Era o frio agosto de 2001 em Sampa, capital brasileira do concreto e do ar poluído. Eu, índio pobre e perdido, estava na terra da garoa fazendo uma prova para ver ser virava estagiário do Estadão.
Como o período entre a prova e o resultado final era de um mês, decidi ficar perambulando pela cidade para conhecer o máximo de coisas novas possíveis e ter alguma novidade para contar na aldeia.
Numa dessas, li no jornal que Marcelo Nova ia comemorar seus 50 anos com um show gratuito no teatro do Sesi, à partir das 16h de um dia que não me lembro qual era.
Vejam bem: show na faixa e à tarde, com um cara que havia tocado junto com o Raulzito. Bá! Depois de zanzar no Centro, deixei a Praça da República e subi (literalmente e a pé) a rua Augusta. Cheguei no Teatro do Sesi, entrei na fila, a poucos metros da entrada e...
Quase duas horas depois não havia saído do lugar, mas um monte de vagabundo havia furado a fila e se acomodado no teatro. Resultado: veio o aviso de que a casa estava cheia e não poderíamos entrar. Como consolo, colocaram um telão para que víssemos as imagens.
Mas aí já era noite e eu não curtia andar no escuro para chegar no Jabaquara. Peguei o metrô e fui embora. Antes disso, ainda vi umas duas músicas do show e achei sem graça...
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