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terça-feira, novembro 25, 2014

Como reaproveitar material de um diorama/display/base para fazer outro ou Das tentativas de ser artista plástico

Em algum momento da longa vida deste blog devo ter dito que sou um artista plástico frustrado, desses que não consegue desenhar corretamente um círculo usando um compasso. Se não havia dito, dito está agora. Acrescento que vivo vendo na internet tutoriais sobre como fazer isto ou aquilo. No começo do ano o foco estava em street art. Toda a teoria do mundo foi instalada em minha cabeça, mas não consegui fazer prática de nada.

Depois de junho, quando rolou o encontro de fãs de HQs eaction figures, me voltei para a minha coleção de bonequinhos, importei alguns e veio a questão: podia rolar um cenário para ele, né? Daí ficaria mais bonito de exibir.

Comecei a pesquisar sobre como fazer bases para os bonecos que não se aguentam em pé e acabei assistindo a mil vídeos sobre dioramas.

Me apaixonei por um vídeo do canal gringo The Budget Jedi, que tem trocentos dioramas e displays produzidos, com dicas bacanas para tocar a vida nesta área. O mais legal é que mesmo gente que tem um inglês fraco (eu) consegue entender o processo de elaboração. Basta olhar com muita atenção as etapas.

Feito o comercial do The Budget Jedi, vamos ao vídeo que me fascinou. É o "Hulk Smash" Base Display:






O vi umas 10 vezes, até praticamente decorar as etapas e conseguir comprar todos os materiais necessários (ah, isso dos materiais também é responsável pelas minhas poucas aventuras no mundo das artes. Dá um trabalho descobrir o tipo de tinta adequada, como usar, onde se compra tal coisa e afins).

Fiz duas tentativas. Na primeira, usei muita espuma expansiva e o que era para ser uma rua explodindo virou uma montanha. Na segunda vez já dosei melhor a quantidade, mas errei no encaixe dos pedaços de isopor e os coloquei muito inclinados, o que me tirou “chão” para colocar os bonecos.

Ficou a dúvida sobre o que fazer com a montanha resultante da primeira tentativa: jogar fora ou reutilizar. Semanas depois, aproveitando o mote da chegada de uns bonecos menores e para passar o tempo enquanto a patroa viajava, decidi encarar a construção de algo novo.

Olha as etapas do processo e vai desculpando aí a má qualidade das fotos de meu celular:


Além de virar montanha (só me lembrei de começar a fotografar depois de cortá-la, a espuma fez um calombo na caixa, deixando-a sem base firme. Tive que fazer uns ajustes:




Começou o processo de modelagem dos degraus, que passou pelo arrancar de mais da metade da montanha:


Teste de encaixe com a turma dos pequeninos Iron Man da Kaiodo (comprei no Ebay encantado pela base das fotos) e da Marvel Superhero Squad:



Enquanto via o desequilíbrio dos bonequinhos, ia pensando: o que fazer com o esse Homem de  Ferro em posição de voo?


Visão lateral para ver o que dá para fazer:


Uma caneta e um clipe e já tinha a base para fazer o Iron Man voar:


Início das tentativas para dar o equilíbrio: piso de isopor ainda sem pintura:

O visual já deu uma melhorada  e os actions não caem tão facilmente:

Spray vermelho na espuma para dar contraste (derreteu um pedaço do isopor que já estava inserido no material) e tinta preta para os blocos do isopor). Outra cara:

Como era para o Iron Man, fiquei com um negócio de tentar reproduzir metal do lado externo da caixa. Comprei papel alumínio e a forrei. Devia ter usado o lado mais fosco:

Mostrei o resultado para o Edgarzinho, que fez uma cara feia e mandou que pintasse o papel com giz de cera branco "para dar um efeito melhor"...

No fim, ficou assim, com uma superpopulação de Homens de Ferro:




Visão lateral: definitivamente eu devia ter pintado a caixa e não ter colocado o papel alumínio:


Depois desse aí não me meti a fazer outro. As pesquisas continuam e algumas ideias estão na cabeça. Falta disposição para realizá-las.

sexta-feira, abril 25, 2014

Tutorial simples e fácil: como fazer uma arte postal e como participar de uma mostra de arte postal


Arte postal, dito de forma bem simples, é uma produção feita no formato de cartão postal (10 x 15 cm) usando desenho, colagem, xilogravura e qualquer outra técnica imaginável que se encaixe nessas medidas. 

A arte postal também pode ser aplicada/feita em envelopes. Aí a ideia é você mandar para alguém a sua arte e este reenviar para outro até que a produção dê a volta ao mundo embelezando as caixas de correios de seus amigos e conhecidos.
 

É claro que os formatos podem e devem ultrapassar os dois exemplos acima citados. O recifense Paulo Bruscky, para citar um dos maiores artistas brasileiros a navegar por esta ondas, ampliou, literalmente, o conceito de arte postal ao produzir e enviar pelos Correios a seguinte peça gigante nos anos 1970:





Olha o tamanho desse envelope

Aliás, recomendo que faça uma pesquisa sobre o Bruscky. Em 2011, tive oportunidade de ver no centro cultural dos Correios de Recife uma exposição com várias etapas de sua carreira. O cara é bom demais há décadas.  Saca um pouco de seu cotidiano neste vídeo:


 

Com as novas tecnologias, há quem se dedique a trocar cartões postais via e-mail. E há também quem monte projetos para receber cartões postais que ilustram segredos, muitas vezes eróticos, que você dificilmente contaria para o seu melhor amigo. Quer ver? Olha um exemplo aí, retirado do site Obvius, e depois clica aqui para saber mais sobre o PostSecret




"Meu marido prefere que eu use um strap-on toda vez que fazemos sexo. Isso parte meu coração.”


Bem, com esta carga de links que o post carrega já deu para ter uma ideia de quão amplo é o espectro da arte posta (ou mail art, em inglês). E agora, como se cria, se você já definiu sua plataforma? Vou dar o exemplo a partir da minha primeira experiência na área. Se liga nas etapas:

1.    Conheça alguém que lide com isso. Tive essa sorte quando participei de edição 2012 do programa Onda Cidadã em São Paulo e pude trocar ideias com o professor-artista-fotógrafo Alexandre Vilas Boas, integrante do Coletivo 308, de Guarulhos.


2.    Receba ou busque uma convocatória para participar de uma exposição de arte postal e fique instigado com a ideia. A minha teve como tema “1964-2014: 50 ANOS DE ARTE CONTRA O ESTADO”, organizada pelo 308.







3.  
  Após decidir participar, leia o regulamento para saber os formatos aceitos e comece a pensar. Pense muito bem e depois disso faça os esboços de sua arte.
 


4.    Reflita sobre a mensagem de sua obra e force suas habilidades até atingir seu objetivo. No meu caso, como artista plástica frustrado e com quase nenhuma habilidade, o tamanho do passo atende ao tamanho da perna.
 

5.    Depois da fase de estudos e reflexão, vem a fase de definir o suporte e as técnicas. Será tudo digital ou vai usar colagem, pintura, desenho, montagem ou uma outra técnica? Definido isso, parta para a produção. Veja exemplos deste que lhes escreve:



Corte do papel suporte

Separe os recortes, se for o caso. Esta etapa requer que o seu material já tenha sido fotocopiado
Testes de posicionamentos

Mais testes/estudos de design
 
A caminho da finalização
6.    Feita a obra, fotografe-a antes de mandar para a exposição. A arte postal, depois de enviada, não lhe pertence mais e possivelmente nunca mais verá a sua obra.
 


Fotografar é uma opção, mas o ideal mesmo é que você escaneie o material


7.    Encaminhe seu material dentro do prazo para não ficar de fora da exposição.


8.    Espere as fotos que a equipe de produção fará do material exposto e fique feliz ao reconhecer o fruto de seu trabalho sendo, cof, cof, cof, admirado em outras cidades. No caso, a minha foi parar no Centro Cultural São Paulo. Olha ela aí (força o olho que você consegue):
 

De baixo para cima, na segunda fileira, a arte que parece uma bandeira é a minha


Visão geral

 Veja mais fotos neste álbum do Facebook ou no blog da exposição

9.    Fique feliz por fazer arte e busque a próxima convocatória para poder expressar-se.
 


....................................................
Essas são as dicas de nosso tutorial simples e direto a respeito do que é arte postal e sobre como participar de uma exposição do gênero. Se gostou, compartilha, curte, espalha.
 

Beijos.
 

(É claro que o título é uma grande brincadeira. Poderia ter feito apenas um registro de minha participação na mostra mas arte postal é algo tão bacana, o Paulo Bruscky é tão impactante e a mobilização que o coletivo 308 foi tão legal que não resisti a dar uma de especialista na área.)

quarta-feira, junho 12, 2013

Obra visual minha no calendário 2013 da UFRR

Quando agosto chegar haverá uma arte visual idealizada e produzida por mim decorando as mesas que tiverem o calendário 2013 da Universidade Federal de Roraima.
 
  
O trabalho foi elaborado com a parceria da patroa Zanny Adairalba e de meu filho Edgarzinho Borges Bisneto no ano passado. O foco era um edital de seleção de obras de artistas visuais locais, com o tema “Do olhar ao tocar: intervenções na paisagem”.

Inicialmente havia dito aqui no blog que a obra "Domingo no Parque"  havia sido selecionada, mas a organização optou  por mandar imprimir “Na praça”, uma intervenção feita na praça do Centro Cívico num bonito fim de tarde aqui em Boa Vista.

Recebi em março os exemplares dos calendários. Como os visitantes habituais do blog sabem, aqui as coisas da vida real demoram a ser traduzidas em postagens. Por isso somente agora falo disso.

Além de mim, participaram Silvio Corrêa Vilasi ( Garimpando Conhecimento), Luan Pires Pereira (Pôr do Sol no Lago Azul e Paisagem com Pôr do Sol nas Torres de Guri), Edinel Sousa Pereira (Luminária com Paisagem Urbana e Garças Tomando Banho de Sol), Jucilene Carneiro de Lima (Perseverança Humana), Júlio César Barbosa (Luz no Caminho e Palafitas de Animais), Renato José (Bicicletas e Sem título) e Edymeiko de S. Maciel ( Libélula).
 
Olha aqui a matéria feita pela assessoria de imprensa da UFRR.

E as fotos de para mostrar como foi o dia:

Aguardando a entrega e a hora do lanche






Com o vice-reitor Reginaldo Gomes e a reitora Gioconda Martinez

Com os (atuantes de verdade) artistas plásticos Silvio Vilasi e Julio Cesar Barbosa.

sábado, março 02, 2013

quinta-feira, fevereiro 28, 2013

terça-feira, fevereiro 26, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 14




Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima, Amapá e Rio de Janeiro.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Zanny Adairalba

domingo, fevereiro 24, 2013

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

quarta-feira, fevereiro 20, 2013

segunda-feira, fevereiro 18, 2013

sábado, fevereiro 16, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 9



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Zanny Adairalba

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 8



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Edgar Borges

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

sexta-feira, fevereiro 08, 2013

quarta-feira, fevereiro 06, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 5



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Zanny Adairalba

segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 4



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Edgar Borges

sábado, fevereiro 02, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 3



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Edgar Borges

quinta-feira, janeiro 31, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 2




Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Edgar Borges

terça-feira, janeiro 29, 2013

quarta-feira, novembro 14, 2012

Meu primeiro prêmio de artes visuais

Ganhei meu primeiro prêmio de artes visuais. Obviamente não foi uma seleção para  a Bienal de São Paulo. Isso seria demais para um marinheiro de primeira viagem, mas foi muitooooo legal mesmo assim.

Participei de um concurso de artes visuais promovido pela Universidade Federal de Roraima. A ideia era selecionar obras no formato horizontal, baseadas no tema “Do olhar ao tocar: Intervenções na paisagem”, para   compor o calendário 2013 da instituição. 




 

Já disse em outras postagens que sempre tive vontade de ser um bom desenhista, mas nessa já fiquei para trás se comparado com as artes que o Edgarzin, meu filhote, desenvolve. Para compensar, leio todo livro ou catálogo sobre arte visual que me cai nas mãos. Acho fantástica a imaginação e capacidade de realização dos criadores visuais. Acho ainda mais fantásticas as explicações conceituais que dão aos seus trabalhos, dando justificativas profundas a produções aparentemente sem nenhum sentido.

Bem, depois de decidir arriscar a participação no concurso – afinal, o “não” já está garantido e todo “sim”é lucro – fui pesquisar o que significava o tema do concurso. Google prá lá, Google pra cá, formei um conceito e comecei a matutar o que poderia apresentar. Tudo isso em pouco tempo, pois o prazo final já estava chegando.

Bati o martelo em fazer uma intervenção. O desafio agora era definir como seria feita a dita cuja. Pensa, pensa, pensa, descarta ideias, corta ideias, cheguei no material barato e mais facilmente encontrado todo final de tarde: papelão.  Pintar ou não pintar seria a próxima questão. Como não havia plata para investir, fiquei com o marrom-papelão como cor base.

Ok. E agora, o que fazer? Hum...já sei. Vamos fazer algo que denuncie e desperte algum tipo de reação negativa contra a poluição dos igarapés, a falta de boas ações na área ambiental e ao mesmo tempo aponte para o descaso com os espaços públicos de lazer. Fácil que só. 


Era só ir na beira do igarapé Mirandinha, canalizado e poluído (veja imagens aqui) e fazer lá a parada. Mas antes que tal ir no parque Anauá? Aliás, meu rei, que tal, antes de tudo, fazer os objetos da instalação?

Convidei dona Zanny Adairalba, patroa e companheira de Coletivo Caimbé, para dar uma força. Edgarzinho Bisneto veio junto. Aliás, se vacilar, o moleque já produz arte melhor que a nossa...


Bem, tirando os excessos de pai, a verdade é que o guri deu sua contribuição e ainda aprendeu que o papai, além de fazer trabalho literário, também faz “arte moderna” (depois tentei ensiná-lo a falar “arte contemporânea” , mas é mais difícil. Hoje, após muitas leituras, falaria apenas artes visuais).

O processo de criação e produção demorou uma noite e uma manhã, envolvendo a criação de dois conjuntos de bonecos de papelão. 


Para resumir a história, vou falar apenas sobre o que foi selecionado. Se cinco pessoas aí tiverem interesse em saber dos outros, é só falar isso nos comentários e faço um up date (sim, é quase uma campanha por comentários).


Dos recortes de material, Edzin faz a sua arte moderna

No final da noite, Zanny e Edgarzinho exibem o “Sam”

Hora de recomeçar os trabalhos de arte moderna, baby

Corta, corta, corta...

Homenzinho...

Tirando as medidas

Hã? Quem são esses?

“Papai, todas as pessoas têm olhos. Eles precisam de olhos...”

Teste

O plano

Tentativa 1: esquecemos os bancos de madeira, muito vento, contraluz e marrom sobre marrom não dá destaque

Tentativa 2: Sente a diferença nas cores

Montagem


A colorida contribuição do Edgarzin ao projeto “vamos ganhar um prêmio de artes visuais”

Um brinde com os ETs no final de tarde. Não se iludam: estávamos sendo devorados pelos lendários mosquitos picadores do parque Anauá.

Logo depois dessa foto uma legião de mosquitos entrou nas minhas narinas. Fora isso, as picadas nas pernas incomodaram por uma semana


A obra

“Domingo no parque” é o título da intervenção. Poderia ter sido melhor? Poderia, mas para uma primeira vez nesta seara, tá de bom tamanho. E além do mais, incorpora um novo item à aba das premiações lá no topo do blog, somando-se às que tenho em literatura, audiovisual e jornalismo.