Mostrando postagens com marcador Artes Visuais. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Artes Visuais. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, abril 25, 2014

Tutorial simples e fácil: como fazer uma arte postal e como participar de uma mostra de arte postal


Arte postal, dito de forma bem simples, é uma produção feita no formato de cartão postal (10 x 15 cm) usando desenho, colagem, xilogravura e qualquer outra técnica imaginável que se encaixe nessas medidas. 

A arte postal também pode ser aplicada/feita em envelopes. Aí a ideia é você mandar para alguém a sua arte e este reenviar para outro até que a produção dê a volta ao mundo embelezando as caixas de correios de seus amigos e conhecidos.
 

É claro que os formatos podem e devem ultrapassar os dois exemplos acima citados. O recifense Paulo Bruscky, para citar um dos maiores artistas brasileiros a navegar por esta ondas, ampliou, literalmente, o conceito de arte postal ao produzir e enviar pelos Correios a seguinte peça gigante nos anos 1970:





Olha o tamanho desse envelope

Aliás, recomendo que faça uma pesquisa sobre o Bruscky. Em 2011, tive oportunidade de ver no centro cultural dos Correios de Recife uma exposição com várias etapas de sua carreira. O cara é bom demais há décadas.  Saca um pouco de seu cotidiano neste vídeo:


 

Com as novas tecnologias, há quem se dedique a trocar cartões postais via e-mail. E há também quem monte projetos para receber cartões postais que ilustram segredos, muitas vezes eróticos, que você dificilmente contaria para o seu melhor amigo. Quer ver? Olha um exemplo aí, retirado do site Obvius, e depois clica aqui para saber mais sobre o PostSecret




"Meu marido prefere que eu use um strap-on toda vez que fazemos sexo. Isso parte meu coração.”


Bem, com esta carga de links que o post carrega já deu para ter uma ideia de quão amplo é o espectro da arte posta (ou mail art, em inglês). E agora, como se cria, se você já definiu sua plataforma? Vou dar o exemplo a partir da minha primeira experiência na área. Se liga nas etapas:

1.    Conheça alguém que lide com isso. Tive essa sorte quando participei de edição 2012 do programa Onda Cidadã em São Paulo e pude trocar ideias com o professor-artista-fotógrafo Alexandre Vilas Boas, integrante do Coletivo 308, de Guarulhos.


2.    Receba ou busque uma convocatória para participar de uma exposição de arte postal e fique instigado com a ideia. A minha teve como tema “1964-2014: 50 ANOS DE ARTE CONTRA O ESTADO”, organizada pelo 308.







3.  
  Após decidir participar, leia o regulamento para saber os formatos aceitos e comece a pensar. Pense muito bem e depois disso faça os esboços de sua arte.
 


4.    Reflita sobre a mensagem de sua obra e force suas habilidades até atingir seu objetivo. No meu caso, como artista plástica frustrado e com quase nenhuma habilidade, o tamanho do passo atende ao tamanho da perna.
 

5.    Depois da fase de estudos e reflexão, vem a fase de definir o suporte e as técnicas. Será tudo digital ou vai usar colagem, pintura, desenho, montagem ou uma outra técnica? Definido isso, parta para a produção. Veja exemplos deste que lhes escreve:



Corte do papel suporte

Separe os recortes, se for o caso. Esta etapa requer que o seu material já tenha sido fotocopiado
Testes de posicionamentos

Mais testes/estudos de design
 
A caminho da finalização
6.    Feita a obra, fotografe-a antes de mandar para a exposição. A arte postal, depois de enviada, não lhe pertence mais e possivelmente nunca mais verá a sua obra.
 


Fotografar é uma opção, mas o ideal mesmo é que você escaneie o material


7.    Encaminhe seu material dentro do prazo para não ficar de fora da exposição.


8.    Espere as fotos que a equipe de produção fará do material exposto e fique feliz ao reconhecer o fruto de seu trabalho sendo, cof, cof, cof, admirado em outras cidades. No caso, a minha foi parar no Centro Cultural São Paulo. Olha ela aí (força o olho que você consegue):
 

De baixo para cima, na segunda fileira, a arte que parece uma bandeira é a minha


Visão geral

 Veja mais fotos neste álbum do Facebook ou no blog da exposição

9.    Fique feliz por fazer arte e busque a próxima convocatória para poder expressar-se.
 


....................................................
Essas são as dicas de nosso tutorial simples e direto a respeito do que é arte postal e sobre como participar de uma exposição do gênero. Se gostou, compartilha, curte, espalha.
 

Beijos.
 

(É claro que o título é uma grande brincadeira. Poderia ter feito apenas um registro de minha participação na mostra mas arte postal é algo tão bacana, o Paulo Bruscky é tão impactante e a mobilização que o coletivo 308 foi tão legal que não resisti a dar uma de especialista na área.)

sábado, março 02, 2013

quinta-feira, fevereiro 28, 2013

terça-feira, fevereiro 26, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 14




Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima, Amapá e Rio de Janeiro.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Zanny Adairalba

domingo, fevereiro 24, 2013

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

quarta-feira, fevereiro 20, 2013

sábado, fevereiro 16, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 9



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Zanny Adairalba

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 8



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Edgar Borges

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

sexta-feira, fevereiro 08, 2013

quarta-feira, fevereiro 06, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 5



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Zanny Adairalba

segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 4



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Edgar Borges

quarta-feira, novembro 14, 2012

Meu primeiro prêmio de artes visuais

Ganhei meu primeiro prêmio de artes visuais. Obviamente não foi uma seleção para  a Bienal de São Paulo. Isso seria demais para um marinheiro de primeira viagem, mas foi muitooooo legal mesmo assim.

Participei de um concurso de artes visuais promovido pela Universidade Federal de Roraima. A ideia era selecionar obras no formato horizontal, baseadas no tema “Do olhar ao tocar: Intervenções na paisagem”, para   compor o calendário 2013 da instituição. 




 

Já disse em outras postagens que sempre tive vontade de ser um bom desenhista, mas nessa já fiquei para trás se comparado com as artes que o Edgarzin, meu filhote, desenvolve. Para compensar, leio todo livro ou catálogo sobre arte visual que me cai nas mãos. Acho fantástica a imaginação e capacidade de realização dos criadores visuais. Acho ainda mais fantásticas as explicações conceituais que dão aos seus trabalhos, dando justificativas profundas a produções aparentemente sem nenhum sentido.

Bem, depois de decidir arriscar a participação no concurso – afinal, o “não” já está garantido e todo “sim”é lucro – fui pesquisar o que significava o tema do concurso. Google prá lá, Google pra cá, formei um conceito e comecei a matutar o que poderia apresentar. Tudo isso em pouco tempo, pois o prazo final já estava chegando.

Bati o martelo em fazer uma intervenção. O desafio agora era definir como seria feita a dita cuja. Pensa, pensa, pensa, descarta ideias, corta ideias, cheguei no material barato e mais facilmente encontrado todo final de tarde: papelão.  Pintar ou não pintar seria a próxima questão. Como não havia plata para investir, fiquei com o marrom-papelão como cor base.

Ok. E agora, o que fazer? Hum...já sei. Vamos fazer algo que denuncie e desperte algum tipo de reação negativa contra a poluição dos igarapés, a falta de boas ações na área ambiental e ao mesmo tempo aponte para o descaso com os espaços públicos de lazer. Fácil que só. 


Era só ir na beira do igarapé Mirandinha, canalizado e poluído (veja imagens aqui) e fazer lá a parada. Mas antes que tal ir no parque Anauá? Aliás, meu rei, que tal, antes de tudo, fazer os objetos da instalação?

Convidei dona Zanny Adairalba, patroa e companheira de Coletivo Caimbé, para dar uma força. Edgarzinho Bisneto veio junto. Aliás, se vacilar, o moleque já produz arte melhor que a nossa...


Bem, tirando os excessos de pai, a verdade é que o guri deu sua contribuição e ainda aprendeu que o papai, além de fazer trabalho literário, também faz “arte moderna” (depois tentei ensiná-lo a falar “arte contemporânea” , mas é mais difícil. Hoje, após muitas leituras, falaria apenas artes visuais).

O processo de criação e produção demorou uma noite e uma manhã, envolvendo a criação de dois conjuntos de bonecos de papelão. 


Para resumir a história, vou falar apenas sobre o que foi selecionado. Se cinco pessoas aí tiverem interesse em saber dos outros, é só falar isso nos comentários e faço um up date (sim, é quase uma campanha por comentários).


Dos recortes de material, Edzin faz a sua arte moderna

No final da noite, Zanny e Edgarzinho exibem o “Sam”

Hora de recomeçar os trabalhos de arte moderna, baby

Corta, corta, corta...

Homenzinho...

Tirando as medidas

Hã? Quem são esses?

“Papai, todas as pessoas têm olhos. Eles precisam de olhos...”

Teste

O plano

Tentativa 1: esquecemos os bancos de madeira, muito vento, contraluz e marrom sobre marrom não dá destaque

Tentativa 2: Sente a diferença nas cores

Montagem


A colorida contribuição do Edgarzin ao projeto “vamos ganhar um prêmio de artes visuais”

Um brinde com os ETs no final de tarde. Não se iludam: estávamos sendo devorados pelos lendários mosquitos picadores do parque Anauá.

Logo depois dessa foto uma legião de mosquitos entrou nas minhas narinas. Fora isso, as picadas nas pernas incomodaram por uma semana


A obra

“Domingo no parque” é o título da intervenção. Poderia ter sido melhor? Poderia, mas para uma primeira vez nesta seara, tá de bom tamanho. E além do mais, incorpora um novo item à aba das premiações lá no topo do blog, somando-se às que tenho em literatura, audiovisual e jornalismo.