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sexta-feira, março 20, 2015

As golondrinas no poema de Bécquer

HDs externos são os porões e sótãos de nossa era digital. Guardamos neles coisas muito importantes para serem deixadas por aí. Depois que as protegemos, as esquecemos até o dia em que, por acaso e buscando outra coisa, as reencontramos e pensamos "nossa, não lembrava de isto aqui".

Foi desse jeito um dia desses, quando estava cavucando na pasta de músicas de meu HD e reencontrei o disco "Nuestra Casa a la izquierda del tiempo", da banda espanhola La Oreja de Van Gogh.

Na música “11 Marzo Jueves”, tem um verso que diz assim e sempre meu despertou curiosidade: "como las golondrinas del poema de Bécquer".

Eu pensava que era o Samuel Beckett, mas não. É o poeta espanhol Gustavo Adolfo Bécquer, nascido em 1836 em Sevilla e morto em 1870, em Madrid.

Ele escreveu esta belezura:

LIII

Volverán las oscuras golondrinas
de tu balcón sus nidos a colgar,
y otra vez con el ala a tus cristales,
jugando, llamarán.

Pero aquéllas que el vuelo refrenaban
tu hermosura y mi dicha a contemplar,
aquéllas que aprendieron nuestros nombres...
ésas .... ¡no volverán !

Volverán las tupidas madreselvas
de tu jardín las tapias a escalar
y otra vez a la tarde aún más hermosas
sus flores se abrirán.

Pero aquéllas cuajadas de rocío,
cuyas gotas mirábamos temblar
y caer como lágrimas del día...
ésas... ¡no volverán !

Volverán del amor en tus oídos
las palabras ardientes a sonar,
tu corazón de su profundo sueño
tal vez despertará.

Pero mudo y absorto y de rodillas
como se adora a Dios ante el altar,
como yo te he querido...,desengáñate,
nadie así te amará.

Se você teve força de vontade para chegar até, aproveita e ouve a música de La Oreja de Van Gogh, que descobri, fazendo esta postagem, ser uma homenagem às vítimas de uma bomba que explodiu em um trem de Madri em 2004. Aqui tem uma reportagem sobre o tema.

E agora, a música, em um dos inúmeros vídeos produzidos pelos fans da banda:







quarta-feira, março 04, 2015

Entrevista sobre o Sarau da Lona Poética para a TV FolhaBV


O Coletivo Arteliteratura Caimbé, do qual faço parte, foi destaque da edição da TV FolhaBV no dia 12 de fevereiro deste ano.

Declamando e falando sobre o Sarau da Lona Poética, eu e o poeta Rodrigo Mebs participamos da matéria, realizada no parque Anauá, Boa Vista.

Olha a matéria, que baixei e publiquei em meu canal. A original está aqui.


terça-feira, novembro 25, 2014

Como reaproveitar material de um diorama/display/base para fazer outro ou Das tentativas de ser artista plástico

Em algum momento da longa vida deste blog devo ter dito que sou um artista plástico frustrado, desses que não consegue desenhar corretamente um círculo usando um compasso. Se não havia dito, dito está agora. Acrescento que vivo vendo na internet tutoriais sobre como fazer isto ou aquilo. No começo do ano o foco estava em street art. Toda a teoria do mundo foi instalada em minha cabeça, mas não consegui fazer prática de nada.

Depois de junho, quando rolou o encontro de fãs de HQs eaction figures, me voltei para a minha coleção de bonequinhos, importei alguns e veio a questão: podia rolar um cenário para ele, né? Daí ficaria mais bonito de exibir.

Comecei a pesquisar sobre como fazer bases para os bonecos que não se aguentam em pé e acabei assistindo a mil vídeos sobre dioramas.

Me apaixonei por um vídeo do canal gringo The Budget Jedi, que tem trocentos dioramas e displays produzidos, com dicas bacanas para tocar a vida nesta área. O mais legal é que mesmo gente que tem um inglês fraco (eu) consegue entender o processo de elaboração. Basta olhar com muita atenção as etapas.

Feito o comercial do The Budget Jedi, vamos ao vídeo que me fascinou. É o "Hulk Smash" Base Display:






O vi umas 10 vezes, até praticamente decorar as etapas e conseguir comprar todos os materiais necessários (ah, isso dos materiais também é responsável pelas minhas poucas aventuras no mundo das artes. Dá um trabalho descobrir o tipo de tinta adequada, como usar, onde se compra tal coisa e afins).

Fiz duas tentativas. Na primeira, usei muita espuma expansiva e o que era para ser uma rua explodindo virou uma montanha. Na segunda vez já dosei melhor a quantidade, mas errei no encaixe dos pedaços de isopor e os coloquei muito inclinados, o que me tirou “chão” para colocar os bonecos.

Ficou a dúvida sobre o que fazer com a montanha resultante da primeira tentativa: jogar fora ou reutilizar. Semanas depois, aproveitando o mote da chegada de uns bonecos menores e para passar o tempo enquanto a patroa viajava, decidi encarar a construção de algo novo.

Olha as etapas do processo e vai desculpando aí a má qualidade das fotos de meu celular:


Além de virar montanha (só me lembrei de começar a fotografar depois de cortá-la, a espuma fez um calombo na caixa, deixando-a sem base firme. Tive que fazer uns ajustes:




Começou o processo de modelagem dos degraus, que passou pelo arrancar de mais da metade da montanha:


Teste de encaixe com a turma dos pequeninos Iron Man da Kaiodo (comprei no Ebay encantado pela base das fotos) e da Marvel Superhero Squad:



Enquanto via o desequilíbrio dos bonequinhos, ia pensando: o que fazer com o esse Homem de  Ferro em posição de voo?


Visão lateral para ver o que dá para fazer:


Uma caneta e um clipe e já tinha a base para fazer o Iron Man voar:


Início das tentativas para dar o equilíbrio: piso de isopor ainda sem pintura:

O visual já deu uma melhorada  e os actions não caem tão facilmente:

Spray vermelho na espuma para dar contraste (derreteu um pedaço do isopor que já estava inserido no material) e tinta preta para os blocos do isopor). Outra cara:

Como era para o Iron Man, fiquei com um negócio de tentar reproduzir metal do lado externo da caixa. Comprei papel alumínio e a forrei. Devia ter usado o lado mais fosco:

Mostrei o resultado para o Edgarzinho, que fez uma cara feia e mandou que pintasse o papel com giz de cera branco "para dar um efeito melhor"...

No fim, ficou assim, com uma superpopulação de Homens de Ferro:




Visão lateral: definitivamente eu devia ter pintado a caixa e não ter colocado o papel alumínio:


Depois desse aí não me meti a fazer outro. As pesquisas continuam e algumas ideias estão na cabeça. Falta disposição para realizá-las.

domingo, novembro 03, 2013

Dias audiovisuais pelo sul, sudeste e norte do Brasil

Ando por aí, fixo em Roraima, mas espalhado pelas telas digitais e reais do mundo audiovisual alternativo. 

No sábado passado (2), a turma do Coletivo Opapivará exibiu no Rio de Janeiro o meu filme Porto, produzido a partir de fotografias feitas durante a viagem que fiz ao Amapá em 2011 para falar de literatura e afins com o meu parceiro de andanças Jonas Banhos, da Barca das Letras. 










 Mudando da região Sul para o Sudeste, lá no Paraná rola de 4 a 11 de novembro o Londrix - Festival Literário de Londrina, com com debates, mesas redondas, palestras, lançamentos de livros e espetáculos. 
Também vai rolar a Mostra Londrix 2013 de Vídeo-poema. “Poéticas Urbanas #1”, produzido em 2010 (e premiado numa das mostras de curtas do Sesc Roraima), foi classificado para ser exibido lá. 



 Além disso rolou uma votação popular para ver se ficava entre os três mais votados e recebia um troféu. Até o momento desta postagem o resultado final não havia sido divulgado, mas isso de fato não importa pois o certificado vai sair e poderá ser incorporado ao currículo lattes depois. 



Voltando ao Norte, nos dias 15 e 16 rola em Pacaraima, a 230 km de Boa Vista e na fronteira com a Venezuela, o VI Yamix, que vai fazer uma mostra não competitiva de vídeos. A turma da organização pediu para passar lá “Temporal”, produzido este ano pelo Núcleo Audiovisual do Coletivo Arteliteratura Caimbé. 




  

Quer dizer, eu fico em casa mas as minhas coisas rodam o mundo por aí. Bom seria se pudesse acompanhá-las, mas... Ah, antes que me esqueça: a turma do Coletivo Opapivará passou há vários dias o filme Versos Populares, feito por Zanny Adairalba com locução de Edgar Borges Bisneto. Deixo aí também para que vejam:





 

quinta-feira, junho 13, 2013

Das letras que gostaria de ter escrito:

"Si te he dado todo lo que tengo hasta quedar en deuda conmigo mismo, y todavía preguntas si te quiero, ¿tu de que vas?" - Franco De Vita

quarta-feira, janeiro 16, 2013

Malalma: Un Corazón

Serei breve, pois fujo agora mentalmente de meu trabalho para compartilhar aqui o som dos colombianos do Malalma, descobertos na trilha sonora do filme El
Arriero, visto por acaso numa dessas zapeadas sem esperanças na tv paga. 

Un Corazón não faz parte da trilha, mas ela e outras coisas boas podem ser ouvidas também no perfil do Malalma no Soundcloud.

Para fechar: é das músicas que gostaria de ter feito, se acaso fosse músico:





sexta-feira, julho 20, 2012

Reflexões sobre o tempo do passado e do presente

Nesta semana vi o DVD d“O homem do Futuro”. Achei fraco no começo, mas logo depois senti que engatou. Do meio da obra em diante começou a parte que achei mais interessante, do ponto de vista da física quântica profundamente estudada por mim em histórias em quadrinhos e outros filmes que abordam  viagens no tempo: o que será que muda hoje quando você tem a chance de alterar o seu passado?

Quando era mais novo e algo importante acontecia, pensava nos “marcos da vida”, aqueles acontecimentos que considero decisivos para estar onde, bem, regular ou mal, estou hoje.  Um pouco de exercício mental e consigo estabelecer diversos.

Na profissão, por exemplo. Se sou jornalista hoje, é por conta de ter lido em um livro da UFRR as ementas dos cursos de jornalismo e de letras. O que fez escolher a atual profissão foi uma disciplina chamada “comunicação comunitária”. Pensei na hora: “uau, que legal. Vou fazer trabalhos em comunidades!”. Me inscrevi, passei e nunca fiz nada parecido. Só engatei nesssa vida depois de formado em Sociologia, escolhida em desfavor de um curso de inglês. Aliás, a sociologia não tem nada a ver com o meu trabalho em comunidades. Se faço isso é por ter conseguido um grupo legal de pessoas para trabalhar e por ter lido muito sobre coletivos em sites. Ah, e por ter conseguido convencê-los. Isto é, eles também fizeram suas opções.

Se estou no Brasil ainda é por ter conseguido aprovação no vestibular de jornalismo. Era isso ou voltar para a minha cidade natal na Venezuela e cursar alguma carreira relacionada a engenharia de minas ou algo do tipo.

Coincidentemente, só viemos (eu e a dona mamãe) para o Brasil por minha causa, que achava meu futuro sem horizontes em Guasipati. Afinal, já no liceu (que engloba da sétima série até o último ano do ensino médio) todos os meus amigos estavam trabalhando em coisas legais, fazendo cursos no Ince, equivalente ao sistema Senai, e eu nada, era apenas um garoto bobo latinoamericano sem dinheiro no bolso.

Enfim, ter vindo para cá determinou para onde minha vida foi nos últimos 21 anos. Nessas duas décadas e um ano registrei um tanto de “marcos da vida”. Rapidamente:

1.Quase fui morto por um bêbado que achou legal apontar uma arma para minha cabeça. Já pensou em que blog VOCÊ estaria lendo um texto agora se o cara tivesse atirado mesmo?

2.Deixei de acertar algumas ofertas de emprego que depois se tornariam tanto muito lucrativas como muito horrorosas. Deu no que deu, né?

3.Escolhi ser pai e morar com a patroa. Daí os caminhos se dividem de fato, tanto financeiramente como amorosamente. Afinal, não dá mais para gastar tudo em viagens, bebidas, prostitutas e outras drogas. Tenho que economizar para garantir um bom presente ao moleque. E também não dá para ir de bar em bar namorando geral.

4.Não estudei o tanto que devia para certas coisas e perdi muito tempo investindo em outras (e muitas vezes em nada).

5.Tentei e desisti várias vezes de aprender a tocar violão. Tivesse aprendido, estaria numa banda, tocando música latina, possivelmente na tua cidade. Naipe de músico o povo diz que não me falta.

Mas agora não quero mais falar dos resultados que as escolhas trazem. Só sei que virar à esquerda ou dobrar para a direita, ficar parado ou ceder a vez faz muita diferença e, sinceramente, não sei em que ponto, caso fosse possível voltar no tempo para mudar algo, faria a alteração drástica de meu passado. Só sei que, de acordo com meus profundos saberes sobre viagens temporais, possivelmente nada seria como é.

Bem, o nível de comentários anda ridiculamente baixo no blog. Mesmo assim, vou deixar aí, jogado  no vento do tempo, uma pergunta: o que você mudaria em seu passado?

Aproveita o clipe da música Tempo Perdido, que ficou muito legal nas vozes dos protagonistas d'O Homem do Futuro:



quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Entrevista para a TV Brasil sobre jornalismo participativo


Em anos passados produzi alguns vídeos para o quadro Outro Olhar, veiculado na TV Brasil. Foi sobre isso que falei em janeiro para o programa O Público na TV, que passa toda quinta-feira às 20h, horário de Brasília, na TV Brasil.

Te convido a ver o programa número 20, com o tema "As estratégias para contemplar a diversidade cultural do país". Olha a sinopse:

Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Este é o mapa do Brasil que alguns telespectadores dizem ver na TV pública. Nesta edição do programa da Ouvidoria, o público vai saber como o Jornalismo trabalha para ampliar a visibilidade das diversas regiões do Brasil e quais as dificuldades que tem que superar.

Em uma reportagem, os bastidores do quadro de jornalismo colaborativo "Outro Olhar", do Repórter Brasil, que mostra a notícia pelo olhar do cidadão. Na programação, as estratégias para contemplar a diversidade cultural do país. A pluralidade das regiões na TV Brasil será tema desta e da próxima edição de O Público na TV.


quinta-feira, janeiro 27, 2011

Cuando me enamoro


Se liga na percussão suave, envolvendo as vozes de Enrique Iglesias e Juan Luis Guerra. Aí você acompanha também a história do clipe, claro.
Você não sei, mas eu fui voando lá pra minha infância e juventude e fiquei o tempo todo sorrindo, lembrando dos amores (correspondidos ou não, é o que menos importa) daqueles tempos.

Na cena do garoto e a diretora, lembrei também de uma professorinha do ensino médio na escola estadual Gonçalves Dias. Não da minha turma, mas do pessoal de outra sala. Professora de química. Linda, cabelo curto, pernas grossas, vestidinho de garotinha do campo, morenaça, tipo feita para mim.
Todos ficávamos na parede esperando vê-la passar para o começo das atividades. Ai, nunca as 13h25 foram tão atraentes..

Cuando me enamoro a veces desespero,
cuando me enamoro,
cuando menos me lo espero, me enamoro
se detiene el tiempo, me viene el alma
al cuerpo, sonrio, cuando me enamoro...

Curte aí que agora minhas mãos voltaram a doer.





sexta-feira, dezembro 31, 2010

Mike Guy-bras e Lionela - Redemption Song Bob Marley


Mike Guy-bras é um cantor guianense radicado em Boa Vista, Roraima, onde lidera uma banda chamada Guy-Bras. Já se apresentou em diversos estados do Brasil. Lionela é a sua filha, que sempre o acompanhou em suas apresentações e agora também assume os vocais nos shows.
A gravação foi feita no aniversário de 41 anos de Mike, na Casa Cultural do Coletivo Arteliteratura Caimbé

terça-feira, dezembro 28, 2010

Oyendo y viendo cosas de Venezuela


Tem um blog muito legal feito por uns venezuelanos só para lembrar de coisas do tempo que todos éramos moleques, o "chamos", termo usado para designar pirralhos e outros caras. O blog, muito apropriadamente, tem o nome de "Cuando era chamo - echándolo un vistazo a nuestro pasado".
Peguei de lá links do Youtube para duas músicas que até hoje embalam a turma do outro lado da fronteira e já me acompanharam muito na minha infância em Guasipati. As explicações sobre cada canção e as letras, para quem souber espanhol/castellano estão lá.


Mi Burrito Sabanero, por Juanes



E Sin Rencor, por el Gran Coquivacoa

domingo, setembro 12, 2010

Surpresas no reggae





O sábado fechou bem. Estive num show da banda Guy-bras, que levou muito reggae próprio e de outros autores no Sesc Centro, aqui mesmo em Boa Vista.

O show Transparente Reggae foi comandando pelo guianense naturalizado brasileiro Mike Edwards, mais conhecido como Mike Guy-bras. Ele fundou há 17 anos a melhor (e salvo engano, única em atividade constante) banda de reggae de Roraima, com dois discos gravados, “To Zion” e “The Best Of Guy-Bras”

Acompanhei há muitos anos, bem antes da banda surgir, a que acredito ter sido a primeira vez de Mike nos palcos. Foi no Todos os Cantos, show mensal que o próprio Sesc promovia em sua unidade do Centro. O negão, que trabalhava como vendedor de doces na rua, pediu para tocar e interpretou uma música de Bob Marley, encantando a platéia. Fui o primeiro jornalista a buscar o cara para fazer uma matéria para impressos. Lembro que a entrevista foi em frente à escola São José, na beira do Rio Branco.

Desde lá já vi muita coisa do Mike e sua banda. A galera é extremamente querida aqui, principalmente na zona Oeste de Boa Vista. Tocam, obviamente, muito Bob Marley, mas também sua composições próprias, canções que o público acompanha e sempre pede bis.

O show de ontem, no entanto, foi diferente. A Guy-bras estava gravando seu segundo DVD (do primeiro é bom nem lembrar: a empresa, especialista em formaturas, fez boas imagens, mas captou áudio direto e saiu aquela coisa ruim de se ver, acabando com a empolgação dos reggueiros...). Para complementar o espetáculo, Mike convidou várias pessoas para cantar. Seu parceiro de outros shows, Wilton Fernandes, cover do Raul Seixas, foi o primeiro a subir. O cara é a cópia do Raulzito e é outra figura querida aqui na cidade. Depois subiu um hippie (o salão do Sesc estava cheio deles, os animados convidados especiais da banda), que mandou ver a clássico “Metamorfose Ambulante”. Ouvir essa letra cantada por alguém que de fato escolheu uma vida diferente dos “sujeitos normais” é outra história...

Outros convidados também subiram, como o roqueiro Rubens Júnior, cantando letras da própria Guy-bras. Entretanto, o destaque, o motivo de estar escrevendo esta postagem, apesar da dor nos dois pulsos por conta da tendinite, a surpresa, não foi nenhuma dessas participações. Para mim, o grande lance da noite ficou por conta de Leonela, uma das cinco crias de Mike com Alicia, sua esposa e backing-vocal.

Leonela é uma adolescente séria, caladona, de poucos sorrisos nas horas de show. O oposto de papai e mamãe. Há anos ela acompanha a Guy-bras como backing, mas confesso que até ontem nunca havia ouvido claramente a sua voz (isso já aconteceu comigo em relação a outras vozes de apoio, verdade seja dita). Bem, posso dizer que ontem foi uma excelente primeira vez.

A canção inicial que ela interpretou não me empolgou (desculpem, mas sou péssimo para decorar nomes de músicas em inglês, mesmo sendo as clássicas do reggae.). Na segunda, Leonela parecia ter aquecido a voz para sua entrada solo e até já estava balançando o corpo. Da terceira em diante é que o bicho pegou. Saca Aretha? Isso, a negona americana, aquela mesma. Então...pensa na filha da Aretha. Pensou? Essa é a Leonela. O vozeirão do menina é muito bom. Tem suingue, tem energia. É blues, soul, black music pura, incluindo aqui o reggae.

O lance foi tão bom e crescente que a Leonela na última entrada solo já estava até sorrindo ao interpretar a bela “Redemption Song”, fechando com chave de ouro o show de papis Mike, que agora vai agilizar a saída do segundo DVD da Guy-bras.

É isso. Longa vida ao reggae, longa vida à Guy-bras, sucesso para Leonela, que a partir de agora é minha diva local da black music.

P.S.: a banda tem um perfil no Orkut. Vê lá fotos de outros shows. Ontem esqueci de levar a máquina...

sexta-feira, setembro 10, 2010

De vez em mes

Mais um vídeo de Ricardo Arjona, um dos meus cantores e compositores prediletos. A letra fala da agonia do cara em relação as mudanças hormonais da parceira, TPM e tal. No vídeo, o que me encanta é o jogo de fotografias indo de um lado a outro da tela e as palavras que jogam como fundo nas imagens em movimento.


sexta-feira, setembro 03, 2010

Vídeos que eu vejo sempre que posso


Tem música que te chama a atenção por uma ou outra frase e tem música que te chama a atenção por inteiro. Junta uma dessas com clipes interessantes e aí você vai entende o motivo de ser fã desses dois videoclipes do cantor guatemalteco Ricardo Arjona. São músicas com alguns anos de estrada já, gravadas no disco Santo Pecado.
Separadas no CD, foram transformadas uma na continuação da outra no vídeo. Se liga nas locações do primeiro, nos becos de cidade antiga e nos coadjuvantes, que cantam pedaços da canção. A minha cena preferida é quando ele invade uma livraria. Ou será a primeira parte, no jogo de bilhar? Ah, gosto de tudo.
Com vocês: El Problema e Minutos, de Ricardo Arjona.



EL PROBLEMA




MINUTOS

terça-feira, abril 20, 2010

Colgando en tus manos


Essa música tem algo que me fascina. Acho que é progressão sonora que adoro, com o violão abrindo e os instrumentos entrando aos poucos. Talvez seja por falar de “poemas feitos à mão” e “canções do 4.40”, uma banda das antigas que sempre acompanhou o cantor Juan Luis Guerra, ou pelo fato de referenciar a Venezuela e viagens que os personagens fizeram.

Talvez seja tudo isso. Talvez seja a figura “meu coração está pendurado em tuas mãos”. Acho que é culpa de meu espírito brega latino, resquícios de minha infância e começo de adolescência ouvindo a música ranchera de Ana Gabriel e Vicente Fernandez em Guasipati, indo às coleadas, sintonizando emissoras de rádio AM, gravando fitas cassete com merengues e salsas que falavam de amor e outras coisas em espanhol.

Não sei bem o que é, mas tenho certeza: não é nenhum dos videoclipes, seja o da versão solo de Carlos Baute ou o gravado com Marta Sanchez. Entre as duas produções, optando, a de melhor visual é a primeira. Tem essa mítica do homem errante em busca de se encontrar no meio do mundo. Gosto disso, desse contraponto à minha sedentariedade. Deixo os dois para quem quiser opinar.



e

terça-feira, janeiro 19, 2010

Rock e clip feitos em Roraima






A galera da banda Somero lançou na última semana o seu primeiro videoclip, dirigido por Alex Pizano. A música é o do vocalista Vinicius Tocantins e foi inspirada no atual namoro do roqueiro indie.

Para ver outros vídeos da banda no Youtube, vai aqui. Lá tem, mas vou te adiantar aqui, o link para você dar uma subida no palco MP3 dos caras.


Ah, o restante dos créditos do clipe: fotografia de Orib Ziedson e Farley Santos como assistente de direção.


P.S.: essa galera também foi responsável pelo primeiro longametragem de Roraima: Remanescente das Sombras, sobre o qual algo já foi dito neste blog.

P.S.2: ando sem o sistema de comentários. Perdi o haloscan por não querer pagar, não sei o que aconteceu com o sistema Intense Debate (ou o contrário) e não sei o que rolou com o sistema do blogger. Se quiser comentar, manda e-mail: edgarjfborges@gmail.com ou tuita: @borgesedgar

sexta-feira, janeiro 01, 2010

Para começar pensando no quem vem por aí




Também aceito sugestões de músicas em português, mas por enquanto esta foi a principal canção que achei com a temática “vamos recomeçar tudo de novo”. Em todo caso, um fantástico 2010 para todos nós.










New year’s day


Yeah...
All is quiet on New Year's Day.
A world in white gets underway.
I want to be with you, be with you night and day.
Nothing changes on New Year's Day.
On New Year's Day.
I... will be with you again.
I... will be with you again.
Under a blood-red sky
A crowd has gathered in black and white
Arms entwined, the chosen few
The newspaper says, says
Say it's true, it's true...
And we can break through
Though torn in two
We can be one.
I... I will begin again
I... I will begin again.
Oh, oh. Oh, oh. Oh, oh.
Oh, maybe the time is right.
Oh, maybe tonight.
I will be with you again.
I will be with you again.
And so we are told this is the golden age
And gold is the reason for the wars we wage
Though I want to be with you
Be with you night and day
Nothing changes
On New Year's Day
On New Year's Day
On New Year's Day

quarta-feira, novembro 18, 2009

Notas


Outro Olhar

O Outro Olhar da TV Brasil vai fazer uma Retrospectiva 2009 com uma seleção dos vídeos que foram exibidos durante o ano. Foram quase 100 produções no total.

Envie um email para  outroolhar@ebc.com.br e escolha três vídeos que devem estar na Retrospectiva. Coloque em sequencia o título dos vídeos exibidos e envie para o e-mail acima.

Os vídeos podem ser vistos no canal do Outro Olhar no Youtube e a escolha pode feita até o dia 30 de novembro. 

Os realizadores dos vídeos mais votados vão apresentar seu próprio trabalho na TV Brasil durante a Retrospectiva.

Sugestão de primeiro voto:
1. Primeiro fórum permanente de cultura


Diz o pessoal que os produtores vão para a TV Brasil apresentar os vídeos. Então, ajude este blogueiro a apresentar o seu lá. Vote nesse vídeo e nos outros que você gostar.



Confec RR


Começa nesta sexta, 20 de novembro, à noite, a I Conferência Estadual de Comunicação de Roraima. A programação, o texto-base e as propostas norteadoras estão disponíveis no blog da mesma.



Na noite de abertura serei coordenador de uma mesa que vai discutir Mídias Digitais e Diálogos Democráticos. O palestrante será o professor mestre Avery Veríssimo, com debates dos jornalistas Luiz Valério e Cyneida Correa
 

No sábado pela manhã vou ser facilitador no Grupo de Trabalho III, discutindo o Eixo 2 – Meios de distribuição.


Férias

Depois disso entro de férias sem viagens marcadas, sem saídas no meio da noite para nada, isolado no meio do calor.

Verão

Já contei que o verão está escaldante aqui em Roraima? Sábado estive no município de Caracaraí, a cento e poucos km de Boa Vista, para o lançamento da pedra fundamental do campus da Universidade Estadual de Roraima na cidade.

Meio-dia, sol horrível, a umidade da selva e o calor que fazia o braço ficar molhado como se estivesse mergulhando-o em um balde com água. Uma chuva na noite anterior aplacava um pouco as chamas do inferno, mas vez ou outra vinha uma brisa direto de algum forno a 140 graus.
Não há como ser feliz para sempre neste conto de fadas cheio de calor e luz.