segunda-feira, junho 10, 2013

Meu poema ‘Declaração’ foi premiado no 3o concurso nacional de poesias das Farmácias Pague Menos

Estou feliz. 

Recebi menção honrosa no terceiro concurso nacional de poesias promovido pela rede de farmácias Pague Menos. Meu poema ‘Declaração’ foi um dos 100 textos selecionados entre os mais de dois mil inscritos para compor o livro impresso e digital intitulado “Amor. Viva esse espetáculo.”, tema do concurso.
Capa do livro resultante do terceiro concurso


Este é o segundo ano consecutivo em que sou premiado nos concursos literários da Pague Menos. Em 2012 meu poema ‘Valentes’ ficou em quinto lugar, escolhido entre dois mil participantes. Dá uma conferida aqui nesse texto.

A banca julgadora deste ano foi formada por Fátima Souza, mestra em Literatura Brasileira; Marcia Sucupira, advogada e professora do ensino superior em Direito; e Sarah Diva da Silva Ipiranga, doutora em Educação Brasileira. Os textos foram avaliados a partir dos seguintes critérios textuais: relação com o tema, criatividade, organização coerente com o gênero poesia e capacidade de uso inteligente e coeso do código de linguagem.

A seleção em um concurso tão concorrido me deixa feliz. É importante como incentivo para continuar produzindo literatura e acredito que também para contribuir na inserção de autores da Amazônia Setentrional nos círculos da nova poesia brasileira

Veja neste link o livro. Meu texto está na página 49:


Ou leia apenas o meu poema:

Declaração

Gosto de teu gosto
Desse teu gostar
Do cheiro adoçado
Que teu jeito tem.
Desse sorriso
Surgindo na noite
Bravo ou zen.
Gosto por gostar
De forma natural
Irresponsável, improvável
Escondido, sinceramente.
Sem esperar muito
Tendo alegremente
Maluquices ao meio-dia.
Gosto dessa alegria
Da satisfação do ser
Disso que inventamos
Madrugada amanhecer .
É gostar por gostar
Sem muita ambição
Vivendo tudo agora
Nosso alegre furacão
Vivendo em teu gosto
Por ser puro sentir
Sem ligar para o perigo
E o medo do castigo.
E quando chegas covarde
Estranhando o sentimento
E sua repentina existência
Libidinoso te convido
A trocar razão por demência.
Alvo de teu olhar curioso
Desenho na nuvem pendente
Um convite para o mundo
Sentir a nossa ausência:
“Vem comigo, vamos sonhar
Sermos dois virando um.
Vem comigo e de uma vez
Amor, viva essa experiência”.


quinta-feira, junho 06, 2013

Sobre a celebração das mortes de criminosos em Boa Vista

Sim, a criminalidade está alta, todo mundo está com medo de topar com um bandido na rua, de ser assaltado, agredido, morto. Todo mundo quer providências imediatas e a mais bacana sempre parece ser a institucionalização da pena de morte.

Enquanto isso não chega,  quase todo mundo nas redes sociais, principalmente no Facebook, vibra quando a polícia mata, seja em qual situação for, um criminoso. Afinal, “bandido bom é bandido morto”.

Cuidado, muito cuidado. Hoje comemora-se quando os forças policiais matam os (supostos ou confirmados) bandidos durante uma tentativa qualquer de crime ou numa abordagem de recaptura.

E amanhã, se as forças policiais se empolgarem e decidirem exterminar todos os criminosos?  Vão bater palma?

E se depois de amanhã as forças policiais decidirem exterminam quem eles acharem que é criminoso? Vão comemorar?

E se depois disso for a vez de qualquer pessoa desagradável aos olhos das forças policiais? Como vai ser? Gritos de alegria? E se for aquele amigo do peito que você sabe que nunca fez mal a ninguém além dele mesmo quando comia gordura em excesso?

O mundo está violento, repito o óbvio. Mesmo assim é preciso cuidado, muito cuidado, com as manifestações de apoio à violência institucional. Criminalidade não se combate com mais criminalidade, mesmo que pareça a serviço da comunidade.

Lembrem-se, apoiadores da morte, não se trata de defender a ausência de punição para os que desrespeitam a lei. Trata-se de não concordar com o desrespeito à lei.

Afinal, já é suficiente apoiar tacitamente as penas de morte não oficiais vigorantes nas cadeias e nas periferias. Se fazer isso já nos coloca de volta em tempos medievais, aplaudir a morte alheia nos levará à barbárie.

Para fechar, um texto que ilustra o que acontece quando a violência invade nossas vidas,convidada com aplausos ou não: 

"Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

(Trecho do poema No Caminho, com Maiakóvski, de Eduardo Alves da Costa. Leia-o completo aqui.)

terça-feira, maio 28, 2013

Encruzilhada musical

Três músicas se misturando na cabeça e ouvindo nenhuma delas, mas sim U2.

Ou seja, estou numa encruzilhada musical mental neste 28 de maio:

Me enseñaste que abrazado a tu cintura
Todo parece una fiesta
Me enseñaste muchas cosas de la cama
Que es mejor cuando se ama
Y que es también para dormir
Me enseñaste entre otras cosas a vivir
Me enseñaste que una duda puede más que la razón.

(Ricardo Arjona)

Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim
O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu

(Paralamas)

E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não

(Cazuza)

terça-feira, maio 21, 2013

Viagem às serras do Uiramutã

Uiramutã é um município roraimense que tem a população predominantemente indígena e rural, a 279 km da capital Boa Vista, encravado no meio da Terra Indígena Raposa - Serra do Sol.

O acesso se dá saindo de Boa Vista pela BR 174 em direção à Venezuela, dobrando à direita na RR  202 e seguindo em frente por uma estrada com muitos km de piçarra, pontes quebradas e muitos, muitos buracos, desses que quebram carros e ônibus.

Nunca havia estado na região, apesar de ter parentes com casa lá. Motivo? Jamais ia meter um carro meu nessa buraqueira que todos me descreviam.

Acabei indo lá no dia 17 de março para acompanhar uma equipe da Universidade Estadual de Roraima que foi discutir a implantação de um curso de graduação na comunidade indígena Flexal, à qual se chega virando à esquerda 20 km antes de entrar em Uiramutã.

A viagem de ida foi em um ônibus da UERR, juntamente com alunos da instituição que foram convidados para visitar a comunidade e conhecer a região.

Passamos pela antiga comunidade indígena Surumu, hoje chamada Barro, praticamente uma vila, com cerca de mil habitantes. Lá se parou para olhar a beleza do rio Surumu, seco pelo verão rigoroso.




O povo tomando banho e eu aproveitando a capitiana, rede feita com couro de bovinos

Depois foi a vez de parar na comunidade indígena do Contão, bem no meio do lavrado e às margens do rio Cotingo, que estava muito seco.

Essa mancha é o leito de pedra
Lei de trânsito? Que lei?


Um dos sustos na ida: o micro engatou em um desvio da estrada e a turma botou força


Chegamos em Uiramutã por volta das 21h, depois de sete ou oito horas de viagem. A cidade não estava tão fria quanto esperava, mas isso mudou depois que uma chuva caiu.

Sempre me impressiona o alcance da tecnologia e das marcas (lembro que o geógrafo Milton Santos  tinha um termo para isso, mas esqueci qual era): a cidade tem posto do Bradesco, comércio de todos os tipos, bares e casas com TV por assinatura, gente que para no sábado à noite para ver lutas de MMA, moleques filhinhos de papai com seus carrões curtindo a noite e por aí vai. Ou seja, mesmo sendo o município com a maior população indígena em Roraima, não ficou nada livre desse processo de publicidade e marketing tão peculiar ao capitalismo.

Parabólica, camará!


Ruas da serra. Sente o charme da iluminação pública


Numa cidade onde os nativos são bilíngues, o mercadinho acertou ao colocar seu nome em português e macuxi


Descida a caminho da comunidade do Flexal. Isso no inverno fica uma maravilha
Domingo amanhecido, tocamos para a comunidade do Flexal mas antes paramos na cachoeira Urucá, coisa mais linda de ser ver e cansativa de chegar. Não sei se foi a idade ou o despreparo físico, mas as pernas em certa hora bambearam na subida e a respiração ficou pesada. Mesmo assim, o banho que tomei na água fria da cachoeira valeu o esforço. Me lembrou a subida ao Monte Roraim, há alguns milhares de anos e uns três ou cinco quilos a menos.



A beleza da cachoeira, já na volta do banho, respirando antes de continuar...


Daqui nasce a queda da cachoeira


Quase comprei esta casa, mas pensei que seria muito trabalhoso percorrer todo dia mais de 300 km para ir trabalhar. Além do mais, não há vizinho para pedir açúcar



Comunidade Flexal

A cabelo das índias é uma das coisas mais bonitas que conheço


Depois que fiz a foto percebi que os meninos do Flexal ficaram na pose de banda juvenil

A volta foi bem mais rápida. Vim numa picape e chegamos em duas, três  horas, na UERR Boa Vista. O povo que veio no busão chegou no outro dia, às 7h, graças aos pneus que estouraram no meio da estrada.

Lamentavelmente, a volta rápida não se traduziu em alegria: em vez de ir direto para a maloca, decidi comprar uma caixa de sorvete para a família e balinhas de chocolate para o Edgarzin.

Por conta disso, desviei para uma outra avenida depois de tentar comprar em um posto de combustível perto da UERR.

Daí poderia ter parado na casa de minha avó, mas já estava tudo fechado. Até pensei parar no apertamento e baixar umas coisas do carro mas fiquei com medo do sorvete descongelar.

“Melhor ir para casa”, pensei. Melhor tivesse parado em qualquer lugar.

Logo adiante, no cruzamento da principal avenida do bairro com uma ruazinho que escoa parte do trânsito, um imbecil avançou as duas faixas da pista dupla, passou pela área do canteiro central, avançou o que eu chamo de quarta faixa (contando a partir do encontro das vias) e me encontrou na borda da quinta, já desesperadamente tentando frear para não ter o carro batido.


O número 1 era eu indo para casa e o 2 foi o motorista idiota avançando geral e me acertando no X



Deu nisso:



Não houve ferimentos, o cara disse que não viu a placa de sinalização e que por isso avançou, combinamos de passar na seguradora no outro dia, meti o carro na oficina já por conta dele mas tive que arcar com o custo do aluguel de um veículo para não ficar a pé no meio do verão ardente amazônico.

Resultado: umas três ou quatro semanas que me custaram mais de dois mil reais em aluguel e um som quebrado cujo custo não vou conseguir nunca repassar para a seguradora, já que as lojas de som desta minha terra querida não conseguem fazer um laudo atestando que o aparelho foi danificado na batida.

Quem disse que viajar não tem emoção depois que a gente chega em casa?

P.S.: o meu antigo gol foi batido do lado esquerdo, também por um motorista idiota que alegou não ter vista a placa de “Pare” (Veja uma foto aqui). O atual carrinho pegou a pancada do lado direito, com o cara alegando a mesma coisa. Estou com medo do ângulo da próxima pancada.

segunda-feira, maio 20, 2013

Resumo rápido da vida em 2013

Gente, às vezes me surpreendo com a minha capacidade de abandonar este blog. Mesmo que quase ninguém comente e que ninguém reclame de minha ausência, acho que é descaso demais com ele, um dos mais antigos em atividade aqui em Roraima.

Além do trabalho e do cansaço e da internet chatonilda de lenta muitas vezes, também posso culpar as redes sociais Facebook e Twitter. É muito mais fácil ficar vendo o que os outros escrevem e perder a meada de nosso pensamento. Óbvio que para lá só vão as instantaneidades, o fugaz, mas isso atrapalha a alimentação do blog. Afinal, antigamente, bem antigamente, na época dos blogs como o máximo de rede social, era aqui que se colocava tudo.

Bem, para não perder a postagem, vou contar aos desavisados que acessaram o Crônicas da Fronteira nos próximos dias que andei ocupado. Sim, como integrante do Coletivo Arteliteratura Caimbé e organizador da II Semana Caimbé de Poesia fiz um bonito trabalho (dane-se a modéstia) em março.

Mandamos ver em diversas atividades que foram de 14 a 24 de março, comemorando os dias nacional e internacional da poesia.


Algumas fotos da II Semana Caimbé de Poesia:



Apresentando o sarau feito na Livraria Saber, evento que abriu a semana




Apresentando o sarau DoQuintal


Levando poesia com Rodrigo Mebs numa intervenção no Feirão do Garimpeiro

Toda a jornada está retratada com mais detalhes no blog do Coletivo Caimbé, que você acessa aqui. Chega aí, chega.

E como acabei de sobreviver a 14 dias de gripe, completados hoje e sarados graças a sete dias de drogas de vários tipos, deixo também um texto postado no FB: 

Para a gripe vencida, para o retorno quase feliz ao trabalho e à rotina, para as duas semanas em que quase me junto ao milhões de índios mortos por doenças de brancos, dedico um trecho de Vapor Barato, de Jards Macalé e Wally Salomão:

"Oh, sim, eu estou tão cansado
Mas não pra dizer
Que eu tô indo embora
Talvez eu volte
Um dia eu volto
Mas eu quero esquecê-la, eu preciso
Oh, minha grande
Ah, minha pequena
Oh, minha grande obsessão."

sexta-feira, abril 12, 2013

A cobertura das estrelas

(Ou uma conversa imaginária com muitas pessoas por aí em mais de uma década nesta área)

- Ninguém divulga as nossas ações. Eles não dão atenção ao que fazemos.
- Eles quem?

- Os poderosos, os donos da mídia, os jornalistas, esses vendidos.

- Você faz algo que mereça ser destacado, que valha a pena ser analisado para ver se vira notícia na imprensa?

- Faço. Eu sou quem mais faz aqui.

- E divulga?

- Claro! No Facebook, em meu twitter, em meu blog. Todos os meus amigos sabem disso.

- E manda pelo menos um texto avisando as redações, os jornalistas, esses vendidos, do que faz ou deixa de fazer?

- Mas para qué? Já está tudo lá na internet! Eles não pegam por maldade, por preguiça ou incompetência.

- Hum...quer dizer que o lance é eles, os malvados, os preguiçosos, ficarem ligados no que você, a salvação sócio-política-cultural do universo, está fazendo ou deixando de fazer, como se não houvesse nada mais nada no mundo?

- É claro. Afinal, jornalista tem que ficar ligado,eu sempre estou muito ocupado trabalhando e não tenho tempo para ficar avisando das coisas linda e fantásticas que ando fazendo....

sexta-feira, março 08, 2013

Pelo Dia das Mulheres 2013

Começando em Eva ou em Lucy (o fóssil feminino mais antigo já encontrado, caso não saibam), passando pela minha vó Maria José e dona Neide, minha mãe, chegando na patroa Zanny e encostando nas minhas queridas amigas reais e virtuais, eu acho as mulheres o melhor fruto da evolução e da criação. 

E isso mesmo quando estão de TPM, essa pegadinha orgânica sem graça. 

É por isso que hoje e todo dia para mim é dia da mulher. Flores para vocês, que curto pra caramba, e a letra do compositor guatemalteco Ricardo Arjona, que traduz melhor o meu pensamento.

Mujeres 
(Ricardo Arjona) 

 
No se quien las invento
No se quien nos hizo ese favor tuvo que ser Dios
Que vio al hombre tan solo y sin dudar lo penso en dos
En dos
Dicen que fue una costilla
Hubiese dado mi columna vertebral por verlas andar
Despues de hacer el amor hasta el tocador y sin voltear
Sin voltear, sin voltear
Y si habitaran la luna
Habria mas astronautas que arenas en el mar
Mas viajes al espacio que historias en un bar
En un bar, por que negar
Que es lo mejor que se puso en este lugar
Mujeres, lo que nos pidan podemos
Si no podemos no existe
Y si no existe lo inventamos por ustedes
Mujeres, lo que nos pidan podemos
Si no podemos no existe
Y si no existe lo inventamos por ustedes
Mujeres
Que hubiera escrito Neruda
Que habria pintado Picasso
Si no existieran musas
Como ustedes
Nosotros con el machismo, ustedes al feminismo
Y al final la historia termina en par
Porque en pareja vinimos y en pareja hay que terminar
Terminar, terminar

sábado, março 02, 2013

quinta-feira, fevereiro 28, 2013

terça-feira, fevereiro 26, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 14




Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima, Amapá e Rio de Janeiro.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Zanny Adairalba

domingo, fevereiro 24, 2013

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

quarta-feira, fevereiro 20, 2013

segunda-feira, fevereiro 18, 2013

sábado, fevereiro 16, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 9



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Zanny Adairalba

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 8



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Edgar Borges

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

sexta-feira, fevereiro 08, 2013

quarta-feira, fevereiro 06, 2013

Série Curt@s Histórias e Poesias # 5



Fotopoema da série  Curt@s Histórias e Poesias, produzida em 2011 e apresentada em formato de banner em diversos lugares de Roraima.
Os microcontos fazem parte do livro Sem Grandes Delongas.

Texto: Edgar Borges
Arte: Zanny Adairalba
Foto: Zanny Adairalba