segunda-feira, agosto 30, 2010
sexta-feira, agosto 27, 2010
segunda-feira, abril 19, 2010
Tirando a chuva, que veio espantar o calor, tudo vai a meia-boca. Na minha média esperada de três notícias boas por mês, a conta vai baixa.
Até semana passada era uma notícia boa e uma meia que caminhava para ser completa. Hoje já caiu. O placar das negativas, no entanto, continua a crescer: o pequeno índio com pneumonia, notas de concursos abaixo do esperado, Imposto de Renda a pagar acima do suportável, dores na mão aumentando, assim como o peso.
Enfim, para os que estão com a criatividade em alta e sem sinais de LER-DORT, vai a dica: a Funarte abriu diversos editais relacionais à questão literária. Estão todos no site da Fundação. Se não abrir ou se quiser ver todos os editais do Ministério da Cultura, vai aqui e escolhe.
Eu vou ficar por aqui, tentando atingir a minha média esperada de três boas notícias por mês e até rezando para acabar abril.
segunda-feira, junho 15, 2009
Festival das quadrilhas juninas: Coração Caipira e Escola Forrozão são as melhores do Boa Vista Junina 2009.
Sábado é dia de vacinação contra a paralisia infantil. Num vai esquecer de levar teu moleque ou moleca!
O Fórum Permanente de Cultura de Roraima cria seu blog e se reúne a cada 15 dias. A próxima reunião é na terça 23 de junho, na videoteca do Palácio da Cultura. 18h30, aberto a todos os interessados no tema.
Veja o blog do Fórum.
Dica: Enciclopédia da literatura Brasileira - verbetes sobre autores e personagens importantes da literatura brasileira com biografia, cronologia, relação de obras e suas traduções, bibliografia e depoimentos do autor e uma seleção de obras representativas do autor.
Chove cada vez mais. E isso começa a dificultar a saída da cama pelas manhãs....hum...que preguiça....
terça-feira, junho 09, 2009
Chove, chuva.
Mas como sempre tem quem reclame, já foram aos jornais dizer que as chuvas provocam alagamento, que algumas obras vão parar ou reduzir o ritmo, que a roupa não seca mais com a mesma velocidade e que os casos de viroses estão para aumentar, sem contar os da dengue.
Tanta coisa para se aproveitar no inverno amazônico e as pessoas ficam ligadas nesses detalhes. Eu digo apenas: seja bem-vinda, chuva. Seja bem-vinda e lava todos os males, todas as tristezas, molhando a vida e espantando o calor.
segunda-feira, junho 01, 2009
Choveu na manhã desta segunda na cidade mais quente do norte. Chuviscou no começo da tarde na cidade mais quente do Norte. E isso foi escrito sem provincianismo, apenas com alivio.
Lá em Manaus, os amazonenses comemoram o anúncio da cidade como uma das sedes dos jogos da copa do mundo de futebol em 2014.
Quem não pagou até agora o IPTU 2009 ganhou mais 15 dias para conseguir a grana e quitar a dívida com a Prefeitura de Boa Vista.
Está no Overmundo, para edição colaborativa, uma entrevista feita por e-mail com Luís Ene sobre o congelamento das atividades da revista Minguantes. Chega lá e sugere algo, se for o caso.
Começou a Semana Municipal de Meio Ambiente. Olhaí a programação a partir de amanhã:
Terça-feira (2)
8h – Plantio de 5 mil mudas de plantas nativas
Local: Igarapé Caranã
15h – Curso de Ikebana
Local: Horto Municipal – sala verde
Quarta-feira (3)
8h30 – Sensibilização ambiental com fantoches e vídeos
9h30 – Trilha ecológica: valorizando a flora do Bosque dos Papagaios
Local: Bosque dos Papagaios
15h – Exposição de fotos e animais taxidermizados
Local: Auditório da UFRR
15h30 – Palestra sobre A3P
Local: Auditório da UFRR
16h – Palestra sobre Igarapé Caraná
Local: Auditório da UFRR
16h30 – Palestra sobre Operação Inverno
Local: Auditório da UFRR
17h – Distribuição de mudas de plantas, de folhetos sobre A3P e de material de sensibilização ambiental
Local: Auditório da UFRR
Quinta-feira (4)
8h30 – Palestra sobre contenção de animais silvestres e molde de pegadas Local: 7º BIS
14h30 – Palestra sobre Bioinvasão
15h30 – Palestra sobre Políticas Ambientais
Local: Auditório da UFRR
Sexta-feira (5)
9h – Blitz Educativa – entrega de 300 mudas e de panfletos
Local: avenida Capitão Ene Garcez
Sábado (6)
14h – Apresentação de rapel
Local: Ponte dos Macuxi
17 – Encerramento
Local: Orla Taumanan
sexta-feira, maio 15, 2009
Maldito clima
Traz o jornal a noticia malévola, ingrata, desgraçada, aquela que deveria ser mentira, engano, a pura barrigada:
Chuvas intensas em BV somente em junho
Quer dizer que vou agüentar ainda mais três semanas do inferno que é o verão de Roraima? E se vacilar, ainda vou aguentar a fumaceira das queimadas urbanas?
E como todo castigo para quem não gosta de calor é pouco, tem trampo o final de semana inteiro, com o compromisso de ser tradutor na segunda bem cedinho.
sexta-feira, maio 08, 2009
1. Choveu. E choveu forte. Mas o sol já ressurgiu. Pelo menos hoje a noite será agradável.
2. A primeira noite do festival acabou e não saiu o resultado das cinco músicas selecionadas. Sairá tudo hoje à noite.
3. Não é possível encher um pneu quando chove. Ou você o deixa seco ou você se molha todo.
4. Agora que choveu, começarão as reclamações sobre as enchentes.
5. Se não chover mais por uma semana, reclamarão sobre o calor.
6. No rio Branco, até ontem, ainda era possível ver enormes bancos de areia.
7. Tomara que chova mais amanhã.
8. Adoro chuva. Odeio calor.
9. Se odeio calor, com certeza Roraima foi uma péssima escolha para viver.
10. Tomara que seja a primeira chuva do inverno.
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
Então foi-se o carnaval...
E a Praça da Bandeira ficou em primeiro lugar no desfile das escolas de samba de Boa Vista.
O desfile pode não ser lá aquelas coisas, com aqueles luxos e tal, mas se é para sair, saia na Praça. É a que demonstra maior organização e aparentemente a que investe melhor a grana recebida da Prefeitura e do Governo.
Choveu na madrugada da quarta-feira de cinzas. As chuvas diminuem a poeira das ruas, o calor do meio-dia e transformam BV em uma cidade mais agradável. As chuvas molharam as cinzas.
O indiozinho brincou que só no carnaval. Foi a dois bailes infantis e um da saudade. Balançou o corpinho ouvindo marchinhas e axé, ficou admirado com os músicos e seus instrumentos.
Então foi-se o carnaval e nada do feriadão chegar para algumas pessoas que trabalharam todas as noites. Como sempre digo, quem mandou não estudar a coisa certa?
sexta-feira, dezembro 05, 2008
I
A coisa tá feia lá na aldeia. Da semana passada até hoje todos estão sofrendo com a gripe.
Primeiro fui eu, com o catarrão, fotofobia e dor de cabeça. Depois de me dopar com as drogas dos brancos e mais ou menos sarar, quem caiu por conta do vírus foi o indiozinho. Na seqüência, veio a Mamá dele.
Resultado: uma índia velha acabada e um neném doente mas com uma incrível vitalidade, daquelas que cansa os pais.
Graças a Macunaíma, tudo está melhorando, menos a mania de dormir tarde que o indiozinho tem.
II
Para mexer com fotos?
Faça um curso ou tente aprender sozinho.
Hum...aprender sozinho? E a disposição?
Faça um curso.É o jeito. Pague um curso.
Bá...pagar....gastar...bá...
Pois é...
Ah, se eu tivesse disposição para ser autodidata, conquistaria o mundo e não pagaria nada.
Pois é...
III
Chove no norte do Norte. Alegram-se as plantas, alegram-se as pessoas. Em compensação, quando abre o sol...
terça-feira, agosto 05, 2008
Siempre te entrego mi paciencia. Siempre digo que no debemos ser así como somos, inflexibles de un lado a otro, dudosos de hasta cuando esto debe durar: si por el infinito o apenas hasta que el próximo invierno llegue.
De repente, cuando todo está casi bien, llegas y dices algo que demuestre que ilusiones no son cosas para reírse, sino para que nos quedemos serios y un poco callados.
Y me miras como si fuera un ladrón, como si fuera el peor de los humanos. Para no decir nada, trago palabras, escribo en español mal escrito, miro hacia los lados.
De mi silencio formas tu opinión nada favorable a lo que crees que ves, a lo que tu imaginación te informa.
Y cuando te vas, dejando en el aire restos de tu furia, me dejas solamente el peso del dolor causado por algo que no siento y que no busco como causa o consecuencia.
terça-feira, maio 20, 2008
Falaram que o mundo ia acabar. E os boa-vistenses acreditaram:
O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) emitiu um alerta para o Governo de Roraima, sobre a previsão de fortes chuvas vindas da Guiana, para esta segunda (19). Imagens emitidas por satélites e verificadas pela equipe de meteorologia do Sipam, reforçaram a preocupação quanto ao volume de chuvas previsto, acima do normal.
Liberado do serviço, fui fazer fiado na praça, xinguei meu chefe, chamei de gostosa a menina que é gostosa mesmo, fiz barbeiragem e atravessei sinal fechado. Não foi nada extremo de minha parte. Quase todo mundo estava assustado ontem.
“Vai para casa ficar com a mamãe. Vai ser forte”, disse a filha ausente.
“Vai ser um furacão”, contou o açougueiro.
“Tromba d’água? Precisa ver a tromba de meu namorado quando falo com meus amigos”, lamentou-se a menina.
“Ouvi falar que nevou no sul do estado”, falou a moça.
“É bom fazer logo as compras do supermercado”, avisou minha avó.
“Dizem que vai cair muito raio”, comentou um colega.
“Cara, o vento vai chegar a
“Alguém me ligou e disse que alguém ligou para ele dizendo que varias casas caíram com o vento”, confirmou o vizinho.
“Isso é coisa dos ingleses. O tufão vem da Guiana. Os caras querem invadir”, disse o camelô.
“Os arrozeiros que chamaram a tromba d’água”, comentou o índio.
“Pajelança na reserva. Tudo para estragar o desenvolvimento de Roraima”, declarou o deputado.
“Porra, só fiquei sabendo disso quando cheguei no trabalho. Gastei gasolina em vão”, reclamou meu amigo.
“É bom uma tarde de folga para agilizar outras coisas”, afirmou um conhecido.
“Vou pedalar. Raios não caem em quem tem fé”, disse eu.
Quando chegou o aviso desmentindo o fim do mundo, ninguém mais estava ligado nas notícias:
O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) negou agora há pouco pelo telefone, que tenha feito alerta de tromba d’água
Segundo o técnico que emitiu o alerta, a chuva prevista pelo sistema foi esta que terminou agora há pouco na Capital. O Sipam afirma ainda que estes alertas são comuns e que houve “equívoco” na sua interpretação.
Aí, já era tarde. Tudo o que não era para fazer havia sido feito. Parecia a música do Paulinho Moska:
Meu amor
O que você faria se só te restasse um dia?
Se o mundo fosse acabar
Me diz, o que você faria?
Ia manter sua agenda
De almoço, hora, apatia?
Ou esperar os seus amigos
Na sua sala vazia?
Meu amor
O que você faria se só te restasse um dia?
Se o mundo fosse acabar
Me diz, o que você faria?
Corria pr'um shopping center
Ou para uma academia?
Pra se esquecer que não dá tempo
Pro tempo que já se perdia?
Meu amor
O que você faria se só te restasse esse dia?
Se o mundo fosse acabar
Me diz, o que você faria?
Andava pelado na chuva?
Corria no meio da rua?
Entrava de roupa no mar?
Trepava sem camisinha?
Meu amor
O que você faria?
O que você faria?
Abria a porta do hospício?
Trancava a da delegacia?
Dinamitava o meu carro?
Parava o tráfego e ria?
Meu amor
O que você faria se só te restasse esse dia?
Se o mundo fosse acabar
Me diz, o que você faria?
Será que a menina gostosa ficou com raiva ou gostou?..
terça-feira, outubro 23, 2007
Também foram muito quentes, principalmente no final de semana. Nada recomendável passar pela minha cabana nesses dias. Parecia Manaus, com aquela sensação insuportável de que a pele está gosmenta por conta do suor
E então, de repente, na segunda e terça-feira começa a cair uma chuvinha aqui, uma chuvinha ali. De um minuto para o outro, porém, o mundo pareceu desabar.
Choveu na tarde desta terça na capital de Roraima.
Quase não consigo entrar no trabalho. Lamentavelmente, foi só quase.
Choveu no sentido mais exagerado da palavra, com raios, trovões, ruas alagando, carros a baixa velocidade na avenida Ville Roy e muita gente olhando espantada para o céu, perguntando-se: “que diabos é isso, chover assim nesta época?”.
Dizem até que choveu granizo. Eu já acho que um dos muitos raios que caíram hoje fez pipocar um areal qualquer e os grãos espantaram o povo.
Isso confirma minha teoria: quando começa a fazer muiiiiiiiiitoooooooo calor em Boa Vista, é sinal de que vai cair chuva. Já a havia comprovado em outros meses, mas nunca na primeira parte do verão.
Parecia que estávamos em junho, quando o inverno amazônico está a mil.
Pelo menos hoje a cidade não vai anoitecer quente.
sábado, junho 16, 2007
segunda-feira, maio 14, 2007
Sobre domingos chuvosos
Abrir a janela, ver a água da chuva cair e ouvir música bem baixinho, com pouca luz no quarto, é uma das coisas mais agradáveis que o inverno amazônico me proporciona. Descobri o gosto desse vício/prazer justamente em um domingo, ouvindo o blues “Come Rain or Come Shine”, a última faixa do disco Riding With The King, uma parceria do B.B. King e do Eric Clapton.
Dependendo da música e do que estiver fazendo, o som também me leva a refletir e a relembrar fatos da vida. Neste domingo, chuva lá fora, música latina aqui dentro, leio na revista Caros Amigos um artigo do Ferréz sobre uma biblioteca comunitária em São Paulo enquanto Franco de Vita faz a trilha. Ferréz fala sobre ativismo, envolvimento, Franco canta amores e amizades. Em comum, abordam ações e reações, propostas, sentidos para a existência.
Na essência, ou pelo menos para onde levo meus pensamentos, discutem como eliminar inconformidades e superar seus limites. E eu, inconformado por natureza, preguiçoso por opção, começo a pensar se a vida assim como está é tudo, lembro de conhecidos que fazem do trabalho a bússola de seus dias, transformando os resultados na empresa ou repartição o ponto alto de sua biografia.
Em um giro rápido, esqueço dos outros. O egoísmo e a vaidade são marcas de minha profissão. Penso no meu gosto pela escrita, pelas crônicas, pela expressão de pensamento. E vem o questionamento: por que escrever? Isto é, escrevo por necessidade artística e intelectual, o que inclui fazer algo além da maioria das pessoas, ou por ver o meu nome nos veículos que recebem as minhas colaborações, puro narcisismo?
Sem chegar a nenhuma conclusão, percebo que por dinheiro até hoje não foi. Segundo meus extratos bancários, 11 anos depois de ter publicado o primeiro artigo em um jornal local, ainda não recebi remuneração alguma por uma linha publicada em mais de 10 jornais e sites de Roraima e outras partes do mundo. Se é fama ou cartas dos leitores o que procuro, então alguém deve estar levando os louros e recebendo os e-mails.
Vinte músicas se passam, a chuva cessa e volta, e eu ainda não chego a nenhuma conclusão sobre a real motivação de escrever textos que não se encaixam no exigido pelo cotidiano de minha profissão. O jeito deve ser continuar vivendo e ouvindo músicas no escuro do quarto para tentar achar a resposta.
segunda-feira, maio 07, 2007
Finalmente o verão amazônico está chegando ao fim. Chove em Boa Vista desde o sábado à noite, com pequenos intervalos para dar um tempo à terra seca, desacostumada às chuvas.
As noites agora ficarão mais frias, nada parecidas com os últimos dias, por exemplo, quando o calor, somado à falta de brisa, parecia asfixiar a cidade. Agora ficará mais fácil de sair no meio da tarde sem sentir a pele queimando.
O inverno é bom para os agricultores plantarem, é bom para pessoas como eu, que ficam de mau humor quando está muito quente. É ruim para quem inventou de fazer casas sobre os lagos que havia na cidade e perto dos igarapés e rios. É ruim também para os agricultores que vivem nas vicinais no interior do Estado. Nesta época, fica difícil transitar nas estradas de barro e escoar a produção.
É bom para passear no intervalo entre uma chuva e outra. É ruim para secar a roupa lavada no final de semana. É bom para namorar debaixo do lençol e tomar chocolate quente. É ruim para namorar no portão.
O inverno é bom para pensar e ouvir música no escuro. É ruim para fazer show ao ar livre.
Mas que tanto, que venham as chuvas com força total. Como bem disse minha avó Maria José, “tava na hora do inverno dar um chute no verão”.
quarta-feira, abril 25, 2007
O tempo muda. Até em Boa Vista o sol tem que pedir arrego uma certa hora. A quarta-feira amanheceu nublada, choveu várias vezes durante o dia e no final da tarde um vento frio varria a cidade. Bom para tomar chocolate quente, bom para participar de um lançamento literário como o de hoje à noite, quando o desenhista Lindomar Neves Bach lança seu primeiro livro de poesias, intitulado "Partícula - Ensaio Poético Ilustrado”.
Se um dia qualquer a temperatura baixar até os 24 graus, metade dos roraimenses morrerá por congelamento. Quando bate nos 28, o povo já se empacota todo e diz que está "muito frio".