quarta-feira, agosto 31, 2016

Jornadas pelo sul brasileiro

Antes tarde do que nunca e só para conseguir lembrar daqui a alguns anos, vai a postagem de uma viagem muito bacana que fiz no mês de maio, passeando três semanas nos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina. 



A ida de Boa Vista até o Rio Grande do Sul demorou aqueles horrores de 10 ou 11 de viagem em avião, com as paradas em Brasília e São Paulo, onde pude tirar foto do Superman fazendo um bico como segurança numa loja do aeroporto.

 


Chegando nos pampas, recebi abrigo da ativista cultural e antiga companheira de colegiado literário do MinC Márcia Cavalcante. Protegido do sol e das chuvas, dei umas voltas em Porto Alegre e em Novo Hamburgo. 

Também palestrei na ONG Cirandar sobre literatura e ativismos, reencontrei amigos e conheci novas pessoas, bebi muitos chopes e cervejas artesanais (destaque para as vermelhas), visitei museus e casas de cultura como a Mário Quintana, participei de manifestações políticas contra o golpe/impeachment/ruptura, peguei temperaturas ali pelos 5° centígrados, andei por antiquários e sebos e fotografei muita arte urbana.







Olhando o quarto onde morava Mário Quintan


Em Novo Hamburgo, no Armazém Hamburgo Velho
Frios no ônibus do city tour


Lago Guaíba, fim de tarde

Parede linda do bar Comitê Latino-americano

Márcia Cavalcante, Yasmim Finger, seu namorado, Camila Schoffen e Roberta Mello, gente bonita da ONG Cirandar

Aldenor Pimentel, roraimense perdido no sul fazendo seu doutorado
João Carneiro, da Tomo Editorial
De lero com Quintana e Drummond




De Porto Alegre para Florianópolis a viagem foi em um busão que saiu meia-noite do frio gaúcho para uma ligeiramente mais cálida manhã catarinense. Na ilha, fiquei na casa de minha amiga Carla Cavalheiro, percorri a linda trilha da Costa da Lagoa, vi os pescadores jogando-se no mar gelado para pegar tainha, descansei na praça da Figueira, fui até São Antônio de Lisboa, passei em engenhos de farinha, comi o churrasco delícia de seu Neri Cavalheiro, participei de um evento de comunicação focada em mídias sociais e, do mesmo jeito que em Porto Alegre, tentei visitar o maior número de igrejas antigas, museus e centros culturais.





Artes urbanas. O adesivo também vi em várias ruas de Porto Alegre


Praça da Figueira


Tardes frias em Floripa

Rubens Flôres e Eneléo Alcides na Fundação Cultural Bades

Artes no CIC

Amores em Santo Antônio de Lisboa


Só siri mas não teve tainha hoje

Na trilha da Costa da Lagoa

Leo Pereira e Cleiton Pereira na Costa da Lagoa


Lula da Serrinha, Cleci Cavalheiro, Camila Spolti e a galega linda Carla Cavalheiro

Lançamento









O pulo para o Rio de Janeiro foi de avião. Lá, fui recepcionado pelo casal Deni e Rodrigo, que me levou para a Lapa, para o morro de Santa Teresa, para vielas musicais que só os cariocas como o Rodrigo acham e para a Feira de São Cristovão, onde se encontra tudo o que vende no Nordeste e um pouco mais. 





Sozinho, andei por igreja, museus e centros culturais (MAR, Correios,  Caixa Econômica, entre outros lugares) para deliciar-me com as exposições, rodei pelo Saara, participei de um #OcupaMinC e de um protesto na Cinelândia contra a intervenção do governo Temer na EBC.  



O Rio estava frio e mais frio estava a cidade imperial de Petrópolis, para onde fiz um bate-volta. Ainda bem que levei casaco, pois estava gelado na serra. Entre na fábrica da Cervejaria Bohemia e visitei o Museu de Cera da cidade, onde tirei foto com o Batman e o Pinguim.



Também conheci a Catedral São Pedro de Alcântara e a casa de veraneio do gênio pai da aviação Santos Dumont. Na entrada, quando estava assinando o papel dos visitantes vi que uma família roraimense havia passado nessa mesma manhã lá. Como soube? A pessoa que assinou por todos colocou a cidade de origem como sendo Boa Vista. Por sinal, a moça é uma colega jornalista. Pra vocês verem como roraimense se espalha por aí na hora de turistear.


Quando voltei ao Rio, fui para a Lapa prestigiar uma edição do Sarau do Escritório. Lá, enquanto estava vendo as fotos de uma exposição, fui abordado por uma moça que perguntou se eu era de Roraima. Pensei que fosse parte do povo que estava em Petrópolis, mas não. Estava no Rio havia semanas ou meses acompanhando parentes em Tratamento Fora de Domicílio. 

Disse que me reconheceu pelas fotos da colunaRede Literária, que publicava até o ano passado na Folha de Boa Vista e no blogCultura de Roraima. Além disso, conhecia a patroa, conhecia um músico que me conhecia e com o qual havia me visto falando e também dança em uma quadrilha junina que já prestigiei algumas vezes como espectador. Ou seja, praticamente amigos.




Batman, dá um beijim, dá?

Na cave da Cervejaria Bohemia

Museu de Cera: Lula e Dilma

Conexão direta com ET

Pinguim e Batman, meus bródi


Museu Imperial

Dica



 


Rodrigo Otávio, Deni Argenta e Agostinho (brasileiro morando nas gringas) e Richard (gringo morando no Brasil)

Adicionar legenda



Na Cinelândia, ato contra intervenção na EBC


Estante linda dos sonhos coisa mais linda que o Rodrigo tem


Exposição de criações do Arnaldo Antunes

Museu do Amanhã

Exposição sobra a obra de Santos Dumont no Museu do Amanhã



No MAR





Depois de três semanas rodando, meu maio de férias acabou e voltei para casa. Deixei o Rio a uns 20 graus de temperatura e desci numa Boa Vista a 32° na madrugada, feliz por ter aproveitado bem a folga e pensando em como seria legal voltar a fazer uma viagem dessas.

sexta-feira, agosto 19, 2016

Poesia em Manaus? Teve sim e com um monte de amigos

Semana passada fomos até a metrópole da Amazônia fazer uma edição do Sarau da Lona Poética. Digo fomos pois fui à frente de uma trupe linda de poetas, artistas visuais e músicos que se integraram ao Coletivo Caimbé nesta jornda: Rodrigo Mebs, Carol Alcoforado, Felipe Thiago, JJ Vilela, Sulivan Barros, Lai Dantas, Zanny Adairalba e meu filhote declamador Edgar Borges Bisneto, esse bonitão aí da foto:  




Saindo de Boa Vista para Manaus para fazer a Lona Poética

Matéria na Folha de Boa Vista sobre o Sarau da Lona Poética em Manaus. Saiu dia 10.08.16


Dois registros do sarau, que rolou na Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, centro de Manaus

O sarau rolou no dia 11 de agosto em Manaus como parte do projeto Sesc Amazônia das Artes. Foi muito bacana.

Aproveitamos para passear também e conferir um pouco das atrações da cidade. Aliás, que cidade quente é Manaus. Tive que tomar remédio várias vezes para não morrer de dor de cabeça. 

Fora a dor de cabeça, teve Teatro Amazonas, Bar do Armando, almoço no mercado municipal e visita ao sebo Alienígena (vontade de morar nele =) ).  E teve reencontro com a atriz Selma Bustamente, que não via desde 1996 ou 1997, quando esteve em Boa Vista para ministrar uma oficina de teatro...

Meus registros de #ArtesUrbanas em Manaus


Acho que vou fazer uma camiseta disso aí #ArtesUrbanas
A imagem feminina duplicada em outra via do Centro de Manaus

Teatro Amazonas

Bar do Armando, na paralela com o Teatro

Prédio abandonado da Biblioteca Municipal de Manaus

No coreto da praça popularmente conhecida como praça da Polícia

Interior do Sebo O Alienígena e a estante caótica dos meus sonhos


Comedor de jaraqui

Com Deus e nossa senhora....
 
Reencontrando Selma, que estava fazendo uma peça no espaço Casarão de Ideias

quinta-feira, agosto 18, 2016

Publicando artigo sobre a gestão cultural de Alto Alegre no livro Panorama Cultural de Roraima


Juntamente com esse povo bonito da foto participei do lançamento do livro Panorama Cultural de Roraima, para o qual escrevemos um artigo científico intitulado "Alto Alegre/RR: desafios, especificidades e construções do sistema cultural". 

O lançamento ocorreu no dia 17 de agosto, no Espaço de Cultura e Arte União Operária, Boa Vista. O livro apresenta uma coletânea dos trabalhos realizados pelos alunos do Curso de Extensão em Gestão Cultural, capacitação promovida em 2015 pela Universidade Federal de Roraima, executada pela Fundação Ajuri e financiada pela Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério da Cultura (MinC). 

Na foto aparecem os colegas de curso, a professora orientadora e a fotógrafa que nos cedeu uma imagem para ilustrar o artigo:



Chloé  Bourgy Noleto, Celijane Nunes, Leila Baptaglin (orientadora), Layrine Silva (fotógrafa), Edgar Borges (vulgo eu) e Gerson Barreto.


Para ler a obra, é só clicar aí:




segunda-feira, junho 20, 2016

Conversas com Edgarzinho: quantidade de amor


- Quanto tu acha que papai te ama?

- 4.661.
 

- E tu, quanto me ama?
 

- 4.665.
 

- Cinco a mais?
 

- Uhum...
 

- Uau.

quarta-feira, maio 04, 2016

Um papo em Porto Alegre sobre literatura e ativismos culturais na Amazônia Setentrional

Já estive no Paraná e em Santa Catarina. Faltava só o Rio Grande do Sul para fechar as visitas àquela parte do Brasil.

Faltava, pois semana que vem estarei lá falando de literatura e ativismos culturais na Amazônia Setentrional. O convite é da ONG Cirandar. Se você estava navegando pela web e veio parar aqui meio sem saber o motivo, ei-lo:



Bacana, né? AQUI tem o link para o evento no Facebook.

quarta-feira, abril 27, 2016

Contabilidades amorosas do Sarau da Lona Poética

Vê: passo semanas sem postar nada aqui mas em outros cantos da vida digital e real apareço sempre.Um canto em que sempre apareço é o das ações do Coletivo Caimbé, com o qual andei fazendo uma pá de poesia e saraus nos últimos meses.

O resumo disso está aqui, nesta cópia da postagem que fizemos para relembrar por onde e com andamos entre novembro de 2015 e abril de 2016. Sente:



Nos 11 saraus que fizemos entre novembro de 2015 até abril de 2016 com o apoio do Ministério da Cultura contabilizamos os seguintes convidados: 21 poetas e declamadores, 11 músicos e 26 artistas visuais e fotógrafos.

Eternos agradecimentos a este povo que aceitou nossos convites:

21 Poetas e declamadores:
Rodrigo Mebs, Sulivan Barros, Hander Frank, Tallon Almeida, Carol Alcoforado, Felipe Thiago, Marcelo Perez, Devair Fiorotti, Elimacuxi, Sony Ferseck, Anderson Souza, Marisa Bezerra, Brendo Vieira, Aldenor Pimentel, Vânia Coelho, Zanny Adairalba,   Claudia Íris, Tony Andrey, Paulo Henrique Braga, Claudio Isaias da Silva Junior e Eduardo Campos.

11 Músicos:
JJ Vilela, Paulo Segundo, Evilene Paixão, Big  Berg, 7Niggaz, Claudio Moura, Timóteo Camargo, Graziela Camargo, Avinash Jonathan,  Mike Guy-bras e Viover.

26 Artistas visuais e fotógrafos:
Claudia Caroline Pereira de Oliveira, Georgina Ariane Sarmento, Geovan Almeida Solon, Morgana Forte, Mateus Forte, Dayana Soares, Kayo Soares, Ana Carolina Rocha, Hemanuella Vieira, Leila  Baptaglin, Thayline Silva, Cláudio Barros, Elias Magalhães, Rhafael Porto, Eduardo Briglia, Sulivan Barros, Tafinis Said, Cláudio Barros,  Raphael Michels, Evelly Paat, Guaracy Costa, Kellen Silva, Ellen Apolinário, Elimacuxi, Gê Nova e Mary Jô Borrero.

Isso sem contar a galera linda que aparece sempre para deliciar o povo na hora do microfone aberto.

(Na verdade, foram 12 saraus quando incluímos a atividade na rádio Monte Roraima FM)

Quer ver/ler?

Cada linha é um link: 











quarta-feira, março 30, 2016

Entrevista para o programa Atrevida, da Band Roraima, falando sobre poesia e o coletivo Caimbé

No dia 17 (ou 18) de março de 2016 estive no programa Atrevida, da Band Roraima, junto com o poeta Rodrigo Mebs.

Falamos sobre as ações do Coletivo Caimbé para comemorar o mês da poesia e do lançamento do livro cartonero Carrossel Agalopado, de Zanny Adairalba.

Confere como foi no vídeo:

 

terça-feira, março 22, 2016

O mugunzá de dona Vanda - crônica selecionada para a antologia do Prêmio Sesc/DF de Literatura – Crônicas Rubem Braga


Tem certos domingos em que acordo com uma vontade doida de comer mugunzá. Mas não é qualquer um, não. Tem que ser o da banquinha da dona Vanda, ali no mercado municipal do São Francisco. É o melhor da cidade, melhor até do que a minha mãe faz. Tem a consistência certa, a dose de açúcar no ponto, o milho no grau perfeito de ser mastigado. Em resumo, é um espetáculo.
 
Nesses domingos de desejo, saio cedo de casa. Até uns dois anos atrás, atravessava quatro bairros para chegar no mercado. Hoje estou bem mais perto, a mais ou menos um quilômetro e chego lá, de carro, em menos de dois minutos. As meninas da banca me conhecem e já vão perguntando “um mugunzá e o que mais, meu bem?”. Geralmente, complemento o pedido com uma tapioca recheada com queijo.
 
Comer mugunzá polvilhado com canela é uma delícia. Além do prazer culinário, sempre me traz à memória o meu avô, seu Edgar, que também era fã do mingau de dona Vanda e me levava quando criança até a banquinha dela na avenida Getúlio Vargas, noutra parte da cidade.
 
Por isso, cada colherada tem sabor de infância, principalmente do tempo em que não morava em Boa Vista e vinha para cá somente passear as férias. Era nesses dias em que seu Edgar me acordava cedo, saíamos e, enquanto ele comprava verduras e outras coisas para o almoço, eu ficava tomando mingau.
 
Lembro que o vô sempre levava uns potes de mugunzá para casa. Daí, dava para ficar beliscando o dia todo. Ou seja, o mingau de dona Vanda nos acompanhava o dia todo, saciando fome e gula desde os anos 1980.
 
Pelo menos era isso o que eu achava. Domingo desses fui no mercado, pedi um mingau e uma tapioca e a minha esposa pegou bolo de leite e suco de taperebá. Enquanto comíamos, conversei com ela, pela centésima vez, sobre as boas lembranças que o mugunzá me traz, principalmente as relacionadas ao meu avô.
 
Daí, entre uma colherada e outra, veio a questão: há quanto tempo dona Vanda trabalha com comida e quando foi que saiu da calçada da avenida Getúlio Vargas para o mercado de São Francisco?
Essa informação seria muito importante para complementar o meu quadro de memórias com o seu mingau. Na hora de pagar, perguntei isso dela. Sua resposta me deixou chocado: “meu filho, eu desde sempre vendi aqui. ”
 
Eu, estático, só pensava em gritar “COMO ASSIM, DONA VANDA? DE QUEM ERA AQUELE OUTRO MINGAU?!!”. Controlado, disse apenas “é mesmo? Achava que a senhora também vendia em outro lugar...”.
 
Paguei e deixei o mercado meio decepcionado com as certezas sobre as minhas memórias. Mesmo assim, como provavelmente nunca saberei quem era a outra pessoa lá da banca na Getúlio Vargas, decidi nomeá-la minha embaixadora eterna do bom mugunzá. Isso sem ligar para quando ou onde o mingau dela entrou em minha vida. 

(Crônica selecionada para a antologia do Prêmio Sesc/DF de Literatura – Crônicas Rubem Braga. Saiba mais sobre a participação no prêmio clicando aqui.)


Fui selecionado no Prêmio Sesc-DF de Literatura/Crônicas Rubem Braga 2015


Alegria do dia: o Sesc-DF divulgou ontem a lista dos selecionados para o Prêmio de Literatura – Crônicas Rubem Braga e Contos Machado de Assis.

Nesta edição, o Sesc recebeu mais de 1,2 mil inscritos para o concurso. Minha crônica, intitulada “O mugunzá de dona Vanda”, fará parte de uma coletânea publicada pela instituição. Da região Norte, o único selecionado fui eu.

A dona Vanda, para quem não conhece, é a dona de uma banca de comida ali no mercado São Francisco. Ela faz o melhor mugunzá que já comi na vida e merecia virar crônica.

Quem quiser conferir a lista, pode clicar aqui.

Os trabalhos foram submetidos à avaliação da comissão julgadora composta por Oswaldo Pullen Parente, Alexandre Santos Lobão, André Giusti, Robson Coelho Tinoco, Sérgio Léo de Almeida, Danilo Carlos Gomes, Roberto Klotz, Rosângela Vieira Rocha, João Carlos Taveira  e José Santiago Naud.

Os três primeiros colocados de cada categoria fazem jus a prêmios em dinheiro (1º lugar – R$ 2.000,00; 2º lugar – R$ 1.500,00 e 3º lugar – R$ 1.000,00). 

Já outros selecionados recebem uma menção honrosa, além de integrar uma coletânea em cada categoria, que será distribuída pelo Brasil todo. Fiquei entre estes e tá valendo pela alegria!




terça-feira, março 08, 2016

Noitada elétrica



Peguei um vale-night ontem e me empolguei tanto na festa que dormi fora. Exagerei na bebida e fui parar numa rede, seminu, sendo tocado e mordido durante horas por várias fêmeas. 

Voltei para o leito matrimonial quase amanhecendo. Quando ela acordou, não comentou nada, mas o seu olhar não mente: sofreu e dormiu mal me esperando...

Parece conto erótico, declaração descarada de adultério ou relato banal de uma orgia maravilhosa na noite de segunda, mas é só uma forma bonita de dizer que o apagão de quase 11 horas ontem em Boa Vista me obrigou a dormir na varanda de casa, onde as carapanãs fizeram a festa comigo numa das noites mais quentes do ano.

Tecendo hipóteses: o apocalipse zumbi deve ser algo parecido como ontem: a energia acaba, ninguém abre os portões elétricos e os carros ficam do lado de fora, pessoas vagueiam pelas ruas usando lanternas, arrombadores e ladrões fazem a festa, a comida na geladeira estraga, famílias ficam sem contato telefônico e a internet não funciona.

The Walking Dead é Boa Vista. Melhor, Lost é Boa Vista: racionamento/corte brutal de energia elétrica, telefones mudos, água dos rios secando, queimadas aumentando e cada vez menos companhias de transporte aéreo atendendo a quem quer sair do Estado.

Falando sério: a coisa deve ficar pior. A Venezuela já começou o racionamento de energia, lá na Venezuela o embalse de Guri seca a cada dia e El Niño faz a festa com gestões ruins de planejamento.

Além disso, tenho minha teoria particular da conspiração: quem sabe se esses cortes não são instrumento para pressionar a população e quem manda na população a fortalecer as campanhas pelo novo linhão de transmissão de energia?

Sei lá, né? Só sei que a noitada foi longa e ela estava cabisbaixa de manhã e quase não falou nada. Ou estava triste por minha causa ou estava cansada da noite sem energia. Ou então, ai, ai, ai, também se empolgou numa noitada paralela.

quinta-feira, março 03, 2016

Meditação, bobagens, invejas e afins...

Horas meditando nas encostas do Himalaia me ensinaram que é bobagem ter inveja dos outros e ainda mais bobagem ter inveja por coisas bobas, como dinheiro e aparentes sucessos profissionais.
 
Ainda mais quando quase tudo isso é bobagem. E cá estou, compartilhando de graça o que aprendi na vida. 

A única coisa que poderia valer a pena invejar por alguns minutos é aquela sua amizade que está dando uns pegas naquela figura que você um dia quis pegar.
 
Mas depois de alguns minutos, convença-se: já que não foi você, teria que ser alguém. Que sejam as amizades.