Quente, a cidade transpira no calor. As praias dos rios aparecem e ocupam mais espaço que as águas.
Lá, fora desta lan onde escrevo, a luminosidade é insuportável. Os meus óculos quebrados não ajuda em nada a superar isso. É o preço de morar no meio do mundo.
Aqui, eu, que estou de férias na cidade, penso na velocidade da mudança ao ver prédios e casas antigas serem derrubados em um piscar de olhos e novas construções surgirem.
A história de um município de 119 anos pode ser contada por um prédio que tenha seis décadas, ou seja, metade da idade de Boa Vista. Mesmo que muitos não entendam isso.
A chegada do meio-dia deixa as pessoas nervosas. Como o cara escreveu na revista Trip, o clima influencia o humor dos boa-vistenses. O meu com certeza é diretamente coordenado pela temperatura.
O clima leva os moradores de Boa Vista a vestir sempre roupas leves. Menos os advogados e os servidores do Judiciário e do MPE, que adoram aquelas roupas de quem mora nas regiões frias.
E sofrendo no calor horrível que faz nesta calma cidade que adoro, ainda há quem me pergunte o motivo de gostar tanto de shortes, bermudas e camisetas. Será que é difícil entender que a roupa ideal para Roraima é essa, com no máximo umas havaianas? Ainda mais quando falam com um índio?
Preciso plantar novas árvores na maloca...
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