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quinta-feira, março 20, 2014

A noite em que fui analisado


Cês sabem como é ser analisado e descobrir que havia ali no dito muito mais do que havia alcançado a nossa vã filosofia?

Não, não estou falando de ir deitar no divã dos psicólogos, psiquiatras ou psicoanalistas da vida. Estou falando de ter uma criação poética analisada por um especialista na área e de escutar o cara falando coisas que fazem sentido e que transcendem o que se pensou no momento da criação.

A história é a seguinte: sou agora aluno especial do mestrado do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Roraima (PPGL/UFRR). Então me senti na obrigação de participar de um evento muito bacana organizado pelo programa, o III Simpósio de Estudos de Linguagem e Cultura Regional: Regionalismo e Interdisciplinaridades.

Ontem à noite, quarta-feira, 19 de abril, estava na plateia da mesa-redonda Poéticas do agora: do regional ao universal. O último a falar foi o professor doutor Roberto Mibielli, que apresentou a análise de quatro poemas de poetas roraimenses: Avery Veríssimo, Cora Rufino, Francisco Alves e este que lhes escreve.

Quando o professor começou dizendo que o autor do próximo poema estava na plateia, que era jornalista, descendente de indígenas e, por último, venezuelano, fiquei surpreso. Sou eu, beleza, mas que poema o Mibielli terá escolhido?

A opção dele foi por Relatividades, publicado originalmente no blog no dia 23 de outubro de 2011.

Relatividade

A sugestão de pecado
Aparece de repente
Vestindo insinuante e
Indecente saia jeans curta.
Ainda seria sugestão
Se viesse de repente
Insinuante, exibida
Vestindo islâmica burka?


O que para mim é basicamente uma afirmação e uma pergunta sobre roupas femininas e o que podem ou não sugerir, no estudo do professor virou algo muito mais profundo. Finalmente entendi na carne o que significa a tal da análise poética.

Ele falou de olhar (isento ou não) jornalístico, de islamismo, do pecado na ótica cristã, de questões de gênero e umas outras coisas que não lembro. 

É que a cada frase eu pensava: caraca, mas eu só imaginei uma mulher de pernas bonitas usando roupa curta.

Pensamento curto meu à parte, foi muito legal o momento. Só fiquei pensando: e se não tivesse me inscrito no evento ou tivesse saído antes, será que ficaria sabendo? Quanto e quanto casos de análises de seus textos os colegas escritores estão perdendo?

segunda-feira, dezembro 16, 2013

Do resultado da Mostra Londrix 2013 Vídeo-Poema (Paraná)

Não citei o resultado à época, mas antes tarde do que nunca coloco parte da matéria veiculada na Jornal de Londrina dando o resultado final da Mostra Londrix 2013 de Vídeo-poema. 

Obrigado a quem votou no curta: 

 Londrix divulga os ganhadores da Mostra Vídeo-Poema 

O Festival Literário de Londrina (Londrix 2013) divulgou, nesta terça-feira (5), os ganhadores da Mostra Londrix 2013 Vídeo-Poema. 

O primeiro lugar ficou para o “Clipoema: Anjo caído”, de Carlos Brunno Silva Barbosa. Em segundo, venceu “Poéticas Urbanas # 1”, de Edgar Borges, e o terceiro foi para “Inevitavelmente Tempo”, de Marjorie Caetano Coelho G. Oliveira. 

 Para participar, bastava enviar um vídeo com a interpretação de um poema originalmente em língua portuguesa ou latina. A votação on-line ocorreu no site do JL. (Do site do Jornal de Londrina)
 ….......................... 

Veja o vídeo:


 

domingo, novembro 03, 2013

Dias audiovisuais pelo sul, sudeste e norte do Brasil

Ando por aí, fixo em Roraima, mas espalhado pelas telas digitais e reais do mundo audiovisual alternativo. 

No sábado passado (2), a turma do Coletivo Opapivará exibiu no Rio de Janeiro o meu filme Porto, produzido a partir de fotografias feitas durante a viagem que fiz ao Amapá em 2011 para falar de literatura e afins com o meu parceiro de andanças Jonas Banhos, da Barca das Letras. 










 Mudando da região Sul para o Sudeste, lá no Paraná rola de 4 a 11 de novembro o Londrix - Festival Literário de Londrina, com com debates, mesas redondas, palestras, lançamentos de livros e espetáculos. 
Também vai rolar a Mostra Londrix 2013 de Vídeo-poema. “Poéticas Urbanas #1”, produzido em 2010 (e premiado numa das mostras de curtas do Sesc Roraima), foi classificado para ser exibido lá. 



 Além disso rolou uma votação popular para ver se ficava entre os três mais votados e recebia um troféu. Até o momento desta postagem o resultado final não havia sido divulgado, mas isso de fato não importa pois o certificado vai sair e poderá ser incorporado ao currículo lattes depois. 



Voltando ao Norte, nos dias 15 e 16 rola em Pacaraima, a 230 km de Boa Vista e na fronteira com a Venezuela, o VI Yamix, que vai fazer uma mostra não competitiva de vídeos. A turma da organização pediu para passar lá “Temporal”, produzido este ano pelo Núcleo Audiovisual do Coletivo Arteliteratura Caimbé. 




  

Quer dizer, eu fico em casa mas as minhas coisas rodam o mundo por aí. Bom seria se pudesse acompanhá-las, mas... Ah, antes que me esqueça: a turma do Coletivo Opapivará passou há vários dias o filme Versos Populares, feito por Zanny Adairalba com locução de Edgar Borges Bisneto. Deixo aí também para que vejam:





 

terça-feira, outubro 15, 2013

Rumo a Campo Mourão (PR) falar de literatura e da Amazônia


 
Semana que vem não me procurem em casa. Vou representar Roraima na primeira Bienal do Livro e Leituras da cidade de Campo Mourão, Paraná.

O evento acontece de 22 a 26.10 a uns 500 km de Curitiba. E o melhor de tudo, tem como patrono Vinicius de Moraes, sobre quem escrevi um texto dia desses para o jornal Mundo Jovem, da PUC-RS.
Vou para lá a convite da Prefeitura de Campo Mourão, organizadora da bienal, especificamente por um chamado do escritor Chico Pinheiro, que já trabalhou no Sesc Roraima como gerente de cultura e que está à frente do evento lá.

Farei uma palestra sobre o texto jornalístico e o literário, mediarei uma mesa redonda sobre a produção literária na era digital e estarei numa sessão de autógrafos de meu livro de micronarrativas Sem Grandes Delongas, o primeiro do gênero na região Norte.

Além disso, vou percorrer as escolas da cidade para falar com estudantes e professores sobre a Amazônia sonhada e a Amazônia vivida.

Essa deve ser a melhor parte, se desse para escolher uma antecipadamente.

Confere toda a programação da bienal aqui. Vai ser bacana, com shows, oficinas, mesas redondas, lançamento de livros e um monte de outras coisas.

quinta-feira, outubro 03, 2013

Blog dos Indígenas na Revista Fórum




Eis o novo projeto em que me meti: o Blog dos Indígenas, veiculado no site da Revista Fórum a cada vez que houver uma postagem interessante.

O blog nasceu a partir de conversas com Renato Rovai, chefão da revista, lá em Nova Olinda, durante o Fórum Onda Cidadã 10 (Não, ainda não postei sobre essa viagem, feita em julho. O texto está até pronto, mas falta baixar umas fotos para ilustrar. Preguiça plus).

Enfim, para os interessados, aqui o link para o Blog dos Indígenas.
 

terça-feira, outubro 01, 2013

Falando sobre Vinicius de Moraes

O jornal Mundo Jovem, editado há 50 anos pela PUC do Rio Grande do Sul, traz na edição de outubro um texto de minha autoria sobre Vinicius de Moraes, bossa nova, poesia e alegria. Tudo junto na mesma página, para minha alegria de escritor.


Clica que amplia

 

Depois vou fotografar melhor a página para que possam ler o texto. Enquanto isso, navega no site do Mundo Jovem.

sexta-feira, julho 19, 2013

Obra premiada no 3º Concurso de Microcontos de Humor de Piracicaba

O meu microconto Trampo foi selecionado no 3º Concurso de Microcontos de Humor de Piracicaba (SP) e será publicado numa antologia editada pela prefeitura daquela cidade. A proposta era fechar uma história em 140 caracteres, o espaço de um tweet. Para vocês, o texto: 
TRAMPO 
Feito com amor, tudo é melhor, disse a chefe.
 
A partir daí comecei a amá-la sempre que podia. Já o trabalho, continuei detestando.

quarta-feira, junho 12, 2013

Obra visual minha no calendário 2013 da UFRR

Quando agosto chegar haverá uma arte visual idealizada e produzida por mim decorando as mesas que tiverem o calendário 2013 da Universidade Federal de Roraima.
 
  
O trabalho foi elaborado com a parceria da patroa Zanny Adairalba e de meu filho Edgarzinho Borges Bisneto no ano passado. O foco era um edital de seleção de obras de artistas visuais locais, com o tema “Do olhar ao tocar: intervenções na paisagem”.

Inicialmente havia dito aqui no blog que a obra "Domingo no Parque"  havia sido selecionada, mas a organização optou  por mandar imprimir “Na praça”, uma intervenção feita na praça do Centro Cívico num bonito fim de tarde aqui em Boa Vista.

Recebi em março os exemplares dos calendários. Como os visitantes habituais do blog sabem, aqui as coisas da vida real demoram a ser traduzidas em postagens. Por isso somente agora falo disso.

Além de mim, participaram Silvio Corrêa Vilasi ( Garimpando Conhecimento), Luan Pires Pereira (Pôr do Sol no Lago Azul e Paisagem com Pôr do Sol nas Torres de Guri), Edinel Sousa Pereira (Luminária com Paisagem Urbana e Garças Tomando Banho de Sol), Jucilene Carneiro de Lima (Perseverança Humana), Júlio César Barbosa (Luz no Caminho e Palafitas de Animais), Renato José (Bicicletas e Sem título) e Edymeiko de S. Maciel ( Libélula).
 
Olha aqui a matéria feita pela assessoria de imprensa da UFRR.

E as fotos de para mostrar como foi o dia:

Aguardando a entrega e a hora do lanche






Com o vice-reitor Reginaldo Gomes e a reitora Gioconda Martinez

Com os (atuantes de verdade) artistas plásticos Silvio Vilasi e Julio Cesar Barbosa.

segunda-feira, junho 10, 2013

Meu poema ‘Declaração’ foi premiado no 3o concurso nacional de poesias das Farmácias Pague Menos

Estou feliz. 

Recebi menção honrosa no terceiro concurso nacional de poesias promovido pela rede de farmácias Pague Menos. Meu poema ‘Declaração’ foi um dos 100 textos selecionados entre os mais de dois mil inscritos para compor o livro impresso e digital intitulado “Amor. Viva esse espetáculo.”, tema do concurso.
Capa do livro resultante do terceiro concurso


Este é o segundo ano consecutivo em que sou premiado nos concursos literários da Pague Menos. Em 2012 meu poema ‘Valentes’ ficou em quinto lugar, escolhido entre dois mil participantes. Dá uma conferida aqui nesse texto.

A banca julgadora deste ano foi formada por Fátima Souza, mestra em Literatura Brasileira; Marcia Sucupira, advogada e professora do ensino superior em Direito; e Sarah Diva da Silva Ipiranga, doutora em Educação Brasileira. Os textos foram avaliados a partir dos seguintes critérios textuais: relação com o tema, criatividade, organização coerente com o gênero poesia e capacidade de uso inteligente e coeso do código de linguagem.

A seleção em um concurso tão concorrido me deixa feliz. É importante como incentivo para continuar produzindo literatura e acredito que também para contribuir na inserção de autores da Amazônia Setentrional nos círculos da nova poesia brasileira

Veja neste link o livro. Meu texto está na página 49:


Ou leia apenas o meu poema:

Declaração

Gosto de teu gosto
Desse teu gostar
Do cheiro adoçado
Que teu jeito tem.
Desse sorriso
Surgindo na noite
Bravo ou zen.
Gosto por gostar
De forma natural
Irresponsável, improvável
Escondido, sinceramente.
Sem esperar muito
Tendo alegremente
Maluquices ao meio-dia.
Gosto dessa alegria
Da satisfação do ser
Disso que inventamos
Madrugada amanhecer .
É gostar por gostar
Sem muita ambição
Vivendo tudo agora
Nosso alegre furacão
Vivendo em teu gosto
Por ser puro sentir
Sem ligar para o perigo
E o medo do castigo.
E quando chegas covarde
Estranhando o sentimento
E sua repentina existência
Libidinoso te convido
A trocar razão por demência.
Alvo de teu olhar curioso
Desenho na nuvem pendente
Um convite para o mundo
Sentir a nossa ausência:
“Vem comigo, vamos sonhar
Sermos dois virando um.
Vem comigo e de uma vez
Amor, viva essa experiência”.


quarta-feira, dezembro 05, 2012

Outro prêmio de webjornalismo

Recebi no dia 27 de novembro a segunda premiação jornalística deste ano. Fiquei em primeiro lugar no IV Prêmio de Jornalismo Câmara Municipal de Boa Vista Jornalista Laucides de Oliveira. A categoria, de novo, foi webjornalismo.

Este foi o meu sétimo prêmio jornalístico (nem todos em primeiro lugar, fique claro) e o sexto em webjornalismo desde 2007, quando Edgarzin estava para nascer e decidi que esse negócio de concursos e prêmios poderia ser uma boa para faturar um extra e comprar as coisas de casa.

Naquele ano ganhei um prêmio que também homenageava o jornalista Laucides de Oliveira. Outra coincidência é que duas colegas vencedoras este ano, Janaína Souza e Eliane Rocha, também foram premiadas naquela ocasião.



Fotomontagem feita pela Assessoria da Câmara dos Vereadores
 
Desta vez a matéria foi publicada na edição online do jornal Folha de Boa Vista, a FolhaWeb. Contei com a ajuda da amiga e editora Loide Gomes, que deu uma guaribada final no texto e, de meu ex-aluno Natanael Vieira, que me ajudou a montar o que se tornou a minha primeira matéria de rádio desde 1996, ano em que entrei no curso de jornalismo e fiz as disciplinas de rádio jornalismo.

Confere aí nesse link o texto e deixa, se quiser, a tua opinião:

Ensino de Libras ajuda a superar barreiras da surdez




terça-feira, outubro 09, 2012

Poema meu na III coletânea TOC 140, da Fliporto 2012

Fiquei sabendo ontem que um pequeno poema meu foi selecionado para integrar a terceira coletânea do  TOC140 – DESAFIO LITERÁRIO – POESIA NO TWITTER - Prêmio FLIPORTO 2012.  Foi uma das pequenas felicidades que deixam a vida mais bacana.

O texto é este:

Deserto lá fora
Choveu o dia todo
Dentro de mim

Entre 2.500 poemas de 500 concorrentes, o texto foi selecionado pelos professores mestres Haidée Camelo Fonseca e Robson Teles, numa banca presidida pelo advogado e escritor Antônio Campos, Curador da Fliporto (Festa Literária de Pernambuco). Também foi selecionado, pela segunda vez, um texto de Zanny Adairalba, poeta colega no Coletivo Caimbé. Somos os únicos de Roraima a participar do livro.

Ah, o texto selecionado faz parte da mostra de poemas emicronarratiavs Curt@s Histórias e Poesias. Olha a arte que o ilustra:







Caso queiras conferir os demais poemas selecionados, vai aqui

quinta-feira, agosto 30, 2012

Palavras e imagens da viagem a São Paulo




Como disse na postagem anterior, voltei a São Paulo depois de 11 ou 12 anos. Viagem longa, um pouco cansativa, descobrindo, por exemplo, que a Gol não dá mais bolachinha e sucos para os passageiros. Agora tudo lá encima é comprado. 12 reais o sanduíche e você vai fazer o que? Vai na lanchonete ao lado? Claro que não.

São duas opções: comprar ou não comprar e tentar comer algo no aeroporto. Mas chegando em terra você tropeça com um sanduba de atum nesse valor e pensa: saudades daquelas bolachinhas. Era feliz e não sabia.



Espera chegar a copa para ver aonde vão parar o preço das coisas nos aeroportos

Fui tirando fotos com o meu celular furreca para tentar montar depois um roteiro, como dizem os teóricos literatos, um roteiro imagético, fusão de memórias preservadas pela fotografia e complementadas pela textualidade transcendental da percepção do velho indígena na urbe. Ou algo assim.

Cheguei em Sampa por volta das 11h da quarta-feira (22), um dia antes do III Fórum do programa Onda Cidadã. O Itaú Cultural tinha feito o depósito de uma grana para bancar coisas como transporte e comida e eu já havia feito outros planos para esse dinheiro. Para que sobrasse, fui garimpar na web a forma mais barata de ir do aeroporto de Guarulhos à avenida Paulista. Achei boas dicas nesta postagem “A Bóia em: Ponte Aérea para duros :-)”, do blog Viaje na viagem. Optei pela ônibus executivo, que custaria R$ 35 contra os R$ 115 que o táxi ia me pedir.

Só não deu 100% certo a minha escolha porque o busão parou numa das pontas da Paulista e eu ia para a outra. Como não tinha pesquisado bem as rotas de metrô, deixei de pegar o Consolação em direção à Brigadeiro (barato, seguro e, agora sei, a poucos metros do Itaú Cultural) e entrei num táxi que me largou na porta do hotel por uns R$ 20. Com tudo isso, ainda saiu pela metade do preço o deslocamento.

No caminho, vendo aqueles congestionamentos, sentindo o calor da cidade a baixa umidade do ar, que no dia anterior havia estado em 10%, tasquei no Facebook a seguinte frase com pretensões poéticas:

Sampa seca
parada
cheia de fumaça
e gente acelerada
correndo de outras desgraças.


Profunda, né?

Enfim...

Baixei no hotel, tomei um banho, tentei pegar um táxi até o Museu da Língua Portuguesa, o taxista me dissuadiu, informando que o trânsito estava péssimo e ia demorar e gastar menos se fosse de metrô. Achei bacana a postura do cara, que me deixou na estação Paraíso, na linha que vai direto pra Estação da Luz. 
Já nos subterrâneos, vi que estava rolando festa:

Projeto que vende livros em máquinas. Tem em quase todas as estações


Deixando o metrô lá estava a Pinacoteca, mas essa eu havia visitado da outra vez, no começo dos distantes anos 2000. Fui direito ao Museu (R$ 6 o ingresso, caso te interesse) e vi esse painel enorme com um pouco das características da língua portuguesa, uma sala com mesas em que juntamos palavras projetadas e aparece a origem do termo e a linha do tempo do português.






Depois de uma passadinha na Estação da Luz, de ouvir o cara tocando música sertaneja no pano que deixaram lá justamente para que qualquer um toque o que quiser, de ver as meninas da luz vermelha esperando a freguesia chegar e comprar o produto, fui caminhando para o Mercado Municipal.


No caminho, almoço num bar desses que é a cara de Sampa.
Pensa num sanduba gostoso


Cheguei por volta das 17h no Mercado. Foi só entrar que o celular ficou sem energia suficiente para tirar fotos. Mal dava para olhar as horas. Ainda consegui ficar maravilhado com a organização do lugar e a variedade de produtos mas não demorei muito. Tentei ir caminhando à estação São Bento para fazer o retorno ao Itaú Culturall (ninguém me controla agora que já sei que a estação Brigadeiro fica do lado do prédio deles), mas de loja em loja fui chegando perto demais das 18h.

Cheio de medo de perder o transporte que ia nos levar para o sarau da Cooperifa, peguei um táxi. Lá no Instituto esperei, demorou, esperei, entrei na van, encontrei o Fábio Malini, conheci o Ecio Salles, o Fabrício Noronha e o Ivo Azeredo (todo mundo do Onda Cidadã) e acabamos saindo algumas horas depois do combinado.

O sarau da Cooperifa é realizado no bar do Zé Batidão, no Jardim Guarajá,longe que só da Paulista. Tão longe que dormi na van e ao acordar ainda não havíamos chegado. Na verdade, estávamos perdidos. Nenhuma das vans tinha GPS, só aqueles livros/revistas com mapas de cidade dividida por setor. O povo do teatro que estava em outras vans querendo voltar e os celulares de todo mundo ficando sem bateria, o que impossibilitava consultar o Google Maps. No fim, a solução foi linda: acharam um cara que sabia onde rolava a festa, o sujeito se prontificou a ir lá e ainda curtiu a noite.

E que noite. O sarau é muito, muito bacana. Primeiro o que a esquina do bar do Zé Batidão fica lotadaça. Segundo, rola um clima de respeito com a pessoa que está declamando. Terceiro, geral bate palma quando cada declamador termina. Nessa noite ia rolar uma chuva de livros (mais de 500 volumes para levar de graça) e a entrega de um jogo de camisetas para um time de várzea. Festa bonita, poesia no ar e na mesa o escondidinho de carne do Zé. Foi show. No final ainda entreguei dois livros meus ao Sérgio Vaz, organizador da festa, para a biblioteca da Cooperifa (e, salvo engano, no momento que fiz isso troquei o nome dele por Férrez, um escritor das quebradas de São Paulo. Bem, para quem já chamou de Hubert o Hélio de la Peña isso não é nada). Olha aqui umas fotos desse sarau que acabei de descrever. 


Bem, o texto está ficando longo demais e tenho outras coisas mais importantes para fazer, então vou ser mais sucinto a partir de agora.

Na quinta (23) começaram os trabalhos do III Fórum Onda Cidadã. Muita gente legal, com trabalhos interessantes. Da região Norte, este índio aqui foi o único participante, mas como o mundo digital e real é pequeno, ainda encontrei alguns conhecidos: a professora de jornalismo Ivana Bentes, que 'conheço' desde que cheguei no Brasil e ela apresentava o programa Curta na Tela, na TV Brasil; Sandro K, do grupo Somos, turma que esteve em Boa Vista em 2009 ministrando cursos de redação de projetos culturais; Alexandre  Gomes Vila Boas, do Coletivo 308, outro 'conhecido' da web; e Rene Silva, que vi no Rio de Janeiro no começo do ano, durante a entrega do prêmio Anu Dourado, da Cufa. Lógico que nenhum deles sabia quem eu era, mas o importante não é isso.

Neste link você pode ler o perfil dos participantes do fórum. Tem de tudo: movimento ecológicos, novas tecnologias, fotografia, literatura, música, cinema etc.

Aqui, um pouco do mapeamento feito pelo programa. Caso você, incauto leitor, tenha alguma iniciativa que se encaixe no público-alvo da pesquisa, faça parte. Não se perde nada falando do que se faz. Acessa o site deles.


Foram mapeados 253 GIASCs (Grupos, Ações e Iniciativas Autônomas de Comunicação). Dentre a amostra, 56% se concentra na região Sudeste, 14% no Sul, 14% no Nordeste, 8% no Centro-Oeste e 6% no Norte





Cansei e esse troço ficou comprido...

Vou legendar por grupo as fotos. Dá para sentir como foi a passagem por Sampa quando deixava a reunião do fórum:



Casa das Rosas, casarão construído nos anos 1930, hoje sede do Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura. Deixei dois exemplares de meu livro de microcontos Sem Grandes Delongas e um Repoetizando, com poesias de Zanny Adairalba, para serem integrados no projeto Bookcrossing / Campanha "Liberte um Livro". Se alguém de Sampa achar perdido por aí, me avisa.


Programação de agosto e setembro


Sem Grandes Delongas e Repoetizando no projeto Livros Livres

(Fiquei pensando que podiam fazer da Casa de Cultura aqui de Roraima uma espécie de Casa das Rosas. Melhor que deixar o prédio cair.)


Galera do teatro Nós do Morro, que estava em cartaz no Itaú Cultural com a peça Bandeira de Retalhos. Bão que só.




Cartaz da expo Caravaggio e seus seguidores, no Masp. Nele não aparece a fila enorme de lenta para entrar, mas que vale ser enfrentada. As obras do Caravaggio tem 406 de produzidas e são lindas e impactantes. Veja aqui as pinturas que eu vi ao vivo.


Essa pintura foi feita em um escudo que o Caravaggio levava para todo lado.


CENAS DA RUA TEIXEIRA DA SILVA, entre o hotel e a Paulista



CENAS DA AVENIDA PAULISTA



Mosaico no cruzamento da Paulista com a rua Rua Teixeira da Silva
Projeto do Sesc que deixou bonito um tapume na obra que estão tocando na Paulista. Se liga nos minicontos no mural


Avenida Paulista, 9h30, com um trânsito que parece o da rua de minha casa

Outro casarão da Paulista
Quem precisa de Twitter quando se pode ler as manchetes de todos os jornais?
Esse cartaz sempre estava no mesmo lugar. Na primeira vez que o vi, pensei que era o Haddad e um candidato a vereador





Delícia de  bife
Sexta de alegria na Paulista
11 graus. Mesma coisa que estar em Roraima...



 
Memorial à Márcia Prado, no meio da Paulista







Escritor com quem troquei livros no vão do Masp.

R$ 99 na Fnac Paulista. Se não fosse um transtorno de bagagem teria comprado

22 graus. Igual a Roraima

Numa galeria de produtos chineses na Paulista: tudo foi fechado em segundos depois que chegou um alerta da fiscalização se aproximando. Muito, muito rápido eles fecham e depois ficam parados em frente aos boxes, como se ninguém fosse comerciante

Há probreza na Paulista, por onde passam 450 mil pessoas todos os dias, ou uma Boa Vista e um pouco mais de habitantes

Caderno de anotações da professora Beá Meira, relatora do fórum: uma delícia de se ver. Parece uma HQ!




PARA FECHAR, GALERA BACANA QUE ENCAROU A NOITE NA AUGUSTA E NA PAULISTA:


Renato Cafuzo, Pablo Ares, Marcelinho Hora, este cronista, Dudu do Morro Agudo e Rafael Barone. Clique em cada nome para saber qual é a dos caras





MANAUS

Em Manaus, a equipe da Gol mandou os passageiros descerem com os pertences de mão em Manaus pois a tripulação não havia chegado. Eu achei que os nêgos havia se perdido no pagode. Felizmente o reembarque foi rápido.

No trecho MAO-BVB a empresa ficou com pena e ofereceu bolachinhas e bebidas free. O comandante disse que o atraso dele e de sua equipe foi por um congestionamento na ponta Negra causado por um evento cristão. Eu acho que foi pelo pagode, mas tudo bem. O importante é chegar.

Espero não demorar tanto para voltar a São Paulo...11 ou 12 anos é muito tempo para revisitar uma cidade com tantas opções.