácil que só.
Era só ir na beira do igarapé Mirandinha, canalizado e poluído (veja imagens aqui) e fazer lá a parada. Mas antes que tal ir no parque Anauá? Aliás, meu rei, que tal, antes de tudo, fazer os objetos da instalação?
Convidei dona Zanny Adairalba, patroa e companheira de Coletivo Caimbé, para dar uma força. Edgarzinho Bisneto veio junto. Aliás, se vacilar, o moleque já produz arte melhor que a nossa...
Bem, tirando os excessos de pai, a verdade é que o guri deu sua contribuição e ainda aprendeu que o papai, além de fazer trabalho literário, também faz “arte moderna” (depois tentei ensiná-lo a falar “arte contemporânea” , mas é mais difícil. Hoje, após muitas leituras, falaria apenas artes visuais).
O processo de criação e produção demorou uma noite e uma manhã, envolvendo a criação de dois conjuntos de bonecos de papelão.
Para resumir a história, vou falar apenas sobre o que foi selecionado. Se cinco pessoas aí tiverem interesse em saber dos outros, é só falar isso nos comentários e faço um up date (sim, é quase uma campanha por comentários).
“Domingo no parque” é o título da intervenção. Poderia ter sido melhor? Poderia, mas para uma primeira vez nesta seara, tá de bom tamanho. E além do mais, incorpora um novo item à aba das premiações lá no topo do blog, somando-se às que tenho em literatura, audiovisual e jornalismo.
Participei de um concurso de artes visuais promovido pela Universidade Federal de Roraima. A ideia era selecionar obras no formato horizontal, baseadas no tema “Do olhar ao tocar: Intervenções na paisagem”, para compor o calendário 2013 da instituição.
Já disse em outras postagens que sempre tive vontade de ser um bom desenhista, mas nessa já fiquei para trás se comparado com as artes que o Edgarzin, meu filhote, desenvolve. Para compensar, leio todo livro ou catálogo sobre arte visual que me cai nas mãos. Acho fantástica a imaginação e capacidade de realização dos criadores visuais. Acho ainda mais fantásticas as explicações conceituais que dão aos seus trabalhos, dando justificativas profundas a produções aparentemente sem nenhum sentido.
Bem, depois de decidir arriscar a participação no concurso – afinal, o “não” já está garantido e todo “sim”é lucro – fui pesquisar o que significava o tema do concurso. Google prá lá, Google pra cá, formei um conceito e comecei a matutar o que poderia apresentar. Tudo isso em pouco tempo, pois o prazo final já estava chegando.
Bati o martelo em fazer uma intervenção. O desafio agora era definir como seria feita a dita cuja. Pensa, pensa, pensa, descarta ideias, corta ideias, cheguei no material barato e mais facilmente encontrado todo final de tarde: papelão. Pintar ou não pintar seria a próxima questão. Como não havia plata para investir, fiquei com o marrom-papelão como cor base.
Ok. E agora, o que fazer? Hum...já sei. Vamos fazer algo que denuncie e desperte algum tipo de reação negativa contra a poluição dos igarapés, a falta de boas ações na área ambiental e ao mesmo tempo aponte para o descaso com os espaços públicos de lazer. Fácil que só.
Era só ir na beira do igarapé Mirandinha, canalizado e poluído (veja imagens aqui) e fazer lá a parada. Mas antes que tal ir no parque Anauá? Aliás, meu rei, que tal, antes de tudo, fazer os objetos da instalação?
Convidei dona Zanny Adairalba, patroa e companheira de Coletivo Caimbé, para dar uma força. Edgarzinho Bisneto veio junto. Aliás, se vacilar, o moleque já produz arte melhor que a nossa...
Bem, tirando os excessos de pai, a verdade é que o guri deu sua contribuição e ainda aprendeu que o papai, além de fazer trabalho literário, também faz “arte moderna” (depois tentei ensiná-lo a falar “arte contemporânea” , mas é mais difícil. Hoje, após muitas leituras, falaria apenas artes visuais).
O processo de criação e produção demorou uma noite e uma manhã, envolvendo a criação de dois conjuntos de bonecos de papelão.
Para resumir a história, vou falar apenas sobre o que foi selecionado. Se cinco pessoas aí tiverem interesse em saber dos outros, é só falar isso nos comentários e faço um up date (sim, é quase uma campanha por comentários).
Dos recortes de material, Edzin faz a sua arte moderna |
No final da noite, Zanny e Edgarzinho exibem o “Sam” |
Hora de recomeçar os trabalhos de arte moderna, baby |
Corta, corta, corta... |
Homenzinho... |
Tirando as medidas |
Hã? Quem são esses? |
“Papai, todas as pessoas têm olhos. Eles precisam de olhos...” |
Teste |
O plano |
Tentativa 1: esquecemos os bancos de madeira, muito vento, contraluz e marrom sobre marrom não dá destaque |
Tentativa 2: Sente a diferença nas cores |
Montagem |
A colorida contribuição do Edgarzin ao projeto “vamos ganhar um prêmio de artes visuais” |
Um brinde com os ETs no final de tarde. Não se iludam: estávamos sendo devorados pelos lendários mosquitos picadores do parque Anauá. |
Logo depois dessa foto uma legião de mosquitos entrou nas minhas narinas. Fora isso, as picadas nas pernas incomodaram por uma semana |
A obra |
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Zanny Adairalba
sexta-feira, novembro 09, 2012
Noutros lugares mas pensando sempre neste aqui
Tenho abandonado este meu querido blog. Tudo por conta do excesso de trabalho nalguns dias, da facilidade de postar coisas no facebook ou retuitar coisas no Twitter ou ainda por andar postando em outros lugares.
Por isso estou colocando links de outros lugares por onde ando. Verão que são poucos, mas limpinhos.
Blog do Coletivo Arteliteratura Caimbé.
Blog do Livro Sem Grandes Delongas (até este anda abandonado).
Para fechar, foto de flores. Toda sexta publico uma no perfil do FB, dando uma de gentil com os colegutchos daquela rede.
Por isso estou colocando links de outros lugares por onde ando. Verão que são poucos, mas limpinhos.
Blog do Coletivo Arteliteratura Caimbé.
Blog do Livro Sem Grandes Delongas (até este anda abandonado).
Para fechar, foto de flores. Toda sexta publico uma no perfil do FB, dando uma de gentil com os colegutchos daquela rede.
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